sábado, 22 de maio de 2010

Nº 1012 - 22 DE MAIO DE 2010 - SANTOS DO DIA

Rita de Cássia, Santa
Maio 22  -  Religiosa

Rita de Casia, Santa

Rita de Casia, Santa

Viúva, Religiosa, e Advogada de Impossíveis

Na Umbria, província de Itália, na cidadezinha de Cáscia (ou Cássia), habitavam, por meados do século XIV, dois esposos cristãos, fieis em servir a Deus. Eram muito estimados por causa do empenho que tinham em manter a concórdia à sua volta. Já avançados em idade, não tinham filhos. No ano de 1381, as orações deles foram finalmente ouvidas, e Deus concedeu-lhes uma filha que chamaram Margarida (em italiano Margherita), ficando ela a ser chamada Rita por abreviatura. Desde os doze anos que sentiu o desejo de se consagrar a Deus pelo voto de virgindade. Mas os pais, sentindo que não poderiam viver longamente receando deixar a filha sozinha, pensaram em casá-la. Rita submeteu-se humildemente a essa vontade. Para a purificar no meio das provas,  Deus permitiu que fosse escolhido um jovem de família nobre, mas de carácter brutal. Rita suportou tão bem as asperezas  do marido que, durante os 18 anos que viveu com  ele, não lhe deu nunca ocasião para um queixume. À força de doçura e de persuasão, chegou mesmo a reconduzi-lo a Deus. Esta conversão não desarmou contudo os rancores que este homem tinha atraído sobre si com  os hábitos da violência. Um dia, os seus inimigos assassinaram-no sem compaixão. A santa viúva, dolorosamente ferida no seu afecto, conseguiu aceitar generosamente a vontade de Deus e bendisse os seus juízos secretos que lhe arrebatavam a companhia do esposo, no momento em que a mudança de vida parecia que o havia de tornar mais agradável. Ela chorou-o, mas soube perdoar generosamente aos assassinos.E tudo fez para arrastar os seus dois filhos à mesma clemência. Mas, resultando tais esforços inúteis e temendo que eles executassem os desejos de vingança, pediu ao céu que antes levasse a vida deles do que permitisse essa vingança. A oração foi ouvida, e novo luto, desta vez duplo, veio despedaçar-lhe o coração.

Liberta agora dos laços que a prendiam ao mundo, resolveu realizar por fim o sonho que desde a infância acariciava, entrando na vida religiosa. Foi bater à porta das religiosas agostinhas de Cáscia, mas não a aceitaram, pois o costume da casa era receber unicamente virgens. De regresso ao seu lar, entregou-se à oração e à penitência com fervor renovado. Essas lágrimas tocaram o coração de Deus, que lhe enviou o socorro dos três santos a quem tinha devoção particular: S. João Baptista, santo Agostinho e S. Nicolau Tolentino. Estes três santos apareceram-lhe uma noite e levaram-na, por caminhos desconhecidos, até à porta do mosteiro onde a não tinham querido receber. Apesar dos ferrolhos e trancas, esses Santos fizeram-na entrar e, a seguir, desapareceram. Quando as religiosas vieram a descobrir por que meio tinha ela podido transpor o limiar do mosteiro, aceitaram com  prontidão a viúva. Santa Rita aplicou-se de maneira nova à obra de santificação. Dominou o corpo com numerosas penitências. Usava continuamente um cilício e trazia, cozidos por dentro no vestido, espinhos que a torturavam a cada movimento. Jejuava muitas vezes a pão e água, e passava a maior parte da noite em vigílias e orações. Tinha o costume de meditar a Paixão do Salvador desde a meia noite até ao nascer do Sol. Unia-se com tal intimidade aos sofrimentos de Jesus, que derramava abundantes lágrimas e por vezes era encontrada absorta em Deus, sem conhecimento sensível. Um dia, depois de ouvir o beato Tiago da Marca pregar sobre a Paixão, pediu a Nossa Senhora a levasse a participar nos seus sofrimentos. Sentiu então, nas fontes da cabeça, os espinhos duma coroa, e a testa ficou marcada com uma chaga que teve sempre no resto da vida. Este ferimento profundo e doloroso trouxe-lhe numerosas humilhações, porque dele se desprendia um cheiro nauseabundo que a obrigou a isolamento completo. Mas nisto encontrou motivo para se entregar mais à oração e à penitência. Sofrer neste estado tão doloroso e humilhante tornou-a cada vez mais agradável ao Senhor, que lhe concedeu o dom dos milagres.

Uma mulher de Cáscia tinha vindo pedir-lhe orações por sua filha: ao voltar a casa, encontrou a criança curada. Este milagre, e outros que a santa obteve do céu, tornaram-na célebre em toda a região e fizeram que tivesse numerosas visitas, por vezes até de países afastados. A todos recebia com muita caridade, e ninguém voltava a casa sem ter sido consolado e edificado. Uma doença que durou quatro anos veio acabar de purificar a Serva de Deus pela resignação com que suportava os sofrimentos. Quando sentiu aproximar-se o fim, pediu os últimos sacramentos e, depois de os receber, exortou as irmãs à fiel observância da regra. Em seguida, tendo posto as mãos em cruz e tendo-lhe a abadessa dado a bênção, adormeceu serenamente no Senhor. isto a 22 de Maio de 1457. Fez um grande milagre quando o seu corpo estava no caixão. E continuou a fazer tantos, que é tida por «advogada das causas perdidas e a santa do impossível». Foi canonizada por Leão XIII, a 24 de Maio de 1900. D. João V (rei de Portugal de 1706 até 1750) muito contribuiu com as suas dádivas para o novo lanço do mosteiro em que vivera a santa. E lá se lê ainda o nome dele na fachada, com uma inscrição e as armas portuguesas. dentro da casa, mostra-se um retrato do Rei Magnânimo, de prata, retrato que assinala, debaixo do olho esquerdo, com uma pedra preciosa, qual o milagre obtido por intercessão da santa: a cura dum cancro na vista do nosso rei.

ORAÇÃO A SANTA RITA

Ó gloriosa Santa Rita de Cássia, modelo insigne de paciência, em todos os sofrimentos físicos e morais por que passastes, nos diversos estados de vida a que Deus vos chamou. Vós que conseguistes vencer todos os obstáculos pela oração perseverante, vinde em meu socorro, agora que estais gozando no Céu, para sempre, a recompensa de todos os vossos trabalhos. Fazei vossa a minha aflição, dizei por mim a Maria Santíssima, nossa Mãe, uma palavra em meu favor, para que Ela advogue a minha causa junto de Jesus, a quem vós nada recusastes em vida, cooperando com Ele na salvação das almas. Vós sois a advogada das causas julgadas impossíveis. Vós que muito sofrestes, compreendeis muito bem o meu problema. E se o que peço não for para glória de Deus e bem da minha alma, obtende-me o que a ambos for mais conforme. Prometo que a gratidão nunca me sairá da alma e que hei-de propagar o vosso culto, pois honrando-se os santos de Deus é a Ele próprio que honramos como Pai e único autor da santidade. (Rezemos 3 glórias à Santíssima Trindade em acção de graças por todos os dons concedidos por Deus a Santa Rita). www.jesuitas.pt

 

 Joaquina de Vedruna, Santa
Maio 22   -  Viúva e Fundadora

Joaquina de Vedruna, Santa

Joaquina de Vedruna, Santa

Viúva e Fundadora
das Irmãs Carmelitas da Caridade

Desejo inicial de contemplação pura, que deve sujeitar-se às partilhas da vida conjugal, e que se espraia por fim em religião, na prece e nas obras de caridade: esse desenvolvimento de amor de Deus e do próximo – numa alma de jovem, de esposa e de mãe, e de fundadora dum Instituto de Caridade –, que belo e fascinante espectáculo! Joaquina de Vedruna nasceu em Barcelona, em 1783, numa família nobre e profundamente católica. Ainda muito nova, mostrava-se já maravilhosamente obediente aos pais. Fez a primeira comunhão aos dez anos, antecipou-se às crianças da sua idade, a piedade que tinha valeu-lhe este favor. Aos 12 anos projectou entrar na Ordem do Carmo. mas não se atreveu a resistir aos pais, que a deram em casamento em 1799 a um gentil-homem de Vich, na província de Barcelona. Foi esposa dedicada para Teodoro de Mas, a quem deu nove filhos. Enviuvando ao cabo de 16 anos de casada, retirou-se para a sua casa de Manso Escorial, perto de Vich, toda consagrada aos filhos e ao propósito de aliviar os pobres. Que escândalo !, foi vista como enfermeira, entregue às mais abjectas ocupações nos hospitais. Os princípios do seu Instituto foram difíceis, penosos. Guiada por um capuchinho e ajudada pelo bispo de Vich, reuniu algumas mulheres piedosas, sem recursos, em Manso Escorial, para a educação das meninas e o cuidado dos enfermos: viriam a ser as Carmelitas da Caridade. Ela própria entrou na associação, em 1826. A guerra civil espanhola, chamada guerra dos sete anos, prejudicou o desenvolvimento do Instituto. A fundadora foi encarcerada e exilada. Refugiou-se em França com as suas irmãs. Mas em 1843 voltou a Espanha. Em 1849, uma doença obrigou-a a confiar a uma vigária a direcção do Instituto. em 1854, com a idade de 71 anos, morreu vítima de cólera, em Barcelona. Em 1930, já o seu Instituto contava 2000 Irmãs, ocupadas em obras de educação e de caridade na Espanha e na América do Sul. Foi beatificada em 1940 por Pio XII e canonizada em 1959 por João XXIII. www.jesuitas.pt

 

ver também http://es.catholic.net/santoral

Juan-Vladimiro, Santo
Maio 22   -  Príncipe

Juan-Vladimiro, Santo

Juan-Vladimiro, Santo

Príncipe de Zeta (Montenegro), século X – Prespa (Macedónia)

Etimologicamente significa “Deus é misericórdia” e “grande en poder”. Vêm da língua hebraica e da alemã.
Este jovem, príncipe de Zeta (e não rei de Dalmácia como asseguram alguns), teve que actuar contra Samuel, Zar de Macedónia, porque lhe havia declarado guerra.
Queria o macedónio apoderar-se de seu pequeno reino. O jovem príncipe Juan Vladimiro perdeu a guerra e seus Estados. 
e para cúmulo, o levaram cativo ao país balcânico (Macedónia). Ainda assim permitiram-lhe que pudesse receber visitas uma vez por semana.
Uma destas visitas que o gratificaram muito, foi a da filha de Samuel. Era uma fervorosa cristã. Foi lavar-lhe os pés, como fez Cristo no Evangelio. Ela dizia a seu pai:"¿Onde está aquele com quem me vou casar? ¿É que não há ninguém?". 
A princesa se havia enamorado loucamente do rei encarcerado. Comunicou-o ao pai. Este, mais ou menos por bem, pensando no bem de sua filha, permitiu o casamento. 
Já casados, voltaram a Zeta, onde viveram uns anos de paz e de felicidade.
À morte de Samuel, um desalmado assassinou a seu filho e ao herdeiro, se apoderou do trono e tomou a decisão de se apoderar também de Zeta.
Com falsas aparências e muitos afagos, próprio de alguns cortesãos, convidou a Vladimiro para a sua corte. E entretanto saía da capela em que havia estado orando ao Senhor e à Virgen durante um bom espaço de tempo, uns sicários lhe deram morte.
Juan Vladimiro se converteu num santo muito popular nos Balcãs.
Começaram a cantar suas canções de gesta, seus méritos e suas desgraças. A igreja lhe deu desde então o culto próprio de um mártir.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Juan Rainuzzi, Beato
Maio 22   -  Confessor

Juan Rainuzzi, Beato

Juan Rainuzzi, Beato

Confessor

Etimologicamente significa “ Deus é misericórdia”. Vem da língua hebraica.
Sem uma ampla esperança humana, as novas gerações não se sentem estimuladas a participar na construção da família humana. Frente a um vazio, muitos jovens estão marcados por uma apatia, uma desilusão, buscando-se vias de escape que anestesiem uma angústia insuportável.
A Juan não lhe ocorreu nada disso. Foi um confessor do século XIV. Era natural de Todi, Itália.
Seu culto começou dois séculos mais tarde. Um dia de 1568, nesta cidade, na cripta da igreja de santa Margarita, se exorcizava a um homem porque diziam que estava endemoninhado.
Em um certo momento sucedeu algo misterioso para que os assistiam atónitos. 
O possuído começou a gritar e a denunciar a presença naquele lugar de um santo, Juan o Limosnero.
Se encontrou, efectivamente, a tumba do defunto e sua inscrição: "Este é o corpo de Juan Rainuzzi, que passou à casa do Pai no ano 1330".
Então se expuseram seus restos ao público para que todos pudessem venerá-los. 
Lhe colocaram roupa e o título de “Juan el Limosnero” por sua grande caridade para com os pobres.
De não haver sido pelo caso do endemoninhado, talvez houvesse tardado mais em conhecer a existência de Juan Rainuzzi, monge beneditino.
¡Felicidades a quem leve este nome!

Juan Forest, Beato
Maio 22   -  Franciscano Mártir

Juan Forest, Beato

Juan Forest, Beato

Sacerdote e mártir da Primeira Ordem

León XIII em 9 de Dezembro de 1886 aprovou seu culto.
Juan Forest nasceu em 1471, provavelmente em Oxford, Inglaterra; aos dezassete anos vestiu o hábito dos Irmãos Menores em Greenwich. Nove anos depois foi enviado a Oxford para os estudos teológicos, realizados os quais foi ordenado sacerdote e regressou ao convento de origem. Do cardeal Wolsey recebeu o encargo de pregar na igreja de São Paulo de Londres e ao mesmo tempo foi escolhido pela rainha Catalina de Aragão primeiro como capelão, logo como confessor.
Gozou da estima e amizade de Enrique VIII, até quando Juan se declarou pela validade do matrimónio do rei, que queria dissolvê-lo sustentando a invalidade das primeiras núpcias.
Juan Forest, guardián del convento, advirtió a los cohermanos en un capítulo de 1532 que el rey quería suprimir la Orden. Desde el púlpito de la iglesia de San Pablo había defendido enérgicamente la validez de las nupcias puesta en discusión y había hablado abiertamente contra Cromwell e indirectamente contra el rey. La condena papal de 1534 indignó a Enrique VIII, que suprimió los conventos de los franciscanos y les ordenó dispersarse en otros conventos. Al Beato Juan Forest, lo encontramos en prisión en Newgate, hasta 1534.
En 1538 Juan se encontraba en el convento de los Conventuales, en Smithfield. En aquella especie de confinamiento pudo mantener con la reina Catalina, con su dama de compañía Elisabeth Hammon y con el Beato Tomás Abekl una correspondencia que se conserva todavía por lo menos en parte. Escribió también un tratado contra Enrique VIII, que usurpaba el título de cabeza espiritual de la nación. Este tratado irritó al rey, que ordenó fuese arrestado. Conducido al tribunal, fue víctima de un juego de astucia. Se quería que él aceptase en bloque algunos artículos sometidos a su firma, pero cuando pudo leerlos uno por uno, entendió claramente que uno de ellos conllevaba un acto de apostasía. Los rechazó todos juntos y por esto fue condenado a la hoguera.
La ejecución tuvo lugar en Smithfield el 22 de mayo de 1538. En el lugar del suplicio, fue invitado a pedir perdón al rey y a hacer juramento de fidelidad, pero el mártir resistió impávido: antes bien, quiso añadir una bellísima profesión de fe católica: “Creo en la Iglesia, una, santa, católica, apostólica, romana. Juro que no me apartaré jamás del Papa, Vicario de Cristo, sucesor de San Pedro y Obispo de Roma. Aunque bajase un ángel del cielo y me insinuase algo distinto de esto que he creído por toda mi vida, aunque debiera ser despedazado parte por parte, miembro por miembro, quemado, ahorcado o se me infligiera cualquier otro dolor, no me apartaré de mi fe”. Fue atado de los costados y suspendido sobre las llamas. Murió a fuego lento orando e invocando el nombre del Señor. Tenía 67 años.

María Doménica Brun Barbantini, Beata
Maio 22   -  Fundadora

María Doménica Brun Barbantini, Beata

María Doménica Brun Barbantini, Beata

Fundadora da Congregação das Irmãs Ministras dos Enfermos de São Camilo

Maria Doménica nasceu em 17 de Janeiro de 1789 em Lucca, aos 12 anos perdeu o pai e aos 22, depois de cinco meses de matrimónio, perdeu o marido de paragem cerebral.
Voltou todo seu amor sobre Lorenzo, o único filho nascido de tal matrimónio, e além disso dedicando-se às enfermas nas casas particulares. Aos 31 anos lhe morreu o filho de 8 anos. Ainda vivendo a perda em pleno abandono à vontade de Deus, o sofrimento foi enorme.
Recusou distintas propostas de matrimónio e seguiu com a actividade de assistência domiciliária já iniciada fazia alguns anos com outras mulheres: a Pia União das Monjas Oblatas da Caridade que ela mesma havia fundado. Aos 36 anos lhe morreu entre os braços a mamã dizendo-lhe: ¿Fazes tudo o que podes para Deus e para tua Igreja?
Aos 40 anos fundou o instituto de las Hermanas Oblatas Enfermeras bajo la protección de Maria SS. Dolorosa y con los consejos de Padre Scalabrini, después 2 años el instituto viene agregado a la Orden de los Camilianos con el nombre de Ministras de los Enfermos. La actividad fue enfocada sobre enfermas y niños, pero Maria Doménica pasaba también mucho tiempo en la formación de sus hijas espirituales y en la oración enfocada sobre el Jesús que sufre. Exhortaba a sí misma y a sus hijas a rezar antes de ir a asistir a las enfermas: "cuando Irán a los enfermos, recuerdan que están asistiendo a un Dios humanizado y expirante sobre la cruz".
Los puntos fijos de su vida fueron dos: la caridad heroica para descubrir y servir a Jesús en los enfermos y la transformación del sufrimiento propio en amor hacia el otro. La condición para vivir estas dos actitudes era una profunda humildad y apertura de corazón a los deseos de Dios. Maria Dominica construyó paz en sí (un corazón unificado en el amor) y alrededor de a sí (en la familia, en la comunidad, en la Iglesia), compartiendo esto sobre todo con los enfermos.
El 22 de mayo de 1868 a los 79 años Maria Doménica murió santamente: ¿Yo tengo que morir así? he pedido siempre al Señor tanto amor y tanto dolor? el dolor no me falta, pero ¿el amor?. Muriendo mantuvo en el rostro la misma sonrisa que había habido siempre en vida.

 

SANTA JÚLIA

Mártir (século VI ou VII)

 

Santa Júlia, padroeira da Córsega, foi reduzida a escrava quando duma invasão de Cartago, que deve ser mais provavelmente a dos Persas, em 616; foi a virgem Júlia vendida a um negociante oriental. Seguindo o seu senhor, chamado por negócios ao Ocidente, arribou, não se sabe porque motivo, ao cabo Corso, infestado então por piratas sarracenos ou vândalos. Lá encontrou Santa Júlia a morte, sofrendo, se nos atemos à lenda, o suplicio da cruz. O seu corpo, segundo a mesma, terá sido transportado para a ilha bastante próxima de Gorgona e depois para a península itálica, onde o rei dos Lombardos o terá dado a sua filha, que era em Bríxia abadessa das monjas que viviam sob a regra de S. Bento. A basílica de S. Salvador, pegada ao mosteiro, ameaçava ruína. para a substituir, o soberano mandou construir outra, que o Papa Paulo I consagrou em 763; veio a ficar como centro do culto em honra de santa Júlia. Ela, virgem e mártir, viveu no século VI ou VII.   www.jesuitas.pt

 

BEATO JOÃO BAPTISTA MACHADO DE TÁVORA, jesuíta

FREI PEDRO DE ASSUNÇÃO, FRANCISCANO, Frei Alonso Navarrete (dominicano) e Frei Fernando de S. José, agostinho

Mártires (1617)

João Baptista Machado, filho de Cristóvão Nunes Vieira e de Maria Cota da Malha, nasceu na cidade de Angra (Açores) entre os anos de 1580 e 1582, sendo baptizado na Sé catedral desta cidade. Aos 17 anos de idade, entrou na Companhia de Jesus, em Coimbra, com a intenção de ser missionário no Oriente; mais concretamente, no Japão, onde os Padres jesuitas, seguindo na esteira de S. Francisco Xavier, exerciam intenso apostolado. esta ideia concebeu-a desde menino, como ele próprio havia de o declarar, dias antes de dar a vida por Cristo «no país do Sol Nascente». Certamente que esta ideia lhe surgiu na mente ao ouvir relatar a gesta que os seus irmãos em religião estavam realizando naquelas paragens,  bem como na Índia, Malásia, Tailândia, Vietname, Macau e China. Em 1601, embarcou com outros 15 companheiros para a Índia. estudou Filosofia em Goa e Teologia em Macau, no célebre Colégio de S. Paulo, de que restam ainda hoje as não menos célebres ruínas, ou seja, a fachada da imponentíssima Igreja da Madre de Deus. Em Macau foi ordenado sacerdote. Em 1609, entrou no Japão, começando logo a aprendizagem da língua japonesa no Colégio dos Jesuítas, em Arima. Pregou sobretudo nas cidades de Meaco (Kioto) e Fuximi. Em 1614 rebentou feroz perseguição contra os missionários e os cristãos japoneses, que então deviam orçar entre duzentos a trezentos mil. O padre João Baptista Machado ficou disfarçado no Japão para acudir, a todo o custo, ás necessidades espirituais dos seus queridos cristãos. Mas em Abril de 1617 foi descoberto e preso. A 22 de Maio seguinte, Domingo da Santíssima Trindade, sofreu o martírio, dando assim o supremo testemunho da sua fé e do seu amor a Jesus Cristo e ao próximo. Tinha então entre 35 e 37 anos de idade; havia 20 anos  que entrara na Companhia de Jesus; 16 que saíra de Portugal e 8 anos que exercera o seu apostolado no Japão.

Foi seu companheiro de martírio o franciscano Frei Pedro de Assunção. Cheio de alegria receberam a noticia da sua morte pela Fé de Cristo. Tão sincera foi essa alegria que o Governador encarregado de lhes transmitir a ordem do Imperador converteu-se à religião cristã e, mais tarde, também foi mártir da Fé. Dois nobres japoneses foram destacados para executar a sentença. de um só golpe de catana, foi cortada a cabeça de Frei Pedro. Quanto a João Baptista Machado, o executor de tal modo se perturbou que, ao primeiro golpe, caiu por terra, bem como o mártir. Levantaram-se os dois e novo golpe foi vibrado. Mas só ao terceiro golpe se consumou o martírio. Tudo isto aconteceu no monte Obitori perto da cidade de Omura, tendo acorrido numerosos cristãos e gentios, uns por devoção outros por curiosidade, a presenciar o martírio dos dois confessores da fé. A este local, onde fora sepultados os sagrados despojos dos dois missionários, começaram a afluir ininterruptamente muitos cristãos. Isto irritou as autoridades, que mandaram desenterrar os caixões e transportá-los para Koguchi, a cinco léguas de distância. Aqui estavam presos e na altura sofreram o martírio Frei Alonso Navarrete, dominicano e Frei Fernando de S. José, Agostinho. Mas demos a palavra a Monsenhor José Machado Lourenço: «Chegados os corpos ao lugar do martírio dos frades acima nomeados, e realizado este, abriram os caixões dos mártires, metendo no do P. Machado e juntamente com ele o corpo de Frei Alonso Navarrete e no de Frei Pedro o corpo do Frei Fernando. Depois atando-lhes pesadas pedras, deitaram-nos ao mar em sítio bem fundo e de fortes correntes. (…) Mais tarde recuperaram o caixão contendo os corpos de Frei Pedro da Assunção e de Frei Fernando de S. José, o qual arribou à praia. Mas o do P. João Baptista Machado nunca mais apareceu. Junto do mar nascera e no meio do mar dormiria para sempre…  www.jesuitas.pt

 

BEATO LUIS MARIA PALAZZOLO

Fundador (1827-1886)

 

Último de doze filhos do casal Octávio Palazzolo e Teresa Antónia, família abastada e piedosíssima. veio ao mundo em Bérgamo, a 10 de Dezembro de 1827. Aos 10 anos perdeu o pai. Educado pela mãe e por dois sacerdotes doutos e virtuosos, Luís Maria foi progredindo nas letras e na prática das virtudes. Em 1845 ingressou no seminário. Finalmente, no dia 23 de Junho de 1850 recebeu a ordenação sacerdotal. Dedicou-se de alma e coração ao ensino e educação dos jovens mais pobres da paróquia de Santo Alexandre, em Colonna, no oratório da Via Foppa. Em breve passa a director do mesmo e, anos mais tarde, à sua custa, muda-o para um amplo terreno e transforma-o num grande centro educativo, com escolas nocturnas para adultos, teatro, ginásio desportivo, etc.. Colocou a obra sob a protecção de S. Filipe de Neri. Em 1864, inaugurou a Pia Obra de Santa Doroteia para a educação de raparigas, que corriam perigo de perder-se no trabalho das fábricas. Em 1869, fundou o Instituto das Irmãs dos Pobres, com a cooperação da madre Maria Teresa Gabrielli, que era professora na Pia Obra de Santa Doroteia. A Congregação, desde o inicio, além da assistência ás jovens da paróquia, à promoção de exercícios espirituais para operárias, começou a recolher órfãs, a assistir de noite nas casas os enfermos pobres, a curar os empestados de cólera, a educar as crianças de um asilo, etc.,. Em 1870, fundou também o Instituto dos Irmãos da Sagrada Família, que se extinguiu depois da sua morte. Isto nos prova que o bem-aventurado se empenhava em socorrer os mais necessitados do seu tempo. De facto, ele próprio escolhia para tratar por si mesmo os doentes mais repugnantes. Alma simples e humilde, coração grande e generoso, de rico se fez pobre. Deixou o conforto da família para abraçar uma vida de penitência. Inteligência viva e aberta aos mais necessitados, foi um pioneiro da Acção Católica juvenil e deu à diocese cerca de 40 sacerdotes. Faleceu santamente em Bérgamo, a 15 de Junho de 1886. Foi beatificado por João XXIII, no dia 19 de Março de 1963. AAS 55 81963) 311-18; DIP 6, 1087; 7, 213.  www.jesuitas.pt

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Recolha, transcrição e tradução parcial de espanhol para português por António Fonseca

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