Caros Amigos:
A minha primeira reacção ao ouvir as diatribes que este senhor se permitiu fazer perante os órgãos de comunicação social sobre a Bíblia, foi de um profundo desprezo perante a sua "descabelada" - e digo descabelada, porque de facto é calvo, e isso se calhar é capaz de ter originado um curto circuito nos seus fusíveis (ou neurónios) - apesar de haver muita gente calva (eu próprio o sou) que ainda conserva uns neurónios em bom estado de conservação e que não se permite dizer as asneiras que este senhor deita pela boca fora, de cada vez que se lembra de atacar a Igreja e os católicos.
Pensei de imediato em escrever aqui algo sobre o assunto, mas depois pensando melhor resolvi adiar por uns dias para assentarem as águas e procurar não ser mal educado. No entanto, ontem no Tele Jornal da RTP1 ouvi mais algumas frases que ele vomitou numa entrevista alargada acerca das reacções de bispos, padres e outras pessoas que acentuavam a sua ignorância relativamente à religião católica e a todos os fiéis que a seguem, relativamente ao que ele havia dito anteriormente (e que teve o descaramento de repetir).
Soube ainda que iria ser entrevistado à noite na Televisão acerca do assunto e fiquei bastante revoltado, resolvendo por isso que hoje iria aqui escrever alguma coisa sobre o assunto.
Nunca gostei de ver esse "senhor"; nunca gostei de o ouvir; nunca o li; - aqui há uns anos, houve uma pessoa amiga que num aniversário me ofertou um livro dele, - julgo que era um que falava sobre a construção do mosteiro de Mafra (nem sei o nome...) que nunca abri e que deverá estar na cave junto a coisas que são para deitar fora, um dia destes. A pessoas que me ofereceu o livro, tentou reavê-lo para trocar por outra coisa mas eu informei-a que não era necessário pois que eu já o havia posto no lixo e desculpei-a porque não fez de propósito pois não sabia que eu não gostava de o ler.
Este senhor que já esteve às portas da morte, que é comunista radical, (apesar disso tenho alguns amigos que são comunistas...), que está contra tudo o que cheira a religião, que se julga o supra sumo da "inteligência"!!! , que sabe mais do que todos os historiadores que escreveram acerca da Bíblia e que viveram nos últimos dois mil anos, podia muito bem reduzir-se à sua insignificância e ir para a sua Lanzarote deixando em paz os milhões de católicos que crêem em Deus.
Acabei de o ver e ouvir no telejornal de hoje, dizendo que estava disposto a um debate com quem quer que fosse, desde que estivesse de boa fé e tivesse lido o livro, mas não se coibiu mais uma vez de chamar estúpido a quem reagiu contra ele. Não sei se haverá esse debate mas gostaria que respondesse simplesmente se alguma vez leu a Bíblia e se o terá feito com boa fé e, além disso se acha que é a pessoa mais inteligente do que os milhões de pessoas de todo o mundo e de todas as religiões - católica, muçulmana, hebraica, ortodoxa, etc., etc., que durante estes vinte séculos têm lido a Bíblia e, também se isso lhe dá o direito de insultar Deus !!!
Aproveito para colocar um texto que vem inserto na biografia de Santo Abércio, que publiquei há alguns minutos atrás, neste blogue, e que se ajusta muito àquilo que eu desejaria dizer sobre este caso. Ora vejam
Alguns que só vêem o que vêem, têm a mania de pôr em tela de juízo tudo aquilo que escapa à sua visão e assim vão pela vida; não vêem mais além de seus narizes e passam o tempo mostrando uma aversão malsã contra tudo o que não podem experimentar, pesar, medir, tocar, meter sob a lente do microscópio, ou aplicar a prova do carbono 14. Se poderia dizer que são uns desconfiados.
Se tenho que falar de como se comportam com a Igreja, afirmo que são terríveis, implacáveis. E é que segundo seu modo de pensar (dizem que não há realidade que não possa explicar-se pela razão), acabam sem chegar a conhecê-la de modo completo, já que ela é sobrenatural no seu início, na sua missão, nos seus meios, e no seu fim. ¡Como se vai a explicar o Espírito Santo e toda sua acção com a limitada cabeça dos homens! Ao mais que chegam é a dar uma visão parcial -por tanto enganosa e errónea- da Igreja que se vê: dirão que é um grupo filantrópico, ou um clube de ingénuos que se deixam enganar, uma rama de incapacitados a ponto de se extinguir, quando não um grupo de pressão ao serviço de não se sabe que forças políticas ou interesses dos homens.
Ao topar-se com a realidade dos santos perdem-se, porque algumas das reacções destes homens e mulheres, seus modos de viver, inclusive essas realidades que se chamam milagres que alguns deles fizeram, são impossíveis de se consertar dentro dos moldes comuns com os que de ordinário se manejam. Não têm remédio. E vejam que os vinte séculos que lhes leva de adiantamento pelo mundo podia ser já uma razão que lhes desse garantia. Mas não lhes valem as razões. Esta casta de sabichões racionalistas houve antes e existem agora. Não aprendem.
Dizem que valorizam a razão e, à vezes, o que acaba por suceder é que, em seu empeçonhamento, acabam por decidir contra a mesma razão.
Anexo um e-mail que recebi hoje na minha caixa de correio.
Date: Wed, 21 Oct 2009 21:49:54 +0100
Subject: A paciência perante a ignorância de Saramago tem limites
From: tojo.ocds@gmail.com
Como prometi há pouco no "Pensamento do dia", sinto ser meu dever dizer:
Em democracia, cada qual é livre de dizer o que quer, assumindo a responsabilidade do que afirma. Sei que alguns de vocês concordarão com o que José Saramago ontem disse da Bíblia. Mas a esmagadora maioria, estou certo, está sintonizada comigo...
Eu percebo a ideia dele: não há melhor publicidade para um novo romance, do que fazer declarações bombásticas de puro escândalo religioso, e logo no coração do Norte, em Penafiel. Talvez o livro venda melhor... Eu achei a coisa mais amarga, sem amor, senil e caquéctica que se possa imaginar. Pensa ele que ser escritor e laureado, lhe confere especial acuidade e intuição para falar de tudo e mais alguma coisa. Puro engano! Já muito poucos embarcam em mistificações!
Ouvi ontem - e tenho à minha frente o jornal de hoje - Saramago com arrogância de quem "sabe de tudo" afirmar que: "A Bíblia é um manual de maus costumes" e: "sem a Bíblia seríamos melhores".
Maus costumes?! Seríamos melhores?! Por acaso, leu ele alguma vez os Evangelhos com coração aberto e despido do seu comunismo primário, para descobrir quanto amor emana das suas páginas?! Não vou mais longe: leiam o Evangelho de hoje:
«Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.»
Seríamos melhores se a Bíblia não ensinasse: "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos caluniam e perseguem", dar de comer a quem tem fome, vestir os nus, visitar órfãos e viúvas, os presos e os doentes? Ler sobre os ensinamentos sobre o filho pródigo, a mulher adúltera perdoada, a mulher que queriam apedrejar e a quem Cristo perdoa, o bom samaritano, "não há maior prova de amor do que dar a vida por alguém", etc, etc. são ensinamentos sem os quais seríamos melhores?!
Utilizando a mesma ousadia de Saramago, afirmo: só alguém muito azedo, sem amor e de mal com a vida e consigo próprio, sectário, senil, e já caquéctico, se permite proferir alarvidades destas! Fala da Bíblia sem a compreender nem a viver, pois só compreende quem ama! Mal vai um escritor se só à custa de tal publicidade consegue vender livros no fim da vida!
Se concordam, reencaminhem, pois é um dever. Se me acham caquéctico... esqueçam. Mas de uma coisa, ninguém me consegue dissuadir: Deus é Amor, e esse amor transborda da Bíblia no seu todo e não lidas algumas passagens do Velho Testamento, onde abundam imagens poéticas que não são de levar à letra: Alguém acredita que Deus criou a mulher duma costela de Adão? O que fica é a lição: homem e mulher, são carne da mesma carne, devem amar-se e completar-se, etc.
Bom dia!
Evangelho segundo S. Lucas 12,13-21.
Dentre a multidão, alguém lhe disse: «Mestre, diz a meu irmão que reparta a herança comigo.» Ele respondeu-lhe: «Homem, quem me nomeou juiz ou encarregado das vossas partilhas?» E prosseguiu: «Olhai, guardai-vos de toda a ganância, porque, mesmo que um homem viva na abundância, a sua vida não depende dos seus bens.» Disse-lhes, então, esta parábola: «Havia um homem rico, a quem as terras deram uma grande colheita. E pôs-se a discorrer, dizendo consigo: 'Que hei-de fazer, uma vez que não tenho onde guardar a minha colheita?' Depois continuou: 'Já sei o que vou fazer: deito abaixo os meus celeiros, construo uns maiores e guardarei lá o meu trigo e todos os meus bens. Depois, direi a mim mesmo: Tens muitos bens em depósito para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.' Deus, porém, disse-lhe: 'Insensato! Nesta mesma noite, vai ser reclamada a tua vida; e o que acumulaste para quem será?' Assim acontecerá ao que amontoa para si, e não é rico em relação a Deus.»
Para terminar, proponho que todos os católicos se vinguem (!) do que este senhor faz e diz, ou seja,
REZEMOS POR ELE PARA QUE SE ARREPENDA SINCERA E PUBLICAMENTE DOS ERROS QUE ESTÁ COMETENDO PARA OBTER O PERDÃO DE
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
porque por Mim já está perdoado.
António Fonseca
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