“Ó Santíssima Trindade, eu Vos adoro, Meu Deus, meu Deus.
Eu vos amo no Santíssimo Sacramento”
- (Lúcia, 2006: 174)
FÁTIMA RECEBE OS PAPAS…
PAULO VI DESLOCA-SE A FÁTIMA
Paulo VI foi eleito a 21 de Junho de 1963, herdando a árdua tarefa de suceder a João XXIII. Aquando da morte do seu antecessor, o Vaticano procurava preservar a popularidade conquistada por João XXIII, consciente, no entanto, de que era impossível encontrar um sucessor com o mesmo carácter. Não obstante, Paulo VI comprometeu-se, no seu primeiro discurso, a dar continuidade ao trabalho desenvolvido por João XXIII.
O grande intelecto e a fineza cultural atenuaram com a sua complexa missão, ensombrada por temas que eram – e acabam por ainda ser – melindrosos para a Igreja. Em Itália, por exemplo, debatia-se pela primeira vez a questão do divórcio. A última etapa do pontificado de Paulo VI ficou, igualmente, marcada pela polémica em torno do debate sobre duas importantes questões: o celibato eclesiástico e o aborto.
Movido pela preocupação de levar a paz a todas as terras e gentes, calcorreou os cinco continentes, como nunca nenhum Papa havia feito. Portugal também não foi esquecido nas suas viagens.
Em 1967, por altura do 50º aniversário da primeira aparição de Nossa Senhora, pisou território luso. “Viemos como peregrino para rezar humilde e fervorosamente pela paz da Igreja e pela paz do mundo. Maria Santissima que, nesta terra abençoada, desde há cinquenta anos, se tem mostrado tão generosa para com todos aqueles que a Ela recorrem com devoção, digne-se ouvir a Nossa ardente prece, concedendo à Igreja aquela renovação espiritual que o Concílio Ecuménico Vaticano Segundo teve em vista empreender e à humanidade, aquela paz de que ela hoje se mostra tão desejosa e necessitada” (Santa Sé), manifestou o Papa Peregrino – como ficaria conhecido – na despedida de Portugal
(Contínua amanhã com a rubrica FÁTIMA RECEBE OS PAPAS…(3) – se Deus quiser…)
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• SÃO VICENTE DE PAULO
Setembro 25 Sacerdote (1581-1660)
Vicente de Paulo, Santo
Fundador da Congregação da Missão e das Filhas da Caridade
Para fazer ressaltar a virtude deste Santo disse-se que foi, no seu tempo, a encarnação da Providência Divina com os pobres e necessitados; a mão visível de Deus, secando suores e enxugando lágrimas, acalmando dores e extirpando misérias. Nada lhe agradou nunca senão em Jesus, com quem vivia unido e por quem operava a todo o momento. Nos casos de dúvida, parava reflectindo e perguntava-se a si mesmo; «Que faria neste caso Jesus?». E, a seguir, actuava segundo o conselho da voz interior do Espírito. Que bom deve ser Deus, dizia um orador insigne e Bispo do seu tempo, quando fez tão bom S. Vicente! Nasceu S. Vicente a 24 de Abril do ano de 1581 em Pouy, Landes, na França, duma família provavelmente originária de Espanha. A sua primeira ocupação foi guardar o rebanho de seus pais. Uma vez que mostrava boa inteligência, mandaram-no depois estudar com os Franciscanos. O advogado Comet pagou-lhe os gastos dos estudos e até lhe confiou a educação dos próprios filhos. Assim, como educador e aluno ao mesmo tempo, estudou humanidades em Dax. No principio não sentia ardor para o sacerdócio, mas sobretudo temor. Os conselhos do seu professor Comet decidiram-no em favor do estado sacerdotal. Em 1596, aos quinze anos de idade, viaja para Saragoça, a fim de cursar a Sagrada Teologia. Os pais tiveram necessidade de vender uma junta de bois para lhe fornecer o dinheiro necessário. Aos 19 anos, recebe o sacerdócio e dedica-se a dar aulas particulares; necessitava de sustentar-se. Numa viagem de Marselha a Narbona, caiu prisioneiro duns corsários turcos que o vendem como escravo em Tunes. Quatro vezes mudou de dono, nos dois anos que lhe durou o cativeiro. Regressando a França, dirigiu-se a Paris. Viveu lá retirado e em silêncio, ensaiando-se com os irmãos de S. João de Deus na prática da caridade. Os afagos da pobreza seguem-no por toda a parte, até que uns amigos o recomendam à rainha Margarida de Valois, que o toma por conselheiro e capelão. Os recursos económicos principiam visivelmente a melhorar com uma abadia que lhe rende 1 200 libras anuais. Mas o Santo compreende que está ainda desorientado e assim lho diz o seu director espiritual, o Padre Bérulle. Em 1661 faz, sob a direcção dele, os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola e começa a amanhecer na sua alma boa. Renuncia à abadia e à capelania, e retira-se a paroquiar uma aldeola, vizinha de Paris. Vai reconhecendo que a vontade de Deus a seu respeito está no apostolado com os pobres. O trato com os Senhores de Gondi, possuidores de muitas terras, é providencial. Dá volta a todos os lavradores que vê, aos artífices, aos mendigos e a todos os deserdados do mundo. Reúne irmãos e companheiros no sacerdócio. Os senhores de Gondi dão-lhe, em 1625, nada menos de 45 000 libras para, com os rendimentos, poderem todos, ele e os companheiros, missionar as povoações dos domínios deles.
Vicente de Paul, Santo
A Congregação da Missão nasce em 1626, no Colégio dos Bons Meninos de Paris. Em 1632 transladam-se para o priorado de S. Lázaro, que se transforma em Casa-Mãe e no centro mais activo de todas as obras de zelo e caridade de Paris. Para lá se dirigem todos os seminaristas pouco antes do sacerdócio, o clero para tomar parte nas conferências das terças-feiras, os nobres e ricos para deixarem os seus tesouros, os grandes e os sábios para consultar o Santo. As missões rurais foram sempre obsessão apostólica de S. Vicente. Enquanto lho permitiram os cuidados da Congregação, saía ele mesmo todos os anos de Outubro a Junho. Em Paris, fomentou ardentemente a prática dos Exercícios Espirituais, especialmente entre o clero. Fazia de pároco em Chantillon, quando um domingo se aproximou dele uma senhora, a pedir-lhe que exortasse o povo a ajudar uma família pobre e doente. A gente correspondeu maravilhosamente. Isto sugeriu-lhe uma organização de caridade. Reuniu senhoras a quem propôs que se encarregasse, uma cada dia, do socorro dos pobres que estivessem doentes. Assim se formou a primeira confraria da caridade, que foi aprovada pelo Bispo de Lião. As confrarias da caridade multiplicaram-se , mas precisavam duma mulher de valor. A Providência deparou-lhe Santa Luísa de Marillac, que foi a alma e o braço direito de S. Vicente de Paulo na fundação das Irmãs da Caridade. Não há serviço humilde a favor dos pobres onde não estejam as Irmãs da Caridade «que terão, segundo S. Vicente, por mosteiro as casas dos enfermos, por cela um quarto de aluguer, por capela a igreja das paróquias, por claustro as ruas da cidade ou as salas dos hospitais, por clausura a obediência, por grades o temor de Deus e por véu a santa modéstia». S. Vicente morreu quase octogenário, a 27 de Setembro de 1660. Na oração litúrgica pondera a Igreja as suas virtudes apostólicas para o serviço dos pobres e para a formação dos sacerdotes. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it
Comentários ao autor: jmarti@ciberia.es
www.jmarti.ciberia.es
• SANTOS ADULFO e JOÃO
Mártires (852)
Nasceram na diocese de Sevilha, de pais nobilíssimos, ainda que desiguais em religião. Tais enlaces eram frequentes naqueles tempos em que os cristãos viviam com os maometanos, como hoje se passa nos países onde se professam religiões diferentes. O pai dose santos era maometano, e a mãe, Artémia, era cristã. Quis ela encarregar-se por si da educação de Adulfo, de João e de Áurea, três frutos de bênção, que o céu lhe concedeu para que enobrecessem a Igreja. Morto o pai, procurou Artémia retirar-se a um lugar onde lhe fosse livre praticar a santa religião que professava. Soube que nestas condições estavam os cristãos de Córdova, graças aos tributos que para isso lhes exigiam os sarracenos; e, portanto, resolveu retirar-se para esta cidade, onde se recolheu no Mosteiro de Santa Maria de Cuteclara, do qual foi prelada, e também mestra de São Valabonso e de sua irmã Santa Maria, e de muitos outros ilustres confessores que deram a vida pela fé. Os parentes do falecido esposo, percebendo qual o fim de Artémia em se ausentar com os filhos, e reputando um desdouro que estes não seguissem a religião de seus ascendentes, escreveram aos consanguíneos que tinham em Córdova para que procedessem de modo a atraí-los à religião de Maomé e, no caso de obstinação, a intimidá-los com a denúncia ao juiz. Cumpriram os parentes à risca estas instruções; vendo, porém, que debalde se lisonjeavam de os trazer ao islamismo, efectuaram a denúncia. Tomou-a o juiz em toda a consideração; mandou que os trouxessem à sua presença e disse-lhes: «Varões nobres, que por mercê do vosso pai gozais desta qualidade, com que direito seguis a religião de vossa mãe, manchando assim a vossa ilustre prosápia com uma torpe religião? Se o esplendor paterno vos enobrece, porque não condecorais as vossas acções com a fé? Decreto é dos árabes que o filho, que se ilustra com a honra do pai, siga a religião dele; portanto resolvei: ou abraçar a lei que professou vosso pai, ou disponde-vos para uma morte infame». Julgava o juiz que as suas palavras venceriam os dois ilustres confessores, mas ficou confuso, quando lhes responderam com aquela fortaleza que é característica do cristianismo: «Nenhum homem se enobrece com uma qualidade que o conduz à sua eterna perdição; como pois quereis que sigamos a religião do nosso pai, se ela é um tecido de erros e falsidades? O esplendor do nosso nascimento deve ceder o lugar à virtude, e a nobreza dos nossos ascendentes à verdade que ensina a religião de Jesus Cristo, que é a que enobrece os seus crentes. Nós abraçamos esta lei desde os primeiros anos, e a veneramos como justa e santa, pois tudo quanto não é conforme a ela é falso e não pode provir de Deus; por cuja confissão desde agora pomos à vossa disposição os nossos corpos, renunciando a todos os brasões da caduca nobreza que ponderais». Condenou-os o juiz a sofrerem a pena capital, sentença que se executou a 28 de Setembro de 852. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Dermot o’Hurley, Margaret Bermingham Ball, Francis Taylor
e mais 14 Mártires Irlandeses
Mártires (1579-1654)
Foram beatificados na manhã de domingo, 27 de Setembro de 1992, quatro bispos, dois sacerdotes diocesanos, quatro sacerdotes religiosos, um religioso professo e seis leigos, que derramaram o seu sangue por Jesus Cristo e pela Igreja entre os anos de 1579 e 1654. Depois da beatificação, o Santo Padre assim se exprimiu: «Louva, ó minha alma, o Senhor» (Sl 145, 1). «E como podemos nós deixar de cantar os louvores aos dezassete Mártires irlandeses, que foram hoje beatificados? Dermot o’Hurley, Margaret Bermingham Ball, Francis Taylor e os seus catorze companheiros foram testemunhas fiéis, que permaneceram inamovíveis na sua submissão a Cristo e à sua Igreja, até ao ponto do extremo sofrimento e do sacrifício final das suas vidas. Todos os sectores do povo de Deus estão representados entre estes dezassete Servos de Deus: Bispos, sacerdotes, tanto seculares como religiosos, um irmão religioso e seis leigos incluindo Margharet Birmingham Ball, mulher de extraordinária integridade que não só teve de suportar privações físicas, mas também a agonia de ter sido traída pela cumplicidade do seu próprio filho». AAS 85 (1993) 311-132; L’OSS. ROM. 4.10.1992. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Terêncio e Fidêncio de Todi, Santos
Setembro 27 Mártires,
Terêncio e Fidêncio de Todi, Santos
Mártires
Estes mártires, juntamente com outros companheiros saíram de Síria para Roma.
Desejavam confessar sua fé em Cristo ainda que lhes custasse a morte. Era durante o tempo do imperador Diocleciano, o cruel perseguidor dos cristãos.
Chegados a Roma, tiveram ocasião de proclamar ante a gente que eles eram cristãos chegados de Calcedónia de Síria.
Sua proclamação chegou bem cedo a ouvidos do imperador. Mandou a uns soldados que os levassem a um sitio escondido fora da cidade e que lhes dessem morte.
Mas já no sitio eleito, os ossos começaram a dar gritos e os soldados saíram fugindo assustados.
Um anjo os escondeu num lugar afastado até que pudessem ir para Todi onde foram decapitados.
Esta biografia novelada foi escrita no século IX. Mas seja como seja, o importante é que sua festa se segue celebrando cada ano em Todi desde há muitos séculos.
Alguns dizem que é um duplo de Terenciano, que foi bispo de Todi.
As relíquias as levou Teodorico de Metz, no ano 970. Assim o narra ou conta Sigeberto de Gembloux em sua Vida.
Uma vez mais, a acção de Deus se vê reflectida em quem entrega sua vida a seu serviço. Hoje, ainda que pareça raro, há mártires em alguns lugares da terra, e perseguições em alguns países de confissões religiosas intolerantes que não transigem à cristã.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• Lourenço de Ripafratta, Beato
Setembro 27 Presbítero,
Lorenzo de Ripafratta, Beato
Presbítero Dominicano
Martirológio Romano: Na cidade de Pistoia, da região da Toscana, em Itália, beato Lorenzo de Ripafratta, presbítero da Ordem de Pregadores, que viveu fielmente durante sessenta anos a vida regular com dedicação assídua à pastoral sacramental da Penitência (1456).
Data de beatificação: O Papa Pío IX confirmou seu culto em 4 de Abril de 1851.
Los biógrafos del Beato Lorenzo no consignan el lugar preciso de su nacimiento, pero por su nombre se puede suponer que fue en Ripafratta, en la región toscana de Italia, cerca de Pisa (Italia). Se desconocen datos fidedignos de su vida, anteriores a su incorporación a la orden de predicadores en Pisa siendo diácono.
En 1396, se le designó prior, cargo en el cual destacó por el impulso que dio a la reforma de la orden. Fue maestro de novicios y de teología en el convento de Cortona; sobresalió como director espiritual y brillante predicador. Sin temor a ser contagiado, auxilió a enfermos durante la plaga que azotó a las ciudades de Pistoia y Fabriano.
Por su sapiencia, el pueblo lo llamaba el Arca de la Ciencia. Dio ejemplo a sus hermanos de congregación y feligreses con su vida de oración, ayuno, penitencia y devoción. Sufrió una herida en la pierna, la cual dolorosamente le acompañó el resto de su vida. Por el ejemplo de su silencioso y paciente sufrimiento —el cual ofreció a Dios—, se incrementaron la admiración y el cariño de los religiosos y del pueblo. Amado por su comunidad, falleció en Pistoia, donde aún se venera su cuerpo.
¡Felicidades a quien lleve este nombre!
• SANTO ELEÁZARO DE SABRAN e
BEATA DELFINA
Esposos (1285-1323 / 1282-1360)
Eleázaro ou Elzearo, Santo
Laico
«Associarem-se (no casamento) para se ajudarem mutuamente na caridade humana e divina ou para realizarem uma espécie de respeitosa imolação duplamente meritória, nada disto é incompatível com a confiança em graças excepcionais ou em circunstâncias impostas por estados físicos ou morais. Foi assim que se chegou a canonizar vocações paradoxais e de virtude singular, como Santo Eleázaro e Santa Delfina da Provença, verdadeiramente cônjuges, mas unidos numa emulação virginal» (M. Blondel). Estas duas flores do paraíso, puras e altivas, brotaram não no vale do Ródano mas a Este de Avinhão. Delfina de Signe, da casa de Glandevez, nasceu por 1282. Cerca de 1285, veio ao mundo Eleázaro de Sabran. Este viveu em Marselha como aluno da abadia de S. Vítor. Admirava os mártires e desejava imitá-los. Pela idade dos 14 anos, Delfina foi dada como noiva a Eleázaro. Começou ela por recusar energicamente, mas depois cedeu aos conselhos dum franciscano. Dois anos mais tarde, foi celebrado o casamento. Depois de quatro dias de festa, os esposos adolescentes (ele tinha 13 anos, ela 15 ou 16) foram levados a Anscuis. Vinda a noite, no segredo do quarto nupcial a noiva manifestou a Eleázaro o grande desejo de ficar virgem. Ele preferiu não se comprometer imediatamente com o voto, como ela insistia. Então ela insistiu, com os exemplos de Santa Cecília e de Santo Aleixo, na brevidade desta vida, no desprezo do mundo e na glória eterna. Caindo doente, ela disse-lhe sem rodeios que preferia a morte à consumação do casamento, mas que a perspectiva dum duplo voto de castidade a curaria sem dúvida. Eleázaro prometeu fazer-lhe a vontade. Eles pronunciaram o voto diante dum frade menor, confessor de ambos, e entraram na Ordem Terceira franciscana. De dia usavam cilício por baixo dos vestuários nobres. À noite encontravam-se para rezar e tomar a disciplina humildemente. Delfina não tocou no marido senão para lhe lavar a cabeça ou, se estava doente, para lhe tomar o pulso. Quanto ao mais, estes místicos não viviam num sonho. Eleázaro fizera um regulamento muito concreto para a gente da casa; incluía a missa quotidiana e uma espécie de círculo de estudo familiar, em que se ouvia sem interromper. Delfina, quando o marido estava ausente, gostava de substituir as criadas, sem chamar a atenção, nas obrigações destas. Eleázaro teve de residir durante anos no reino de Nápoles, onde herdara o condado de Ariana. A benignidade do senhor provençal venceu a turbulência dos seus vassalos italianos. Se era necessário combater, este príncipe encantador mostrava-se valente cavaleiro, talvez porque principiava por se vencer a si mesmo. Aconteceu-lhe, ao que se diz, submeter-se a uma flagelação depois dum combate: a disciplina constitui a força principal dos exércitos, pensava ele concerteza. este devoto, bom unicamente para desfiar Pais-nossos, no dizer dos doidivanas da corte de Nápoles, brilhou um dia no torneio: enfiou um anel na lança espetada no chão, galopando no seu cavalo. Por seu lado, Delfina, que tinha vindo ter com ele, houve.-se num baile com graça tal, como só a virtude pode dar. Eleázaro era senhor incorruptível. Um dia em que rejeitara um copo de vinho, dizia a Deus na oração: «Senhor, deveis-me cem onças de ouro e duas peças de escarlate». Core ou empalideça quem quiser, desta piedade simples e sorridente. Por 1317, Eleázaro, depois de algum tempo na Provença, voltou a Nápoles com Delfina, chamado pelo Rei Roberto I, o Sábio, que mandava nele como Juiz supremo dos Abrusos citeriores. Esse rei enviou Eleázaro a Paris, como embaixador extraordinário para tratar dum casamento principesco. Foi lá que o Santo morreu, a 27 de Setembro de 1323, com trinta e oito anos. Como o rei S. Luís, atrevera-se a visitar, tratar e beijar leprosos. Quando estava longe da sua querida Delfina, propunha encontrarem-se na chaga do lado direito de Nosso Senhor. Foi asceta no mundo, advogado dos pobres e mentor para o jovem príncipe Carlos da Calábria, filho de Roberto I. Sobretudo, foi para Delfina como um Cristo visível, que a convidava a crescer na graça divina, ou como um anjo da guarda. Delfina soube da morte de Eleázaro misteriosamente, muito antes que chegasse o fatal enviado pelo rei de França, Carlos IV, o Belo. Apressou-se ela em deixar a corte do rei Roberto em Avinhão e em regressar à sua terra da Provença. Eleázaro apareceu-lhe um ano depois da morte e repreendeu-a amavelmente do seu desgosto: «O laço rompeu-se e nós pudemos escapar», disse-lhe com alegria, citando o salmo 123, 7. Delfina sorriu entre lágrimas; voltou-lhe a alegria; sonhava ser pobre, destruída de tudo. Mas uma grande senhora não se despoja num abrir e fechar de olhos; vigorava o velho direito, que torna o empobrecimento amargo e difícil. Em 1358 recebia ela ainda censos e emprestava trigo por meio do seu procurador. teve de ir a Nápoles, a fim de aumentar a sua indigência. Ofereceram-lhe lá quartos no palácio real; mas instalou-se miseravelmente e mendiga. A criançada gritava: «Lá vai a beguina louca» (beguina tinha então na cidade sentido injurioso). Tendo morrido em 1343 o rei Roberto, «mais pregador que rei», segundo Dante, a rainha Sancha chamou para junto de si Delfina, para lhe servir de conforto espiritual. A conselho de Delfina, Sancha entrou no convento franciscano de Santa Cruz de Nápoles, onde morreu em 1345. Em seguida, viveu a sua conselheira habitualmente em Apt, na Provença, os últimos quinze anos de vida. Um conflito local ameaçou arruinar a região: Delfina, doente, interpôs-se e obteve um apaziguamento. Organizou uma caixa rural, em que ela ficou sendo secretária e fiadora; emprestava-se sem juros; o tesoureiro fazia tráfico com a santidade bem conhecida de Delfina. Esta veio a morrer a 26 de Novembro de 1360, com uns 78 anos. Foi enterrada em Apt, junto do marido, na igreja dos Menores. Delfina é beata; Eleázaro foi canonizado em 1369 pelo seu afilhado Urbano V, na basílica do Vaticano. Santo Eleázaro tinha, bastante antes, defendido a basílica contra os Alemães. As relíquias dos dois encontram-se na catedral de Apt. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
(NOTA – Esta biografia foi já publicada ontem, dia 26, neste mesmo blogue)
24600 > San Vincenzo de' Paoli Sacerdote e fondatore 27 settembre - Memoria MR
94601 > Beato Antonio de Torres Mercedario 27 settembre
90318 > San Bonfiglio (Bonfilio) di Foligno Vescovo 27 settembre MR
72160 > San Caio di Milano Vescovo 27 settembre MR
94606 > Beata Chiara della Resurrezione Vergine mercedaria 27 settembre
91126 > Sant' Elzeario Conte di Ariano 27 settembre MR
93322 > Beata Erminia Martinez Amigo Madre di famiglia, martire 27 settembre MR
93158 > Beato Fedele da Puzol (Mariano Climent Sanchís) Religioso e martire 27 settembre MR
72150 > Santi Fidenzio e Terenzio di Todi Martiri 27 settembre
72170 > Santi Florenziano (Fiorentino) e Ilario Martiri 27 settembre MR
72200 > Santi Florenziano ed Ilario Martiri a Bremur 27 settembre
93431 > Beata Francesca Saveria (Maria) Fenollosa Alcayna Vergine e martire 27 settembre MR
72190 > Beato Giovanni Battista Laborier du Vivier Martire 27 settembre MR
93458 > Beato Giuseppe Fenollosa Alcayna Sacerdote e martire 27 settembre MR
92700 > Sant' Iltrude (Hiltrude) di Liessies Vergine 27 settembre MR
90806 > Beato Lorenzo da Ripafratta Domenicano 27 settembre MR
94603 > Beato Lorenzo della Pietà Mercedario 27 settembre
94959 > Beate Maria del Carmine, Rosa e Maddalena Fradera Ferragutcasas Vergini e martiri 27 settembre
94604 > Beata Maria della Purificazione Vergine mercedaria 27 settembre
94605 > Beato Paolo Sanson Martire mercedario 27 sttembre
92315 > San Sigeberto II Re dell'Est Anglia 27 settembre
24600 > San Vincenzo de' Paoli Sacerdote e fondatore 27 settembre - Memoria MR
http: www.es.catholic.net/santoral - www.santiebeati.it – www.jesuitas.pt (livro SANTOS DE CADA DIA)
António Fonseca
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