1 de Janeiro – Sábado – Santa Maria Mãe de Deus
Lc 2, 16-21
Naquele tempo os pastores foram correndo e encontraram Maria, José e o Menino deitado no presépio. Ao vê-lo, contaram o que lhes haviam dito daquele Menino. Todos os que o ouviam se admiravam do que diziam os pastores. E Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. Os pastores voltaram dando glória e louvor a Deus pelo que haviam visto e ouvido; tudo como lhes haviam dito. Ao cumprir-se os oito dias foram circuncidar o Menino e puseram-lhe o nome de Jesus, como o havia chamado o Anjo antes da sua concepção.
1. Hoje, no primeiro dia do ano, a liturgia da Igreja celebra a festa da Mãe de Jesus, na sua invocação mais excelsa: Maria é a “Mãe de Deus”. Esta doutrina foi definida como dogma de fé pelo concílio de Éfeso (Novembro de 430). Isto se fez ao acrescentar os anátemas de Cirilo de Alexandria contra Nestório, No primeiro destes anátemas se afirma que “a santa Virgem é Mãe de Deus” (theotókos) – (DH 252).
2. Nós cristãos aceitamos, como conteúdo da nossa fé, esta afirmação dogmática. O fundamento doutrinal desta afirmação está nos ensinamentos do mesmo Cirilo de Alexandria, segundo o qual Cristo “é Deus ao mesmo tempo que homem” (DH 253). portanto, ao ser Maria, Mãe do homem Jesus, por isso mesmo é Mãe de Deus. Assim se expressou, no século V, a grandeza de Maria. De onde há-de brotar nossa admiração por ela e nossa devoção religiosas e mariana. O povo cristão, sobretudo nos países latinos, o vive assim intensamente, como sabemos.
3. Mas justo é reconhecer que os primeiros concílios da Igreja, desde Niceia (325) até Calcedónia (451), destacaram a grandeza e a condução divina de Jesus Cristo. O que teve a inevitável repercussão em Maria. Dela, igualmente como a Jesus, a Teologia Dogmática exaltou mais “o divino” do que “o humano”. E mais “a glória” que a “humanidade”. Isto nos dificultou compreender o que humanamente representou Maria para Jesus. Foi sua Mãe, Maria, a que educou Jesus nos valores e na qualidade religiosa e exemplar que depois nos deixou refletida nos Evangelhos.
Transcrito e traduzido para Português o comentário ao Evangelho diário do CICLO A (2010-2011) com a devida vénia, Do livro La Religión de JESÚS, da autoria de José Mª Castillo (Editorial de Desclée De Brouver), www.edesclee.com – exclusivamente apenas para minha utilização pessoal e publicação no meu blogue, sempre que considere oportuno.
António Fonseca
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