IGREJAS DO PORTO - NOVA PÁGINA DE 2017 - (80) - 21 DE ABRIL DE 2017

Meus Amigos:

Como já afirmei aqui no passado dia 1 de Fevereiro, tomei a iniciativa de publicar aqui uma descrição das Igrejas, Capelas e Oratórios que existem na cidade do Porto. Vou-me socorrer de várias fontes, nomeadamente Wikipedia, do livro Porto e as Igrejas editado pela Câmara Municipal do Porto em 2015, e possivelmente de outras fontes. 
Não quero fazer uma enciclopédia, nem nada que se pareça e não vou fazer plágios. Sempre que publicar algo sobre este assunto, darei nota das fontes a que recorrer, respeitando sempre a deontologia e os direitos de Autor.. 
A maior parte das Igrejas e Capelas (e suas histórias) que vão ser aqui mencionadas, nunca as visitei e decerto também, muitos de vós, não conhecem. 
Apesar da minha idade - ser já um pouco avançada - e dado que publicarei diariamente apenas uma monografia (ou História), tenciono completar todo este trabalho, se Deus me der vida e saúde.

Para já vou começar este trabalho-missão, através da transcrição dos textos do Livro 
"O Porto e as Igrejas" por ordem de paróquias.

Vigararia PORTO POENTE

Paróquia da SÉ - NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO

80.  Igreja da MISERICÓRDIA ou IGREJA PRIVATIVA DA 
SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO PORTO

    

Rua das Flores, 15

   

Interior da Igreja da MISERICÓRDIA ou IGREJA PRIVATIVA DA 

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO PORTO

Órgão de tubos da Igreja da MISERICÓRDIA ou IGREJA PRIVATIVA DA 

SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO PORTO

A capela-mor, inaugurada em 1590, foi construída com o legado de Dom Lopo de Almeida, sendo o risco, de fonte segura, da responsabilidade do mestre Manuel Luís. 
De pequena dimensão, a capela-mor constitui-se de um tramo rectangular de remate em abside, cujo formulário decorativo se compõe com caixotões rectangulares e trapezoidais especificamente maneiristas. 
Nas colunas, o vocabulário ornamental segue a linguagem geometrizante com ovados, rectângulos e diamantes. 
Quatro janelões com molduras e colunas, compõem a metade superior da capela, enquanto a inferior tem colunas que ladeiam os nichos que guardam quatro singulares esculturas - os Evangelistas com as respectivas atribuições iconográficas - executadas em 1597 pelo imaginário lisboeta Gonçalo Rodrigues. 
No início do século XVIII, a igreja começou a apresentar sinais de deterioração e deu-se início à reedificação seguindo o desenho de Nicolau Nasoni. 
A fachada, construída em 1750, acusa um esquema com adornos pesados e fortes:  
cascas, festões e florões; frisos de folhas, que reforçam a permanência do barroco adaptado ao granito, com formas gordas e gigantescas. 
No interior, ao longo da cornija, intercalam-se jarras de superfícies recortadas com escudos, acompanhados de grinaldas e espaldares com volutas nasonianas, jogando com os estuques da abóboda que enriquecem ainda mais a nave da Igreja. 
Azulejos azuis e brancos com motivos eucarísticos cobrem as paredes.

                         

Do Livro O PORTO E AS IGREJAS

ANTÓNIO FONSECA