segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nº 24 - 24 DE JANEIRO DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

Nº 1256

SÃO FRANCISCO DE SALES

Bispo, Doutor da Igreja (1567-1622)

Francisco de Sales, Santo

Francisco de Sales, Santo

Nasceu no castelo de Sales, no ducado de Saboia, em 1567. A Condessa sua mãe quis encarregar-se por si mesma da educação do filho e de o formar na virtude. A compassiva ternura com que o menino olhava para os pobres, foi presságio da sua extraordinária caridade. Os progressos que fez nas ciências corresponderam aos que fazia na piedade. Seus pais enviaram-no para o colégio dos Padres da Companhia de Jesus, em Paris. Aí estudou filosofia e teologia, e aprendeu as línguas grega e hebraica. Entrou na Congregação de Nossa Senhora, de que foi em seguida Presidente. Não é fácil referir os grandes bens que naquela piedosa juventude produziram os seus belos exemplos. Querendo consagrar-se a Deus mais perfeitamente, fez voto de perpétua virgindade. O demónio acometeu-o com uma tentação que era a mais capaz de o abater. Sugeriu-lhe com a máxima viveza que em vão se fatigava, pois pertencia ao número dos precitos, dos condenados, portanto, fizesse o que fizesse, infalivelmente havia de ser condenado. O considerar-se no infeliz estado dos réprobos, o espanto e a perturbação que isto lhe causou, encheram-no de profunda melancolia, que pouco a pouco o ia consumindo. Estava prestes a sucumbir à tentação, quando um dia, fixando os olhos numa imagem da Santíssima Virgem, exclamou: «Senhora, se é tanta a minha desventura, que tenho de ser condenado e hei-de estar eternamente fora da graça do meu Deus depois da minha morte, ao menos quero ter a consolação de O amar com toda a alma durante a minha vida». Assim ficaram dissipadas todas as nuvens. Passou depois à cidade de Pádua, em cuja Universidade estudou direito. Escolheu para diretor de consciência o Padre António Possevino, insigne jesuíta. A óptima reputação de Francisco incitou os companheiros a tentarem-lhe a virtude e a armarem-lhe laços terríveis à castidade. Mas ele venceu sempre. Ao voltar à Saboia, quis visitar a santa casa de Loreto, onde renovou o voto de perpétua virgindade feito em Paris e a resolução, que tomara em Pádua, de abraçar o estado eclesiástico. Foi o que levou a efeito apenas chegou a Annecy. Ordenado sacerdote, só pensou em desempenhar com o máximo fervor os deveres do seu ministério. Por mandato do Bispo, começou o Santo a pregar, e fê-lo com tal resultado que o seu primeiro sermão foi seguido de três conversões que motivaram a admiração de todos. Em breve se disse comummente que não havia obstinação que pudesse resistir ao seu fervor no altar ou à sua eloquência no púlpito. Andava incessantemente de aldeia em aldeia e de choça em choça, instruindo inúmeros ignorantes que viviam no Cristianismo quase sem o conhecerem. Foi em breve nomeado missionário do Chablais, onde imperava a heresia nas suas próprias trincheiras. Entrou em Tonon, desprezando generosamente os insultos dos protestantes. A paciência, a modéstia e a doçura foram as únicas armas de que se valeu. Foram-se amansando aqueles ânimos apóstatas. fala, convence, comove; escutam-no e há inúmeras conversões. Mas há também a tentativa de o assassinar. Aparecem os assassinos e a sua presença basta para os desarmar. Fecham-lhe as hospedarias e pousadas, e ele passa as noites ao ar livre. Divulgam que é mago, feiticeiro… Mas o Santo, firmando-se na confiança em Deus e na paciência, desarma todo o inferno. Tendo o barão de Hermance notícia de conspirações contra a vida do Santo, quis dar-lhe uma escolta para defesa; recusou-a dizendo, que tinha entrado no Chablais como missionário, e como tal se manteria. Muitas vezes viu-se tão só, no meio da cidade, como se estivera no deserto, em virtude das rigorosas penas com que os protestantes tinham proibido que o acompanhassem, recolhessem ou escutassem. Mas nem por isso deixou de ir todos os dias a Tonon. Deste modo, foram excessivos os seus trabalhos, mas também inúmeras as conquistas. Teve várias controvérsias; oito ou dez vezes se ofereceu para disputar ou conferenciar com os ministros protestantes sobre os pontos contestados; mas estes mantiveram-se longe de aceitar o repto. O Sumo Pontífice enviou-lhe um breve em que ordenava que fosse a Genebra disputar com Teodoro Beza. Recebeu-o este famoso intelectual com grandes honras, ouviu-o com muito prazer, confessou-se convencido das suas razões, a ponto de derramar lágrimas. Mas Beza não se converteu, porque diferiu demasiadamente tal passo. Mal se pode compreender como um só homem, e em tão pouco tempo, pôde fazer tantas maravilhas sem sucumbir ao peso do trabalho. Tal era Francisco de Sales, quando o bispo de Genebra o pediu para ser seu coadjutor. A resistência do Santo foi o único obstáculo. Afinal teve de obedecer, o que o obrigou a ir a Roma. Recebeu-o Clemente VII como o Apóstolo do Chablais, admirou-o como um dos prelados mais sábios do seu tempo. E, em seguida, proclamou-o coadjutor e sucessor do bispo de Genebra. Algum tempo depois, os interesses da religião obrigaram-no a ir a Paris. Lá foi recebido por Henrique IV e por toda a corte com grande veneração; o Rei ofereceu-lhe benefícios, pensões e até o Bispado de Paris, mas o santo recusou tudo. A piedade, a doçura e as maneiras distintas de Francisco de Sales encantaram, os cortesãos. Grandes foram as conversões, todas fruto da eloquência e dos assombros exemplos. Quando ia de volta para a sua Igreja, recebeu no caminho a notícia da morte do Bispo de Genebra. Preparou-se logo para a sagração, pois ainda não possuía a plenitude do sacerdócio. Quis visitar desde logo o seu Bispado, o que fez sempre a pé. Atravessou Genebra sem temor algum. Como anjo da paz, reconciliou os Arquiduques de Áustria com o clero do Franco-Condado; como legado da Santa Sé, reformou várias abadias; como Bom Pastor, apascentou as suas ovelhas com o pão da divina palavra. Mas renunciou ao chapéu de cardeal que Leão XI lhe destinava. De todas as partes o consultavam como oráculo. E uma multidão de tantas e tão graves ocupações não o estorvaram de pregar muitas quaresmas e de fazer todos os anos o seu retiro espiritual. Não se contentou Francisco de Sales com que o seu zelo fosse imenso; quis em certo modo fazê-lo eterno, compondo o excelente livro da Introdução à vida devota, que, no sentir de tantos homens eminentes, vale por todos os livros espirituais que se têm escrito. Nenhuma empresa, porém, foi mais útil a toda a Igreja como fundar a Ordem da Visitação. Na festa da Santíssima Trindade de 1610, a Senhora de Chantal, juntamente com outras, deu principio sob a sua direção ao novo Instituto. São Francisco de Sales redigiu regras cheias de doçura, discrição e prudência. Pouco tempo depois, escreveu o livro Tratado do amor de Deus, que o papa Alexandre VII chamava livro de oiro. Outras muitas obras deixou ainda, todas igualmente sólidas e cheias de divina unção. Por isso, o mesmo papa Alexandre VII, na bula da sua canonização, declara que os saudáveis escritos deste santo levam o fogo e a luz a todos os membros da Igreja. No ano de 1622, na manhã do Apóstolo do amor S. João Evangelista, disse com muito custo a última Missa. E no dia seguinte faleceu, na cidade de Lião, com 56 anos de idade e aos 21 de episcopado. O santo cadáver teve sepultura em Annecy, na igreja do primeiro convento da Ordem Visitandina. O coração ficou em Lião, no convento do mesmo Instituto. O santo foi proclamado, em 1877, por Pio IX, Doutor da Igreja. É também Padroeiro dos Jornalistas. Do Livro SANTOS DE  CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

SÃO MACEDÓNIO

Anacoreta (430)

Faleceu nonagenário perto de Antioquia. Viveu 70 anos como ermitão . Desejando o patriarca dessa cidade que ele fizesse parte do seu clero, mas vendo a dificuldade de o fazer sair da gruta em que vivia, convocou-o sob o pretexto de verificar se verdadeiramente seguia a boa doutrina. Vindo ele, colocou-o perto do altar com outros ordinandos, impôs-lhe as mãos e, terminada a Missa, declarou que não se tinham devidamente passado as coisas, e que ele tinha estado em êxtase durante toda a cerimónia. Voltou à sua caverna, prometendo não tornar a sair dela. É o historiador Teodoreto (458) que isto relata; tinha-o ouvido ao próprio Macedónio, “a esse santo homem, acrescenta, a quem eu devo a vida, porque foi às suas orações que a minha mãe, precedentemente estéril, deveu poder dar-me à luz”. Do Livro SANTOS DE  CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

BEATO TIMÓTEO GIACCARDO, P. S. S. P.

Sacerdote (1896-1948)

Timoteo Giaccardo, Beato

Timóteo Giaccardo, Beato

Em Agosto de 1914, o Padre Tiago Alberione (1884-1917), que tem o processo de canonização em andamento, fundou em Alba a Pia Sociedade de S. Paulo. Entre os primeiros membros do Instituto conta-se o Servo de Deus, Timóteo Giaccardo, que veio ao mundo em Narzole (Itália) no sábado, 13 de Junho de 1896. Foi batizado no mesmo dia e recebeu o nome de José. Logo depois, a sua boa mãe consagrou-o à Santíssima Virgem e vestiu-o com o hábito de Nossa Senhora do Carmo. Aos 12 anos entrou no seminário. Distinguiu-se sempre pela piedade, aplicação ao estudo e bom comportamento. Um dos seus professores foi o venerável Padre Francisco Chiesa (1874-1946), que lhe conquistou a estima, e o estimulou a progredir nas letras e na virtude. Quando ia começar a teologia, sentiu-se vocacionado para o apostolado por meio da comunicação social. Foi ter com o Bispo e pediu-lhe licença para fazer parte da incipiente Pia Sociedade de S. Paulo. O Prelado, para provar a vocação do jovem seminarista, disse-lhe que nesse caso teria de renunciar a ser Padre. O Servo de Deus sofreu muito, rezou muito e pediu conselho. Por fim aceitou a condição supostamente exigida pelo Bispo. O Senhor, porém, concedeu-lhe as graças de seguir a vocação e de ser padre. Com efeito, ordenou-se a 19 de Outubro de 1919. Na Pia Sociedade de S. Paulo, a que pertencia desde o Verão de 1917, foi o primeiro padre, o primeiro professor dos alunos, e o primeiro ecónomo e o primeiro Vigário Geral. Em 1920 obtev4e o doutorado em teologia pela Universidade de Génova. A 5 de Outubro de 1921 fez os votos simples e, a 16 de março de 1927, a profissão perpétua. Um ano antes, em, Janeiro de 1926, foi para Roma com um pequeno grupo de jovens para fundar na Cidade Eterna a primeira casa Paulista, que virá ser depois a casa principal da Sociedade. para levar a cabo esta obra, teve de vencer inúmeras dificuldades, que superou com fé, oração, penitência e perseverança. Quando a casa romana estava pronta e em pleno funcionamento, nomearam-no Superior da casa-Mãe em Alba. Confiaram-lhe a responsabilidade de formar os candidatos, clérigos e padres, que se preparavam para anunciar o Evangelho ao mundo por meio dos instrumentos da comunicação social, Desempenhou o cargo com  mestria e humildade. A todos se avantajava na oração, caridade e observância das Constituições e Regra do Instituto. Homem prudente e esclarecido, sabia aconselhar e orientar os que a ele recorriam dos diversos ramos da família Paulista. Na sua vida espiritual, era religioso de meditação diária, íntima união com Deus, grande devoção ao Santíssimo, à Mãe de Jesus e ao Apóstolo S. Paulo. Por mais de trinta anos, que viveu na Congregação, nunca recusou trabalho algum , quer como professor, quer de qualquer outra forma, como pregar a Palavra de Deus ou atender penitentes no confessionário. Em 1946, depois da segunda guerra mundial, voltou para Roma com  o encargo difícil de Vigário geral. Foi incumbido de fundar e formar a Instituição das Pias Discípulas do Divino Mestre. Quando –. depois de muitas dificuldades – lhe comunicaram que o instituto tinha sido aprovado, exclamou:  “Agora posso cantar o Nunc dimittis. Deus ouviu-me e espera-me no paraíso. Preciso de me preparar”. O decreto de louvor chegou a 12 de Janeiro de 1948, dia em que o Servo de Deus celebrou a última missa. Vítima de um ataque agudo de leucemia, faleceu santamente no sábado, 24 de janeiro desse mesmo ano. As suas virtudes heroicas foram reconhecidas no dia 9 de Maio de 1985. Quatro anos depois, a 13 de maio de 1989, a Sant Sé admitiu como verdadeiro um  milagre atribuído à sua intercessão. Era o passo decisivo para a beatificação, que se deu a 22 de Outubro do mesmo ano. AAS 57 (1965) 672-5; 77 (1985) 1096-1100). Do Livro SANTOS DE  CADA DIA, de www.jesuitas.pt.

 

• Marie (María) Poussepin, Beata
  Fundadora

Marie (María) Poussepin, Beata

Marie (María) Poussepin, Beata

Virgem e Fundadora do
Instituto das Irmãs Dominicanas da Caridade e da Apresentação da Santíssima Virgem Maria

Martirológio Romano: No lugar de Sainville, na região de Chartres, em França, beata María Poussepin, virgem, fundadora do Instituto das Irmãs Dominicanas da Caridade e da Apresentação da Santíssima Virgem Maria, para ajudar aos pastores de almas na formação das jovens e para a assistência de pobres e enfermos. Marie Poussepin, nasce em 14 de Outubro de 1653 em DOURDAN, povoação próspera, perto de Paris, pertencente à diocese de Chartres. Os pais de Marie, Claude Poussepin e Julienne Fourrier, formam um lar com sólidas convicções cristãs que transmitem a seus filhos. Marie é a mais velha de sete irmãos, todos morreram muito jovens, exceptuando o mais pequeno, Claude.  A família Poussepin se dedica, igualmente como outras de sua mesma cidade, ao fabrico artesanal de meias de seda. A indústria familiar é florescente e conta com a colaboração de numerosos aprendizes jovens que se formam no ofício. Em 1684, Marie Poussepin leva a total responsabilidade desta oficina, depois da morte de seus pais. França vive neste momento profundas transformações sociais e económicas. Como mulher de empresa se adapta bem a estas mudanças e sem temor introduz en sua fábrica maquinaria nova, importada de Inglaterra e abandona a seda para tecer com lã. Deste modo Marie se converte em pioneira de uma indústria nova. Pouco a pouco Marie deixa a direção do negócio em mãos de seu irmão. Será em 1691 quando Marie Poussepin se desprende de toda responsabilidade empresarial. Desde muito jovem, quando ainda vivia sua mãe, Marie era membro ativo da Confraria da Caridade estabelecida em sua paróquia. Agora, libertada das obrigações comerciais, se pode dedicar mais intensamente às obras de caridade. Os últimos anos do século XVII, não foram fáceis para estas regiões de França, a fome e as epidemias eram abundantes e aumentava o número de pobres e enfermos. Em 1692, o P. François Mespolié, dominicano, visita Dourdan. Deste modo Marie Poussepin conhece a ordem dominicana e acha nela uma resposta a seus desejos de uma vida espiritual mais intensa. Compreende que é o caminho que Deus lhe assinala e decide formar parte da Terceira Ordem de Santo Domingo. Este facto marcará logo a Congregação. A princípios de 1696, Marie Poussepin deixa a cidade industrial de Dourdan e se instala em Sainville, um povo muito pobre e necessitado. Deseja dedicar toda sua atenção aos mais desfavorecidos, especialmente as crianças e os enfermos.  Cedo se lhe unem um reduzido número de jovens, carentes de meios de subsistência, às que ajuda ensinando-lhes a viver cristãmente e a fazer de sua vida um serviço para os outros. Nasce assim a primeira comunidade de Irmãs Dominicanas, dedicadas ao serviço da caridade. Tomam como exemplo a Virgem Maria na sua Apresentação. A partir do mesmo ano 1696, Marie Poussepin inicia as gestões legais necessárias para lograr a aprovação oficial da Congregação. Os trâmites são longos e trabalhosos, e não se obtêm até l724. As constituições da Congregação, que já começou sua expansão por distintas dioceses de França, são autorizadas em 1738 pelo bispo de Chartres. Este facto significa o reconhecimento por parte da Igreja. Em seu último testamento, Marie Poussepin, recomenda às Irmãs ter um vivo zelo pela instrução da juventude, o cuidado dos pobres enfermos, o espírito de pobreza e o amor ao trabalho. Na profundidade de sua fé, Marie Poussepin compreende que se acerca a plenitude, 90 anos depois de haver iniciado sua vida, despojada, livre e serena, se entrega à oração e ao silêncio. O Senhor vem buscá-la em 24 de Janeiro de 1744. Beatificada em 20 de Novembro de 1994 por Sua Santidade João Paulo II

• Paula Gambara Costa, Beata
Terceira Franciscana,

Paula Gambara Costa, Beata

Paula Gambara Costa, Beata

Martirológio Romano: Em Binaco, perto de Milão, na Lombardía (hoje Itália), beata Paula Gambara Costa, viúva, que pertenceu a Terceira Ordem de São Francisco e se distinguiu pela paciência com que suportou a seu violento esposo até conseguir sua conversão, assim como pela caridade diferente que demostrou para com os pobres (1515).Data de beatificação: O papa Gregório XVI confirmou seu culto imemorial em 14 de agosto de 1845.

Nasce em Brescia (Itália), da nobre família dos Gambara, na segunda metade do século XV, e é educada esmeradamente por seus pais, saindo a jovem inclinada à piedade e às boas obras. Mas aos 16 anos contrai matrimónio com Luis Costa, conde de Bema, pessoa muito mundana e aficionada aos prazeres e diversões. Paula, jovem e inexperiente, se deixa arrastar por seu esposo a uma vida similar, esfriando nela a vida de piedade que havia levado antes de seu matrimónio. Mas a providência divina dispõe que passe por Brescia o Beato Ángel de Clavasio que com sua pregação e o exemplo de sua vida franciscana arrastava a muitas almas a um trem de vida mais acorde com a condição cristã. Paula ficou tocada por sua palavra e se pôs sob sua direção espiritual, aconselhando-a o diretor que se inscrevesse na Terceira Ordem franciscana e realizasse os exercícios de devoção e caridade próprios dela. Assim o faz Paula e se entrega com grande fervor à oração, à mortificação e as obras de misericórdia, socorrendo aos pobres em suas casas e visitando os hospitais, consolando aos tristes e ajudando aos mais necessitados. Seu marido não compreende nem participa dos novos sentimentos de sua esposa, a qual se vê increpada, maltratada e vexada pelo esposo; mas ela o leva em silêncio e oferece a Deus seu calvário. Para cúmulo, a servidão da casa, visto o trato que lhe dá o conde, deixa de lhe ter o respeito que lhe era devido. Também isto  leva Paula com inteira resignação. Mas o exemplo de paciência e humildade de Paula cala no ânimo de seu esposo, o qual termina pensando que a vida de sua esposa é mais concorde com a recta consciência que a sua própria, e um dia reconhece seu erro e se une ao estilo de vida de Paula, a  que lhe permite vestir inclusive na rua o hábito franciscano. E assim em santa harmonia, passam uns anos até que o Senhor chama a si o conde Luis. Paula se entrega então por completo à meditação e às boas obras, levando uma vida exemplar que edifica a toda Binaco, a povoação onde vive e onde teve lugar sua santa morte em 24 de Janeiro do ano 1515.

• Vicente Lewoniuk e 12 companheiros, Beatos
Mártires,

Vicente Lewoniuk y doce compañeros, Beatos

Vicente Lewoniuk e doze companheiros, Beatos

Laicos Mártires

Martirológio Romano: Em Pratulin, na região de Siedlce, na Polónia, beatos Vicente Lewoniuk e doze companheiros, mártires, que por não haver cedido às ameaças e afagos dos que queriam afastar da Igreja católica, e por não haver querido entregar as chaves da paróquia, foram feridos mortalmente y assassinados.(1874) Data de beatificação: 6 de outubro de 1996 pelo Papa João Paulo II.

O beato Vicente (Wincenty) Lewoniuk e seus 12 companheiros eram católicos de Rito Bizantino que viviam em Podlasie, a região oriental da Polónia atual. No século XVIII depois do reordenamento fronteiriço do reino de Polónia-Lituânia, esta área terminou sendo parte do império russo. Uma das intenções dos soberanos russos era incorporar a todos os católicos de Rito Oriental à Igreja Ortodoxa Russa: em 1784 Catalina II suprimiu a Igreja católica grega na Ucrânia; em 1839 Nicolás I fez o mesmo na Bielorrússia e Lituânia; e em 1874 Alejandro II prosseguiu uma política similar na única diocese restante do Rito Bizantino, a de Chelm. O bispo e aqueles sacerdotes que recusaram unir-se à Igreja Ortodoxa já haviam sido deportados a Sibéria ou encarcerados. Tocou ao laicado, desprovido de pastores, defender sua Igreja, sua liturgia e sua união com o Papa. Em 24 de Janeiro de 1874 um acontecimento extraordinário ocorreu no povo de Pratulin. Os soldados vieram ao povo para transferir a paróquia local para a Igreja Ortodoxa. Os fieis se despediram de suas famílias e amigos e pondo suas melhores roupas novas postaram-se frente a seu templo para lutar pelas “coisas santas". A principio o oficial tratou de dispersar a gente, mas eles ficaram ali. Então ele prometeu que receberiam "favores do Czar" por se unir à Igreja Ortodoxa, mas eles recusaram esta proposta. Então o oficial começou a ameaçar a gente com muitas classes de castigos, mas eles permaneceram nos seus sítios à volta da igreja. O oficial entendeu que não teria êxito, e ordenou a seus homens preparar as armas. O grupo de fieis católicos se ajoelhou, esperando a morte enquanto cantavam hinos. Não contestaram as ofensas dos soldados, tão só diziam entre eles: "É doce morrer pela fé".  A ordem foi dada e os soldados dispararam, matando a 13 deles. Os mártires eram todos laicos, a maior parte casados e pais de famílias. Suas idades oscilavam entre os 19 e 50, a maioria estava entre os 20 e 30 anos. Eles eram gente vulgar; não temos muita informação sobre suas vidas mas a opinião geral é de que eram pessoas de uma fé forte e profunda. Os mártires foram enterrados pelos soldados russos sem respeito algum; não permitiram a seus familiares participar no enterro, confiavam que pouco tempo depois todo isto seria olvidado. O czar oficialmente suprimiu a diocese de Chelm em 1875.

Vicente (Wincenty) Lewoniuk, nascido em Krzyczew (Polonia) en 1849, casado, de 25 anos. Homem piedoso e de boa reputação. Foi o primeiro a dar a vida em defesa da igreja e por isso ocupa o primeiro lugar do presente grupo. Daniel Karmasz, nasceu en Przedmiecie Pratulin (Polonia) em 22 de dezembro de 1826, casado, de 48 anos. Por testemunho de seu filho sabemos que era um homem de sentimentos religiosos. Presidente da confraria paroquial, durante a defesa da igreja pôs-se frente ao grupo de fieis levando uma cruz que ainda hoje é conservada em Pratulin. Lucas (Lukasz) Bojko, nascido em Zaczopki (Polónia) em 29 de outubro de 1852, solteiro, de 22 anos. Seu irmão testificou que era um homem honesto, religioso e de boa reputação. Durante a defesa da igreja tocava as sinetas. Constantino (Konstanty) Bojko, nascido em Derlo (Polónia) em 25 de agosto de 1825, casado, de 45 anos. Homem bom e piedoso. Ferido gravemente durante a defesa da igreja, morreu em sua casa no dia seguinte. Com sua mulher, Irene, tinham sete filhos. Constantino (Konstanty) Lukaszuk, nascido em Zaczopki (Polónia) em 1829, casado, de 45 anos. Foi ferido na defesa da igreja e isso provocou sua morte. Aniceto (Anicet) Hryciuk, nascido em Zaczopki (Polónia) em 1855, solteiro, de 19 anos. Jovem bom, religioso e educado no amor à igreja. Saindo de casa com a comida para os defensores da igreja a Pratulin, disse a sua mãe: "Talvez também eu seja digno de dar a vida pela fé". Felipe (Filip) Geryluk, nascido em Zaczopki (Polónia) em 26 de novembro de 1830, casado, de 44 anos. Pelo testemunho de seu neto conhecemos que era um bom pai de família, piedoso e honesto. Na defesa da Igreja animou aos outros à perseverança e ele mesmo deu sua vida pela fé. Honório (Onufry) Wasyluk, nascido em Zaczopki (Polónia) em 1853, de 21 anos. Bom católico e homem justo, estimados por todos. Bartolomé (Bartlomiej) Osypiuk, nascido en Bohukaly (Polónia) em 3 de setembro de 1843, de 30 anos. Casado com Natália, teve dois filhos. Respeitado por todos na aldeia por sua honestidade, prudência e religiosidade. Gravemente ferido, foi transportado a casa, onde morreu implorando perdão para os soldados russos. Ignacio (Ignacy) Franczuk, nascido em Derlo (Polónia) em 1824, de 50 anos. Casado com Elena, teve sete filhos. Do testemunho de seu filho sabemos que educou a seus filhos no temor de Deus. A fidelidade a Deus era para ele o mais importante. Preparando-se para ir a Pratulin para defender a igreja, se vestiu com roupa limpa afirmando que tudo poderia suceder, inclusive que ele não voltasse mais. Depois da morte de Daniel Karmasz tomou a cruz e se pôs na primeira fila dos defensores.
Juan (Jan) Andrzejuk, nascido em Drelów (Polónia) em 9 de abril de 1848, de 26 anos. Casado com Marina com quem teve dois filhos. Estimado por todos como homem bom e prudente. Enquanto se encaminhou a Pratulin para defender a igreja, se despediu de todos supondo que poderia ser a última vez. Gravemente ferido foi transportado a casa, onde morreu durante a noite. Máximo (Maksym) Hawryluk, nascido em Bohukaly (Polónia) em 2 de maio de 1840, de 34 anos. Casado com Domenica, estimado pela gente como homem bom e honesto. Gravemente ferido, morreu no dia seguinte. Miguel (Michal) Wawryszuk, nascido em Derlo (Polónia) em 1853, solteiro, de 21 anos. Trabalhou na quinta de Paolo Pikula em Derlo. Gozava boa fama. Gravemente ferido, morreu no dia seguinte em Derlo. 
responsável da tradução para espanhol: Xavier Villalta

 

38620 > Santi Babila, Timoteo e Agapio di Antiochia  MR
92121 >
Sant' Essuperanzio Vescovo di Cingoli  MR
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San Feliciano di Foligno Vescovo e martire MR
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San Francesco di Sales Vescovo e dottore della Chiesa  - Memoria MR
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Beati Guglielmo Ireland e Giovanni Grove Martiri  MR
90808 >
Beata Maria Poussepin Domenicana  MR
47700 >
Beata Paola Gambara Costa Terziaria francescana  MR
90256 >
Beato Paolo De Ambrosis da Cropani Religioso del T.O.R. 
38610 >
San Sabiniano Martire  MR
74900 >
Beato Timoteo Giaccardo MR
94544 >
Sante Vera e Supporina Vergini 
92474 >
Beato Vincenzo (Wincenty) Lewoniuk e 12 compagni Martiri di Pratulin  MR
90965 >
Santa Xenia (Eusebia di Milasa) Vergine 

http://es.catholic.net/santoral. www.santiebeati.it. www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por

António Fonseca

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