Nº 1053-2
Do livro , A RELIGIÃO DE JESUS, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com:
tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente. AF.
25 de Setembro de 2011
26º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mt 21, 28-32
«Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, disse-lhe:; “Filho, vai hoje trabalhar na vinha”. Mas ele respondeu: “Não quero”. Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi. Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo, e ele respondeu: “Vou sim, Senhor”; mas não foi. Qual dos dois fez a vontade ao pai? “O primeiro», responderam eles. Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os publicanos e as meretrizes preceder-vos-ão no reino de Deus. João veio até vós ensinando-vos o caminho da justiça e não acreditastes nele; mas os publicanos e as meretrizes creram nele. E vós, vendo isto, não vos arrependestes, crendo nele».
1. Depois da entrada de Jesus em Jerusalém e a violenta expulsão dos comerciantes do templo (Mt 21, 1-27). a grande “paródia do poder” (W.Carter), o evangelho de Mateus coloca três parábolas tremendas, as três dirigidas contra os dirigentes religiosos (não contra o povo de Israel): a parábola dos dois filhos (Mt 21, 28-32), a dos vindimadores homicidas (Mt 21, 33-46) e a do banquete do reino (Mt 22, 1-14). Com o que Jesus torna mais tensa a situação de confrontação com os responsáveis da religião. E vem dizer quem eles são: 1) os que não fazem o que Deus quer; 2) os que tomam conta do poder e assassinam quem os estorva; 3) os que não vão entrar no banquete de Deus. Compreende-se que ali mesmo quiseram matar a Jesus (Mt 21, 46a). E não o fizeram porque o povo estava do lado de Jesus e os homens do templo tinham medo à gente (Mt 21, 46b).
2. A parábola entende-se em seguida: a ética de Jesus não é a ética dos propósitos e das palavras, mas sim a ética dos factos. Para Jesus, o que “se diz” não conta; o que conta é o que não “se faz”. Sobretudo, quando o que se diz é exatamente o contrário do que se faz. Isso ocorreu com os dois irmãos. E o que se passa, tantas vezes, na elite religiosa; nas suas pregações falam contra o apego ao dinheiro quem se parece a qualquer coisa menos a um pobre; falam contra o orgulho quem ocupa as sedes do poder e dignidade; são severos censores do sexo que ocultam e protegem os delinquentes sexuais.
3. Jesus acentua a sua denúncia ao afirmar que os grupos mais desprezados pela elite religiosa (publicanos e prostitutas) levam a dianteira a essa elite no caminho para o Reino. O notável é que o verbo proàgousin (Mt 21, 31b) está no presente, quer dizer, “já agora” (M. Zerwick), os publicanos e as prostitutas “vão adiante de vós” no caminho até ao Reino. No julgamento de Jesus os mais atrasados no caminho para Deus são precisamente os que pensam que vão adiante dos outros e os que se veem a si próprios como exemplo a seguir.
Compilação por
António Fonseca
http://bibliaonline.com.br/acf; http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt
NOTA FINAL:
Desejo esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO. Desculpem e obrigado. AF.
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