Nº 1236
SANTÍSSIMO NOME DE JESUS
“
"Deram-lhe o nome de Jesus” (Lc 2, 21). Ainda que seja inefável o nome santíssimo de Jesus que foi imposto na Circuncisão a Cristo Senhor, Redentor do género humano, todavia para não nos calarmos completamente em tão grande solenidade, alguma coisa apresentaremos em louvor e glória de tão grande nome, diante do qual “todo o joelho se dobra nos Céus, na terra e nos Infernos” (cf. Fil 2, 10). Porque tão grande é a consolação da alma que se alegra em Cristo, que a pobreza se torna como riquezas , a aspereza como delícias e a vileza como honras, e pelo seu nome todos os suplícios se fazem para ela doces.
Na verdade, diz-se por causa deste nome: “Saíram da sala do Sinédrio cheios de alegria por terem sido considerados dignos de sofrer vexames por causa do nome de Jesus” (Act 5, 41). Portanto, se mergulha na tua mente o negrume da tristeza, se está iminente uma grave e violenta tempestade, se as costas do mar ribombam com terrível e horroroso mugido, se são batidas as praias do oceano, e se também a nau está invadida pelas ondas, invoca Jesus, que se julga estar a dormir nos navios, mas é um Jesus que nem dorme nem dormita; e com toda a fé diz-lhe: “Levanta-te, Senhor Jesus” (cf. Slm 3, 7). Oh nome de Jesus exaltado acima de todo o nome, oh gozo dos Anjos, oh alegria dos justos, oh pavor dos condenados; em Vós está a esperança de qualquer perdão, em Vós toda a esperança de indulgência, em Vós toda a expectativa de glória. Oh nome dulcíssimo, Vós dais perdão aos pecadores, renovais os costumes, encheis os corações de doçura divina. Oh nome desejável, nome admirável, nome venerável, Vós, nome do rei Jesus, assim levantais aos mais alto dos céus os espíritos, quer todos os que principiam a ter devoção a este nome, graças a ele encontram a glória e a salvação, por Jesus Cristo nosso Senhor. (Homilia de S. Bernardino de Sena, o grande promotor da devoção ao SS. nome de Jesus). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it
SÃO FULGÊNCIO
Bispo (533)
São Fulgêncio, africano, (cerca de 467-533), discípulo de Santo Agostinho, foi Bispo de Ruspas, na atual Tunísia, desde 507 até à morte. É tido como o maior teólogo do seu tempo. Duas vezes foi exilado para a Sardenha pelo ariano Trasamundo, rei dos vândalos. Lá redigiu numerosas obras de combate contra os hereges do seu tempo (arianos, monofisitas e pelagianos). Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
Janeiro 3 Biografia
Genoveva, Santa
Santa Genoveva, a quem a cidade de Paris escolheu como Padroeira, nasceu numa aldeola chamada Nanterre, pelo ano de 422. Seus pais eram de condição muito humilde. Quase desde o berço, cobriu Deus a menina com as suas bênçãos. passando por Nanterre S. Germano, bispo de Auxerre, que se dirigia a Inglaterra para combater os erros de Pelágio, e concorrendo todo o povo a receber a sua bênção, o santo Prelado, esclarecido por luz sobrenatural, distinguiu entre a multidão esta menina, que teria então entre sete ou oito anos; falou-lhe em particular e exortou-a a consagrar-se inteiramente a Deus e a não querer outro esposo senão Jesus Cristo. Ela respondeu-lhe que nunca tivera outro pensamento senão de viver como as virgens cristãs. Logo que Genoveva chegou à idade própria, consagrou-se a Deus por um voto e, segundo o costume das virgens consagradas, começou a alimentar-se de legumes, a beber água somente e a trazer contínuo cilício. Tendo falecido seus pais, dirigiu-se a Paris, indo viver para casa da madrinha. Visitou-a o Senhor com uma extraordinária enfermidade, acompanhada de tão cruéis dores, que perdeu os sentidos durante três dias. serviu-se Deus dessa espécie de êxtase para lhe descobrir tudo o que ela tinha de fazer e padecer, por seu amor, no resto da vida. Fez disto confidência, um pouco levianamente, a algumas pessoas indiscretas, e daí se lhe originaram novos sofrimentos. Começaram a murmurar do seu retiro, a censurar-lhe o modo de viver e os exercícios de mortificação e piedade a que se consagrava. Provou Deus por alguns anos a virtude da sua Serva com o fogo da mais viva perseguição, até que S. Germano, regressado de Inglaterra, confundiu todos os invejosos, fazendo justiça à virtude da santa donzela. A bonança, porém, foi de pouca dura. Correu em Paris a notícia de que os Hunos avançavam para destruir a cidade; todos ficaram possuídos de pavor. Quis a Santa tranquilizar os parisienses, assegurando-lhes a falsidade do boato. Pois esta obra de caridade foi bastante para que se levantasse contra Genoveva cruel perseguição; esteve a ponto de ser queimada como feiticeira. Mas a doçura, a humildade, a paciência e a inalterável tranquilidade que a Santa mostrou sempre fizeram, no meio de tão grande perigo, que se abrissem os olhos aos que a perseguiam. A fama de tão eminente virtude chegou às mais longínquas regiões. S. Simeão Estilista encomendava-se-lhe às suas orações, lá do mais afastado da Cítia. Átila, rei dos Hunos, “o flagelo de Deus”, tendo passado os Alpes e o Ródano, estava prestes a cair sobre Paris. Nesta ocasião, Genoveva sai do seu retiro e exorta o povo a que apazigúe a ira de Deus com orações, jejuns e penitências. Achava-se a cidade entregue a estes devotos exercícios, quando chegou a notícia de que o exército dos bárbaros havia batido em retirada. Foi atribuído o milagre às orações de Santa Genoveva. Depois, sitiava Meroveu a mesma cidade de Paris, que se via reduzida à miséria mais extrema. Genoveva, compadecida de tanta fome, juntou grande quantidade de trigo. Conduziu-o a Paris, através de inúmeras dificuldades, salvando assim a vida àquele povo aflito. Esta caridade magnânima, acompanhada de milagres, fez que fosse venerada até dos próprios pagãos. Childerico, pai de Clóvis, considerava-a tanto que nunca lhe recusou coisa alguma que ela pedisse. E todos admitem que muito contribuiu para a conversão de Clóvis. A instâncias suas empreendeu este Príncipe edificar aquela sumptuosa igreja, a princípio consagrada aos Apóstolos S. Pedro e Paulo, e mais tarde dedicada a Santa Genoveva, nome que manteve até 1493. Embora fosse tão ardente o seu zelo e caridade para com o próximo, no meio do tumulto e da multidão estava recolhida. E retirava-se todos os anos para a solidão do deserto desde a Epifania até à Páscoa. O amor e devoção à Santíssima Virgem parecia ser a primeira das suas virtudes. Possuindo o dom dos milagres e da profecia, e respeitada pelos Príncipes e Prelados era, apesar disso, tão humilde que sofreu mais com as honras do que nas cruéis perseguições. Finalmente, cumulada de merecimentos, expirou em Paris aos 89 anos de idade, no ano de 512. Foi seu corpo levado com grande pompa para a Igreja dos Santos Apóstolos. tendo os Normandos ameaçado Paris em 887, foi levada pela primeira vez em procissão a urna de Santa Genoveva, a cuja intercessão se atribuiu o levantamento do cerco. Em 1129, toda a França, mas especialmente Paris, foi desolada por uma peste horrorosa, chamada doenças dos ardentes, espécie de erisipela gangrenosa. Estevão, bispo de Paris, deu o exemplo de invocar a poderosa intercessão da Virgem de Nanterre. Quase imediatamente as curas começaram a multiplicar-se e, passados alguns dias, a peste tinha desaparecido por completo. Assim o atestam alguns documentos. tendo o Papa Inocêncio II vindo a França no ano seguinte, informou-se deste facto tão maravilhoso e ordenou celebrar-se todos os anos a sua memória. Foi chamado Milagre dos Ardentes. Outrora, a 3 de Janeiro, a urna com as relíquias da Santa atravessava solenemente Paris, tanto que em em 1524 foi instituída uma solene “Companhia dos Portadores da Urna”, mas os jacobinos, em 1793, queimaram as relíquias e dispersaram as cinzas. Não conseguiram, porém, destruir a veneração dos parisienses. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic. e www.santiebeati.it
Janeiro 3 Monja Dominicana
Estefânia Quinzani, Santa
Etimologicamente significa “coroada de luz”. Vem da língua grega. Todos os pais desejam que seus filhos tenham uma formação o mais completa possível. É quase uma lei natural. Esta rapariga se situa historicamente no século XVI. E para maior informação, qualquer um pode ir à igreja de Colomo, ao lado de Parma, onde se conserva o corpo desta santa. Isto constitui uma prenda imensa oferecida ao arquiduque Fernando de Bourbon, duque de Parma, em 1784. Não fazia muito tempo que o próprio Papa Bento XIV havia aprovado que se podia dar culto a esta santa. E como sucedeu ocorrer a morte de um santo – ao menos antes – a gente ia pressurosa a buscar relíquias dela. Assim por exemplo, sua cabeça se pode ver em Cremona, justamente ao lado de uma igreja dominicana. E há que ter em conta que Estefânia não havia nascido em nenhum dos dois sítios. Ela veio ao mundo no povo de Orzinuovi, na província de Brescia, Itália. Seu pai era uma pessoa comprometida a sério com o apostolado que todo o crente desempenha na Igreja por o bem dos outros. A tal grau chegou seu compromisso que, desde os 15 anos pertencia já à Terceira Ordem Dominicana. Sua filha o seguiu fielmente pelos caminhos que marca o Evangelho para aqueles que deixam tudo para ganhar a Cristo. Não foi uma rapariga isolada nem tristonha. Ao contrário, todo o mundo a via com ânimos de lutadora, e empreendia obras que, à primeira vista, pareceriam absurdas ou de loucas. Desta forma, fundou um convento em Soncino. Todo fazia por amor. Quem ama de verdade se sente feliz, ainda que venham as provas e tribulações. E a Estefânia lhe chegaram muito fortes, mas as superou com energia e paciência. Em seu corpo apareceram os estigmas da Paixão de Cristo. Morreu no ano 1530.
Janeiro 3 - XIX Papa
Antero, Santo
Grego de nacionalidade, filho de Rufino, foi eleito em 21 de Novembro de 235 para suceder na Sede de Pedro a São Ponciano e morreu em 3 de Janeiro de 236, pelo que seu pontificado durou só quarenta e três dias. Foi martirizado por ordem do Imperador Maximiano I. por haver ordenado aos notários que recolhessem assiduamente e conservassem as Atas dos mártires nos arquivos da Igreja. Seu corpo foi trasladado na cripta dos papas das catacumbas de S. Calixto. As relíquias estão guardadas hoje na igreja romana de S. Silvestre In capite. Começou também uma recompilação oficial das atas da Igreja, que guardou num lugar chamado scrinium. A recompilação, que foi queimada com Diocleciano, se voltou a fazer mais tarde e logo desapareceu de novo em tempos de Honório III (1225). Se lhe atribui um decreto sobre a translação de Bispos a outra sede, expedida a instâncias dos prelados de Toledo e Sevilha.
BEATO CIRÍACO ELIAS CHAVARA
Fundador (1805-1871)
Ciríaco Elias Chavara, Beato
Co-fundador e primeiro Prior Geral dos Carmelitas de Maria Imaculada. Nasceu em Kerala, Índia, em 10 de Fevereiro de 1805. Entrou no seminário no ano 1818 e foi ordenado sacerdote em 1829. Pôs os fundamentos da primeira casa da Congregação em Mannanam em 1831 e emitiu os votos religiosos em 1855. No ano 1866 colaborou também na fundação da Congregação das Irmãs da Mãe do Carmelo.Desde 1861 desempenhou o ofício de Vigário Geral da Igreja siro-malabar. Defensor da unidade da Igreja contra o cisma de Rocco, durante toda sua vida trabalhou pela renovação da Igreja siro-malabar. Se distinguiu como homem de oração. Esteve cheio de zelo pelo Senhor na Eucaristia e foi particularmente devoto da Virgem Imaculada. Morreu em Koonammavu em 1871. Desde o ano 1899 seus restos mortais repousam em Mannanam. Em 8 de Fevereiro de 1986 Sua Santidade João Paulo II o beatificou solenemente em Kottayam (Índia).
89019 > Sant' Antero Papa MR 90054 > Beato Ciríaco Elias Chavara Cofondatore indiano MR 90275 > San Daniele di Padova Martire MR 94090 > San Fintan di Dun Blesci Benedettino 36200 > San Fiorenzo di Vienne Vescovo MR 36150 > Santa Genoveffa (Genevieve) Vergine MR 36160 > San Gordio di Cesarea di Cappadocia Martire MR 93923 > Beato Guglielmo Vives Mercedario 90531 > Santa Imbenia Martire 36171 > San Luciano di Lentini Vescovo MR 25625 > Santissimo Nome di Gesù - Memoria Facoltativa MR 36170 > San Teogene Martire MR 91826 > Santi Teopempto e Teonas (Teopompo e Sinesio) Martiri a Nicomedia MR
www.santiebeati.it; www.es.catholic.; www.jesuitas.pt livro Santos de Cada Dia
António Fonseca
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