Nº 1046-2
Do livro , A RELIGIÃO DE JESUS, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com:
tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente. AF.
18 de Setembro de 2011
25º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mt 20, 1-16
Os trabalhadores da vinha - Com efeito, o reino dos céus é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. Ajustou com eles a um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. Saiu depois pela terceira hora, viu outros, que estavam na praça ociosos, e disse-lhes: «Ide vós também para a minha vinha e tereis o salário que for justo». E eles foram. Saiu de novo pela hora sexta, e pela hora nona, e fez o mesmo. Saindo pela hora undécima, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: «Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?» «É que, responderam-lhe, ninguém nos contratou». Ele disse-lhes: «Ide vós também para a minha vinha». Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: «Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário começando pelos últimos até aos primeiros». Vieram os da hora undécima e receberam um denário cada um. Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam também um denário cada um. Depois de o terem recebido, começaram a murmurar Cintra o proprietário, dizendo: «Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportamos o cansaço do dia e o seu calor». Respondeu a um deles: «Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos?» Leva pois o que te cabe e segue o teu caminho. Apraz-me dar a este último tanto como a ti. Não me será permitido dispor dos meus bens como me aprouver? Ou tu hás-de ter maus olhos por eu ser bom? Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são chamados e poucos os escolhidos».
1. A interpretação mais correcta desta parábola explica-nos como é o comportamento de Deus com os humanos. Deus não nos trata segundo os lógico critérios da produtividade laboral (que se mede pelas horas de trabalho), mas sim por motivos que brotam de um bom coração e generoso. O coração, que é tão profundamente bom, que privilegia aos últimos, aos mais desgraçados da vida, aos que a lógica dos homens nunca privilegia.
2. Mas esta parábola remete-nos hoje a outra leitura, segundo a qual as leis da “economia humana”, para que seja verdadeiramente humana, têm que aprender os projectos da “economia divina”. A economia não é uma ciência exacta. E desvia-se até excessos que jamais podemos imaginar. A economia, tal como funciona, é a «ciência» (?) que privilegia os privilegiados e afunda mais os que estão a afundar-se. Daí, os desequilíbrios crescentes e escandalosos que sabemos. E que padecemos ao repartir os ganhos e os benefícios que produzem a terra e o trabalho humano.
3. Urge encontrar-se e pôr-se a praticar outras formas de gerir a economia mundial. E, se acreditamos no Evangelho, temos que acabar com o escândalo de que haja tanta gente piedosa, ou amiga dos piedosos, que não consente que os últimos ganhem o que eles ganhem e vivam como eles vivem. Pode haver maior contradição e até maior desvergonha? Também nisto o Evangelho é norma de sabedoria e critério determinante da humanidade.
Compilação por
António Fonseca
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NOTA FINAL:
Desejo esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO. Desculpem e obrigado. AF.
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