“Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro, Meu Deus, meu Deus.
Eu vos amo no Santíssimo Sacramento”
- (Lúcia, 2006: 174)
FÁTIMA E OS PAPAS
AS APARIÇÕES
5ª APARIÇÃO – 13 DE SETEMBRO DE 1917
O número dos que acreditavam nas Aparições ia crescendo de forma exponencial.
Junto da carrasqueira, os três Videntes começaram a rezar o Terço.
Desta vez a Virgem comunicou às crianças para que continuassem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra.
Em Outubro viria também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o mundo.
(Contínua amanhã – se Deus quiser…)
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SÃO FÉLIX IV ou III,
Papa (530)
É Félix IV ou III, conforme Félix II (355-358) foi ou não verdadeiro Papa. Referimo-nos a quem esteve à frente da Igreja do ano de 526 ao ano de 530. Félix («feliz») é nome latino frequente no martirológio. O Félix de que falamos era, segundo o Livro pontifical, nascido ou originário de Sâmnio, parte centro-meridional dos Apeninos. Foi entronizado a 12 de Julho de 526, «por ordem do rei Teodorico», diz uma primeira redacção do Livro. Este príncipe morreu pouco depois, mas, com o seu sucessor Atalarico, o governo godo continuou a sustentar o mesmo pontífice. Um édito real, redigido por Cassiodoro, restabeleceu o antigo costume de sujeitar a um tribunal eclesiástico e de castigar qualquer contravenção com uma pesada multa, que o Papa repartiria entre os pobres da urbe. Outro favor real: Félix obteve a cessão de dois edifícios no Fórum, um rectangular e vasto, e outro pegado, de forma circular e de menores dimensões. Adaptou-os a templo em honra dos dois grandes «anargyroi» Cosme e Damião («anargyros» significa «sem dinheiro», porque os dois irmãos médicos curavam sem levar dinheiro). A veneração deles tinha chegado de Ciro, na Síria do Norte. Ainda hoje, apesar das modificações deploráveis devidas a Urbano VIII, em 1631, se pode admirar o grande mosaico absidal da basílica, tão singular com o seu Cristo que avulta, colossal, rodeado por finas nuvens vermelhas horizontais, que se destacam sobre um céu sombrio. Além disso, Félix refez a basílica de S. Saturnino, incendiada, na Via Salária, à entrada do cemitério subterrâneo de Trasão. Em 1594, ainda o celebre arqueólogo Bósio encontrou vestígios da basílica. Conserva-se uma carta de Félix IV a S. Cesário de Arles: nada de ordenações inconsideradas, nada de secularizações fantasiosas! Escreveu-lhe também sobre o semipelagianismo, que negava até certo ponto a necessidade da graça para a salvação. O concílio de Orange de 529 publicou capítulos de Félix contra Pelágio, Celéstio, Julião de Eclana e Fausto de Lérins. E Félix apaziguou uma desavença entre o arcebispo de Ravena e o seu clero. Quatro breves anos de poder, e Félix sentiu que o seu fim estava próximo. As finanças encontravam-se em mau estado e, para evitar uma crise que podia dar-se, o papa pensou em designar quem lhe sucedesse no cargo. A regente Amalasonte prestou-se a isso e, diante duma assembleia de dignitários eclesiásticos e civis, Félix entregou o «pallium» ao arcediago Bonifácio, que ele nomeava para lhe suceder. Sucedeu-lhe de facto com o nome de Bonifácio II. Félix IV morreu a 22 de Setembro ou 12 de Outubro do ano de 530. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SANTA CATARINA DE GÉNOVA
Viúva (1447-1510)
Catarina nasceu em Génova e aos 13 anos pediu para ser admitida no Mosteiro da Santa Maria das Graças, onde já professava sua irmã Libânia. Três anos depois, contrariando os seus desejos, foi dada como esposa a Juliano Adorno, homem colérico e gastador. Passados os primeiros cinco anos de matrimónio em profunda tristeza, quis sair do isolamento e participar na vida mundana. A 22 de Março de 1473 teve uma iluminação interior e, pouco depois, uma visão de Jesus ensanguentado, que determinaram a sua conversão fulminante. Entregou-se a penitências extraordinárias; ao mesmo tempo, acompanhada por outras amigas, dedicou-se ao serviço dos doentes. Por sua influência, o marido amansou o carácter, converteu-se inteiramente e fez-se terceiro franciscano. Em 1482 transferiu-se com ele para um local contíguo a um hospital, de que foi nomeada Directora da secção feminina. Assistindo a uma doente empestada, contraiu a mesma doença, em 1493. Quatro anos depois ficou viúva. Desde aí até à morte sofreu duma enfermidade que os médicos mais competentes declararam ser de natureza sobrenatural. A doutrina de seus escritos é muito profunda e inteiramente conforme às verdades da fé. Dum modo particular, notabilizou-se pelos seus escritos sobre o Purgatório, de tal maneira que foi apelidada «Doutora do Purgatório». Grande foi também a sua influência no campo assistencial, quer directamente, quer indirectamente, pelo grupo de colaboradores e colaboradoras que lhe seguiam o exemplo. Trabalhavam não só nos hospitais de Génova, senão também nos de outras localidades. Faleceu com 63 anos, a 15 de Setembro de 1510. Foi canonizada por Clemente XII, a 16 de Junho de 1737. A sua festa, porém, celebra-se a 22 de Setembro. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SANTOS MAURÍCIO,
EXUPÉRIO, CÂNDIDO e outros Mártires da Legião Tebana
Mauricio, Exupério, Cândido e outros
Mártires ( 286 )
Maurício, Exupério e Cândido eram oficiais do exército que foi encarregado, em 286, de reprimir a revolta dos Bagaudas (Bagauda vem da palavra céltica bagad, que significa multidão). Tratava-se com efeito, duma multidão de aldeões, pastores e escravos, que se revoltaram contra os seus senhores em certas partes da Gália, ameaçando a dominação romana. Foi Maximiano Hércules que recebeu ordens de Diocleciano para sufocar esta insurreição. Depois de atravessar os Alpes, interrompeu a marcha na Suíça, a fim de dar descanso às tropas. A guarda avançada acampou em Agaunum, a cerca de quinze milhas do Lago de Genebra. Era a esta guarda que pertenciam Maurício e os companheiros. Formavam um destacamento constituído inteiramente por cristãos, tirados, ao que parece, dos exércitos egípcios que guardavam habitualmente as fronteiras meridionais da Tebaida; daí o nome, que lhes deram, de «Legião Tebana». Antes de entrar em combate, Maximiano Hércules deu ordens para que todas as tropas se concentrassem em Octodure, a fim de sacrificarem aos deuses e prestarem juramento. Como a Legião Tebana se recusasse a tomar parte nessa cerimónia, que considerava sacrílega e supérflua, foi dizimada por ordem do comandante. Não tendo este castigo alterado as posições dos soldados. Maximiano mandou dizimá-los pela segunda vez. Os sobreviventes, porém, não deram mostras de se quererem acomodar aos desejos do comandante e, por isso, foram todos passados pelas armas. Esta é a lenda da Legião Tebana ou dos mártires de Agaunum. O que é sem dúvida certo é que em Agaunum, pelos fins do século III, no ano de 286 mais ou menos, alguns soldados cristãos, entre os quais o decurião Maurício, se recusaram a tomar parte numa cerimónia pagã da legião a que pertenciam, e que foram por este motivo executados. E é certo que no século seguinte foi elevada uma basílica no lugar da execução e que, por 520, Sigismundo, rei dos Burgondos, construiu lá um mosteiro que subsiste ainda e deu origem à cidade de S. Maurício (no Valais). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it
• 32 Mártires Salesianos em Valência de Espanha, Beatos
Setembro 22 Mártires,
32 Mártires Salesianos em Valência de Espanha, Beatos
(16 sacerdotes, 7 coadjutores e 6 clérigos, 2 Filhas de María Auxiliadora e 1 laico Cooperador Salesiano)
No domingo 11 de Março de 2001 foi a beatificação de 32 mártires salesianos mortos na diocese de Valência, em 1936, durante os primeiros meses da guerra civil espanhola. A solene cerimónia foi presidida pelo Papa João Paulo II na Basílica de São Pedro, en Roma.
O grupo de beatos mártires salesianos de Valência está composto por 32 membros da Família Salesiana: 29 salesianos, dos quais 16 sacerdotes, 7 coadjutores e 6 clérigos; 2 Filhas de María Auxiliadora e 1 laico Cooperador Salesiano. Encabeça o elenco o P. José Calasanz Marqués, assassinado em Valência em 27 de Julho de 1936, quando era o Inspector Provincial da então denominada Inspectoría Tarraconense, hoje dividida nas inspectorías de Valência e Barcelona.
Todavia é difícil um juízo sereno sobre os graves sucessos sangrentos ocorridos em Espanha durante a guerra civil de 1936-1939. O número das vítimas superou o milhão, e entre elas houve pessoas de todas as classes e de todas as crenças. Mas os historiadores sérios têm reconhecido já que no fundo desta terrível mortandade, nos territórios da chamada “zona vermelha” (dominados por anarquistas e social comunistas) houve uma verdadeira perseguição contra os cristãos, e uma autêntica mortandade de sacerdotes, religiosas, religiosos e cristãos comprometidos. Laicos cristãos foram assassinados a dezenas de milhares só por serem cristãos. E com eles foram assassinados 283 religiosas, 2,365 religiosos (sacerdotes e irmãos), 4,148 sacerdotes diocesanos, 12 bispos.
As execuções efectuaram-se em cidades e povos afastados da frente onde se combatia, muitas vezes sem nenhum processo ou com processos falsos, a maioria das vezes clandestinamente. Andrés Nin, chefe do Partido Obrero de Unificación Marxista, havia declarado publicamente num teatro de Barcelona: “Em Espanha havia muitos problemas que os republicanos burgueses não tiveram interesse em resolver, como o problema da Igreja. Nós temo-lo resolvido indo à raiz. Eliminamos curas, igrejas, culto”.
Dentro desta tremenda tragédia que convulsionou a nação e a Igreja espanhola, se desenvolveu também a pequena mas dolorosíssima tragédia dos filhos e filhas de Dom Bosco. Numa nação e numa Igreja mártir, 97 salesianos mártires. A Família Salesiana, em 1936, era florescente em Espanha. Se articulava em três “inspectorías” de salesianos e numa “inspectoría” das Filhas de María Auxiliadora. Nelas o Senhor acolheu como mártires a 39 salesianos sacerdotes, 26 salesianos coadjutores, 22 salesianos clérigos, cinco salesianos cooperadores, três aspirantes salesianos, duas Filhas de María Auxiliadora. Nesta ocasião queremos rememorar com afecto e dor aos 32 mártires de Valência.
Os mártires de Valência
Amanhecer de 27 de Julho de 1936. A casa salesiana de Valência, depois de haver sido atacada com rajadas de projécteis durante a noite, é invadida pelos milicianos. Se estão fazendo os exercícios espirituais, presididos pelo inspector Padre José Calasanz, um dos primeiros salesianos de Espanha, que em 1886 conheceu a dom Bosco em Sarriá. Um salesiano sobrevivente declarou sob juramento: “Os milicianos ao irromper armados nos encontraram a todos os salesianos colocados ao longo da escadaria central. Nos apontaram com os fuzis. Algum instante depois chegou um que inquiriu de seus companheiros. “¿Porquê não disparam¿ Não estávamos de acordo em que cada um matasse a um?”...O Padre Calasanz nos deu a absolvição”. O Padre Calasanz e três irmãos foram obrigados a subir ao camião. “Nos levavam até Valência. Durante o trajecto eu notava que um miliciano apontava continuamente seu fuzil contra o P. Calasanz, que sabia que era sacerdote. Em certo momento se disparou um tiro. O Padre Calasanz disse “¡Deus meu!”, e caiu sem mostras de vida num mar de sangue”.
Dom Antonio Martín, director da casa salesiana de Valência, foi encarcerado pelos milicianos. “Às quatro da manhã abriram nossa cela e chamaram ao “camarada” Antonio Martín. Ele respondeu. “Servidor”... Levantou os olhos, juntou as mãos e pronunciou estas palavras: “Vamos, Senhor, ao sacrifício”. Também foram chamados os irmãos Recadero de los Ríos, P. José Jiménez, P. Julián Rodríguez, el coadjutor Agustín García, encerrados na mesma prisão. Conduzidos fora da cidade, alinhados junto a uma cerca, foram assassinados”.
O P. Sérgio Cid “viajava num tranvía em Barcelona. Alguns milicianos, fixando-se bem, tiveram a suspeita de que era um cura. Agarrando-o por um braço, tiraram-lhe a mão do bolso: entre os dedos tinha o rosário. Atiraram-no do tranvía em marcha. Morreu destroçado contra um farol”. (Testemunho jurado).
Também “em Barcelona, as FMA reunidas no colégio de Santa Doroteia puderam embarcar e chegar a Itália –conta o P. Juan Canals. Entretanto, sor Amparo Carbonell y sor Carmen Moreno não quiseram partir, para poder assistir a uma irmã operada recentemente. As três foram presas. Depois do interrogatório, a irmã enferma foi deixada em liberdade, as duas enfermeiras foram fuziladas.
Texto reproduzido con autorização de: Boletim Salesiano DON BOSCO EN CENTROAMÉRICA
Edição Nº130 (Março-Abril 2001)
• José Aparício Sanz e 232 companheiros mártires, Beatos
Setembro 22 Mártires durante a perseguição religiosa em Espanha,
José Aparício Sanz e 232 companheiros mártires, Beatos
A II República espanhola, proclamada em 14 de Abril de 1931, chegou impregnada de forte anticlericalismo. Apenas um mês mais tarde se produziram incêndios de templos em Madrid, Valência, Málaga e outras cidades, sem que o Governo fizesse nada para os impedir e sem procurar aos responsáveis para os julgar segundo a lei. Os danos foram imensos, mas o Governo não os reparou nem material nem moralmente, pelo que foi acusado de conivência. A Igreja havia acatado a República não só com respeito mas também com espírito de colaboração pelo bem de Espanha. Estas foram as instruções que o Papa Pío XI e os bispos deram aos católicos. Mas as leis sectárias cresceram dia a dia. Neste contexto foi suprimida a Companhia de Jesús e expulsos os jesuítas. Durante a revolução comunista de Astúrias (Outubro de 1934) derramaram seu sangue muitos sacerdotes e religiosos, entre eles os dez Mártires de Turón (9 Irmãos das Escolas Cristãs e um Passionista, canonizados em 21 de Novembro de 1999).
Durante o primeiro semestre de 1936, depois do triunfo da Frente Popular, formado por socialistas, comunistas e outros grupos radicais, se produziram atentados mais graves, com novos incêndios de templos, derrube de cruzes, expulsões de párocos, proibição de enterros e procissões, etc., e ameaças de maiores violências. Estas se desataram, com verdadeiro furor, depois de 18 de Julho de 1936. Espanha voltou a ser terra de mártires desde essa data até 1 de Abril de 1939, pois na zona republicana se desencadeou a maior perseguição religiosa conhecida na história desde os tempos do Império Romano, superior inclusive à Revolução Francesa. Foi um triénio trágico e glorioso o de 1936 a 1939, que deve ser fielmente recordado para que não se perca a memória histórica. Ao finalizar a perseguição, o número de mártires ascendia a quase dez mil: 13 Bispos; 4.184 Sacerdotes diocesanos e seminaristas, 2.365 Religiosos, 283 Religiosas e vários milhares de seculares, de ambos sexos, militantes de Acção Católica e de outras associações apostólicas, cujo número definitivo todavía não é possível precisar. O testemunho mais eloquente desta perseguição o deu, Manuel de Irujo, ministro do Governo republicano, que numa reunião do mesmo celebrada em Valência - então capital da República -, a princípios de 1937, apresentou o seguinte Memorando:
«A situação de facto da Igreja, a partir de Julho passado, em todo o território leal, excepto o vasco, é a seguinte: a) Todos os altares, imagens e objectos de culto, salvo muito contadas excepções, hão sido destruídos, a maioria com vilipêndio. b) Todas as igrejas foram fechadas ao culto, o qual ficou total e absolutamente suspenso. c) Uma grande parte dos templos, na Catalunha com carácter de normalidade, se incendiaram. d) Os parques e organismos oficiais receberam sinos, cálices, custódias, candelabros e outros objectos de culto, fundiram-nos e ainda foram aproveitados para a guerra ou para fins industriais seus materiais. e) Nas igrejas foram instalados depósitos de todas classes, mercados, garagens, quadras, quartéis, refúgios e outros modos de ocupação diversos. f) Todos os conventos foram desalojados e suspensa a vida religiosa nos mesmos. Seus edifícios, objectos de culto e bens de todas classes foram incendiados, saqueados, ocupados e derrubados. g) Sacerdotes e religiosos foram detidos, submetidos a prisão e fuzilados sem formação de causa por milhares, factos que, se bem diminuídos, continuam ainda, não tão só na povoação rural, onde se lhes deu caça e morte de modo selvagem, mas nos povoados maiores. Madrid e Barcelona e as restantes grandes cidades somam por centenas os presos nas suas cadeias sem outra causa conhecida que seu carácter de sacerdote ou religioso. h) Chegou-se à proibição absoluta de retenção privada de imagens e Objectos de culto. A polícia que pratica registos domiciliários, buscando no interior das habitações, de vida íntima pessoal ou familiar, destrói com escárnio e violência imagens, estampas, livros religiosos e quanto com o culto se relaciona ou o recorde».
E o cardeal arcebispo de Tarragona, Francisco Vidal y Barraquer (1868-1943), que se achava refugiado em Itália e foi convidado pelo Governo republicano em 1938 para que regressasse à sua diocese, disse: «¿Como posso eu dignamente aceitar tal convite, quando nas cadeias continuam sacerdotes e religiosos muito zelosos e também seculares detidos e condenados, como me informam, por haver praticado actos de seu ministério, ou de caridade e beneficência, sem se ter intrometido minimamente em partidos políticos, de conformidade às normas que lhes haviam dado?».
E acrescentava: «Os fiéis todos, e em particular os sacerdotes e religiosos, sabem perfeitamente os assassinatos de que foram vítimas muitos de seus irmãos, dos incêndios e profanações de templos e coisas sagradas, a incapacidade do Estado em manter todos os bens eclesiásticos e não lhes consta que até ao presente a Igreja haja recebido de parte do Governo reparação alguma, nem sequer uma desculpa ou protesto».
Sobre esta perseguição são essenciais a obra de Antonio MONTERO MORENO, Historia de la persecución religiosa en Espanha. 1936-1939 (Madrid, BAC, 1960, reimpressa en 1999) e os livros de Vicente CÁRCEL ORTÍ, A persecución religiosa en España durante la Segunda República (1931-1939) (Madrid, Rialp, 1990), Mártires españoles del siglo XX (Madrid, BAC, 1995), Buio sull´altare. La persecuzione religiosa spagnola, 1931-1939 (Roma, Città Nuova, 1999), La gran persecución. España 1931-1939 (Barcelona, Planeta, 2000), Mártires del siglo XX. Cien preguntas y respuestas (Valencia, Edicep, 2001) y Persecuciones religiosas y mártires del siglo XX (Madrid, Palabra, 2001). Sobre los de Valencia cf. V. CÁRCEL ORTÍ y R. FITA REVERT, Mártires valencianos del siglo XX (Valencia, Edicep, 1998).
OS MÁRTIRES - Aos sacerdotes, religiosos e seculares que entregaram suas vidas por Deus o povo começou a chamar-lhes mártires porque não tiveram nenhuma implicação política nem fizeram a guerra contra ninguém. Por isso, não se lhes pode considerar caídos em acções bélicas, nem vítimas da repressão ideológica, que se deu nas duas zonas, mas sim mártires da fé.
Os mártires que hoje beatifica o Santo Padre demonstram a unidade e diversidade eclesial e esta celebração resulta pastoralmente significativa, porque vê unidos num único rito a muitos mártires de uma mesma arquidiocese e tem as seguintes características:
- a representatividade eclesial do grupo de mártires, pois há sacerdotes, religiosos e seculares, que são expressão dos numerosos carismas e famílias de vida consagrada;
- a representatividade da Igreja em Espanha porque este grupo representa 37 dioceses. Todos eles se encontravam em Valência desenvolvendo seus respectivos ministérios e actividades apostólicas e alguns deles hão sido unidos no processo por competência, com base à normativa canónica vigente;
- o elevado número de sacerdotes seculares e de seculares, pois é a primeira vez que são beatificados 40 membros dos presbíteros diocesanos de Valência (37) e Saragoça (3), assim como 22 mulheres e 20 homens e jovens, membros da então florescente Acção Católica Espanhola e de outras associações de apostolado secular, de todas as idades, profissões e estado social;
- o actual contexto pastoral favorável, que há despertado interesse nas dioceses espanholas para com esta página gloriosa da recente história. Esta havia ficado um tanto olvidada, mas testemunha a fé e a fidelidade da Igreja em Espanha e, mais em concreto, em Valência que teve suas origens a princípios do século IV no martírio do diácono Vicente. O desenvolvimento dos processos, as correspondentes catequeses e a fama martírial hão levado as comunidades, cristãs a um maior interesse e devoção para com os mártires.
Por isso, a beatificação de todos eles juntos é sumamente oportuna e é de desejar que suscitem uma vida cristã mais intensa, um maior fervor espiritual e um renovado interesse por manter viva a memória destes gloriosos testemunhos da Fé. O clima espiritual favorável criado pelo Grande Jubileu de 2000 permitiu que, concluído o longo processo canónico, pudesse celebrar-se esta beatificação em 11 de Março de 2001, como primeiro fruto espiritual do Ano Santo apenas terminado. Estes mártires são os primeiros beatos do Terceiro Milénio.
ESPIRITUALIDADE DESTES MÁRTIRES - A maioria dos sacerdotes e seculares não necessitavam do martírio para ser beatificados, porque já em vida tinham fama de santos; de alguns deles se chegou a dizer que eram tão bons, que precisamente por isso foram martirizados. Todos eles foram homens e mulheres muito exemplares, plenamente entregues a seus ministérios respectivos, os sacerdotes: de seminaristas foram modelos por suas virtudes, por seu amor à Eucaristia e por sua devoção à Virgem. Se entregaram em pleno às paróquias: culto litúrgico, confissões, catequeses, apostolado dos jovens, visitas assíduas aos enfermos, ajuda aos pobres e necessitados foram suas principais actividades apostólicas. O mesmo há que dizer dos religiosos e religiosas, desenvolviam um intenso labor apostólico e social em colégios, e em hospitais; um labor que nunca foi suficientemente reconhecida. Muitos deles, além de mártires da fé, foram apóstolos de caridade, do ensino religioso e da formação humana. Os sacerdotes foram semelhantes ao santo cura de Ars no cumprimento de seu ministério, semelhantes em tudo a outro pároco valenciano, que não foi mártir, mas tem aberto o processo de beatificação: o Beato José Bau Burguet, pároco de Masarrochos, falecido em 1932. Este influiu decisivamente na formação espiritual dos sacerdotes valencianos do primeiro terço do século XX. Os homens, mulheres e jovens eram muito piedosos, muito entregues à Igreja e a todas suas obras de caridade e apostolado; nasceram e viveram em famílias de antiga tradição cristã, receberam uma formação religiosa muito sólida e viveram uma autêntica vida cristã, alimentada diariamente com a Eucaristia, a devoção à Virgem, a reza do Santo Rosário e outras devoções particulares; viveram entregues apostólicamente a suas respectivas paróquias através da Acção Católica e de outras associações apostólicas; deram sempre um testemunho coerente de vida cristã, que culminou com o martírio. Todos eles foram martirizados única e exclusivamente por motivos religiosos, morreram amando e perdoando a seus verdugos e dizendo "¡Viva Cristo Rei"!, porque tiveram um sentido teológico muito profundo da realeza de Cristo e porque este foi o grito com que os cristãos fizeram frente aos totalitarismos do século XX. Hoje os veneramos nos altares como mártires da fé cristã, porque a Igreja reconheceu oficialmente que entregaram suas vidas por Deus durante a perseguição religiosa de 1936. Não lhes devemos chamar caídos na guerra, porque não foram à guerra nem a fizeram contra ninguém, pois eram pessoas pacíficas, que desenvolviam normalmente suas actividades em seus povos e paróquias; tampouco lhes podemos chamar vítimas da repressão política, porque os motivos fundamentais de suas mortes não foram de carácter político ou ideológico mas sim religioso: porque eram sacerdotes ou religiosos, porque eram seculares católicos praticantes, muito comprometidos com a Igreja na defesa e promoção da fé cristã.
OS PROCESSOS CANÓNICOS - Durante a perseguição religiosa republicana a Arquidiocese de Valência pagou um dos maiores tributos de sangue (361 sacerdotes, 373 homens e jovens de Acção Católica, 93 Mulheres de Acção Católica e várias centenas de religiosos de diversos institutos masculinos e femininos foram martirizados) e isto explica o facto de que nela se abriram a maioria dos processos de beatificação que hoje chegam a seu ponto final. Impulsionados pelos arcebispos Marcelino Olaechea (1946-1966) e José María García Lahiguera (1969-1978), Servo de Deus, assim como pelo Presbitério Diocesano e o Foro de Laicos, o mesmo que pelas respectivas Ordens e Congregações religiosas, Valência dedicou muitas energias humanas para que estes processos pudessem chegar à sua conclusão e foram um instrumento de evangelização, especialmente nos campos da catequese, da pastoral juvenil e da promoção vocacional. Todos os processos canónicos dos Servos de Deus que hoje são beatificados foram instruídos na arquidiocese de Valência, com excepção dos Franciscanos Conventuais (n. 99 a 104), que se fez em Barcelona, e o do Beato Francisco Castelló Aleu (n. 233), que se instruiu en Lleida.
OS NOMES DOS MÁRTIRES - CAUSA DOS SACERDOTES DIOCESANOS, MULHERES, HOMENS E JOVENS DE ACÇÃO CATÓLICA E DE OUTRAS ASSOCIAÇÕES APOSTÓLICAS - DA ARQUIDIOCESE DE VALÊNCIA (Decreto da Congregação das Causas dos Santos, lido ante o Santo Padre em 18 de Dezembro de 2000)
SACERDOTES DIOCESANOS -
CAUSA DE TRÊS TERCEIRAS CAPUCHINhAS DA SAGRADA FAMÍLIA - (Decreto del 18 de diciembre de 2000) - A forma de vida que as identificou como Terceiras Capuchinhas da Sagrada Família foi o seguimento de Jesus Cristo como menores e penitentes, segundo os ideais de São Francisco de Assis e o espírito legado pelo Venerável Padre Luis Amigo, reflectido nas atitudes do Bom Pastor na missão especifica das obras de misericórdia, corporais e espirituais, com os mais pobres e necessitados. A Sagrada Família de Nazaré, desde sua vida oculta e simples foi para elas modelo de oração, humildade, vida de família e disponibilidade à Vontade de Deus até ao martírio. No exercício humilde de seu apostolado foram surpreendidas pela perseguição religiosa, encontrando a morte em Puzol e Gilet, localidades da Província de Valência (Espanha), onde demonstraram a solidez de sua fé e a fidelidade a seus compromissos. 230. Beata M. Victoria Quintana Argos (Rosario de Soano) (* Soano, Santander, 13-V-1866 + Puzol, Valencia, 22-VIII1936) 231. Beata María Fenollosa Alcaina (Francisca Javier de Rafelbuñol) (*Rafelbuñol, Valencia, 24-V-1901 + Gilet, Valencia, 27-IX-1936) 232. Beata Manuela Fernández Ibero (Serafína de Occhovi) (Ochovi, Navarra, dióc. Pamplona, 6-VIII-1872 + Puzol, Valencia, 22-VIII-1936). - CAUSA DA DIOCESE DE LLEIDA - (Decreto del 18 de diciembre de 2000) - 233. Beato Francisco de Paula Castelló Aleu (nascido em 19-IV-1914 em Alicante, e morto em 29-IX-1936 em Lérida, 22 anos). Membro da Juventude de Acção Católica de Catalunha. Nasceu em 19 de Abril de 1914 em Alicante, onde sua família de origem catalã se encontrava por motivos de trabalho do pai. Falecido este, sua mãe com os três filhos pequenos, duas meninas e Francisco de Paula, recém nascido, retornam a Lleida (Catalunha). Francisco realizou seus estudos nas Escolas dos Irmãos Maristas e concluiu os estudos superiores técnicos no Colégio «Instituto Químico» dos Padres Jesuítas em Barcelona. Estudante Universitário em Oviedo (Astúrias) participou nas obras apostólicas dos Padres Jesuítas e especialmente na Federação de Jovens Cristãos de Catalunha (Franja da Acción Católica Española). Concluído seus estudos de Licenciado em Ciências Químicas trabalhou no Complexo Químico « Cross » de Lleida e iniciou seu noivado com a Senhorita María Pelegrí. Chamado a cumprir o Serviço militar, como soldado de quota, se encontrou no meio dos acontecimentos de 19 de Julho de 1936. Encarcerado na noite de 21 para 22 de Julho pelos milicianos republicanos, em 29 de Setembro foi submetido a julgamento ante o Tribunal popular, onde afirmou com voz clara e precisa sua condição de católico: «No referente ao delito de ser católico, disse, sou com muito gosto delinquente, e se mil vidas tivesse que dar a Deus, mil vidas lhe daria; assim que não faz falta que me defenda».
• Inácio de Sandone, Santo
Setembro 22 Presbítero Capuchinho,
Ignacio de Sandone, Santo
Presbítero Capuchinho
Martirologio Romano: En Turín, en la región del Piamonte, san Ignacio de Sandone (Lorenzo Mauricio) Belvisotti, presbítero de la Orden de Hermanos Menores Capuchinos, asiduo en atender a penitentes y en ayudar a enfermos (1770).
Fecha de canonización: Fue canonizado por el papa Juan Pablo II el 19 de mayo del 2002.
Ingresó en la Orden capuchina a la edad de 30 años, siendo ya sacerdote, para vivir la alegría de la obediencia. Destacó por su celo y asiduidad en la administración del sacramento de la penitencia y en la dirección de las almas, y por su sabiduría y prudencia en la formación de los novicios. Lo beatificó Pablo VI en 1966, y lo canonizó Juan Pablo II en el 2002.
Nació el 5 de junio del año 1686 en la localidad de Santhià (Sandone), Santa Ágata, provincia de Vercelli (Italia). Ese mismo día fue bautizado con los nombres de Lorenzo Mauricio. Era el cuarto de los seis hijos del matrimonio formado por Pier Paolo Belvisotti y María Elisabetta Balocco.
Al morir su padre, cuando él tenía siete años, su madre lo encomendó a un piadoso sacerdote, pariente suyo, que se encargó de su formación intelectual y espiritual. Luego ingresó como seminarista en la colegiata de su pueblo. Hizo sus estudios superiores en la ciudad de Vercelli, y fue ordenado sacerdote en el otoño de 1710.
Al inicio, aceptó la propuesta de ser capellán instructor de una familia noble de Vercelli, los Avogadro, sin descuidar sus deberes estrictamente religiosos: colaboraba en las misiones populares organizadas por los jesuitas, entre los cuales escogió a su director espiritual, el P. Cacciamala.
En 1713 rehusó el cargo de canónigo rector de la colegiata de Santhià. En 1715 aceptó desempeñar el ministerio pastoral en una parroquia, pero un debate jurisdiccional sobre el nombramiento resultó providencial para su futuro, pues lo impulsó a dejar la sotana clerical para vestir el sayo capuchino.
El 24 de mayo de 1716, al ingresar en el convento noviciado de la Orden de Frailes Menores Capuchinos de Chieri (Turín), Lorenzo Belvisotti tomó el nombre de fray Ignacio de Santhià.
Después del noviciado y de la profesión religiosa solemne, fue prefecto de sacristía, director de acólitos y confesor, trabajando apostólicamente con un celo extraordinario.
En 1731 el capítulo provincial le encomendó la formación de los candidatos a la vida capuchina como maestro de novicios en el convento de Mondoví (Cuneo). Con gran acierto supo sostener a los novicios en las pruebas más arduas.
En agosto de 1744 fue enviado como capellán de las tropas del rey de Cerdeña, Carlos Emanuel III, durante la guerra contra las armadas franco-españolas (1744-1747). Con gran caridad asistía a los militares heridos o contagiados en los hospitales militares de Asti, Alessandria y Vinovo.
Restablecida la paz, fue destinado al convento del Monte de los Capuchinos, en Turín, donde residirá veinticinco años, hasta su muerte.
Dividía su actividad entre el convento y la ciudad. Cada domingo explicaba la doctrina cristiana y la regla franciscana a los hermanos legos y cada año dirigía los ejercicios espirituales a su comunidad. En la iglesia era el confesor más solicitado. También realizaba un apostolado fecundo bendiciendo en sus casas a las personas que ya no podían acudir a él hasta el convento.
Los milagros se iban multiplicando y el pueblo lo bautizó como «el Santo del Monte». A su convento acudían innumerables personas, sencillas e ilustres, atraídas por su fama de santidad, entre ellas muchos miembros de la casa real de Saboya. El cardenal arzobispo le pedía con frecuencia que le diera a conocer los casos de personas más necesitadas, para prestarles ayuda.
Murió el 22 de septiembre de 1770, a los 84 años, en la enfermería del convento, donde se hallaba desde hacía un año.
• Mártires Lassallistas em Valência, Beatos
Septiembre 22 Mártires,
Os Irmãos Florêncio Martín, Bertrán Francisco, Ambrósio León, Elías Julián, Honorato Andrés, e o P. Leonardo O. Buera, capelão do Colégio de la Bonanova - Mártires Lassallistas em Valência, Beatos
Los cinco beatos a los cuales dedicamos estas páginas, eran membros del Instituto de los Hermanos de las Escuelas Cristianas. Su única preocupación era seguir a Jesús en la vocación a la cual los había llamado: santificarse educando a los niños y jóvenes, enseñándoles a vivir cristianamente.
Cuando inició la persecución religiosa en España, trabajaban tranquilamente en las instituciones educativas de la Provincia Lasaliana de Barcelona. Viajaron a Valencia para cumplir una obligación propia de su trabajo educativo y el Señor les llamó para que dieran un testimonio extremo. Sus verdugos no los conocían. Al enterarse que eran religiosos, consideraron esto causa suficiente para detenerles y ajusticiarles.
Los Mártires son signo de la Iglesia, Cuerpo de Cristo, que continúa siendo perseguida y condenada a muerte en sus miembros, pero estos mantienen su vista fija en el alba gloriosa de la resurrección.
Esta es la lección que nos dan los Mártires, tanto los de ayer como los actuales. Debemos estar dispuestos a imitar su generosidad.
Los Hermanos Florencio Martín, Bertrán Francisco, Ambrosio León, Elías Julián, Honorato Andrés, y el P. Leonardo O. Buera, capellán del Colegio de la Bonanova, entregaron sus vidas por ser fieles a su condición de ministros y embajadores de Jesucristo.
Aun sabiendo que la afirmación de su condición de religiosos los conduciría a la muerte, no dudaron en confesar su fe en Jesús y su pertenencia al Instituto de los Hermanos de las Escuelas Cristianas.
Estos cinco Hermanos, ahora nuevos Beatos, no tenían otra ocupación que seguir a Jesús en la vocación a la cual Él los había llamado: Buscar la salvación de los niños y jóvenes, es decir, educar cristianamente, integralmente, a los niños y jóvenes, para el logro de su plena realización, como seres humanos, como cristianos.
Con su beatificación, sus nombres pasan a aumentar la constelación de santos y beatos del Mundo Lasaliano. Comenzando por San Juan Bautista de La Salle, nuestro Fundador y posteriormente por el Hno. Salomón Leclerq, primer Hermano mártir, durante la Revolución Francesa, garantizan que la fidelidad al Señor en el camino de la educación integral de los niños, niñas, jóvenes y señoritas constituye un camino de Evangelio.
Joven, maestro, maestra, colaborador lasaliano, padre de familia: este mensaje te invita también a ti a entregar tu vida por el Reino, desde el estado de vida que hayas escogido, en la actividad profesional que desempeñes. La causa del Reino hace que nuestra vida adquiera la dimensión religiosa que es fuente de alegría y fortaleza permanente, aún ante las pruebas más duras de la vida.
Junto a los nuevos beatos lasalianos hacemos y guardamos memoria de otros muchos mártires a quienes arrancaron violentamente sus vidas por la única razón de ser anunciadores de Jesucristo. Recordamos a nuestros mártires de Francia, México, Filipinas, Polonia, Vietnam, Guatemala, Colombia y España. También veneramos la memoria de tantos Hermanos y Colaboradores lasalianos que entregaron su vida gota a gota, día a día, trazo a trazo como una tiza en la pizarra, en el anonimato de la fidelidad cotidiana.
Y resuena en los oídos y en el corazón, la voz familiar de nuestro Fundador que nos dice: "todo el reconocimiento que deben esperar por haber instruído a los niños, particularmente los pobres, son injuruias, ultrajes, persecuciones y la misma muerte. Es la recompensa de los santos y de los hombres apostólicos, como lo fue Jesucristo, nuestro Señor" (Medit.155.3).
Beatificados el 11 de marzo de 2001.
• Luis Maria Monti, Beato
Setembro 22 Laico Fundador,
Luis Maria Monti, Beato
Fundador dos
Filhos de María Imaculada
Martirologio Romano: En Saronno, cerca de Varese, en la Lombardía, de Italia, beato Luis María Monti, religioso, quien, a pesar de mantener su condición laical, instituyó los Hijos de María Inmaculada, congregación que dirigió con espíritu de caridad hacia los pobres y los necesitados, ocupándose especialmente de los enfermos y huérfanos, y trabajando en favor de la formación de los jóvenes (1900).
Etimología: Luis = aquel que es famoso en el combate, viene del germánico
Fecha de beatificación: Fue beatificado por S.S. Juan Pablo II el 9 de noviembre de 2003.
Corría el siglo XIX y el agnosticismo cundía entre las gentes. Fue entonces cuando el Espíritu Santo inspiró a varios hombres y mujeres excepcionales, enriquecidos con el carisma de la “asistencia” y de la “acogida”, para que el amor al prójimo convenciese al hombre escéptico y positivista a creer en Dios-amor.
El Padre Luigi Monti, beato de la caridad, pasó a engrosar las filas de fieles sumidos en el Espíritu Santo. Dio fe del amor al prójimo bajo la insignia de la Inmaculada: la Mujer que nó conoció el pecado, símbolo de la liberación de todos los males.
Luigi Monti, religioso laico, a quien sus discípulos veneraban llamándole “padre” debido a su irrebatible paternidad espiritual, nació en Bovisio, el 24 de julio de 1825, el octavo de una familia con once hijos. Huérfano de padre a los 12 años, se hizo carpintero para ayudar a su madre y a sus hermanos pequeños. Joven apasionado, reunió en su taller a muchos artesanos de su edad así como a campesinos para dar vida a un oratorio vespertino. El grupo se denominó la Compañía del Sagrado Corazón de Jesús, pero el pueblo de Bovisio no tardó en apodarlo “La Compañía de los Hermanos”.
Dicha compañía se caracterizaba por la austeridad de vida, la dedicación al enfermo y al pobre, por el tesón para evangelizar a los que se hallaban alejados del camino. Luigi capitaneaba el grupo. En 1846, a los 21 años de edad, se consagró a Dios y emitió votos de castidad y obediencia en manos de su padre espiritual. Fue un fiel laico consagrado a la Iglesia de Dios, sin convento y sin hábito. Sin embargo, no todo el mundo supo acoger el don que el Espíritu había infundido en él De hecho, algunas personas del pueblo junto al párroco, se opusieron de forma rastrera e implacable, lo cual desembocó en una denuncia calumniosa en la que se le acusaba de conspiración politica contra la autoridad austríaca de ocupación. En 1851, Luigi Monti y sus compañeros fueron encarcelados en Desio (Milán) y fueron puestos en libertad gracias a un proceso verbal que, sin embargo, no se celebró hasta pasados 72 días de cárcel.
Dócil con su padre espiritual, el sacerdote Luigi Dossi, entró con él en la congregación de los “Hijos de María Inmaculada” que el beato Ludóvico Pavoni había fundado hacía cinco años. Se quedó seis años de novicio. Este tiempo supuso para Luigi Monti un periodo de transición, en el que se enamoró de las constituciones de Pavoni, se ejercitó como educador y aprendió la teoría y la práctica de la profesión de enfermero que puso al servicio de la comunidad y de los afectados por el cólera durante la epidemia de 1885, encerrándose voluntariamente en la leprosería local.
A los 32 años, Luigi Monti todavía estaba buscando la realización concreta de su vocación. En una carta con fecha de 1896, cuatro años antes de fallecer, evocó la noche del espíritu, vivida en este periodo:
“Transcurría horas ante Jesús Sacramentado. Y, sin embargo, eran horas sin pizca de rocío celestial. Mi corazón permanecía árido, frío, insensible.
Estaba a punto de abandonarlo todo cuando, de repente mientras me hallaba en mi celda, y sentí una voz en mi fuero interno, clara y comprensible, que me decía: “Luigi, dirígete al sagrario de la iglesia y expónle tus tribulaciones de nuevo a Jesús Sacramentado”.
Así que haciendo caso de la inspiración, me voy para allá, me arrodillo y al cabo de poco !maravilla! veo a dos personajes con forma humana. Los conozco. Son Jesús y su Madre Santísima. Se me acercan y me dicen en voz alta: “Luigi, te queda mucho que sufrir todavía, te quedan luchas mayores que librar. Sé fuerte. Saldrás vencedor de todo. Nuestra ayuda poderosa no te faltará nunca. Sigue el camino que empezaste”. Sí, dieron, y desaparecieron.
Inspirado en el testimonio de caridad de la santa Crocifissa Di Rosa, el sacerdote Luigi Dossi planteó a Monti la idea de crear una “Congregación para el servicio de los enfermos” en Roma. Luigi Monti aceptó y sugirió llamarla “Congregación de los Hijos de la Inmaculada Concepción”. Varios amigos suyos de la época de la “Compañía” compartieron dicha idea y, además, se sumó un joven enfermero experto y muy apasionado, llamado Cipriano Pezzini.
Una fundación en la Roma de Pío IX no era cosa sencilla y menos todavía en uno de los hospitales más famosos de Europa, el hospital de Santo Spirito. Mientras tanto, los capellanes capuchinos, en el seno de dicho hospital iniciaron una asociación de terceros de San Francisco para la asistencia corporal a los enfermos.
Cuando Luigi Monti llegó a Roma, en 1858, halló una realidad distinta a la que se imaginaban tanto él como su amigo Pezzini, quien le precedió para entablar las negociaciones que eran menester con el Comendador, máxima autoridad del hospital.
Comprendió que Dios, en ese momento, lo quería sencillamente como el “Hermano Luigi de Milán”, enfermero del hospital Santo Spirito. De manera que solicitó humildemente formar parte del grupo organizado de los PP. Capuchinos. Al principio, se encargó de todos los servicios reservados en la actualidad al personal sanitario asistente, y posteriormente la tarea de flebotomiano, tal y como consta en el diploma que le concedió la Università La Sapienza di Roma.
En 1877, por designación unánime de sus congregantes, Pío IX le encomendó capitanear “su propia” Congregación y así siguió hasta su muerte.
Pío IX prefirió desde un primer momento la Congregación de los Hijos de la Inmaculada Concepción tanto por su gran anhelo de ver bien asistidos a los enfermos de los hospitales romanos como por el hecho de que llevaba el nombre de la Inmaculada.
Convertido en Superior general, Luigi Monti preparó para la Congregación un código de vida que reflejaba las experiencias para las que el Espíritu de Dios le había conducido. Y la comunidad de Santo Spirito, gracias al ánimo que infundió, vivió la “apostolica vivendi forma” de los Hijos de la Inmaculada Concepción. Los Hermanos nutriéndose con la Eucaristía y la meditación del privilegio de la “Completamente Pura”, se dedicaron a la asistencia de forma heroica. En los hospicios en masa por epidemias de malaria, de tifus o tras episodios bélicos, los Hermanos no dudaban en prestar su propio colchón. Se declaraban todos ellos dispuestos a asistir a los enfermos de todas las formas de enfermedad, se les enviase a donde se les enviase. Luigi Monti constituyó otras pequeñas comunidades en la zona norte de la región del Lacio, en donde él mismo había trabajado anteriormente brindando servicios médicos de todo tipo asó como en calidad de enfermero itinerante por los caseríos desperdigados en el campo de Orte, en la provincia de Viterbo.
En 1882, recibió en Santo Spirito la visita de un monje cartujo que declaró haber recibido de la Virgen Inmaculada la inspiración para presentarse ante él. Venía de Desio. El cartujo le presentó un caso límite: se trataba de cuatro sobrinillos suyos, huérfanos de padre y madre. Era una señal del Espíritu de Dios y Luigi Monti amplió su obra asistencial a los menores totalmente huérfanos. Para ellos inauguró una casa de acogida en Saronno. Su principio pedagógico básico se basaba en la paternidad del educador. La comunidad de los religiosos acoge al huérfano como en familia, para “vivir juntos el día”, para crear juntos las perspectivas de inserción en la sociedad con una formación humana y cristiana que sea la base para todas las vocaciones: a la vida civil, a la familia y al estado de consagración especial.
Luigi Monti, laico consagrado, concibió la comunidad de los “Hermanos” no sacerdotes y sacerdotes con igualdad de derechos y de deberes, en la que se elegía como superior al hermano más idóneo. La muerte le halló en Saronno, exánime, casi ciego, con 75 años de edad en 1900. Su proyecto no había recibido todavía la aprobación eclesiástica. La obtuvo en 1904 de Pío X quién aprobó el nuevo modelo de comunidad previsto por el fundador, concediendo el sacerdocio ministerial como complemento esencial para desempeñar una misión apostólica dirigida a todos los hombres, tanto en el servicio de los enfermos como en la acogida de la juventud marginada.
En 1941, el beato Ildefonso Schuster, arzobispo de Milán, inauguró el proceso informativo que se prolongó hasta 1951.
En el año 2001, la Congregación para las Causas de los Santos promulgó el decreto sobre el heroísmo de las virtudes, y en el año 2003 se redactó el decreto que define milagrosa la curación acontecida en 1961 en Bosa (Cerdeña) del campesino Giovanni Luigi Iecle.
Hoy en día, la Congregación de los Hijos de la Inmaculada Concepción, esparcida por todo el mundo, sigue plasmando en las obras de caridad el carisma de acogida paternal y de asistencia llevada a cabo con profesionalidad y entrega total por su fundador, Luigi Monti. Fue beatificado por S.S. Juan Pablo II el 9 de noviembre de 2003.
El 1 de octubre recordamos su ingreso al reino del Señor; S.S. Juan Pablo II decretó que la fiesta liturgica se celebrara el 22 de septiembre.
94600 > Beato Alfonso da Cusco Mercedario 22 sttembre
71450 > Santa Basilia Martire 22 settembre MR
71370 > Beato Carlo Navarro Martire 22 settembre MR
71310 > Sant' Emerita Martire 22 settembre MR
91891 > Sant' Emmerano di Ratisbona Abate e martire 22 settembre MR
71350 > San Fiorenzo Eremita 22 settembre MR
93947 > San Fortunato Venerato a Lonate Pozzolo 22 settembre
92966 > Beato Germano Gozalvo Andreu Sacerdote e Martire 22 settembre MR
94288 > Beato Giovanni Battista Bonetti Francescano, martire 22 settembre
93323 > Beata Giuseppa Moscardo Montalba Vergine e martire 22 settembre MR
71360 > Beato Giuseppe Marchandon Martire 22 settembre MR
90741 > Sant' Ignazio da Santhià 22 settembre MR
92716 > Santi Innocenzo e Vitale Martiri 22 settembre
71320 > San Laudo di Coutances Vescovo 22 settembre MR
93325 > Beata Maria della Purificazione Vidal Pastor Vergine e martire 22 settembre MR
34800 > San Maurizio, Candido, Essuperio, Vittore e compagni Martiri della Legione Tebea 22 settembre MR
71340 > Beato Ottone di Frisinga Vescovo 22 settembre MR
93403 > Santi Paolo Chong Ha-sang e Agostino Yu Chin-gil Martiri 22 settembre MR
71330 > Santa Salaberga Badessa 22 settembre MR
94670 > Festa dei Santi di Tula 22 settembre (Chiese Orientali)
90953 > San Settimio di Jesi Vescovo e martire 22 settembre
71500 > San Silvano di Levroux Eremita 22 settembre MR
94556 > Ventisei Santi del Monte Athos Monaci, martiri 22 settembre (Chiese Orientali)
93460 > Beato Vincenzo Pelufo Corts Sacerdote e martire 22 settembre MR
93452 > Beato Vincenzo Sicluna Hernandez Sacerdote e martire 22 settembre MR
http: www.es.catholic.net/santoral - www.santiebeati.it – www.jesuitas.pt (livro SANTOS DE CADA DIA)
António Fonseca
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