In: Agência Ecclesia
As chaves da agenda do Papa em Portugal
Cultura, acção social e a vida da Igreja em análise
OR
Cultura, acção social e a vida da Igreja em Portugal são pontos centrais da viagem de Bento XVI a Portugal, que se inicia na próxima semana.
A Agência ECCLESIA perspectiva três momentos fundamentais dessa visita: o encontro do Papa com o mundo da cultura, no Centro Cultural de Belém (CCB), às 10h00 de 12 de Maio; também a 12 de Maio, pelas 18h00, já em Fátima, a celebração das Vésperas com sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas, seminaristas e agentes de pastoral, na Igreja da Santíssima Trindade; no dia seguinte, 13 de Maio, às 17h00, o encontro com as organizações de pastoral social, no mesmo local.
Para D. Manuel Clemente, presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais, a reunião no CCB é uma oportunidade de reunir homens e mulheres da cultura com uma grande referência, “porque o Papa é uma grande referência cultural”.
O Bispo do Porto considera que a cultura se faz “no dia-a-dia, em variadíssimas actividades e na criatividade dos homens e mulheres da cultura, da literatura, das artes plásticas, da música”.
No entanto, este responsável acrescenta que “também é bom que haja uma oportunidade de encontro, que as pessoas se vejam umas às outras”. “Vem quem quer, ninguém é obrigado a ir, mas rapidamente se encheu a sala”, assegura.
O director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, Pe. José Tolentino Mendonça, acredita que Bento XVI vai ser capaz de “uma palavra inconformista” e “audaciosa”. “Penso que a mensagem do Santo Padre chegará de certeza aos corações, e só a sua presença é uma consolação e um estímulo para todos aqueles que se reconhecem nos valores universais, da paz, da comunidade humana e da justiça”, disse à ECCLESIA.
Sobre a atenção que o actual Papa tem dedicado à Pastoral Social, José Dias da Silva, vogal da Comissão Nacional Justiça e Paz, assinala que Bento XVI “faz propostas e sugestões que, levadas a sério, rasgarão os horizontes do serviço da caridade”.
“É evidente que há uma primeira forma de actuar: a rápida ajuda a quem está em extrema dificuldade”, escreve, acrescentando que “há, hoje, novas formas de pobreza, de carências, de exclusões que exigem competências adequadas”.
“Não basta, pois, o voluntarismo. É preciso saber o que deve ser feito em cada situação concreta”, indica.
No encontro do Papa com as organizações da Pastoral Social estará um significativo grupo de 308 dirigentes de outras tantas IPSS filiadas na Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), ligadas ou não à Igreja Católica. “Curiosamente, os primeiros dirigentes a manifestarem vontade de marcar presença no encontro com o Santo Padre foram precisamente dirigentes de outras Igrejas e dirigentes sem opção religiosa”, adianta o Pe. Lino Maia, presidente da CNIS.
O Pe. Manuel Barbosa, presidente da Confederação dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP), fala do encontro do Papa com os sacerdotes, religiosos e religiosas, consagrados e consagradas como um momento de “importância acrescida, por ser a primeira vez que o Papa Bento XVI visita Portugal e por se realizar em plena celebração do Ano Sacerdotal”.
“Mais importante do que aquilo que nos possa dizer de modo repetido ou inovador, é essencial que provoque em todos nós renovados dinamismos de santidade, comunhão e missão”, assinala.
Nacional | Agência Ecclesia | 2010-05-04 | 13:07:15 | 4198 Caracteres | Bento XVI - Portugal
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Cultura espera «palavra inconformista» e «audaciosa» de Bento XVI
Catolicismo é «lugar de inspiração» para a procura de um mundo mais coerente, diz Tolentino Mendonça
O director do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, Pe. José Tolentino Mendonça, acredita que Bento XVI vai ser capaz de “uma palavra inconformista” e “audaciosa” na sessão marcada para 12 de Maio no Centro Cultural de Belém.
“Penso que a mensagem do Santo Padre chegará de certeza aos corações, e só a sua presença é uma consolação e um estímulo para todos aqueles que se reconhecem nos valores universais, da paz, da comunidade humana e da justiça”, disse o sacerdote à ECCLESIA.
“Não é preciso ser cristão para estar presente”, afirmou o biblista, recordando que a sessão com o mundo da cultura que vai ocorrer em Lisboa é o único momento não litúrgico na visita do Papa.
No entender do Pe. Tolentino Mendonça, “o eco e o impacto” das intervenções de Bento XVI “vão muito para lá das fronteiras do catolicismo”, pelo que o encontro acolhe “criadores, investigadores e homens e mulheres ligados ao ensino e à cultura nas suas várias modalidades, que encontrem na pessoa do Papa uma referência nesta construção comum do mundo”.
“O que é necessário – prosseguiu – é essa vontade de dialogar, de escutar, de participar numa assembleia que por sua natureza é de uma cordialidade imensa” e “ao mesmo tempo com uma carga simbólica muito forte”.
O sacerdote destacou também “o desejo de o Santo Padre encontrar-se com a gente da cultura nesta sua passagem por Lisboa e por Portugal” e assinalou que Bento XVI “é exemplar no sentido em que a sua palavra vai ao encontro de uma experiência que todos realizam”.
Para o Pe. Tolentino Mendonça, a relação entre cristianismo e cultura é “natural” porque “a fé não é uma abstracção, mas traduz-se num estilo de vida e num determinado olhar sobre a pessoa humana”.
O responsável pela Pastoral da Cultura afirma que o catolicismo é um “lugar de inspiração para essa tensão histórica e utópica que é a procura de um mundo mais coerente e consistente em termos dos seus valores e das suas procuras”.
A esperança – que, recordou o sacerdote, foi objecto de uma das encíclicas de Bento XVI – é uma das contribuições que a Igreja pode dar ao país: “Sendo esta uma hora de encruzilhada, com as dificuldades que conhecemos, é também um momento de transformação, de possibilidade de novos caminhos”, frisou o Pe. Tolentino Mendonça.
Nacional | Rui Martins | 2010-05-04 | 12:59:26 | 3016 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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Sinos das igrejas do Patriarcado de Lisboa vão tocar à chegada do Papa a Portugal
Os sinos das igrejas do Patriarcado de Lisboa vão tocar às 11h00 do dia 11 de Maio, assinalando a chegada do Papa Bento XVI ao aeroporto da Portela, no início da sua viagem de três dias a Portugal.
Nos dias 11 e 12 de Maio vão também tocar os sinos das igrejas de Lisboa situadas nos locais por onde o Papa vai passar nos vários trajectos incluídos na sua permanência em Lisboa.
Com esta medida, explica o vigário-geral da Diocese, D. Tomaz da Silva Nunes, pretende-se mostrar a alegria do Patriarcado pela presença de Bento XVI em Portugal.
O Papa visita Portugal de 11 a 14 de Maio, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto
Nacional | bentoxviportugal.pt | 2010-05-04 | 12:43:55 | 735 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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70 funções profissionais na cobertura noticiosa da visita de Bento XVI a Portugal
A complexa operação de cobertura noticiosa da visita do Papa Bento XVI a Portugal envolve cerca de 2.150 profissionais da Comunicação Social de 24 países (incluindo Portugal), distribuídos por mais de 70 de funções, cuja acreditação decorreu durante o mês de Abril.
Desse total cerca de 960 são jornalistas e repórteres de imagem, mas a maior parte dos profissionais envolvidos vão estar ocupados em funções técnicas, de produção e de apoio.
Entre as 70 funções profissionais encontram-se maquilhadoras, assistentes de teleponto, operadores de gruas telescópicas, informáticos, motoristas, seguranças, electricistas, produtores gráficos, realizadores, assistentes, estafetas, produtores, operadores de mistura ou animadores de rádio.
Os jornalistas, técnicos, produtores e outros profissionais estão ligados a 240 órgãos de Comunicação Social.
O maior contingente de pedidos de acreditação provém de Portugal (1.821), seguindo-se a Espanha (94), Itália (66) e Alemanha (34).
A RTP é o órgao de Comunicação Social que mais acreditações solicitou (663), seguindo-se a SIC (258), TVI (252), a Rádio Renascença (111) e a Agência Lusa (64).
O Papa Bento XVI visita Portugal de 11 a 14 de Maio, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.
Nacional | bentoxviportugal.pt | 2010-05-04 | 12:42:29 | 1599 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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Percursos, acessos e restrições à circulação no Porto anunciados Quarta-feira
Montagem do altar começa na manhã de 5 de Maio
Os percursos do Papa em Gaia e no Porto, os melhores acessos em termos de transportes, os parques de estacionamento disponíveis e as restrições à circulação automóvel e pedonal, bem como as medidas de segurança, vão ser anunciados Quarta-feira em conferência de imprensa no Paço Episcopal, às 15h00.
Além de representantes da Diocese e das autoridades distritais e locais vão estar presentes no encontro com os jornalistas responsáveis das autoridades policiais, de segurança e de assistência.
Na manhã desse dia começam as obras de montagem do altar e outras estruturas na Avenida dos Aliados, decorrendo durante a noite e madrugada as descargas de material.
Para Sexta-feira, às 10h30, igualmente no Paço Episcopal, está marcado um encontro do Bispo da Diocese, D. Manuel Clemente, com a Comunicação Social para fazer o balanço dos preparativos a uma semana da chegada de Bento XVI ao Porto.
O Papa visita Portugal de 11 a 14 de Maio, com passagens por Lisboa, Fátima e Porto.
Bento XVI chega às 09h30 ao heliporto do Quartel da Serra do Pilar, em Gaia, seguindo em «Papamóvel» até à Avenida dos Aliados, onde celebra missa às 10h15.
A cerimónia de despedida, no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, está prevista para as 13h30 e a partida para Roma marcada para as 14h00.
Nacional | bentoxviportugal.pt | 2010-05-04 | 12:31:46 | 1567 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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Bento XVI visita «a crise profunda» de Portugal
Reitor da UCP diz que a actual situação do país pesou na decisão papal de visitar o nosso país
Portugal está a viver “uma crise profunda e, talvez por isso, o Papa tenha achado que valia a pena vir” ao nosso país.
No encerramento do conjunto de reflexões sobre «O pensamento de Bento XVI» realizado ontem (dia 3 de Maio), na Universidade Católica Portuguesa, Manuel Braga da Cruz, reitor da UCP, afirmou que “também em Portugal se fazem sentir os efeitos de uma demasiada auto-suficiência do racionalismo científico e, por isso mesmo, precisemos do contributo que ele deu”.
Ao longo do dia, vários intelectuais portugueses falaram sobre o Papa que visita Portugal de 11 a 14 de Maio. Mário Pinto, professor da UCP, assumiu-se como leitor de “encíclicas sociais”. No entanto, a «Caritas in Veritate» “não ataca o liberalismo nem o capitalismo”. Algo que “era feito insistentemente por todas as encíclicas sociais”. Por outro lado, realça Mário Pinto, o título da última encíclica “não é social”, mas há “uma nítida intenção de ensinar o povo cristão”.
No painel «Caritas in Veritate», Zita Seabra, presidente da Alêtheia Editores, afirmou que Bento XVI tem “surpreendido porque vai, frequentemente, a temas muito comuns, mas apresenta uma nova visão”.
Nacional | Luís Filipe Santos | 2010-05-04 | 12:30:23 | 1495 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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Ler Bento XVI à luz do pontificado de Bento XV
Nuno Rogeiro passou em revista pensamento do actual Papa
A encíclica «Caritas in Veritate» tem de ser entendida como “genuinamente do Papa que olha o mundo, os seus efeitos na Igreja e os efeitos da Igreja no mundo” – disse ontem Nuno Rogeiro no colóquio sobre «O pensamento de Bento XVI».
Organizado pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa (UCP), neste conjunto de reflexões falou-se sobre «A Universidade. O discurso que não chegou a ser pronunciado na Universidade de la Sapienza»; «A Europa. Os seus fundamentos hoje e amanhã»; «O Discurso de Ratisbona»; «“Deus Caritas Est” (Encíclica “Deus É Amor”)» e «“Caritas In Veritate” (Encíclica “Caridade Na Verdade”)».
No painel sobre a «Caritas in Veritate», o comentador televisivo e professor universitário referiu que esta encíclica tem de ser entendida enquanto “carta circular aos cristãos – sacerdotes ou leigos – e como anúncio a todos no seguimento de outras reflexões importantes do cardeal Ratzinger”. A última encíclica de Bento XVI influenciou a “Comunicação Social e, inclusivamente, influenciou uma reunião do G8”.
A terceira encíclica de Bento XVI deverá ser olhada na “senda existencialista” da encíclica «Humani Generis Redemptionem» (15 de Junho de 1917) de Bento XV, onde encíclica se reflectia sobre o paradoxo de “havendo cada vez mais padres e cada vez mais pregadores, haver também cada vez mais imoralidade e cada vez menos influência da religião nos assuntos seculares”. E acrescenta: “ou a doutrina era má, ou os proclamadores ineficientes por falta de formação ou, talvez, - conclui o pontífice – por falta de convicção”.
A «Caritas in Veritate» tem de se entender na corrente e no contexto de outros textos de autoridade papal. Não se pode falar desta encíclica sem falar das outras duas que marcaram este pontificado. “Em «Deus Caritas Est» - a sua primeira encíclica e pegando na famosa critica de Nietzsche sobre a putativa demonização do amor – Bento XVI discorre sobre a necessidade de socorrer o eros, de o purificar, de o tornar digno e eterno e libertá-lo da materialização” – afirmou Nuno Rogeiro.
“A caridade é a concretização verdadeira do amor. Reconcilia essência e existência. Ela rompe o véu do absurdo moderno e pós-moderno”. E completa o professor universitário: “É aqui que «Deus Caritas Est» se aproxima da «Caritas in Veritate», ao explicar-se que a doutrina Social da Igreja – ligando fé e política – se baseia no direito natural, na consideração da natureza primeira do homem”
Na «Spes salvi» (segunda encíclica do Papa alemão) há um retorno a textos de Ratzinger antes do pontificado. “Reflexão sobre a qualidade salvífica da esperança. A esperança na redenção – ensinada por Paulo – não é, obviamente, um mero aguardar por um desenlace como se estivéssemos a ser espectadores de uma peça de teatro. É processo activo, espécie de batalha quotidiana, onde a fé é a substância das coisas que esperamos e a prova das coisas invisíveis”. A esperança – como diz Bento XVI – “é a entrada do futuro no presente”. O cristão tem de “reagir e laborar pela verdade todos os dias”.
Na primeira audiência papal, Bento XVI explicou a sua ligação espiritual a Bento XV (o papa desbravador do Direito Internacional Público, da diplomacia apaziguadora, da mediação entre nações, da construção efectiva da paz). Na altura o papa alemão, considerou Bento XV “como o corajoso profeta da paz que guiou a igreja pelos tempos turbulentos da guerra. Nas suas pegadas coloco o meu ministério ao serviço da reconciliação e da harmonia entre os povos”. E adianta: “Bento XV está assim no cerne da «Cáritas in Veritate»”.
Revisitando a encíclica «Populorum Progressio» de Paulo VI, Bento XVI interpreta a crise planetária – dentro e fora das praças financeiras -; assinala os males da injustiça social – regional, nacional e global -, analisa a ameaça aos valores da pessoa e lembra a perversão das ideologias e das utopias que desligam o desenvolvimento da sua dimensão humana.
Nacional | Luís Filipe Santos | 2010-05-04 | 12:27:54 | 5181 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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Lisboa prepara acolhimento a Bento XVI
Dois mil mupis, mil pendões e 200 outdoors mobilizam população para receber o Papa e participar nas celebrações
A Comissão Organizadora da Missa de Bento XVI em Lisboa apresentou esta Terça-feira a campanha “Foi o Pai que me Ensinou”, que vai dar as boas vindas ao Papa através da utilização de vários meios de comunicação.
A iniciativa, que já começou com 200 outdoors “Lisboa com Bento XVI”, seguida da frase “Foi o Pai que me Ensinou”, pretende mobilizar a população para as celebrações que decorrem durante a estadia de Bento XVI em Portugal.
O Papa vai estar presente em mais de dois mil mupis e 200 «outdoors» de grande dimensão (8 por 3 metros) nos distritos de Lisboa e Setúbal – concelhos de Alenquer, Almada, Barreiro, Caldas da Rainha, Cascais, Loures, Mafra, Montijo, Óbidos, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Setúbal, Sintra, Torres Vedras e Vila Franca de Xira.
Esta noite vão ser colocados cerca de mil pendões na cidade de Lisboa, nos percursos onde o Papa vai passar, referiu a organização, em conferência de imprensa.
Haverá ainda três telas gigantes no Marquês de Pombal, Av. da Liberdade e Av. Fontes Pereira de Melo (a artéria em que o Papa passa mais vezes) e um vídeo que vai ser divulgado nos transportes públicos e, possivelmente, na televisão.
Os meios são dominados pelas cores branca - numa alusão a Deus - e azul, evocando o céu (eternidade), o rio Tejo e o mar (referência aos Descobrimentos), Maria e a azulejaria das igrejas dos séculos XVII e XVIII.
A concepção destes suportes, executada por pessoas que ofereceram o seu tempo e conhecimentos profissionais, foi gratuita, o mesmo acontecendo com a sua montagem e afixação, que vão ser asseguradas por empresas e autarquias, além de 2500 voluntários.
A campanha apoia-se em nove conceitos ("partilhar", "amar", "rezar", "acreditar", "confiar", "esperar", "perdoar", "escutar" e "festejar"), que se articulam de diferentes formas com a frase "Foi o Pai que me ensinou" - por exemplo "Partilhar foi o Pai que me ensinou".
A primeira mensagem de acolhimento que Bento XVI vai provavelmente encontrar será colocada na ponte pedonal localizada na Av. do Aeroporto, com a saudação "Bem-vindo" escrita em português, alemão e italiano (respectivamente a língua de origem de Joseph Ratzinger e aquela que é mais utilizada no Vaticano).
Os responsáveis pela organização da estadia do Papa em Lisboa pedem à população para colocar os estandartes à janela e usar os lenços para acenar ao Papa aquando da sua passagem.
O projecto integral da campanha pode ser consultado no site oficial da visita de Bento XVI a Portugal.
Nacional | Rui Martins | 2010-05-04 | 12:25:52 | 3159 Caracteres | Bento XVI - Portugal
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Muito para (vi)ver na visita do Papa
D. Carlos Azevedo, coordenador geral, aborda pormenores da presença de Bento XVI em Lisboa, do encontro com os jovens ao mundo da cultura
D. Carlos Azevedo, coordenador geral da visita papal ao nosso país, aborda pormenores da presença de Bento XVI em Lisboa, do encontro com os jovens ao mundo da cultura. Em entrevista à Agência ECCLESIA, levanta a ponta do véu sobre os vários momentos que o Papa vai viver na capital portuguesa, ao longo de mais de 24 horas.
Agência ECCLESIA (AE) - As paróquias receberam recentemente uma brochura com informações sobre a visita do Papa à diocese de Lisboa. Que informações são importantes reter?
D. Carlos Azevedo (CA) - São informações práticas. Incidem sobre os locais onde as pessoas se podem deslocar, com indicações precisas para estacionamento se o automóvel for o veículo de transporte. No entanto, pedimos que, de preferência, as pessoas se desloquem em transportes públicos, que vão ser reforçados, em especial na hora de saída. Prevemos que a chegada seja paulatina, mas a saída será simultânea. A acompanhar a brochura de informações seguiu também uma pagela com uma oração para que a visita seja preparada espiritualmente.
AE - Há lugar para o imprevisto numa visita agendada ao minuto? Encontros do Papa que não estão agendados com os jovens ou com amigos portugueses?
CA - Não está previsto. Para a Nunciatura está previsto o encontro com o Primeiro-Ministro, José Sócrates, e com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado. É possível que haja alguma surpresa na noite com os jovens. Nós assim o desejamos, que o Santo Padre possa ir à janela e saudar os jovens.
AE - Será suficiente para os jovens o Papa dirigir-se à janela?
CA - A mensagem de esperança que Bento XVI envia aos jovens, o lugar que lhes está reservado nas celebrações mostra que, como povo de Deus, os jovens estão cada vez mais inseridos na comunidade e na pastoral. Não querendo criar um grupo à parte, também é bom o contacto directo.
AE - O próprio Bento XVI cria esse contacto em muitas viagens apostólicas que realizou...
CA - Mas em Portugal era impossível. O programa feito para a visita não permitia isso. Em 2011 está prevista a Jornada Mundial da Juventude, para Madrid. Pensamos que dada a proximidade muitos jovens portugueses se preparam para ir a Espanha. De qualquer forma é simpático que os jovens queiram estar com o Papa e, certamente, Bento XVI vai responder a esta vontade e irá saudá-los.
AE - Sobre a celebração eucarística no Terreiro do Paço, os paramentos, o missal, o leccionário ou o evangeliário irão sair do Tesouro da Sé de Lisboa?
CA -As peças foram escolhidas e estão ainda a ser confirmadas mas em princípio serão do Museu da Sé de Lisboa e de São Vicente de Fora.
AE - Os paramentos do Papa chegam do Vaticano?
CA - Não sabemos ainda. Temos uma proposta. Vai depender do clima nesse dia. Temos um paramento possível feito em Portugal. O Vaticano traz outro. Depende das circunstâncias do clima. Os paramentos para os bispos são feitos em Portugal e são novos, tanto as mitras como os paramentos. Haverá um ar de festa.
AE - O paramento para Bento XVI foi feito de propósito?
CA - Sim, para a medida e para o gosto que sabemos que o Papa tem nos paramentos que usa. Foi já visto pelo responsável pelas celebrações pontifícias, o Monsenhor Guido Marini, quando esteve em Portugal, e ficou dependente do clima, devido ao peso do paramento.
AE - E depois, será oferecido ao Papa ou poderá integrar o espólio do Tesouro da Sé?
CA - Ainda não imaginámos.
AE - Mas está nos planos da diocese?
CA - Bom, sabemos que o Santo Padre vai trazer um presente para cada uma das dioceses e a diocese de Lisboa vai também dar-lhe um presente. Lisboa vai oferecer-lhe uma relíquia de São Vicente.
AE - Sobre o encontro com o mundo da cultura, a decorrer em Lisboa, o número de participantes está fechado?
CA - As inscrições fecharam na passada Sexta-feira (dia 23 de Abril). Temos uma lista de espera de pessoas que manifestaram interesse em estar presentes. Aguardamos as respostas aos convites.
AE - Que critérios estiveram na base dos convites?
CA - Quisemos ter presente a representatividade cultural. Não podem estar presentes todas as pessoas. Por isso procurámos que as personalidades presentes pudessem representar as diferentes áreas – da arte, do saber, do mundo da ciência e das letras. Pedimos a cada diocese que apresentasse sugestões e as pessoas indicadas tiveram a primazia do convite, tal como entidades oficiais, as várias academias, universidades, também alguns estudantes finalistas das várias universidades de Lisboa.
AE - Há nomes que são cartão de visita no panorama cultural português?
CA - Sim, pessoas muito representativas como poderão ver no dia 12 de Maio.
AE - Não só do mundo católico mas também do mundo dos não crentes. Essa representatividade foi também importante, uma vez que o próprio Bento XVI apela ao diálogo com diferentes religiões?
CA - A organização conta com a confirmação do representante da comunidade islâmica e também da religião judaica. As grandes religiões vão estar presentes. A capacidade de abertura e diálogo é importante para nós. A organização não enviou o convite para algumas personalidades sabendo se são ou não crentes, mas mediante o seu gosto em estar ou não com um notável homem da cultura que tem uma proposta de verdade e beleza a fazer.
AE - A Igreja Católica dirigiu o convite a outras confissões religiosas, ou tratou-se de uma manifestação de vontade por parte das outras confissões?
CA - Correspondeu a um convite feito pela Igreja Católica, manifestando o nosso objectivo de integração. Este era o encontro adequado, pois não se trata de uma celebração religiosa, mas um encontro com um discurso. Este seria o espaço onde as pessoas poderiam estar de forma mais natural.
AE - Está previsto um encontro entre a Ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, e o Papa Bento XVI?
CA - A senhora Ministra da Cultura vai ter a oportunidade de cumprimentar o Papa no encontro. Está previsto um encontro com algumas personalidades representativas. A senhora Ministra, enquanto responsável pela pasta da cultura, representa a cultura portuguesa no seu todo. No encontro poderá ao cumprimentar, dirigir algumas palavras.
AE - Esse encontro restrito vai ser também no Centro Cultural de Belém?
CA - Sim. Vai ser posterior ao discurso, no final do encontro.
AE - No encontro com o mundo da cultura, vai ser entregue uma lembrança ao Papa feita pelo arquitecto Álvaro Siza Vieira. Que intenção tem esta oferta?
CA - Em todos os encontros há lugar para um agradecimento através de um gesto. O arquitecto Siza Vieira estava disponível para oferecer o desenho de uma peça. Percebemos a existência de um conjunto de pessoas que gostava de ajudar, e também a colaboração de um dos melhores ourives modernos, Manuel Alcino. É uma peça muito bonita que penso que ficará bem no Vaticano.
Entrevistas | Lígia Silveira | 2010-05-04 | 11:27:56 | 8837 Caracteres | Bento XVI – Portugal
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Reolha e transcrição através de e-mail recebido de Agência Ecclesia por António Fonseca
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