sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Nº 1121 - 10 DE SETEMBRO DE 2010 - PAPAS, SANTOS DE CADA DIA, E…

 

PAPAS DA IGREJA CATÓLICA
Resumo:
PAULO IV  -  CCXXI Papa de 1555 a 1559 - PIO IV – CCXXII Papa de 1559 a 1565 - SÃO PIO V  - CCXXIII Papa  de 1556 a 1572  - GREGÓRIO XIII – CCXXIV  Papa de 1572 a 1585 - SISTO V  – CCXXV  Papa de 1585 a 1590 - URBANO VII  -  CCXXVI Papa em 1590  -  GREGÓRIO XIV – CCXXVII Papa de 1590 a 1591 - INOCÊNCIO IX  - CCXXVIII Papa  em 1591 - CLEMENTE VIII – CCXXIX  Papa de 1592 a 1605 - LEÃO XI  – CCXXX  Papa em 1605 - PAULO V  – CCXXXI  Papa de 1605 a 1621   - GREGÓRIO XV  -  CCXXXII Papa de 1621 a 1623- URBANO VIII – CCXXXIII Papa de 1623 a 1644INOCÊNCIO X -  CCXXXIV Papa de 1644 a 1655ALEXANDRE VII  - CCXXXV Papa  de 1655 a 1667 CLEMENTE X – CCXXXVII Papa de 1670 a 1676  - INOCÊNCIO XI  -  CCXXXVIII Papa de 1676 a 1689  - ALEXANDRE VIII – CCXXXIX Papa de 1689 a 1691  - INOCÊNCIO XII -  CCXL Papa de 1691 a 1700  - CLEMENTE XI  - CCXLI Papa  de 1700 a 1721  -  INOCÊNCIO XIII – CCXLII Papa de 1721 a 1724  -  BENTO XIII– CCXLIII Papa de 1724 a 1730  - CLEMENTE XII  -  CCXLIV Papa de 1730 a 1740  -  BENTO XIV – CCXLV Papa de 1740 a 1758  - CLEMENTE XIII -  CCXLVI Papa de 1758 a 1769  -  CLEMENTE XIV  - CCXLVII Papa  de 1769 a 1774  -  PIO VI – CCXLVIII Papa de 1775 a 1799  - PIO VII – CCXLIX Papa de 1800 a 1823
Hoje, dia 10-9-2010, falar-vos-ei de mais SEIS Papas
LEÃO XII  -  CCL Papa de 1823 a 1829

Leão XII, nascido Annibale Francesco Clemente Melchiore Girolamo Nicola della Genga (Genga, perto de Ancona, 22 de Agosto de 1760Roma, 10 de Fevereiro de 1829). Foi Papa de 28 de Setembro de 1823 ate à data da sua morte.

Nascido numa família da nobreza que já tinha vários Papas, era filho do conde Fábio della Genga e da condessa Maria Luísa Periberti di Fabriano. (Conde della Genga) Estudou na academia de nobres eclesiásticos. Em 1783 foi ordenado sacerdote. O Papa Pio VII fá-lo, pouco depois, seu secretário particular. Em 1793, foi nomeado arcebispo de Tiro, cidade no Líbano e é enviado como núncio apostólico a Lucerna. A sua carreira diplomática dura até 1798. Chocado pelo comportamento de Napoleão Bonaparte, retira-se para uma abadia.

Em 1814, à revelia do imperador, foi enviado para entregar, em nome do Papa, felicitações a Luís XVIII de França. Em 1816, é elevado a Cardeal e quatro anos depois nomeado vigário de Roma. Quando Pio VII morre, foi eleito seu sucessor (28 de Julho de 1823) pela tendência conservadora.

Na sua política externa procedeu às negociações de diversas concordatas, vantajosas para o papado. De personalidade frugal, reduziu os impostos, tornou a justiça menos onerosa, e obteve financiamento para melhoramentos públicos; no entanto, deixou as finanças em pior estado do que encontrara. Na política doméstica foi bastante severo. Condenou as sociedades bíblicas, e sob influência dos jesuítas reorganizou o sistema educacional. Era fortemente opositor da Carbonária e da Maçonaria.

 

NOTA de A. Fonseca: Esta biografia foi tirada de www.wikipedia, porquanto, talvez por lapso, não foi publicada no “O GRANDE LIVRO DOS PAPAS” editado pelo Jornal de Notícias, aquando da visita de BENTO XVI a Portugal, em Maio último – por isso, também, a sua transcrição é diferente da que é empregue nas restantes biografias.
PIO VIIII – CCLI Papa de 1829 a 1830 
O seu breve pontificado distinguiu-se sobretudo, pelo combate contra o jansenismo e as sociedades secretas.
Através das suas cartas encíclicas alertou para os perigos da Maçonaria, das seitas revolucionárias e da indiferença religiosa.
 
 
GREGÓRIO XVI -  CCLII Papa de 1831 a 1846
 
Confrontado com uma revolução nos Estados Pontifícios, que anunciavam o fim, do poder temporal dos Papas, saiu vitorioso com o apoio da Áustria, que enviou tropas.
Foi um Papa bastante conservador.
 
 
PIO IX  - CCLIII Papa  de 1769 a 1774 
 
Protagonista do fim da Era Moderna, com o nome de baptismo Giovanni Maria Mastai Ferretti (13 de Maio de 1792-7 de Fevereiro de 1878), Pio IX nasceu em Senigallia (Itália). Oriundo de uma família de nobres, foi baptizado no dia do seu nascimento, sendo o terceiro Papa a nascer no dia 13 de Maio, importante data mariana em Portugal, após Inocêncio XII e Inocêncio XIII. Sete anos mais tarde recebeu o sacramento da Confirmação e no ano de 1803 fez a sua primeira Comunhão. Revelando vocação para as humanidades, estudou Filosofia, Direito e Teologia em Roma. Tudo indicava que estaria predestinado à carreira militar, só que o jovem conde não pôde prossegui-la por sofrer de epilepsia.
Vivendo de um modo exemplar, o ano de 1810 foi marcado por um retiro espiritual e o de 1816 participou como catequista numa missão na sua cidade natal, optando por enveredar pelos estudos eclesiásticos. Foi ordenado sacerdote em 1819, iniciando o seu trabalho no Chile, passando pelas principais cidades da América do Sul. regressou ao seu país em 1825 e tornou-se arcebispo de Espoleto em 1827 e de Imola em 1832, onde a sua atenção para com os mais necessitados foi notória, suavizando a dura política praticada pelo cardeal Lambruschini.
Foi Gregório XVI quem o ordenou cardeal em 1839, ascendendo ao papado a 16 de Junho de 1846, adoptando o nome de Pio IX. Depois do de São Pedro, o seu pontificado foi o mais longo da Igreja, com uma duração de 32 anos, sendo ele todo orientado para a devoção a Maria.
Foi contemporâneo de figuras como Marx, Comte, Nietzsche, Darwin, Cavour, Bismarck e Napoleão III, mostrando desta forma o cenário tenso e conflituoso que se verificou durante o seu pontificado.
Resultante de uma separação entre conservadores e liberais, que era o caso de Pio IX, esta eleição ocorreu num panorama histórico e político complicado, onde factores como a derrota de Napoleão, a unificação da Itália e a perda dos Estados Pontifícios dificultaram a sua obra, tornando-o num dos maiores papas de sempre.
Marcado por diversas mudanças, o seu papado iniciou-secom uma amnistia a favor dos presos políticos ou exilados, que lhe valeu grande popularidade. Com a oposição dos jesuítas, Pio IX introduziu os jornais em Roma, permitindo uma maior liberdade de Imprensa. A sua acção durante o papado ficou marcada pelo reformismo e pela viragem para um sentido mais conservador.
Nas suas realizações é de referir a solene proclamação do dogma da Imaculada Conceição em 1854, reforçando o poder da Igreja em Espanha, Portugal e América Latina.
Também de referir são as sessões do primeiro Concílio do Vaticano, o Concílio Ecuménico Vaticano I, considerado o zénite do seu pontificado, que se iniciou em 1869 e terminou a 18 de Julho de 1870. O Papa João Paulo II desejava a beatificação de Pio IX, pois nutria uma grande admiração por este pontífice.
 
 
LEÃO XIII – CCLIV Papa de 1878 a 1903
 
A 18 de Fevereiro de 1978, o conclave elegeu para Papa o cardeal Vincenzo Gioacchino Pecci (2 de Março de 1810-20 de Julho de 1903), camerlengo da Igreja, que adoptou o nome de Leão XIII. Quebrando a tradição, a bênção urbi et orbi não foi dada do alto do balcão da basílica de São Pedro, mas do interior, em sinal de protesto contra a ocupação de Roma pelas tropas republicanas italianas. Leão XIII ascendeu a pontífice numa das mais difíceis épocas para a Santa Sé.
Pecci era natural de Carpineto, sendo oriundo de uma família da pequena nobreza natural de Siena. Realizou os seus estudos nos jesuítas de Viterbo e no Colégio Romano. Entrou na Academia dos Nobres Eclesiásticos, obtendo na Universidade La Sapienza a licenciatura em Direito Civil e em Direito Canónico.
Em 1837 recebeu as ordens sacerdotais e foi enviado para serviços diplomáticos nos Estados Pontifícios. Construiu uma brilhante carreira: foi delegado apostólico de Benevento e de Espoleto, onde combateu o banditismo, e núncio na Bélgica, onde fez as primeiras experiências sociais no campo apostólico e conheceu o funcionamento e as oportunidades oferecidas pelos regimes monárquicos constitucionais e parlamentares.
Em 1846, foi nomeado bispo de Perúgia, cidade onde viveu durante 32 anos, aperfeiçoando uma longa experiência pastoral, combatendo os liberais e promovendo uma nova política escolar e cultural. Aí, fundou a primeira Caixa de Poupança e instituiu o Monte de Piedade.
A actividade em Perúgia, conferiu-lhe notabilidade, o que conduziu à sua nomeação como cardeal em 1853, por Pio IX.
Entre 1859 e 1870 deu-se a reunificação da Itália e assunção de um Estado liberal no país, originando-se confrontos a todos os níveis com a Igreja. Demonstrando sempre uma visão e postura moderadas e abertas à comunicação, o cardeal Pecci começava a perfilar-se cada vez mais como papabili.
Iniciado a 20 de Fevereiro de 1878, o papado de Leão XIII traduziu-se numa aproximação da Igreja às realidades que o mundo moderno desenhava desde a Revolução Industrial e de todos os avanços científicos e tecnológicos.
No plano internacional, este Papa apaziguou as relações com os Estados, graças à assinatura de concordatas.
O prontificado de Leão XIII ficou ainda marcado pelo seu esforço de renovar cultural e espiritualmente a Igreja, através do ensino em escolas públicas e privadas.
Em 1883, incumbiu o cardeal Hergenrother de dirigir os Arquivos Secretos do Vaticano, permitindo que fossem consultados por qualquer pessoa que desejasse instruir-se. Fomentou o estudo da astronomia e das ciências naturais do Vaticano.
Instituiu novas hierarquias eclesiásticas e novas dioceses em África. A Igreja no Japão e nos Estados Unidos formam também alvo de reformas pelo Papa. Já no fim do seu pontificado, adoptou posições mais rígidas, como novas normas para a censura e um novo Índex.
 
 
  SÃO PIO X – CCLV Papa de 1903 a 1914
 
Eleito Papa a 4 de Agosto de 1903, São Pio X (2 de Julho de 1835-20 de Agosto de 1914) assumiu a chefia da Igreja Católica a 4 de Agosto de 1903, numa altura bem delicada. Nascido Giuseppe Melchiorre Sarto, em Riese, levou o seu pontificado até à hora da sua morte e revelou-se um Papa reformador que teve sempre a preocupação de se adaptar aos novos tempos. Contudo, a sua inflexibilidade notou-se no combate ao Modernismo – uma corrente que desafiava o Direito Canónico.
Proveniente duma família modesta e numerosa, Giuseppe Sarto estudou Direito Canónico e a obra de São Tomás de Aquino. Ordenado sacerdote em 1858, foi pároco em Salzano e professor no Seminário de Treviso. Foi eleito bispo de Mântua a 10 de Novembro de 1884 e dois anos depois ascendeu a patriarca de Veneza, onde acabou por desenvolver um grande trabalho pastoral.
Sem temer o desencadeamento de uma crise com a França, São Pio X condenou o presidente francês Emílio Loubet pelo facto de este ter visitado Victor Emanuel III, rei de Itália, com quem a Igreja se encontrava de relações cortadas desde a tomada dos Estados Pontifícios, em 1870.
São Pio X introduziu diversas reformas na liturgia, tendo facilitado a participação popular na eucaristia.
Os decretos eucarísticos formalizados por Pio X passaram com grande facilidade para o Código Canónico. Outros papas que se seguiram vieram confirmar esta vontade de Pio X, inclusive João Paulo II, que permitiu que se mantivesse a disciplina da comunhão das crianças que continua em vigor até aos dias de hoje.
Considerado um homem de pulso firme, São Pio X governou o trono de São Pedro numa altura em que a Igreja enfrentava um forte laicismo e várias tendências de modernismo.
Na Sapienti Consilio, São Pio X perspectivava a unificação das leis eclesiásticas no Código de Direito Canónico. Dos seus efeitos, salienta-se o restabelecimento da sacra Rota Romana, suprimida em 1870, para as causas judiciárias, no sentido de as congregações perderem as competências em tal área e tornarem-se órgãos exclusivamente administrativos.
Esta constituição apostólica foi sancionada e completada no código do Direito Canónico, promulgado por Bento XV, em 1917, tendo permanecido quase sem alterações até 1967.
Foi durante o pontificado de São Pio X, no dia 5 de Outubro de 1910, que o movimento republicano português acabou por triunfar, criando a lei anti-clerical. Na sequência , o Vaticano cortou relações diplomáticas com Portugal, e os prelados portugueses em relação ao regime, até ao golpe de Estado de Sidónio Pais, em 1917.
Beatificado em 1951 e canonizado por Pio XII em 1954, São Pio X faleceu na noite de 19 para 20 de Agosto de 1914, vendo a Europa envolvida na Primeira Guerra  Mundial.Os seus restos mortais foram trasladados para a capela da Apresentação da basílica de São Pedro, onde foi erguido um monumento fúnebre em sua memória.
 
(Continua...)
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SÃO NICOLAU TOLENTINO
Setembro 10 Sacerdote (1245-1305),

 

Nicolás de Tolentino, Santo

Nicolás de Tolentino, Santo

Patrono das almas do purgatório

 

Até 1800 mais ou menos, este São Nicolau foi um dos grandes santos da cristandade, com muito espalhado culto, verdadeiramente popular; o seu crédito (humano) parece ter diminuído muito desde essa altura. Nasceu por 1245, nas Marcas, Itália. Segundo o seu biógrafo contemporâneo Pedro de Monte Tubiano, os seus pais estavam tristes por não terem filhos; foram convidados em sonhos a ir em peregrinação a Bari, onde São Nicolau de Mira apareceu prometendo-lhes um menino. Por gratidão, foi ele chamado Nicolau no baptismo. Estando já velho e doente, contou ao enfermeiro que, sendo muito novo, via o Menino Jesus na hóstia da elevação. Pelos 20 anos, sendo já cónego,  foi conquistado pela pregação dum eremita de Santo Agostinho e entrou nessa Ordem. Mostrou-se muito zeloso e mortificado. Ordenando-se padre por 1270, foi enviando para o eremitério de Pésaro. Era tão fervoroso que celebrava Missa todos os dias, diz-nos o seu referido biógrafo. Sendo hebdomadário, isto é, encarregado de celebrar a Missa conventual durante uma hebdómada (quer dizer, uma semana), viu certo dia uma alma do purgatório que lhe pedia celebrasse por ela. Desculpou-se; sendo hebdomadário, não podia. A alma insistiu e mostrou-lhe uma multidão desses espíritos ávidos de socorro. De manhã, pediu ao prior licença de celebrar pelos defuntos durante a semana. Passados sete dias, a sombra suplicante reapareceu com alegria para agradecer; ela e várias outras tinham sido libertadas, graças às celebrações dele. Veio para Tolentino, vila das Marcas. Um dia visitou um primo seu, prior dum priorado confortável. Este insistiu para que deixasse uma vida miserável e se viesse fixar junto dele. Nicolau pôs-se a rezar na Igreja desse mosteiro. Ora apareceram-lhe 20 jovens vestidos de branco e com os rostos resplandecentes. Cantavam: «Em Tolentino, em Tolentino, em Tolentino, será o teu fim. Mantém-te na tua vocação! Nela estará a tua salvação». E Nicolau, afastando o primo tentador, tomou logo o caminho de Tolentino. Retomou a vida austera no mosteiro dos eremitas donde vinha. Devia aí passar os últimos 30 anos de vida, de 1275 a 1305. Comia tão pouco que ficou doente. O seu prior quis-lhe dar um pouco de carne mas em vão. Chamou-se o prior geral. Nicolau, vencido pela santa obediência que professara, consentiu e engoliu um pedacito: «Já obedeci, não me aborreçam mais com gulodices». E Deus curou-o. Jejuava a pão e água às segundas, quartas e sextas, e aos sábados em honra de Maria Santissima. Tanta austeridade trouxe-lhe dores articulares do estômago e da cabeça e ainda perturbações na vista. Perguntava a si mesmo se tanto rigor agradava ou não a Deus, mas o Senhor apareceu-lhe em sonho e confortou-o. Caindo ele de novo doente, curou-se, por indicação de Nossa Senhora, comendo um pedaço de pão molhado em água, depois de fazer o sinal da cruz. Daí veio o costume de benzer pães em honra de São Nicolau, destinados a robustecer os fracos. Nicolau trazia sobre a pele cadeias metálicas, tecidos ásperos e irritantes. Rezava entre as horas canónicas, a que era notavelmente fiel: de completas ao canto do galo, de matinas até à aurora, da Missa (se não tinha confissões) até terça, e de noa até vésperas (se não tinha obrigações impostas pela obediência). Rezava na Igreja, perto dum altar, ou na cela. Nesta dispusera duas lajes: uma para se ajoelhar; a outra, em caso de cansaço, para apoiar os antebraços; o frio destas pedras livrava-o da sonolência. E o demónio apresentou-se um dia: «Eu sou Belial, para espicaçar a tua santidade». Tinha-lhe escondido parte da túnica, quando o eremita estava ocupado em cosê-la. Uma noite, Belial tanto maltratou Nicolau que os irmãos, despertados com o barulho, tiveram de o levar ferido numa cama. Desde então precisou dum bastão para andar. esta invalidez não o impedia de visitar os pobres e os doentes. Tinha o segredo das palavras animadoras. Quando pregava, o auditório ficava contentíssimo. No confessionário oferecia a alguns cumprir a penitência em vez deles. dava às vezes uma penitência mínima por uma falta considerável. O importante era, para ele, o movimento de contrição sincera. Era apertado para ele, largo para os outros. Punha o bem comum acima dos seus interesses particulares. O seu biógrafo Pedro conta várias curas que ele obteve do céu. Detém-se demoradamente a falar dum astro maravilhoso que brilhou por cima do Santo nos seus últimos anos e lhe iluminou o túmulo algum tempo. Durante os seus seis últimos meses, Nicolau ouviu cada noite, antes de matinas, anjos a cantar. Quando sentiu a morte próxima, mandou vir os irmãos, rogou que lhe perdoassem e suplicou ao prior que lhe concedesse o Viático, contra Belial. Recebeu a absolvição e a Eucaristia. Foi colocada à sua vista uma relíquia da cruz. Algumas das nossas fontes atribuem ao moribundo dizeres muito poéticos: «Com este omnipotente bastão, serei capaz de atravessar o Jordão desta vida, passar o rio do paraíso transparente com o cristal, e chegar à árvore da vida de Jesus Cristo». Beijou a relíquia e depois disse ao enfermeiro: «Sobretudo não te esqueças de me entoar ao ouvido Dirupisti cincula mea (Quebraste as minhas cadeias, e imolar-vos-ei um sacrifício de louvor – Slm 115, 16). Fraco como estou, se nada pudesse dizer de mim mesmo, poderia ao menos rezar este texto de cor, ó meu Senhor». A voz do moribundo tornava-se alegre e como que transfigurada. Perguntavam-lhe: «Donde vem essa alegria, meu padre? – respondeu: Deus está presente, e meu Deus Jesus Cristo, com sua Mãe e o nosso Pai Agostinho, que me diz: Bravo, bom e fiel servo!» (cfr. Mt 25, 23). Estes belos textos litúrgicos, cantados outrora na esperança, cantava-os agora face a face. Os irmãos rezaram as orações dos agonizantes, e ele entregou-se a Deus como Cristo na cruz (Lc 23, 46): ergueu as mãos para o céu, levantou os olhos para a relíquia da cruz e entregou a alma ao Senhor com um  ar sossegado e alegre». O Papa de Avinhão, João XXII, não pôde, por causa da morte (1334), fazer a canonização. Só o canonizou Eugénio IV, em 1447. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.  Ver também www.es,catholic e www.santiebeati.it

Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.  Ver também www.santiebeati.it e www.es.catholic.net/santoral



SANTA PULQUÉRIA
Setembro 10

Imperatriz (453)

Pulqueria, Santa

Pulqueria, Santa

Imperatriz

Martirológio Romano: Em Constantinopla, santa Pulquéria, defensora e promotora da fé ortodoxa (453).

«É a vós que se deve a supressão dos escândalos suscitados pelo espírito do mal; graças ao vosso esforço, toda a terra está presentemente unida na mesma confissão de fé». Foi com estas palavras que o papa S. Leão prestou homenagem à imperatriz Pulquéria, digna neta de Teodósio Magno. Tinha ela sido baptizada por João Crisóstomo em Constantinopla e, muito nova ainda, tinha feito voto de virgindade, juntamente com as duas irmãs mais novas. Quando morreu Arcádio, seu pai, foi proclamada “augusta”, tendo apenas quinze anos, e passou a governar, sob a tutela de Teodósio II, dois anos mais novo do que ela; em 414, assumiu todas as responsabilidades do governo. Raras vezes se viu tanta prudência aliada a tamanha precocidade; o Império do Oriente gozou da maior tranquilidade durante o seu governo. Quando Teodósio II chegou aos vinte anos, Pulquéria concorreu para que ele desposasse Atenais, filha dum filosofo pagão de Atenas e tão formosa como erudita. Baptizada com o nome de Eudóxia, a princípio ela sujeitou-se ao ascendente que Pulquéria exercia sobre o ânimo de seu marido, mas, com o andar dos tempos, passou a ressentir-se disso, perseguiu a cunhada e obrigou-a a retirar-se para o campo. Pulquéria conservou-se afastada durante três anos, até que, em 450, S. Leão lhe pediu encarecidamente que viesse em auxílio da ortodoxia ameaçada. Condenado pelo concílio de Éfeso em 431, o patriarca Eutiques tinha, com efeito, caído nas boas graças do imperador, e a heresia triunfava então, com a sua pessoa, na sé de Constantinopla. Bastou que Pulquéria aparecesse na corte para acabar com os abusos de que era vítima seu irmão e conseguir que o concílio de Calcedónia condenasse o Eutiquianismo e os seus adeptos. Entretanto, deu-se a morte de Teodósio e o afastamento de Eudóxia, o que tornou Pulquéria senhora absoluta do Império, ameaçado nessa altura por Átila. A fim de estabilizar a sua autoridade, Pulquéria resolveu casar com o general Marciano, oito anos mais novo do que ela, e só teve que se felicitar pela resolução que tomou, pois Marciano respeitou o seu voto de continência, perseguiu os partidários de Nestório e de Eutiques, e obrigou Átila a afastar-se das fronteiras. Faleceu Santa Pulquéria em 453. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.  Ver também www.santiebeati.it e www.es.catholic.net/santoral

Sebastião Kimura e 51 companheiros, Beatos
Setembro 10 Mártires no Japão,

Sebastían Kimura y 51 compañeros, Beatos

Sebastião Kimura e 51 companheiros, Beatos

Mártires

Martirológio Romano: Em Nagasaki, de Japão, beatos Sebastião Kimura, da Companhia de Jesus, Francisco Morales, da Ordem de Pregadores, presbíteros, e cinquenta companheiros mártires, entre sacerdotes, religiosos, matrimónios, jovens, catequistas, viúvas e crianças, todos os quais morreram por Cristo, martirizados com cruéis tormentos numa colina ante ingente multidão (1622).
Data de beatificação: Em 7 de Julho do ano 1867, o papa Pio IX beatificou a 205 mártires no Japão, hoje recordamos o grupo que recebeu a palma do martírio em 10 de Setembro de 1622.


Os cinquenta companheiros são:


Beato Angel Orsucci, presbítero dominico,
Beato Alfonso de Mena, presbítero dominico,
Beato José de San Jacinto de Salvanés, presbítero dominico,
Beato Jacinto Orfanel, presbítero dominico,
Beatos Domingo del Rosario y Alejo, religiosos dominico;
Beato Ricardo de Santa Ana, presbítero de la Orden de Hermanos Menores,
Beato Pedro de Avila, presbítero de la Orden de Hermanos Menores,
Beato Vicente de San José, religioso de la Orden de Hermanos Menores;
Beato Carlos Espínola, presbítero jesuíta,
Beato Gonzalo Fusai, religioso jesuíta,
Antonio Kiuni, religioso jesuíta,
Beato Tomás del Rosario, religioso jesuíta,
Beato Tomás Akahoshi, religioso jesuita,
Beato Pedro Sampo, religioso jesuita,
Beato Miguel Shumpo, religioso jesuita,
Beato Luis Kawara, religioso jesuita,
Beato Juan Chugoku, religioso jesuita;
Beato León de Satsuma,
Beato Lucía de Freitas;
Beatos Antonio Sanga,
catequista, y Magdalena, cónyuges;
Beatos Antonio Coreano, catequista, y María, cónyuges, con sus hijos Juan y Pedro;
Beatos Pablo Nagaishi y Tecla, cónyuges, con su hijo Pedro;
Beatos Pablo Tanaka y María, cónyuges;
Beatos Domingo Yamada y Clara, cónyuges;
Beatos Isabel Fernández, viuda del beato Domingo Jorge, con su hijo Ignacio;
Beata María, viuda del beato Andrés Tokuan;
Beata Inés, viuda del beato Cosme Takeya;
Beata María, viuda del beato Juan Shoun;
Beata Dominica Ogata,
Beata María Tanaura,
Beatas Apolonia
y Catalina, viudas;
Beato Domingo Nakano, hijo del beato Matías Nakano;
Beato Bartolomé Kawano Shichiemon;
Beatos Damián Yamichi Tanda y su hijo Miguel;
Beato Tomás Shichiro,
Beato Rufo Ishimoto;
Beatos Clemente (Bosio) Vom y su hijo Antonio.

PADRE SEBASTIÁN KIMURA
El beato Sebastián Kimura era descendiente de uno de los primeros convertidos y bautizados en Hirado por san Francesco Javier y pariente de otros dos mártires japoneses, Leonardo y Antonio, quienes también llegarían a ser beatificados.
Kimura nació en Firando en el 1565 en una familia convertida al catolicismo, al ser bautizado recibió el nombre de Sebastián. A partir de los 11 años, se dedicó al servicio de la iglesia de los Jesuitas en la ciudad de Firando, luego fue enviado a Bungo al Seminario Jesuita; cuando contaba ya con 19 años solicitó y consiguió ser admitido en la orden de San Ignacio. Siendo seminarista fue catequista en Meaco y en el distrito del Scimo, luego se trasladó al colegio de Macao en China para estudiar teología.
En el septiembre de 1601, volvió a Japón, y fue ordenado sacerdote en Nagasaki, el primero en ser ordenado en Japón, y pronto se conoció que estaba dotado de una sobresaliente elocuencia.
Cuando arreció la segunda feroz persecución contra los cristianos, el Padre Kimura demostró ser muy hábil para el camuflaje y el disfraz y así evitar ser detectado por los espías, entre sus variados personajes constan los de: soldado, comerciante, campesino, verdulero y médico. De este modo logró penetrar hasta en los lugares más peligrosos de las cárceles para confortar a los futuros mártires.
Al conocerse que estaba siendo investigado, el Padre Provincial de los jesuitas, le exhorta a alejarse lo más pronto posible de Nagasaki, pero fue demasiado tarde, el 30 de junio de 1621, traicionado por una esclava coreana, el padre Kimura fue detenido mientras era huésped en casa del católico Antonio de Corea, con él también fueron aprendidos sus catequistas y encerrados en la prisión de Suzuta, dónde ya estaba como prisionero por cuatro años, padre Carlo Spinola (1564 -1622) y cuatro novicios.
Las condiciones de vida de los prisioneros eran terribles, la cárcel se encontraba sobre una cumbre montañosa, helada y expuesta a todos los vientos, les fue dada una sola manta para todos, como alimento tan sólo un poco de arroz y dos sardinas, apenas lo justo para mantenerlos con vida pero sin saciar el hambre. Las condiciones higiénicas también eran miserables, no podían lavar ni un paño y tampoco contaban con un poco de sol.
El período pasado en esta terrible cárcel, lo vivieron apoyados en la oración, penitencia y en fervorosas charlas espirituales.
Por fin el 9 de septiembre de 1622 llegó el orden de trasladar los prisioneros a Nagasaki al grupo de prisioneros integrado por el padre Kimura, el padre Spinola y otros 22 católicos entre novicios y fieles, quienes ya habían sido condenados a muertas por el gobernador Gourocu. Este grupo fue unido a otros procedentes de cárceles locales y transportados en barcos hasta Nagaic y de allí sobre mulos hasta la cima de las colinas que dominan Nagasaki, dónde ya estaban listos los palos y la leña para quemarlos vivos.
PADRE RICARDO DE SANTA ANA
Nació en Ham-sur-Heure (Bélgica) el año 1585. Siendo muy niño, en las afueras de su pueblo lo atacó un lobo, y salvó la vida gracias a la intercesión de Santa Ana, Madre de la Virgen María, a la que había invocado la madre del niño. Pronto se trasladó a Bruselas para aprender el oficio de sastre. A los diecinueve años de edad, a raíz de la crisis que le provocó la trágica muerte de un compañero suyo, entró en la Orden Franciscana en el convento recoleto de Nivelles, provincia del Brabante valón. Cumplido el año de noviciado, profesó la Regla de San Francisco como religioso laico el 13 de abril de 1605, cambiándose el nombre de Lamberto por el de Ricardo.
Estando en Roma, adonde lo habían enviado los superiores para hacer algunas gestiones, conoció en el convento de Aracoeli a Fr. Juan Pobre de Zamora, y, al oír el relato de los frailes que habían sido martirizados en Japón, se entusiasmó y pidió licencia para unirse también él al grupo de frailes destinados a las misiones de Oriente. Acompañó a Fr. Juan en su regreso a España, donde se afilió a la Provincia descalza de San José como el medio más a propósito para pasar a las Filipinas. En 1607 salió de España y, después de una larga permanencia en México, llegó a Manila en 1609 ó 1611. Poco después, el P. Provincial, viendo el talento de Fr. Ricardo y sabiendo que ya había hecho algunos estudios, le mandó que completara la carrera eclesiástica. No sabemos con seguridad si la ordenación sacerdotal la recibió en Filipinas o en México.
Ya sacerdote, hizo su primera entrada en Japón el año 1613. Pero en diciembre del mismo año, el ex-shogun Ieyasu dio un decreto por el que desterraba del imperio a todos los misioneros, decreto que empezó a ponerse en práctica en febrero de 1614. La mayor parte de los religiosos y algunos cristianos japoneses significados embarcaron unos para Macao y otros para Manila, y entre éstos últimos iba Fr. Ricardo. En la capital filipina, habida cuenta de sus virtudes y de sus condiciones personales, lo nombraron sacristán del convento de San Francisco y luego confesor y maestro de novicios.
En 1617 volvió a Japón para atender y confortar desde la clandestinidad a los cristianos. Sufrió lo indecible por la estricta y cruel persecución de que eran objeto los misioneros, que tenían que buscar refugio en montes, bosques, cavernas, hornos o espacios angostos de las casas donde nadie pudiera encontrarlos, sabiendo que quienes los acogían se exponían a su vez a perder sus bienes y hasta la propia vida. Además, tenían que cuidarse mucho de los cristianos renegados. Y precisamente, uno de éstos, a los que prestaba particular atención con el fin de reintegrarlos en la Iglesia, lo denunció a las autoridades, las cuales lo encontraron, gravemente enfermo, en casa de la beata Lucía Freitas el día 4 de noviembre de 1621 y lo llevaron a la cárcel de Nagasaki, donde coincidió con Fr. Pedro de Ávila y Fr. Vicente de San José entre otros. Al mes siguiente los trasladaron a la no menos nauseabunda cárcel de Omura, donde se encontraron con muchos compañeros de su Religión, entre ellos el beato Apolinar Franco, y de otras Órdenes. En medio de las penalidades de todo género que tenían que soportar, los frailes se ayudaban y confortaban unos a otros y trataban de llevar una vida lo más semejante posible a la de cualquiera de sus conventos.
El 27 de agosto de 1622 entró en la cárcel uno de los gobernadores de Omura para cerciorarse del número y nombre de los presos, después de lo cual mandó redoblar los centinelas; era un mal presagio para las víctimas. Y el 9 de septiembre siguiente fueron a la misma cárcel varios jueces para intentar una vez más que los prisioneros abjuraran de su fe; pero no hicieron mella en los misioneros ni los halagos ni la suerte que habían corrido días antes los beatos Luis Flores y Pedro de Zúñiga, por lo que, viéndoles cada vea más firmes en su fidelidad a Cristo, determinaron ya quiénes habían de ser sacrificados en Nagasaki y quiénes en Omura. Cuando les notificaron la sentencia que los condenaba a morir en el reino en que habían sido detenidos, los misioneros redoblaron la ayuda mutua y las alabanzas y acción de gracias al Señor, aunque tristes porque los iban a separar a la hora del sacrificio. Mientras llegaba la hora suprema, se exhortaban y se confesaban unos a otros.
PADRE PEDRO DE ÁVILA
Nació en la Palomera de Ávila, cerca de Ávila (España), el año 1592, y de joven vistió el hábito franciscano en la Provincia descalza de San José. Ordenado de sacerdote, se dedicó a la predicación, la dirección espiritual y las obras de caridad. En una expedición misionera, organizada por el beato Luis Sotelo, marchó a Filipinas en 1617 y a Japón en 1619. El 17 de diciembre de 1620 fue detenido, y sufrió crueles tormentos en diversas cárceles, sin más consuelo que la compañía de otros hermanos, hasta su martirio.
PADRE CARLOS SPINOLA
Carlos Spinola, hijo de Octavio, conde de Tessarolo, nació en 1564, no se sabe bien si en Génova o en Praga, en donde su padre estaba al servicio de Rodolfo II de Asburgo. Pasó su juventud con su tío Felipe obispo de Nola, impregnándose en los estudios clásicos y en la práctica del arte caballeresca.
A los 20 años, enterado del martirio del jesuita Rodolfo Acquaviva en la India, entró en una crisis de identidad, que lo llevó a entrar en la Compañía de Jesús (21 de diciembre de 1584). Hizo el noviciado en Nápoles, en Lecce, bajo la guía de San Bernardino Realino, teniendo de compañero de estudio a San Luis Gonzaga. Terminados los estudios de filosofía y teología fue ordenado sacerdote en Milán, en 1594.
Dos años después, en 1596, pese a la contrariedad de su familia, solicitó ir a ejercer su ministerio en la Misión de Japón, partió el 10 de abril, durante el viaje, una tempestad lo llevó a las costas del Brasil y después fue tomado prisionero por los ingleses que lo llevaron a Inglaterra.
Una vez en libertad, volvió a Lisboa, y partió hacia el Japón con un compañero, Angelo de Angelis. Llegó a Nagasaki nel 1602 después de un viaje durante el que fue atormentado por una grave enfermedad que lo golpeó después de tocar los puertos de Goa y Macao. Durante once años, llevó a cabo un intenso apostolado en las regiones de Arie y Meaco, constituyendo una eficaz escuela de catecismo y convirtiendo cerca de cincuenta mil japoneses.
Fue nombrado procurador del la provincia jesuítica y en 1611, vicario del padre Provincial Valentino Carvalho. Al estallar la persecución contra los cristianos de 1614, tuvo que vivir en la clandestinidad bajo un nombre falso, sin acatar la orden de expulsión y cambiando continuamente de domicilio para no ser descubierto. Ejercía su ministerio sacerdotal durante la noche, en las casas de los cristianos, , confesando, enseñando y celebrando Misa; finalmente fue sorprendido el 14 de diciembre de 1618, junto con el catequista Giovanni Kingocu y otro cristiano, Ambrosio Fernandez, en la casa de Domingo Jorge, que morirá mártir un año después, mientras su mujer Isabel y su hijo Ignasio, fueron arrestados y llevados prisionerso junto con el padre Carlo Spinola y los otros.
Después de cuatro larguísimos años en prisión, en condiciones infrahumanas, durante los cuales, a pesar de las varias enfermedades que lo aquejaban, el padre Spinola fue el continuo sostén de sus compañeros de prisión.
A principios de septiembre de 1622, por orden del gobernador Gonrocu, fue conducido a Nagasaki, junto con otros 23 compañeros de prisión; a algunos se los decapitó, y a otros, entre los cuales se hallaba Carlos Spinola fueron quemado a fuego lento. A causa de su debilidad, fue uno de los primeros en morir.
VICENTE (RAMÍREZ) DE SAN JOSÉ
Nació en Ayamonte, provincia de Huelva en España, el año 1597. Emigró pronto a México, y a los 18 años de edad vistió el hábito franciscano, como hermano lego, en el convento de Santa Bárbara de la Puebla de los Ángeles, perteneciente a la Provincia de San Diego de México, y profesó el día 18 de octubre de 1616. En 1618 pasó a las islas Filipinas, y al año siguiente a Japón, donde fue detenido y luego compartió con el beato Pedro y otros frailes cárceles, y el martirio el 10 de septiembre de 1622. Era un religioso humilde, ordenado, trabajador y muy agradable a todos.
LEÓN DE SATSUMA
Japonés de nacimiento, era natural de un pueblo del reino de Saziuma. Pertenecía a la Tercera Orden Franciscana y era clérigo minorista. Fue siempre dóxico o catequista y colaborador del beato Ricardo de Santa Ana, al que prestó una gran ayuda. Era hombre sensato y capaz, sin dobleces y muy sufrido, y que a todos edificaba con su comportamiento. Cuando prendieron al beato Ricardo y a la beata Lucía Freitas, no estaba él en la casa, porque había ido a catequizar en la fe a algunos que querían ser cristianos. Al enterarse de lo sucedido, grande fue el disgusto de León, que fue a los alguaciles y les dijo: pues habéis prendido a mi maestro y padre, prendedme a mí también, que soy su compañero y dóxico, que si él tiene culpa, también yo la tengo, pues la misma fe y ley profeso, y también predico yo como él. Habiendo repetido esto y otras cosas parecidas, fue detenido por los alguaciles y puesto en prisión con el beato Ricardo, lo que ellos, con gran consuelo de ambos, celebraron cantando el Te Deum laudamus. Muy enfermo estaba el P. Ricardo, pero no le faltaban fuerzas para ejercitarse en las divinas alabanzas, ni paciencia para llevar en tan cruel prisión una gran enfermedad sin regalo alguno ni medicinas, antes hambre y toda clase de privaciones.
LUCÍA DE FREITAS
Lucía de Freitas o Fletes nació en Nagasaki en 1542 de familia noble, y contrajo matrimonio con el rico comerciante portugués Felipe de Fletes. De ella dice el P. Diego de San Francisco, misionero de Japón en aquel tiempo: El Señor la había dotado de muchas virtudes y devoción, y particularmente lucieron en ella la hospitalidad y el deseo del martirio. Profesó en la Tercera Orden de San Francisco. Su casa fue siempre una hospedería de todos los religiosos y ministros del Evangelio, que iban allí a esconderse de las persecuciones, a pedir de comer y otras cosas necesarias para el sustento y vestido, y a curarse de sus enfermedades, como si fuera la madre de los sacerdotes, y así la llamábamos todos, madre. Era como para alabar a Dios ver la alegría y caridad con que acudía en ayuda de los perseguidos sacerdotes del Altísimo, lo que no molestaba a su marido que era un gran cristiano. Era una mujer muy varonil, espiritual y fervorosa. Cuando supo que un débil cristiano había abjurado de su fe en presencia del Teniente del Gonrrocu, fue a la casa de éste y, en presencia del mismo y de mucha gente, llena de espíritu y de celo de Dios, reprochó con vehemencia al renegado lo que había hecho, y lo invitó cordialmente a arrepentirse y volver a Dios. El Teniente del Gobernador y sus acompañantes, oyendo las razones de Lucía, se turbaron, y ardiendo de ira al ver la osadía tan varonil de una mujer, le dijeron: ¿Cómo te has atrevido a hablar tales cosas con tan poco respeto del Teniente y de los que con él estamos?, ¿no temes el castigo que te podemos dar por tan grande atrevimiento? Pero ella respondió sin turbación alguna: Sólo temo al Dios del cielo..., a vosotros no os temo ni temo vuestros tormentos, que bien sé que, tarde o temprano, he de morir a vuestras manos por la confesión de la fe, y eso es lo que busco y deseo. El Teniente no quiso mandar que la detuvieran, sólo dijo que la dejasen como a loca, y la echaron de allí.
Cuando el 4 de noviembre de 1621 detuvieron al P. Ricardo en casa de Lucía, ésta quedó confinada en su casa como cárcel, le pusieron guardas y le confiscaron sus bienes. No tardaron en encerrarla en la cárcel de Nagasaki. El 10 de septiembre de 1622, cuando ya estaban en el lugar del martirio los presos procedentes de la cárcel de Omura, llegó allí el grupo de los encarcelados en Nagasaki, capitaneados por la beata Lucía de Freitas, que vestía el hábito de la Tercera Orden Franciscana y traía en sus manos un crucifijo. Iba predicando y animando por el camino a todos los demás, particularmente a las mujeres, con tanto espíritu y fervor como pudiera hacerlo un predicador. Los ministros de justicia y los verdugos, no pudiendo sufrir la actitud de Lucía, le quitaron el crucifijo de las manos y le arrancaron el hábito de la Orden de San Francisco, pero ella continuó exhortando a todos, alabando a Dios y entonando el Magníficat, por lo que le dieron bofetadas, golpes y malas tratos hasta llegar al brasero en que iba a ser quemada. Así, en el grupo que llegó de Omura fue Pedro de Ávila el predicador, y en el grupo procedente de Nagasaki lo fue lucía de Freitas, y en semejante ministerio permanecieron durante el martirio dando muestras de gran entereza humana y de firmeza en la fe.
EL MARTIRIO
El suplicio de la hoguera lo recibieron 22 de ellos, mientras que los otros 30 fueron decapitados, era el 10 de septiembre de 1622. El padre Kimura y el padre Carlo Spinola estuvan entre aquellos quemados en la hoguera; para hacer más largo el tormento la leña fue arreglada formando un amplio círculo.
A la bárbara ejecución, que duró tres horas, asistió una inmensa muchedumbre esparcida sobre los cerros y sobre barcos en el mar; el padre Sebastián Kimura, primer sacerdote del Japón, fue el último del grupo en morir, después de habar permanecido inmóvil por tres horas, atado con los brazos en cruz, sin que el fuego lo haya alcanzado.

BIBLIOGRAFÍA: www.santiebeati.it
www.franciscanos.org
ar.geocities.com/misa_tridentina01

Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

94361 > Beati 52 Martiri di Nagasaki 10 settembre MR
90213 > Sant' Agabio di Novara Vescovo 10 settembre MR
90864 > Beato Alfonso de Mena Martire 10 settembre
93306 > Sant' Ambrogio Edoardo Barlow Sacerdote benedettino, martire 10 settembre MR
90801 > Beato Angelo Orsucci Martire 10 settembre
94353 > Beati Antonio e Maddalena Sanga Sposi e martiri 10 settembre
69740 > Sant' Auberto di Avranches Vescovo 10 settembre MR
61426 > Beata Vergine Maria della Vita Patrona degli ospedali della città e diocesi di Bologna 10 settembre
90926 > Beato Carlo Spinola Gesuita, martire 10 settembre
90874 > Beato Francesco de Morales Martire 10 settembre MR
90878 > Beato Giacinto Orfanell Martire 10 settembre
69760 > Beato Giacomo Gagnot Sacerdote carmelitano, martire 10 settembre MR
90881 > Beato Giuseppe di San Giacinto Martire 10 settembre
94350 > Beata Maria Tanaura Martire giapponese 10 settembre
94354 > Beata Maria Xoum Yochida Moglie del Beato Giovanni, martire 10 settembre
94404 > Sante Menodora, Metrodora e Ninfodora Martiri in Bitinia 10 settembre
69720 > Santi Nemesiano, Felice, Lucio, Litteo, Poliano, Vittore, Iader e Dativo 10 settembre MR
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93396 > Beati Paolo e Maria Tanaca Sposi e martiri 10 settembre
94712 > Beati Paolo e Tecla Nangaichi, sposi, ed il figlio Paolo Martiri giapponesi 10 settembre
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93570 > Beato Riccardo di Sant'Anna Francescano, martire 10 settembre
69730 > San Salvio di Albi Vescovo 10 settembre MR
92711 > Beato Sebastiano Kimura Primo sacerdote giapponese, martire 10 settembre MR
69770 > San Sostene di Calcedonia Martire 10 settembre
93282 > San Teodardo di Tongress Vescovo e martire 10 settembre MR
69780 > San Vittore di Calcedonia Martire 10 settembre
90725 > Beato Xumpo (Michele) Martire in Giappone 10 settembre

http:  www.es.catholic.net/santoral  -  www.santiebeati.itwww.jesuitas.pt (livro SANTOS DE CADA DIA)

 

António Fonseca

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