26 de Dezembro – Domingo – A Sagrada Família
Mt 2, 13-15; 19,23
Quando saíram os magos, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José e disse-lhe: “Levanta-te, toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egito: espera ali até que eu te avise, porque Herodes vem procurar o Menino para o matar”. José se levantou, pegou no Menino e na sua Mãe de noite; foi para o Egito e esperou até à morte de Herodes; assim se cumpriu o que disse o Senhor pelo Profeta: “Chamei a meu Filho para que saísse do Egito”. Quando morreu Herodes, o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito: “Levanta-te, pega no Menino e em sua Mãe e volta a Israel; já morreram os que atentavam contra a vida do Menino”. Se levantou, tomou o Menino e sua Mãe e voltou a Israel. Mas ao saber que Arquelau reinava na Judeia como sucessor de seu pai Herodes teve medo de ir mais além. E avisado em sonhos retirou-se para a Galileia e estabeleceu-se num povo chamado Nazaré. Assim se cumpriu o que disseram os profetas, que se chamaria Nazareno”.
1. No domingo seguinte ao dia de Natal, a liturgia recorda-nos o exemplo da família de Jesus. O que se costuma aproveitar nas missas deste domingo, para refletir sobre os problemas que hoje aparecem na instituição familiar. Um tema capital, sobretudo nestes tempos de profundas mudanças, que demandam soluções novas aos novos problemas com que nos vemos confrontados.
2. O mais importante é proteger a instituição familiar. Porque está demonstrado que onde a família entra em crise, na medida em que se descompõe, por isso mesmo o tecido social se desintegra. O que se traduz, antes de mais, em fenómenos incessantes de violência em todas as suas formas. Daí que o mais necessário é que a Instituição familiar esteja protegida mediante leis, que garantam os direitos das pessoas e, junto a isto, é decisivo que a educação esteja bem pensada e gerida, para que as crianças que nascem se possam integrar devidamente na sociedade. E para que a convivência resulte humanamente possível, num espaço humano de respeito, tolerância, estima e afecto.
3. Para conseguir esta finalidade é de suma importância: 1) A igualdade efetiva de direitos dos cônjuges. 2) Que ambos os cônjuges gozem da devida autonomia económica, para que a mútua convivência nunca esteja motivada por interesses de dinheiro. 3) Os pais são os que devem decidir os filhos que podem ter e educar; 4) Cuidar, sobretudo, o respeito de todos para com todos, no grupo familiar. 5) É fundamental manter sempre a mais clara transparência nos assuntos que concernem a economia do grupo e as relações pessoais. 6) O determinante tem de ser sempre a “relação pura” (A. Giddens), baseada na comunicação emocional, em que as recompensas derivadas dessa forma de comunicação são a base primordial para que a unidade familiar se mantenha: 7) Tudo isto, devidamente entendido e realizado, é o que, com realismo prático, hoje se pode entender como o amor que une as pessoas e faz possível a felicidade.
Com a devida vénia, este texto foi traduzido, exclusivamente do original A Religião de Jesus, de José Mª Castillo, para ser publicado neste blogue, por
António Fonseca
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