sábado, 11 de setembro de 2010

Nº 1122 - 11 DE SETEMBRO DE 2010 - PAPAS, SANTOS DE CADA DIA, ETC…

 

PAPAS DA IGREJA CATÓLICA
Resumo:
PAULO IV  -  CCXXI Papa de 1555 a 1559 - PIO IV – CCXXII Papa de 1559 a 1565 - SÃO PIO V  - CCXXIII Papa  de 1556 a 1572  - GREGÓRIO XIII – CCXXIV  Papa de 1572 a 1585 - SISTO V  – CCXXV  Papa de 1585 a 1590 - URBANO VII  -  CCXXVI Papa em 1590  -  GREGÓRIO XIV – CCXXVII Papa de 1590 a 1591 - INOCÊNCIO IX  - CCXXVIII Papa  em 1591 - CLEMENTE VIII – CCXXIX  Papa de 1592 a 1605 - LEÃO XI  – CCXXX  Papa em 1605 - PAULO V  – CCXXXI  Papa de 1605 a 1621   - GREGÓRIO XV  -  CCXXXII Papa de 1621 a 1623- URBANO VIII – CCXXXIII Papa de 1623 a 1644INOCÊNCIO X -  CCXXXIV Papa de 1644 a 1655ALEXANDRE VII  - CCXXXV Papa  de 1655 a 1667 CLEMENTE X – CCXXXVI Papa de 1670 a 1676  - INOCÊNCIO XI  -  CCXXXVII Papa de 1676 a 1689  - ALEXANDRE VIII – CCXXXVIII Papa de 1689 a 1691  - INOCÊNCIO XII -  CCXXXIX Papa de 1691 a 1700  - CLEMENTE XI  - CCXL Papa  de 1700 a 1721  -  INOCÊNCIO XIII – CCXLI Papa de 1721 a 1724  -  BENTO XIII– CCXLII Papa de 1724 a 1730  - CLEMENTE XII  -  CCXLIII Papa de 1730 a 1740  -  BENTO XIV – CCXLIV Papa de 1740 a 1758  - CLEMENTE XIII -  CCXLV Papa de 1758 a 1769  -  CLEMENTE XIV  - CCXLVI Papa  de 1769 a 1774  -  PIO VI – CCXLVII Papa de 1775 a 1799  - PIO VII – CCXLVIII Papa de 1800 a 1823   -  LEÃO XII  -  CCXLIX Papa de 1823 a 1829PIO VIIII – CCL Papa de 1829 a 1830GREGÓRIO XVI -  CCLI Papa de 1831 a 1846PIO IX  - CCLII Papa  de 1769 a 1774  LEÃO XIII – CCLIII Papa de 1878 a 1903  -  SÃO PIO X – CCLIV Papa de 1903 a 1914
Hoje, dia 11-9-2010, falar-vos-ei de mais SEIS Papas
BENTO XV  -  CCLV Papa de 1914 a 1922
Nascido no seio de uma família aristocrata, o genovês Giacomo Paolo Battista della Chiesa (21 de Novembro de 1854-22 de Janeiro de 1922) era o terceiro dos quatro filhos do marquês Giuseppe e da marquesa Giovanna Migliorati.
Futuro Papa Bento XV, doutorou-se em Direito, em 1875, pela Universidade de Génova e em 1878 recebeu as ordens sacras e foi ordenado presbítero. Os seus estudos teológicos foram aperfeiçoados na Universidade Gregoriana, na cidade de Roma.
Foi ordenado sacerdote e ingressou na Accademia dei Nobili Ecclesiastici, a escola diplomática do Vaticano. Foi assistente na secretaria de Estado do Vaticano e em 1901 foi eleito subsecretário de estado. Mais tarde, a 16 de Dezembro de 1907 foi nomeado arcebispo de Bolonha, pelo Papa Pio X, onde prestou serviços com um grande zelo pastoral. Sete anos depois, no dia 25 de Maio de 1914, Giacomo della Chiesa ascendeu a cardeal pela mão do mesmo papa que o tinha nomeado arcebispo, precisamente três meses antes de se tornar Sumo Pontifice.
Durante o período em que esteve a chefiar a Igreja, Bento XV empenhou-se, ainda, na reorganização dos seminários. Declarou doutor e padre da Igreja São Éfrem, um teólogo sírio do século XIV, e celebrou numerosas canonizações, como a de Joana d’Arc, que favoreceu o restabelecimento das relações entre a Santa Sé e a França.
O Papa trabalhou pelas reunificação das igrejas orientais com a Igreja Romana e fomentou as conferências entre anglicanos e católicos. Desejando a união com as igrejas orientais, fundou uma nova congregação para os assuntos da igreja do Oriente. Demonstrou também grande interesse pelas missões, exortando à formação de um clero indígena. A 29 de Junho de 1919, promulgou uma carta apostólica, através da qual reconheceu a República Portuguesa. Nesse ano, no dia 18 de Dezembro, através de uma encíclica dirigida aos prelados portugueses, o papa apoiou a fundação do Centro Católico Português.
Alguns dos documentos mais importantes do seu magistério pontifício foram as encíclicas Pacem Dei Munus em 1920, que versava sobre a restauração da paz cristã, e a Spiritus Paraclitus, promulgada a 15 de Setembro de 1920, também nesse mesmo ano, que abordava a interpretação da Sagrada Escritura.
Parente do Papa Calixto II por parte de seu pai e do Papa Inocêncio VII por parte de sua mãe, aos 60 anos, no dia 3 de Setembro de 1914, Chiesa foi eleito sucessor da cadeira de São Pedro num conclave que durou seis dias, passando a usar o nome de BENTO XV.
A sua eleição decorreu precisamente um mês depois do início da Primeira Guerra Mundial, também conhecida como Grande Guerra. Contudo, durante este conflito, Bento XV mostrou-se bastante neutro e diplomata e entendeu que a sua missão era a de um verdadeiro apóstolo da paz. 
Bento XV morreu subitamente a 22 de Janeiro de 1922 e foi sepultado nas criptas do Vaticano. 
PIO XI – CCLVI Papa de 1922 a 1939 
Foi, juntamente com o seu sucessor, um dos papas mais polémicos e controversos da História. Ambrogio Damiano Achhile Ratti (31 de Maio de 1857-10 de Fevereiro de 1939) governou numa altura em que a Igreja – a recuperar da I Guerra Mundial e assustada com a expansão do liberalismo e do comunismo – fez a sua pior escolha, associando-se ao fascismo de Mussolini e Hitler e à ditadura do soberano espanhol Franco.
Ambrogio Damiano Achhile Ratti nasceu em Désio, província de Milão, no seio de uma família burguesa. Aparentemente destinado a prosseguir com uma carreira eclesiástica, começou por frequentar o seminário de Milão, tendo, depois, cursado Teologia na Universidade Gregoriana de Roma, onde também se doutorou em Direito Canónico e Filosofia. Distinguiu-se, desde cedo, como um dos melhores alunos. Foi ordenado sacerdote com apenas 22 anos, em 1879, e, três anos depois, leccionava no seminário de Pádua.
Apaixonado pela paleografia, foi nomeado, em 1907, para a Direcção da Biblioteca Ambrosiana de Milão, de que antes havia sido colaborador e onde desenvolve um trabalho que lhe granjeou elogios de gente dos mais diversos quadrantes da sociedade, o que fez com que, pouco tempo depois, chegasse a prefeito da Biblioteca Apostólica Vaticana.
Mais tarde, o seu antecessor, papa Bento XV, enviou-o à Polónia como núncio apostólico. Em 1919, foi designado arcebispo titular de Lepanto. Foi aí que se preparou para o seu pontificado, habituando-se a lutar pelas causas mais complexas,e cultivou a sua aversão pelo comunismo, tendo dado provas da sua coragem quando em 1920, o exército bolchevique se preparava para invadir Varsóvia e Achille Ratti se recusou a abandonar o seu posto e a cidade.
Regressado a Itália, foi nomeado arcebispo e Cardeal de Milão, onde mais tarde viria a inaugurar a Universidade Católica do Sagrado Coração. Em 1922 Ambrogio Damiano Achille Ratti foi eleito Papa tomando o nome de PIO XI.
Instituiu o Dia Mundial das Missões e constituiu as Pontifícias Obras Missionárias , o que lhe mereceu o titulo de Papa das Missões; Instalou uma estação de rádio no Vaticano, sendo o primeiro a usar este meio de comunicação com propósitos pastorais: e fundou,em 1936, a Academia Pontifícia das Ciências.
Governou a Igreja num período  especialmente conturbado, marcado pela repulsa do comunismo, aliada à preocupação com  a defesa dos interesses da Igreja. O seu erro foi, talvez, pensar que o comunismo era uma ameaça maior do que o fascismo e o nazismo.
Os Pactos Lateranenses, assinados a 11 de Fevereiro de 1929 em Roma – que incluíam o Tratado de Latrão, a Concordata e a Convenção Financeira – ficaram ligados à tolerância da Igreja para com o fascismo.
Os acordos firmados com Mussolini e Adolf Hitler e o apoio dado ao regime de Franco aliaram para sempre PIO XI ao fascismo.
Morreu a 10 de Fevereiro de 1939 com 81 anos
 
 
PIO XII -  CCLVII Papa de 1831 a 1846
 
Nascido Eugénio Giuseppe Maria Giovanni Pacelli (2 de Março de 1876-9 de Outubro de 1958). Pio XII foi o primeiro Papa romano desde 1724. Considerado um dos papas mais controversos da História contemporânea, foi alvo de diversas acusações acerca de um suposto apoio ao regime de Adolf Hitler ou pelo silêncio que patenteou face aos crimes nazis.
Originário de uma família da aristocracia romana, era neto de Marcantónio Pacelli, fundador do L’Osservatore Romano, o jornal oficial do Vaticano, sobrinho de Ernesto Pacelli, conselheiro de finanças papal do papa Leão XII e filho de Filippo Pacelli, advogado com altas competências seculares na Santa Sé.
Em 1894, o jovem Pacelli fez um retiro num mosteiro dos arredores de Roma e, quando regressou a casa, anunciou aos pais que queria ser padre. Pacelli começou os seus trabalhos apostólicos na Igreja  de Santa Maria Vallicella, integrando um grupo juvenil. Desde muito jovem mostrou uma grande dedicação aos estudos e, mercê de uma excelente memória e uma vida bastante disciplinada, tornou-se um estudante exemplar em Roma, tendo-se licenciado em Teologia.
Aos 23 anos tornou-se sacerdote e dois anos depois ocupou o cargo de diplomata romano. Entre 1904 e 1916, assistiu o Cardeal Gasparri na codificação do Direito Canónico e no ano seguinte, em plena I Guerra Mundial, foi nomeado núncio apostólico na Baviera pelo Papa Bento XV. Durante 1908, o Papa Pio X deu-lhe a oportunidade de leccionar na Academia dos Nobres.
Na Baviera tornou-se uma grande ajuda para o Papa Bento XV e deu mostras de ser um grande pastor. Posteriormente foi núncio na Alemanha, na República de Weimar, até 1929, ano em que no mês de Dezembro foi elevado a cardeal pelo Papa Pio XI e no ano seguinte nomeou-o secretário de Estado.
Fez visitas diplomáticas na Europa e na América e assinou concordatas com a Áustria (1933), a Alemanha (1933), a Jugoslávia (1935) e Portugal (1940).
As missa vespertina e a reforma do breviário foram  incrementadas no seu pontificado, que deu uma grande força à renovação dos estudos bíblicos e permitiu que os estudiosos se aproveitassem dos recursos da crítica textual na análise dos textos sagrados.
Atribuiu importância à formação do clero e dos religiosos e deu novas directrizes à Acção Católica. No interior da Igreja, decidiu colocar um travão à experiência dos padres operários. Pio XII foi bastante atencioso no que respeita aos encontros com os não-católicos e à participação em colóquios ecuménicos, facto que fez com que na Alemanha surgisse a Conferência Internacional para os Problemas Ecuménicos, que durante o papado de João XXIII deu origem ao Secretariado para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Proclamado venerável pelo Papa João Paulo II na década de 1990, faleceu a 9 de Outubro de 1958 vítima de doença, no palácio de Castel Gandolfo, e foi sepultado no Vaticano.
 
 
JOÃO XXIII - CCLVIII Papa  de 1769 a 1774 
 
Foi no seio duma família camponesa da localidade rural italiana de Sotto il Monte que nasceu Angelo Giuseppe Roncalli (25 de Novembro de 1881-3 de Junho de 1963), o quarto de 13 irmãos.
Estudou Teologia no Seminário de Bérgamo, onde começou também a redigir os seus escritos espirituais, mais tarde recolhidos no Diário da Alma. Em Março de 1896, Roncalli ingressou na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897. Usufruindo de uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo, de 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano. Cumpriu, nesse tempo também, um ano de serviço militar. Em 1894 recebeu a ordenação sacerdotal e, no ano seguinte, foi nomeado secretário do novo bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedescho, adquirindo grande experiência eclesiástica. Após a morte do bispo de Bérgamo, o padre Roncalli prosseguiu o seu ministério no Seminário e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associações católicas. Em 1925, Roncalli foi ordenado bispo e partiu para a Bulgária, onde aprendeu a língua turca e se deixou fascinar pelo Oriente.
Em 1944, na qualidade de núncio apostólico, foi enviado para Paris onde, em 1951, ocupa o cargo de observador permanente da santa Sé junto da UNESCO.
A 12 de Janeiro de 1953 foi nomeado cardeal patriarca de Veneza por Pio XII. a 9 de Outubro de 1958 morreu Pio XII. Dezanove dias depois, Roncalli foi eleito Papa, após 13 escrutínios. Tomou o nome de João XXIII, designação que havia sido de um Anti-Papa deposto pelo Concílio de Constança, em 1415.
João XXIII quer mostrar ao mundo como o Evangelho está do lado dos que têm fome e sede. Sabe que o Terceiro Mundo rejeita a Igreja, assim como Pio XII sabia que a Igreja perdera o mundo operário. A 11 de Outubro de 1962, por convocação de João XXIII, deu-se início ao maior concílio da História, no qual participam, 2 500 padres. Contudo, o papel desempenhado pelo Papa João XXIII não se esgotou no Concílio Vaticano II.
No governo da Igreja, restabeleceu o cargo de Secretário de Estado, que havia sido suprimido pelo seu antecessor em 1944. Para o renascimento das relações com as outras religiões, enviou representantes a Istambul, para se encontrarem com o patriarca Atenágoras; encontrou-se com o arcebispo de Cantuária, após mais de 400 anos de separação entre as duas igrejas; e iniciou uma correspondência periódica com o patriarca russo Alessio. Iniciou a revisão do Código do Direito Canónico, entregando-o a uma comissão e, no que respeita à liturgia , permitiu a celebração das missas em vernáculo.
Faleceu a 3 de Junho de 1963. Após uma noite de vigílias, o papa foi sepultado na cripta de São Pedro.
Considerado aquele que abriu a Igreja para o século XX, a 3 de Setembro de 2000 foi beatificado por João Paulo II. O beato é comemorado a 11 de Outubro.
 
 
PAULO VI – CCLIX Papa de 1963 a 1978
 
Ficou registado na história como o “Papa peregrino”. Filho de Giuditta Alghisi e de Giorgio Montini, o frágil Giovanni Battista Montini (26 de Setembro de 1897-6 de Agosto de 1978) nasceu em Consecio, na região da Lombardia. Iniciou os seus estudos  no colégio jesuíta Cesare Arici, mas passava muito tempo em casa devido às doenças que, desde a nascença, o consumiam. Mesmo depois de entrar no seminário, em 1916, o seu estado de saúde obrigava-o a permanecer longo tempo prostrado.
Foi ordenado sacerdote em 1920. Nesse ano mudou-se para Roma para estudar Teologia e Direito Canónico na Pontifícia Universidade Gregoriana e, um ano depois , dedicou-se também à aprendizagem de diplomacia na Escola de Nobres Eclesiásticos.
Mais tarde, foi agregado de nunciatura na Polónia mas os rigorosos invernos agravaram o seu estado de saúde e em 1924 regressou a Roma. Aí, ficou adstrito à Secretaria de Estado, ao mesmo tempo que leccionava na Escola de Nobres Eclesiásticos e presidia à Federação de Universitários Católicos de Itália.
Em 1937, passou a ser substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Eclesiásticos Ordinários e da Secretaria de Estado para Assuntos Eclesiásticos Extraordinários. E só 17 anos depois Pio XII o designou bispo de Roma, tendo sido nomeado arcebispo de Milão um ano depois, em 1955.
O apostolado entre os intelectuais fez com que, em pouco tempo, o seu círculo de amigos ficasse recheado de algumas das mais influentes personalidades francesas.
A partir daí, o nome de Giovanni passou a ser mencionado com alguma frequência e em 1958 encabeçou a lista de nomeação de cardeais. Pouco tempo depois, foi apontado para a Comissão Preparatória para o Vaticano II e também para a Comissão Técnico-Organizacional daquele encontro ecuménico.
Foi eleito a 21 de Junho de 1963, tomando o nome de Paulo VI. Suceder a João XXIII não foi uma tarefa fácil. Aquando da morte do antecessor de Paulo VI, o Vaticano procurava preservar a popularidade conquistada por João XXIII, consciente de que era impossível encontrar um sucessor do mesmo calibre.
O grande intelecto e fineza cultural atenuaram a sua complexa missão.
O gesto mais relevante do seu pontificado foi, sem sombra de dúvida, a conclusão do Concílio Vaticano II, convocado, em 1962, por João XXIII, com o intuito de vir a ser um marco na renovação espiritual da Igreja e um ponto de união de todos os cristãos que se encontravam afastados de Roma.
Com objectivo de manter vivo o espírito nascido desta experiência conciliar, instituiu, a 15 de Setembro de 1965, o Sínodo dos Bispos.
Foi o Primeiro Papa a encontrar-se com o arcebispo de Cantuária e a reunir-se com dirigentes de várias igrejas ortodoxas orientais. Nomeou, em 1967, Karol Wojtila cardeal e Joseph Ratzinger arcebispo de Munique.
Morreu a 6 de Agosto de 1978, na festa da transfiguração do Senhor.
 
 
  JOÃO PAULO I – CCLIV Papa de 1903 a 1914
 
Albino Luciani, futuro Papa João Paulo I, nasceu a 17 de Outubro de 1912, em Forno de Canale (Itália).
Ensinou Teologia Dogmática, Moral, Direito e Arte Sacra no Seminário de Belluno (1937) e doutorou-se em Teologia Sacra, em 1947.
Nomeado bispo de Vittorino Veneto em 1958,  ascendeu a Patriarca de Veneza em 1969 e foi eleito Pontífice aos 65 anos de idade.
Nos seus 33 dias de pontificado, cativou o Mundo através das suas simplicidade e afabilidade.
Conhecido como o “papa do sorriso”, foi o primeiro Sumo Pontífice a adoptar um nome duplo (em homenagem aos dois antecessores, João XXIII e Paulo VI).
 
(Continua...)
+++++++++++++++++
»«««««««««««»»»»»»»»»»»»
000000000000
000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000

 

SANTO JACINTO e

SANTO PROTO

 Mártires - (257)

Estes dois mártires foram queimados vivos pelo ano de 257, durante a perseguição de Valeriano, na qual também pereceu Santa Eugénia. Eram escravos e diz-se que foi devido à influência deles que esta menina fidalga abraçou a fé. Os poucos ossos que escaparam às chamas foram envolvidos num pano tecido de oiro e colocados no cemitério de Santo Hermes, na antiga Via Salária. Como a câmara funerária em que estavam sepultados se tinha tornado inacessível, o Papa São Dâmaso mandou desobstrui-la, no século IV, colocou lá um  lampadário e construiu-lhe uma escada de acesso. Inscrições em verso recordam estes trabalhos. Quatro ou cinco séculos depois, procedeu-se a pesquisas nas catacumbas devastadas e foi possível recuperar os corpos de numerosos confessores. Os restos de São Proto foram então transportados para Roma. Nos de São Jacinto não se tocou, com receio de provocar um desastre; receou-se que abatesse uma muralha, se se procedesse à abertura do nicho em que estavam encerrados. Foi em 1845 que o Padre Marchi encontrou intacto esse nicho. A placa de mármore que o selava tinha a seguinte inscrição: D P. III IDUS SEPTEMBR. YACINTHUS MARTYR. (Sepultado, no terceiro dos idos de Setembro, Jacinto mártir). No interior, misturados com cinzas e fios de ouro, foram encontrados alguns ossos calcinados de São Jacinto, dos quais se exalava um perfume subtil de essência de rosas. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.,pt

 

 
BEATO JOÃO GABRIEL PERBOYRE

Mártir (1802-1840)

Juan Gabriel Perboyre, Santo

Juan Gabriel Perboyre, Santo

Presbítero e Mártir

Os sofrimentos deste mártir ão ficam em nada atrás dos que se narraram em antigas paixões. Filho de Pedro Perbvoyre, agricultor, e de Maria Rigal, sua esposa piedosa, João Gabriel nasceu em Mongesty (Lot, França), no dia 6 de Janeiro de 1802. Tinha dois irmãos e duas irmãs, que, como ele, entraram para a família espiritual de S. Vicente de Paulo. Ingressou nos Lazaristas de Montaubau em 1820 e foi ordenado sacerdote, em Paris, em 1825. Desempenhou durante dez anos diversos cargos de confiança na sua Congregação e em 1835 embarcou no Havre, com destino à China. Depois de passar dezoito meses no Honan, foi em 1839 exercer o ministério para as montanhas do Hu-Pé. Havia já muito tempo João Gabriel pedia todas as manhãs a Deus lhe concedesse a graça de derramar o sangue pela fé. O pedido foi enfim satisfeito e o seu martírio prolongou-se por um ano inteiro. Traído por um rapaz cristão e preso no dia 16 de Setembro de 1839, numa floresta, foi conduzido a Ku-Tching, depois a Siang-Yang-Fu e por último para U-Tchang-Fu, onde foi crucificado, no dia 11 de Setembro de 1840. Um mandarim oferecera-lhe a liberdade, se ele consentisse em profanar a cruz do Salvador. Dando largas à sua fantasia sanguinária, os carrascos torturaram-no de todas as maneiras, esmagaram –lhe os pés num torno, bateram-lhe com bambus, desfiguraram-no com chicotadas, fizeram-no beber sangue de cão e insultaram o seu pudor. estava já agonizante e com os membros estirados sobre uma cruz e ainda lhe davam pontapés na barriga. Foi beatificado por Leão XIII em 1889.

Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.  Ver também www.santiebeati.it e www.es.catholic.net/santoral

Pafnucio, Santo
Setembro 11 Bispo de Tebaida,

Pafnucio, Santo

Pafnucio, Santo

Bispo de Tebaida

Martirológio Romano: Comemoração de santo Pafnucio, bispo no Egipto, que foi um daqueles confessores que, em tempo do imperador Galerio Maximino, que lhes tirou o olho direito e partindo a perna esquerda, foram condenados às minas, e depois, assistindo ao Concilio de Nicea, lutou denodadamente pela fé católica contra o arianismo (s. IV).
Data de canonização: Informação não disponível, apenas sabemos que foi canonizado antes da criação da Congregação para a causa dos Santos, e que seu culto foi aprovado pelo Bispo de Roma, o Papa.

Fue uno de los anacoretas de su época. Vivía de las verduras que daba la tierra, agua, un poco de sal y poco más. Compartía consigo mismo la soledad del desierto. La oración y la penitencia eran su principal modo de emplear el tiempo. A su cueva acudían las gentes a recibir consejo, escuchar lo que aprendía del Espíritu con sus rezos y a contrastar la vida con el estilo del Evangelio.
Se vió obligado a dejar la soledad contra su gusto porque fue nombrado obispo de Tebaida. Por defender a Cristo sufrió persecución, le amputaron una pierna y le vaciaron un ojo cuya órbita desocupada, según cuenta la historia, gustaba besar con respeto y veneración el convertido emperador Constantino.
Estuvo presente en el Concilio de Nicea, donde se defendió la divinidad de Cristo y se condenó el arrianismo.
En esa ocasión, al tratarse otros temas de Iglesia, tuvo el obispo Pafnucio la ocasión de dar muestras de profunda humanidad. El hombre que venia del más duro rigor del desierto y podía exhibir en su cuerpo la marca de la persecución se mostró con un talante más amplio, abierto, moderado y transigente que los padres que no conocían la dureza de la Tebaida ni los horrores de la amenaza, ni la vejación.
Numerosos padres conciliares pretendieron imponer que los obispos, presbíteros y diáconos casados dejaran a sus esposas para ejercer el ministerio. El obispo curtido en la dura ascesis anacoreta se opuso a tal determinación haciendo que se fuera respetuoso con la disciplina de la época: autorizar el ejercicio del Orden Sacerdotal a los ya casados y no permitir casarse después de la Ordenación.

Francesco Giovanni Bonifácio, Beato
Setembro 11 Presbítero e Mártir,

Francesco Giovanni Bonifacio, Beato

Francesco Giovanni Bonifácio, Beato

Presbítero e Mártir


El 4 de octubre de 2008 fue inscrito en el libro de los beatos este sacerdote asesinado en 1946 a los 34 años, cuya causa de beatificación fue iniciada en 1957 por el entonces arzobispo de Trieste, monseñor Antonio Santin.
De 1943 a 1945, las tropas yugoslavas de Tito, en colaboración con los comunistas italianos, realizaron una obra de verdadera limpieza étnica con acciones de inaudita ferocidad. Miles de personas fueron ajusticiadas y arrojadas a las llamadas "foibas", las cavidades cársticas con una profundidad de hasta 200 metros. Los historiadores hablan de cuatro mil personas, pero los supervivientes indican un número muy superior, hasta veinte mil.
En aquella época, 350.000 italianos abandonaron Istria, Fiume y Dalmacia. Familias enteras italianas fueron masacradas. Muchos eran atados con alambres de espino a los cadáveres y arrojados vivos a los precipicios. Fueron al menos 50 los sacerdotes asesinados por las tropas comunistas de Tito.
Sólo en la "foiba" de Basovizza, a pocos kilómetros de Trieste, una de las pocas que quedaron en territorio italiano, se han encontrado cuatrocientos metros cúbicos de cadáveres.
Durante decenios, esta barbarie se mantuvo cubierta por el silencio, mientras que en los años noventa aumentó la atención sobre el tema hasta que el Parlamento italiano, con una ley de 2004, instituyó el "Día del Recuerdo", para conservar la memoria de la tragedia de las "foibe".
En ese clima de terror civil llevado adelante a menudo con el instrumento de la persecución religiosa, el padre Bonifacio llevaba consuelo a la gente de las colinas entre Buie y Grisignana, en Croacia, y reunía a los jóvenes, dando vida a una Acción Católica local.
Nacido en Pirano, Istria, en 1912, de una familia humilde y profundamente cristiana, y segundo de siete hijos, Francesco recibió la ordenación sacerdotal el 27 de diciembre de 1936, en la catedral de San Justo en Trieste.
Tras un primer encargo en Cittanova, asumió la responsabilidad de la parroquia de Villa Gardosi, que atendía a diversas aldeas esparcidas por la zona de Buie, sin electricidad. Don Francesco se hizo amar enseguida, promoviendo numerosas actividades, visitando a las familias, a los enfermos, y donando lo poco que tenía a los pobres.
Su empeño lo convirtió en un sacerdote demasiado incómodo para la propaganda antirreligiosa de la Yugoslavia de entonces, pero a pesar de las intimidaciones prosiguió hasta el final por su camino.
La tarde del 11 de septiembre de 1946 don Francesco estaba regresando a su casa desde Grisignana. Fue detenido por dos hombres de la guardia popular. Quien los vio, contó que desaparecieron en el bosque.
Su hermano, que lo buscó inmediatamente, fue encarcelado con la acusación de contar falsedades. El asunto no se conoció durante años, hasta que un director teatral logró contactar a uno de los guardias populares que habían detenido a don Bonifacio.
Éste contó que el sacerdote fue metido en un coche, desnudado, golpeado con una piedra en la cara y rematado con dos cuchilladas antes de ser arrojado en una "foiba". Desde entonces sus restos no han sido encontrados.
El hermano del beato, Giovanni Bonifacio, afirmó en una entrevista a Radio Vaticano que el presbítero “era un sacerdote que vivía el Evangelio con la gente”, “siempre en movimiento: entre los enfermos, enseñando catecismo, siempre dando vueltas por los pueblos”.
“Cuando se lo llevaron, la gente lo supo en seguida, porque tocaron las campanas”, recordó. “Por desgracia, nunca le soltaron. Después supe algo, también cómo le mataron. Pero nunca sentí odio alguno hacia los que le hicieron daño a mi hermano... ¡Aún ahora les perdonamos!”.
“Mi hermano -añadió- fue el primero en perdonar, precisamente cuando lo mataban. Él ya estaba preparado para el martirio”.

• Boaventura de Barcelona (Miguel Batista Gran), Beato
Setembro 11 Religioso Franciscano,

Buenaventura de Barcelona (Miguel Butista Gran), Beato

Buenaventura de Barcelona (Miguel Butista Gran), Beato

Religioso Franciscano

Martirológio Romano: Em Roma, beato Buenaventura de Barcelona (Miguel) Gran, religioso de Ordem de Irmãos Menores, que, amante da observância regular, instituiu conventos para retiros espirituais em muitos lugares do território romano, mostrando sempre máxima austeridade de vida e caridade para com os pobres (1648).
Data de beatificação: O Sumo Pontífice Pío X beatificou a frei Buenaventura Gran de Barcelona em 10 de Junho do ano 1906.

El Beato Buenaventura Gran vino al mundo en Riudoms, pueblecito de Cataluña cercano a Tarragona, el 24 de noviembre de 1620. Sus padres eran labradores pobres, pero muy temerosos de Dios. Lo llamaron Miguel Bautista, nombre que mudó más adelante en el convento por el de Buenaventura. Al paso que crecía en edad, sus padres le enseñaban las grandes verdades de nuestra fe, y excitaban en su corazón vivos sentimientos de amor a Dios, al par que una tierna y filial devoción a la Virgen María.
Frecuentó algunos años la escuela del pueblo; después, lo emplearon sus padres en las labores del campo. No obstante sus muchas ocupaciones, el piadoso joven hallaba tiempo para cumplir fielmente los ejercicios devotos que se había impuesto para cada día. Antes y después de la tarea cotidiana, solía entrar en la iglesia a visitar al Señor sacramentado, y muchas veces, sobre todo en la víspera de las fiestas principales, permanecía en oración ante el Santísimo toda la noche.
Ya en su juventud hubiera deseado Miguel entregarse de todo en todo al Señor en la vida religiosa; pero tales razones alegó su padre para disuadirle, que Miguel se convenció de que Dios le quería todavía en el siglo. Contrajo matrimonio con una doncella muy virtuosa; pero el día de la boda, después de la ceremonia religiosa, se quedó en la iglesia por espacio de largas horas; cuando fueron a buscarle, lo hallaron totalmente absorto en altísima contemplación, y fue menester hacerle volver en sí.
Ambos esposos determinaron vivir como hermanos guardando virginidad perfecta, y así lo hicieron con la gracia de Dios. A los dieciséis meses de matrimonio, murió la virtuosa compañera de Miguel; antes de morir declaró formalmente a su madre que el Señor le había otorgado la insigne merced de guardar intacta su virginidad.
Lego franciscano
Rotos ya los lazos que le tenían atado al siglo, partió Miguel de casa con licencia de sus padres, y fue a llamar a las puertas del convento franciscano de San Miguel de Escornalbou. Se echó a los pies del Padre Provincial y le suplicó que lo admitiese como fraile converso. El buen Padre se negó a ello, alegando falta de salud y estudios en el pretendiente. Entonces le dijo Miguel: «Razón tenéis de despedirme; pero al fin y al cabo menester será cumplir lo que el Señor ha determinado». Viendo el Superior su constancia, lo admitió en el convento, donde tomó el hábito el día 14 de julio, entonces fiesta de San Buenaventura, cuyo nombre quiso llevar para merecer la protección del seráfico Doctor franciscano.
Recién entrado en la religión, dio muestras del celo con que se proponía observar la pobreza de la Orden. Al hallar en el bolsillo cierta moneda que guardaba sin advertirlo, la tiró por la ventana tan lejos como pudo, exclamando: «Maldígame Dios si en los días que me quedan de vida llego a apropiarme semejante moneda».
El fervor de los principios no se desmintió en todo el tiempo de su noviciado. Tanto sus compañeros como los religiosos antiguos le miraban como a modelo. Al año de probación, profesó con los votos religiosos.
Celo apostólico. Persecuciones del diablo
Los superiores eligieron a fray Buenaventura para que, en compañía de otros religiosos, fuese a fundar en Mora un convento de la Reforma franciscana. En esta nueva residencia llevó el Beato vida todavía más devota y mortificada, a pesar del mucho trabajo que suele acarrear una nueva fundación. Por sus cargos de limosnero y cocinero, tenía trato continuo con el mundo, pero sabía enderezarlo todo a la mayor gloria de Dios.
Lo que más le afligía era ver que el libertinaje se cebaba en poblaciones fieles hasta entonces a su fe y de sanas costumbres. Les llegaba el contagio de los ejércitos franceses que ocuparon Cataluña en el último período de la guerra de los Treinta Años.
Aunque mero fraile converso, llevado de celo ardiente, se presentaba sin temor en medio de los concursos y saraos del mundo, y con sus palabras traía al sendero del bien a los extraviados y trocaba en "Magdalenas" a las mayores pecadoras.
Casi todos los soldados franceses eran calvinistas. Fray Buenaventura intentó convertirlos, y tuvo la dicha de traer a muchos de ellos al seno de la Iglesia Católica. Notable fue la conversión de uno de los principales jefes de aquel ejército. Cierto día se llegó a él fray Buenaventura en ademán de pedirle limosna. El oficial mandó a su ordenanza que le diese algo.
-- No es esa limosna la que te pido -exclamó el siervo de Dios.
-- ¿Pues qué quieres? -preguntó el hereje.
-- La limosna que deseo no es para el convento -repuso el fraile-, sino para la salvación de tu alma.
No se enojó el oficial con las palabras del fraile; al contrario, habiéndose mostrado hasta entonces rebelde a todas las exhortaciones, ahora oyó los consejos de fray Buenaventura con docilidad y mansedumbre y, movido de la gracia, abjuró de la herejía al poco tiempo.
Con malos ojos veía el demonio escapársele tantas almas que creía poseer para siempre. Para vengarse del santo fraile, empezó a aparecérsele de noche en figuras espantosas, amenazándole, persiguiéndole y dándole recios golpes y toda suerte de malos tratos. Pero Buenaventura, confiando en el Señor y escudándose en su fe, menospreciaba la violencia del infierno embravecido. «Nada podrás contra mí, espíritu maligno, porque Dios me ampara y defiende», solía decirle al demonio. Con hacer entonces la señal de la santa Cruz e invocar los sagrados nombres de Jesús y María, ahuyentaba a los espíritus infernales.
Éxtasis y milagros
Frente a las violentas persecuciones del infierno, el Señor solía consolar a Buenaventura con mercedes y dones realmente admirables.
Yendo un día de camino, se paró a hablar con algunos amigos y, en la conversación, vinieron a tratar de las glorias de la Virgen María. De repente, apareció el Beato cercado de extraordinario resplandor; se alzó en el aire y recorrió unos cien pasos gritando con toda su fuerza:
-- ¡Virgen Santísima! ¡Virgen Santísima! ¡Viva la Virgen Santísima!
Un hecho más maravilloso todavía ocurrió un día de fiesta en la iglesia del convento, donde por mandato del superior explicaba la doctrina a los niños. Mientras hablaba con fervor de los misterios de nuestra fe, miró un instante a un cuadro de la Inmaculada colocado en el altar mayor. Lo mismo fue verlo que lanzarse disparado como una flecha por el aire hasta besar con sus labios el purísimo rostro de la Virgen. Los niños empezaron a gritar asustados; acudieron los frailes y muchísimas personas vecinas de la iglesia, y todos contemplaron admirados aquel éxtasis maravilloso, hasta que el padre superior, para acabar con aquel alboroto de la gente, mandó al Beato que bajase. Al punto obedeció fray Buenaventura; pero extrañado y corrido a vista de la muchedumbre, se retiró a su celda para no oír las voces del pueblo, que le aclamaba ya como a santo.
El Señor le favoreció asimismo con el don de milagros. Siendo cocinero, dejó un día la comida en el fogón y se fue a la iglesia a hacer una visita corta. Pero, estando allí, quedó arrobado en éxtasis, y se olvidó totalmente de las ollas y del fogón. Entretanto la comida de la comunidad quedó del todo quemada y echada a perder.
-- ¿Qué hacéis, fray Buenaventura? -le dijo el hermano campanero, antes de tocar a comer-; la comida está totalmente quemada, y así tendrán que contentarse hoy los frailes con pan y agua.
-- No tema, hermano -repuso humildemente el siervo de Dios-, todo se arreglará. Toque a comer como de costumbre, y el Señor proveerá al sustento de sus siervos.
Fue a tocar el campanero, riéndose para sus adentros de la ingenuidad de fray Buenaventura. Pero, ¡cosa maravillosa!, llevaron al comedor aquellos alimentos carbonizados, y los frailes los hallaron tan exquisitos y en su punto, que declararon no haberlos comido nunca tan sabrosos.
Otro día recibió el Beato dos hermosos peces para la comida de los frailes. Se ausentó unos instantes y al volver no halló sino las espinas. Los culpables habían sido los gatitos del convento. Buenaventura los llamó a todos sin enfadarse y, tomando mansamente en sus rodillas al más viejo, le echó un sermoncillo de encantadora sencillez: «¡Ah goloso! -le dijo-; tú, que eres el más viejo y deberías dar buen ejemplo a los gatitos tus compañeros, les enseñas a robar y comerse el pescado de los pobres franciscanos. Mira, no tengo más remedio que castigarte delante de todos tus compañeros para que escarmienten». Diciendo esto, le dio unos golpecitos con la mano, pero con tanta suavidad, que más parecían caricias. Hallábase entonces en la cocina un tal Salmerón; al ver aquella escena, no pudo menos de reírse a carcajada limpia. Pero aquella risa se trocó en admiración cuando al mirar al plato vio, en lugar de las raspas, otros dos peces tan grandes y hermosos como los de antes.
Una señora llamada Isabel Vila criaba gusanos de seda; pero llegó a faltarle hoja de morera, con lo que temió perder el fruto de su labor. Acudió a fray Buenaventura, y éste fue con ella a ver de qué se trataba. Ante aquellos gusanillos muertos de hambre que levantaban sus cabecitas como pidiendo el sustento de que habían menester, dijo a la señora:
-- No os aflijáis, doña Isabel; estos minúsculos hermanitos nuestros están ahora alabando al Señor.
Y mirando a los gusanitos les dijo:
-- Vaya, hermanos gusanos; puesto que ya no hay hojas que comer, haced vuestros capullos.
No en balde les dijo el Beato estas palabras, porque la misma noche hicieron capullos tan grandes y de tan excelente calidad, que la señora logró beneficio mayor que si la hoja no hubiera faltado.
Salió cierto día a pedir limosna, y advirtió de pronto que el Ebro arrastraba a una mujer con su borriquillo. Ya estaban a punto de perecer ahogados, cuando Buenaventura se fue a ellos andando sobre las aguas, y los trajo a la orilla.
-- ¡Prodigio, prodigio! -empezaron a gritar los transeúntes.
-- ¿A esto llamáis prodigio? -les dijo el Beato; y cándidamente añadió-: La prueba de que no es un milagro, es que todos podéis hacer lo mismo si tenéis fe.
En el convento de Tarrasa
Al humilde fray Buenaventura le pareció que no era nada cuanto hasta entonces había hecho en la religión. Pensó reformar su vida, y para ello no vio mejor camino que fundar un convento donde se observase rigurosamente la primitiva Regla de San Francisco. Un día estaba el Beato suplicando a la Virgen María que le diese a conocer cuál era la voluntad divina. La Reina del cielo se le apareció entonces y le dijo:
-- Buscas, hijo, cómo fundar un convento de la perfecta observancia. Yo te lo diré. Parte para Roma. Allí quiere Dios fundar por tu medio un Instituto más austero.
Aquel mismo día se le apareció Nuestro Señor, y le volvió a decir que partiese para Roma, donde podría llevar a efecto la reforma.
Manifestó Buenaventura a sus superiores la orden celestial y, como era modelo de obediencia, aguardó con sosiego que le llegase la licencia de embarcarse para Italia. Mucho le costó al padre Provincial dar el permiso, porque no quería perder un fraile tan virtuoso; y así, en vez de dejarle ir a Roma, lo envió como limosnero al convento de Tarrasa.
Aquí tuvo ocasión de desplegar todo su celo. Cierto día se llegó hasta el puerto de la cercana ciudad de Barcelona. Entró en una galera y, al ver a los cautivos moros que hacían de remeros, movióse a compasión. Empezó a hablarles, y lo hizo con tanta mansedumbre y caridad, que todos ellos, movidos y persuadidos con las palabras de Buenaventura, acabaron pidiendo el bautismo.
Finalmente, le dieron licencia para embarcarse. Pronto cundió la noticia por Tarrasa y sus alrededores, y se afligieron sobremanera todas aquellas gentes. Llegó el día del embarco, y entonces se vio cuánto apreciaban todos al humilde fraile limosnero; porque al llegar al puerto, fue tal la aglomeración de gente que cercó a fray Buenaventura, que no podía dar un paso. Esta demostración popular le conmovió vivamente. «Hermanos míos -les dijo-, si no fuera porque así lo quiere el Señor, nunca me separaría de vosotros. Ofrezcámosle todos el sacrificio de nuestra propia voluntad». Diciendo esto, se levantó en el aire, donde permaneció suspendido una hora a vista de la gente.
Entendieron con este prodigio que no debían oponerse más tiempo a que se embarcase el siervo de Dios y, en cuanto hubo bajado al suelo, se apartaron y le dejaron libre el paso. En medio de las lágrimas y gemidos de los presentes, entró Buenaventura en un navío que se hacía a la vela con rumbo a Italia.
Reformador y apóstol. Su muerte
A punto estuvo el navío de caer en manos de los holandeses, enemigos entonces de España. El Beato lo salvó milagrosamente, porque con el Santo Cristo en la mano gritó a los perseguidores que se acercaban:
-- Deteneos, enemigos de nuestra fe, y no os acerquéis más.
Al punto se levantó un viento huracanado que barrió lejos los cuatro grandes veleros holandeses, y empujó al navío español hacia las costas italianas. También sosegó una furiosa tempestad con sólo una palabra.
Desembarcó en Génova, y prosiguió a pie hasta Roma, pasando por Loreto y Asís. Primero se hospedó en el convento de Ara Coeli. De allí pasó al de San Mauricio, con el cargo de limosnero. Pero, a poco de llegar, se ganó de tal manera el aprecio de las gentes, que en tropel acudían a verle, lo que determinó a los superiores a enviarle a Capránica (Viterbo). Aquí premió el Señor la obediencia de su siervo, permitiendo que la sagrada Hostia volase de los dedos del sacerdote a los labios del Beato después del Dómine non sum dignus.
La noticia de este milagro llegó hasta Roma. Los cardenales Facchinetti y Barberini -este último protector de la Orden-, con intento de asegurarse del hecho y estudiar de cerca el espíritu del Beato, le hicieron ir al convento de San Isidoro, en Roma, del que fue cocinero. Los dos príncipes de la Iglesia acudieron a verle, hablaron con él largo rato y quedaron convencidos de la eminente santidad del humilde lego franciscano. A menudo iban a verle o le llamaban a palacio. Estas amistades fueron de gran provecho a Buenaventura para llevar a efecto la anhelada Reforma.
Merced a la intervención de tan poderosos protectores, tuvo el humilde fraile una larga entrevista con el Sumo Pontífice Alejandro VII, el cual, maravillado de que un hermano lego le hablase con elocuencia tan extraordinaria, encargó al cardenal Barberini que apresurase la ejecución de aquella empresa.
El cardenal llamó a Buenaventura. Le dijo que redactase una súplica a la Congregación de Obispos y Regulares, y el mismo prelado la presentó a los Padres, que la aprobaron. Alejandro VII sancionó, el 8 de marzo de 1662, la fundación de la Reforma, y el Capítulo provincial franciscano celebrado en Roma aquel mismo año cedió al Beato y a sus compañeros el convento de Santa María de las Gracias, sito en Ponticelli (Rieti).
Quince religiosos, entre padres y hermanos legos, acudieron al llamamiento de fray Buenaventura. Su vida fue copia de la del santo Fundador; ni almacenaban provisiones, ni aceptaban estipendios por la predicación, misas u otros ejercicios del santo ministerio, y se contentaban con lo que la Providencia les enviaba por mano de los bienhechores.
Buenaventura no aceptó el cargo de superior sino por imposición del cardenal Barberini; y por cierto que lo ejerció con vigilancia, prudencia y caridad tales, que todos se hacían lenguas ensalzando las virtudes de su amado Guardián.
-- ¿Dónde habéis estudiado, fray Buenaventura? -le preguntó cierto día un hermano.
-- En las llagas de Jesucristo -le contestó el Beato.
Tanto prosperó la Reforma, que fue menester fundar otros conventos para recibir a los muchos que deseaban entrar en ella. El más famoso fue el de Roma, en el Palatino, llamado convento de San Buenaventura, fundado el 8 de diciembre de 1677 con veinticinco frailes.
Durante su estancia en Roma, fue este santo y humilde religioso otro San Felipe Neri. Solía enviar a los padres a dar misiones en todas las iglesias de la ciudad y parroquias vecinas. Enseñaba la doctrina a los niños en el portal del convento; visitaba a los enfermos en los hospitales, y a muchos los curaba milagrosamente con sólo rezar por ellos. Por eso, cuando alguien caía enfermo, solían decir: «Llamemos a fray Buenaventura»; y también: «Llevémosle a fray Buenaventura».
Le agradaba sobremanera dar limosna a los pobres. Quería que cada mañana se les repartiese abundante sopa; cuando los mendigos eran más numerosos, las provisiones se multiplicaban milagrosamente en las manos del Beato. Cierto día que volvía al convento llevando a cuestas el pan de la comunidad, se vio cercado de tantos pobres, que se le llevaron todo el pan.
--Señor -dijo entonces fray Buenaventura-, así como yo atiendo a las necesidades de vuestros pobres, Vos proveeréis a las de mis frailes.
Y así fue, porque, al llegar al convento, el cesto se halló lleno de tanto y mejor pan que antes.
Al conde Tomás Barberini le predijo que tendría pronto un heredero, como así sucedió el mismo año; y al cardenal Francisco Barberini le libró de gravísimo peligro, porque, a pesar de cierta prohibición, entró el Beato en el aposento del prelado y, para despedirse, le acompañó el cardenal hasta la puerta de palacio; y no bien habían salido del aposento, se derrumbó el techo del mismo estrepitosamente.
Llegó el Beato a la edad de sesenta y cuatro años. Previendo ya su próximo fin, solía repetir amorosamente: «¡Paraíso, paraíso! ». El 15 de agosto de 1684, le sobrevino una recia calentura. Los médicos esperaban vencerla, pero Buenaventura aseguraba que no sanaría. El 11 de septiembre recibió los santos Sacramentos con admirable devoción, bendijo a los frailes, y fue arrebatado al éxtasis eterno de la vida perdurable.

69860 > Sant' Adelfio di Remiremont Abate 11 settembre MR
94593 > Beato Baldassarre Velasquez Martire mercedario 11 settembre
91701 > Beato Bonaventura da Barcellona (Michele Battista Gran) Francescano 11 settembre MR
69840 > San Daniele di Bangor Vescovo 11 settembre MR
92059 > Sant' Elia Speleota Abate 11 settembre MR
92463 > San Felice, Regola ed Essuperanzio Martire 11 settembre MR
94187 > Beato Francesco Giovanni Bonifacio Sacerdote e martire 11 settembre
69880 > Beato Francesco Mayaudon Martire 11 settembre MR
69870 > Beati Gaspare Koteda, Francesco Takeya e Pietro Shichiemon Martiri 11 settembre MR
76475 > San Giovanni Gabriele Perboyre Martire in Cina 11 settembre MR
93451 > Beato Giuseppe Maria Segura Penades Sacerdote e martire 11 settembre MR
69865 > San Leudino di Toul Vescovo 11 settembre MR
91754 > Beato Ludovico IV, langravio di Turingia 11 settembre
91212 > San Martiniano Martire tebeo 5 dicembre
90619 > Santi Matteo e Gusmeo Martiri 11 settembre
69810 > San Pafnuzio Vescovo in Egitto 11 settembre MR
69820 > San Paziente di Leone Vescovo 11 settembre MR
69890 > Beato Pietro de Alcantara (Lorenzo) Villanueva Larrayoz Martire 11 settembre MR
69800 > Santi Proto e Giacinto Martiri di Roma 11 settembre MR
69830 > San Sacerdote di Lione Vescovo 11 settembre MR
90837 > Santa Sperandea (Sperandia) Religiosa 11 settembre (I domenica di settembre)
91211 > Santi Vincenzo, Ramiro e compagni Martiri 11 settembre

http:www.es.catholic.net/santoral  -  www.santiebeati.it  -  www.jesuitas.pt (livro Santos de cada Dia)

 

António Fonseca

Sem comentários:

Enviar um comentário

Gostei.
Muito interessante.
Medianamente interessante.
Pouco interessante.
Nada interessante.

Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

Nº 5 660 - SÉRIE DE 2024 - Nº (137) - SANTOS DE CADA DIA - 16 DE MAIO DE 2024 - NÚMERO ( 1 9 2 )

   Caros Amigos 17º ano com início na edição  Nº 5 469  OBSERVAÇÃO: Hoje inicia-se nova numeração anual Este é, portanto, o 137º  Número da ...