terça-feira, 25 de janeiro de 2011

25 de JANEIRO de 2011 – TERÇA-FEIRA - A CONVERSÃO DE SÃO PAULO

 

 

Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

 

25 de Janeiro  -  TERÇA-FEIRA -  A CONVERSÃO DE SÃO PAULO 
 
MC 16, 15-18

 

Naquele tempo apareceu Jesus aos Onze e disse-lhes: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura. Quem acreditar e for batizado será salvo, mas quem  não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão aqueles que a creditarem: Em Meu nome expulsarão os demónios, falarão línguas novas, apanharão serpentes com as mãos e, se ingerirem alguma bebida mortífera, não sofrerão nenhum mal: imporão as mãos sobre os enfermos e eles recuperarão a saúde”.
 
1. O Apóstolo Paulo refere-se várias vezes ao episódio de sua “conversão” (Gal 1, 11-16; 1 Cor 9, 1; 15, 8; 2 Cor 4, 6). E Lucas, no livro dos Actos refere o mesmo em três ocasiões (9, 1-19: 22, 3-21; 26, 9-18). É evidente que esta mudança de vida, em Paulo, teve uma importância enorme para a vida da Igreja primitiva. Todos estes textos se referem à visão e à experiência que teve Paulo de Cristo ressuscitado. Paulo, portanto, não conheceu Jesus na terra. Daí que as preocupações de Paulo estiveram centradas na morte e na ressurreição de Jesus Cristo, não na vida terrena de Jesus. E mais, Paulo chega a dizer que o Cristosegundo a carne” (e o homem terreno Jesus) não lhe interessa (2 Cor 5, 16). Portanto, a “Cristologia” de Paulo” é inevitavelmente incompleta. E centrada, mais na salvação eterna, que na salvação histórica e temporal, pela qual tanto trabalhou Jesus.
 
2.  Sem dúvida, a grandeza de Paulo está em que tirou o cristianismo dos limites inevitavelmente reduzidos do judaísmo. E por isso pôde fazer do incipiente movimento de Jesus uma “religião” universal da humanidade (H. Kung). Além disso, Paulo contribuiu decisivamente para organizar o cristianismo como uma instituição e um projeto viável ao alcance das massas (R. Aguirre). Por isso é acertado recordar hoje este texto do evangelho de Marcos, que foi acrescentado ao evangelho original no século II.
 
 
3. Este evangelho não anuncia a existência do inferno. Nem diz que necessariamente haja pessoas condenadas. Só indica que se alguém resistir a acreditar, se perderá. Pois não sabemos se alguém morreu em tais condições. Nem sabemos em que pode consistir essa “condenação”. O importante deste evangelho está nos “sinais” pelos quais se verá se uma pessoa tem fé; se liberta das forças do mal, se fala de maneira que se pode fazer entender por todo o mundo, se supera o que a todos os mortais lhes dá medo,  e sobretudo se passa pela vida liberto da dor e das penas os que sofrem.

www.edescleee.com

 

Compilação e tradução de

 

António Fonseca

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