segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Nº 3 (2) – 3 DE JANEIRO DE 2011

 

3 de Janeiro – Segunda-feira – Férias de Natal

Jn 1, 29-34

No dia seguinte, ao ver João que Jesus vinha até ele, exclama: “Este é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Este é aquele de quem eu disse: “Depois de mim virá um homem que está adiante de mim, porque existia antes de mim”. Eu não o conhecia, mas saiu a batizar com água, para que se manifeste a Israel”. E João deu testemunho dizendo: “Contemplei o Espírito que baixava do Céu em forma de pomba e pousou sobre ele. Eu não o conhecia; mas ele que me enviou a batizar com água disse-me: “Aquele sobre quem vejas baixar o Espírito e pousar sobre ele, esse é o que há-de batizar com  o Espírito Santo”. E eu o vi e dou testemunho de que este é o Filho de Deus”.

1. Designar a Jesus como “Cordeiro de Deus” tem o perigo de interpretar a vida e a morte de Jesus como o “sacrifício religioso” do cordeiro, que estava tão presente na tradição de Israel. Os judeus ofereciam cordeiros, que eram sacrificados no templo, como vítimas para expiar os pecados (Lev. 9, 3; Num 15,5). Assim o seguem fazendo os israelitas na festa da páscoa judia, segundo o preceito de Ex 12, 15. Compreende-se que o cristianismo, que nasceu do judaísmo, tivesse a forte tendência de explicar a morte de Jesus como sacrifício da vítima que expia os pecados do mundo.

2. Mas os cristãos deveríamos evitar esta explicação da morte de Cristo. Jesus morreu de forma violenta, não porque Deus necessite da morte duma vítima inocente para perdoar os que pecam. Um Deus que necessita de sacrifício, sangue e morte, para perdoar, não pode ser o Pai bom, sempre bom, de que fala Jesus nos Evangelhos. O “deus” que se compraz na dor e na morte das vítimas é um ser sádico e perverso, inventado por mentes doentes. Semelhante Deus não pode ser um “pai” mas sim será sempre um “vampiro”. Haveria que acabar já com semelhante explicação de Deus. Haveria inclusive de proibir isso, porque tal discurso afasta as pessoas de Deus. Em Deus não se encontra o sadismo, na auto-flagelação, na extravagância. As pessoas que procuram a Deus querem encontrar nele bondade, acolhimento, respeito, compreensão e felicidade.

3. O “cordeiro de Deus”, de que fala João, há-de se explicar a partir do “cordeiro” paciente e bom de que fala Is 53, 6 ss J. Jeremias. Jesus é o cordeiro de Deus, não porque Deus necessite do sofrimento, mas sim porque Jesus lutou contra o sofrimento, até ao extremo de jogar a vida pelos que sofrem. Essa bondade define o que é Jesus.

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