quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Duas notícias no Página Um da Rádio Renascença–9-12-2010

 

1ª Notícia

IMACULADA CONCEIÇÃO

Celebrou-se ontem a festa da Imaculada Conceição de Maria, padroeira e rainha de Portugal. Foi D. João IV quem decidiu consagrar o país a Nossa Senhora, após a
restauração da independência, desde então nunca mais os reis portugueses voltaram a colocar a coroa na cabeça.
Uma devoção com raízes que se perdem no tempo, como recorda o reitor do Santuário de Vila Viçosa, padre Mário Tavares de Oliveira. “Vila Viçosa é o primeiro tempo dedicado à Imaculada Conceição na Península Ibérica, que denota no século XIV um crescendo desta devoção, culminando com o ato de D. João IV, que no dia 25 de Março de 1646, proclama Nossa Senhora da Conceição padroeira de Portugal”.
O Santuário de Vila Viçosa acolheu ontem a grande peregrinação anual.

Seja-me permitido um Comentário pessoal:

Acho que nos dias que hoje se atravessam neste nosso Portugal, e principalmente neste últimos CEM anos, (que tão celebrados foram…) com o Advento da República que surgiu após o assassinato de D. Carlos e de seu filho D. Luís Filipe;  com a perseguição religiosa que se desencadeou pouco depois; que trouxe consigo a Concordata; a separação dos poderes entre a Igreja e o Estado; o roubo descarado que foi feito e continua a fazer-se às Instituições da Igreja Católica, com o beneplácito de praticamente todos os Governos que se sucedem em Portugal – principalmente a partir de 1974, o da “revolução dos cravos– em que foram retirados das escolas e de outros edifícios públicos, o Crucifixo (por ser um atentado para com as outras religiões…) e, mais recentemente, a aprovação da “lei do aborto”, dos “casamentos de homossexuais”, etc., etc., etc.. verifica-se que o ideal de D. João IV, em considerar que ninguém se poderia doravante considerar acima da Rainha de Portugal a IMACULADA CONCEIÇÃO, motivo pelo que a partir daí nenhum Rei em Portugal usou a coroa, está a afastar-se paulatinamente do Povo Português.

Parece-me que está chegando a hora para que se renove o voto de D. João IV (apesar de já não haver Reis em Portugal) e que alguém responsável da Igreja, ponha travão a esta escalada demoníaca que está querendo acabar com o Cristianismo em Portugal e no Mundo. Não nos deixemos arrastar para o abismo em que alguns querem fazer-nos cair. É tempo de dizer Não.

É tempo de ter Esperança. É tempo de Comunicar,

É tempo de ser testemunha de Deus, neste mundo que não sabe Amar.

António Fonseca

 

2ª Notícia

Uma nota do Bispo Emérito de Setúbal D. Manuel Martins

Contentes?

Estivemos em 24 de Novembro com o país quase parado. Foram-nos anunciando o prejuízo material que tal acontecimento nos causou, a nós que estamos sem recursos e nem sequer lobrigamos quando nos começaremos a libertar desta situação deprimente. Os diligentes promotores da greve sabiam disso, com certeza. A grande razão proclamada tinha a ver com os insustentáveis sacrifícios impostos aos pobres por um governo desgovernado e desgovernante.

É verdade, tristemente verdade, que é preciso dizer alto a quem nos “governa” que não aguentamos mais. É ver o que a comunicação social nos diz (quase) todos os dias sobre a multidão que recorre às mais variadas instituições para conseguir uma tigela de sopa que lhe ampare a vida. É tristemente verdade que é preciso dizer a que nos “governa” que não vale enganar-nos sistematicamente, que não pode pôr de fora dos sacrifícios exigidos aos pobres, os que se locupletam com a riqueza ou os recursos que são de todos. É tristemente verdade que somos subjugados por um “governo” estatizante em matérias estruturantes da sociedade, como é a Educação (impensável o que pretendem fazer ao Ensino Particular e Cooperativo!), como é o Serviço Social, o grande instrumento solidário ao serviço do país. É tristemente  verdade verificar as inovações a que recorre, em áreas fundamentais de uma sociedade estável e com projeto, inovação que impõe como sinais de modernidade (!). É tristemente verdade que o “governo” nos “governa”, desconhecendo o princípio fundamental de uma sociedade democrática, como é o princípio da subsidiariedade.

Acontecendo tudo isto e muito mais, vamos todos levantar a nossa voz e dizer: Não! Já chega! Agora, nestas circunstâncias pantanosas em que vivemos, é minha modesta opinião que greve, não. A greve é um direito que flui da democracia, portanto da liberdade. Mas, então, que seja mesmo estandarte da liberdade. A que propósito aparecem por todo o lado os “Piquetes de Greve” que impedem, até com violência, sobretudo verbal, aqueles que querem trabalhar? Vi muito disto por Setúbal noutros tempos e disso guardo triste memória. As greves aparecem-nos assim misturadas de gestos ditatoriais, opressivos, que não a recomendam muito.

Só mais um desabafo: a que propósito a adesão dos trabalhadores de uma empresa lá da Margem Sul que se vem apresentando ao mundo como modelo de concertação e sempre com apreciável reconhecimento dos direitos e dos méritos dos trabalhadores?

É verdade. Temos mais que motivos para estarmos descontentes e, se calhar, mais que descontentes. Mas parece-me que na atual conjuntura em que vivemos, a greve poderia ser substituída pelo grito. Não fiquei contente com esta greve que mais nos prejudicou do que beneficiou.

Senhor D. Manuel Martins:

Permita-me um pequeno “acrescento”:

- Em 24 de Novembro, há 35 anos atrás, foi véspera do “golpe de estado” que acabou com o COPCON que tinha tomado a seu cargo varrer o País dos “capitalistas”, prendendo-os, se possível a todos e mandá-los para o Campo Pequeno para os “passar a ferro”. Infelizmente como se verificou não eram só os “Capitalistas” mas todos aqueles que não se queriam vergar à extrema esquerda… e estou em crer que não foi por acaso, que foi escolhida esta data!!! Ou se terá sido mera coincidência! Mas adiante, que atrás vem gente…

– Trabalhei desde 1962 a 2002 numa associação sindical que, embora a partir de 1974, muitas vezes tenha apelado e apoiado às greves dos trabalhadores que representa, nunca obrigou estes a fazê-las apesar de manter os tais “piquetes de greve” que serviam mais para contabilizar os grevistas do que para os vigiar, anotando somente quantos é que não as faziam. Curiosamente, os próprios trabalhadores da associação sindical, que me lembre, nunca fizeram greve e eu pessoalmente também nunca fiz greve nem nunca estive de acordo com elas, pois que além de serem descontadas nos vencimentos, que eu saiba e até à data, não resolveram qualquer problema, antes pelo contrário, em muitos casos agravaram situações já de si não muito boas. Mas reconheço que é um direito inalienável de quem trabalha, mas só em casos muitos graves.

3º – Finalmente quanto ao “governo” que nos “governa”… para não dizer outra coisa… Só faz aquilo que lhe interessa; ou seja, conservarem-se no “poleiro” o mais que puderem para “sugarem” o tutano do povo que os colocou lá; metem-se em cavalarias altas para mostrar ao mundo que também têm (ou querem ter) TGVs, aeroportos, viagens a todos os países “nossos amigos”, como Rússia, China, Iraque, Afeganistão, Venezuela, Angola, Cuba, Espanha, etc., assinarem acordos em que é dito que alguns desses países vão pagar de imediato o que devem, mas nunca mais cá chega o dinheiro… outros que vêm cá para comprar milhares e milhares de “Magalhães” pois com eles podem dar de comer aos seus povos, que morrem à fome… mas dinheiro! viste-lo? Paga-se milhões de €uros a bancos falidos, mas dizem que não há dinheiro para aumentar 1 por cento sequer!!! pelo contrário, ainda querem  tirar mais para impostos para pagar o que se deve à Europa. Não se percebe afinal para onde vão os milhões de €uros que arrecadaram nas obrigações vendidas no mês passado…

Bem, o melhor é acabar, porque senão estava aqui ainda umas horas a escrever.

Boa tarde. António Fonseca

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