sábado, 1 de janeiro de 2011

Nº 1–3º Ano - 1 DE JANEIRO DE 2011 – SANTOS DO DIA

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Caros Amigos:

A numeração do meu blogue, é alterada hoje de  modelo, ou seja, em vez de continuar a numerar continuamente desde o nº 1000 (pois anteriormente não o fazia), passo a fazer a numeração como se  se tratasse de um jornal, ou explicando melhor, - a começar no dia 1 de Janeiro para terminar em 31 de Dezembrose Deus quiser e me deixar chegar até lá. No entanto manterei em segundo plano o tipo de numeração que vinha efetuandonão  no título, mas sim em subtítuloantes do texto diário. António Fonseca.

Um Feliz e Próspero Ano de 2011

DIA MUNDIAL DA PAZ

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

Maria, Mãe de Deus, Santa

Primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. 1 de Janeiro

Definida nos dois primeiros concílios ecuménicos (1º de Niceia em 325 e 1º de Constantinopla em 381) a igualdade perfeita com o Eterno Pai, do Filho e do Espírito Santo, Maria Santíssima foi aclamada no 3º Concílio (Éfeso, 431) Mãe de Deus, em grego Theotókos. Diz o P. Manuel Bernardes (N. Floresta, t. IV, XCIX): “A palavra Theotókos significa Mãe de Deus, que é o artigo que os católicos em Maria Santíssima confessamos e professamos; porém Theotòkos quer dizer ‘gerada de Deus’, que é o ponto com que Nestório, inimigo da Virgem, se contentava”. A mudança de acento na palavra altera profundamente o sentido. Passava-se dum sentido bem preciso para outro, vago. Mas para ser Mãe de Deus não se requer que tenha dado ao Verbo Eterno tudo, também a divindade; aliás, as nossas mães não nos deram a alma (mas foi Deus quem no-la deu), o que não impede que elas sejam chamadas nossas mães. Para Nestório, patriarca de Constantinopla, havia duas pessoas em Cristo: Maria era mãe só da pessoa humana. A alma do 3º Concílio foi S. Cirilo de Alexandria, que diante dos Padres congregados pronunciou a homilia que reproduzimos em parte:

“Nós Vos saudamos, ó mística e santa Trindade, que nos reunistes a todos nós nesta igreja de Santa Maria, Mãe de Deus. Nós Vos saudamos, ó Maria, Mãe de Deus, venerando tesouro de toda a terra, lâmpada inextinguível, coroa da virgindade, cetro da doutrina verdadeira, tempo indestrutível, morada d’Aquele que nenhum lugar pode conter, Mãe e Virgem, por meio da qual nos santos Evangelhos é chamado bendito O que vem em nome do Senhor (Mt 21, 9). Nós Vos saudamos, ó Maria, que trouxestes no vosso seio virginal Aquele que é imenso e infinito; por Vós, a santa Trindade é glorificada e adorada no mundo inteiro; por Vós, o céu exulta; por Vós, se alegram os Anjos e os Arcanjos; por Vós, são postos em fuga os demónios; por Vós, o diabo tentador foi precipitado do céu; por Vós, a criatura decaída é elevada ao céu; por Vós, todo o género humano, sujeito à insensatez da idolatria, chega ao conhecimento da verdade; por Vós, o santo baptismo purifica os crentes; por Vós, os povos são conduzidos à penitência. E que mais hei-de dizer? Por Vós, o Filho Unigénito de Deus iluminou aqueles que jaziam nas trevas e na sombra da morte (Lc 1, 79); por Vós, os profetas anunciaram as coisas futuras; por Vós, os apóstolos pregaram aos povos a salvação; por Vós, os mortos são ressuscitados; por Vós, reinam os reis em nome da santa Trindade. Quem de entre os homens é capaz de celebrar dignamente os louvores de Maria? Ela é mãe e virgem; oh realidade admirável, oh surpreendente maravilha! Quem alguma vez ouviu dizer que o construtor fosse impedido de habitar no templo que ele próprio construiu? Quem poderá considerar ignominia o facto de tomar a própria serva como sua mãe? Vede como tudo exulta de alegria; queira Deus que todos nós reverenciemos e adoremos a Unidade, que em santo temor veneremos e adoremos a indizível Trindade, ao celebrarmos os louvores da sempre Virgem Maria, templo santo de Deus, que é seu Filho e Esposo imaculado. A Ele a glória pelos séculos dos séculos. Ámen.” Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt 

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É o melhor dos inícios possíveis para este Santoral. Abrir o ano com a solenidade da Maternidade divina de Maria é o melhor princípio como é também o melhor colo. Ela está à cabeça de todos os santos, é a maior, a Cheia de Graça pela bondade, sabedoria, amor e poder de Deus; Ela é a cúpula de toda possível fidelidade a Deus, amor humano em plenitude. Não se estranhe o qualificativo superlativo de "Santíssima" do povo inteiro cristão e é que não há na nossa língua maior potência de expressão. Mãe de Deus e também nossa... e sempre atendida sua oração.  Os evangelhos falam dela uma quinzena de vezes, dependendo do cômputo que se faça dentro de uma mesma passagem, assinalando uma vez ou mais.  O resumo de sua vida entre nós é breve e humilde: Vive em Nazaré, na Galileia, onde concebeu por obra do Espírito Santo a Jesus e casou-se com José.  Visita a sua prima Isabel, a mãe do futuro Precursor, quando está grávida de modo imprevisível e milagroso de seis meses; com ela convive, ajudando, e trocando diálogos místicos gratos na temporada que decorre até ao nascimento de João.  Por édito de César, muda-se para Belém o berço dos antecessores, para se registar e ficar incluída no censo junta com seu esposo José. A Providência fez que nesse entretanto nascesse o Salvador, dando-o à luz fora da povoação na solidão, pobreza, e desconhecimento dos homens. Seu Filho é o Verbo encarnado, a Segunda Pessoa de Deus que se tomou carne e alma humana.

Depois veio a Apresentação e a Purificação no Templo.

Também a fuga para o Egito para procurar refúgio, porque Herodes pretendia matar o Menino depois da visita dos magos.  Volta à normalidade com a morte de Herodes, produzindo-se o regresso; a família se instala em Nazaré onde já não há nada extraordinário, com exceção da peregrinação a Jerusalém em que se perde Jesus, quando tinha doze anos, até que José e Maria o encontraram entre os doutores, ao cabo de três dias de angustiosa busca.  Já, na etapa da "vida pública" de Jesus, Maria aparece seguindo os movimentos de seu filho com frequência: em Canaã, faz o primeiro milagre; às vezes não se pode aproximar por causa da multidão ou dos gentios.  No Calvário, ao chegar a hora impressionante da redenção por meio do cruentíssimo sofrimento, está presente junto à cruz onde padece, se entrega e morre o universal Salvador que é seu Filho e seu Deus.  Finalmente, está com seus novos filhos - que estiveram presentes na Ascensão na "sala de cima" onde se fez presente o Espírito Santo enviado, o Paráclito prometido, na  festa de Pentecostes.  Com a lógica desprendida do evangelho e avalizada pela tradição, viveu com João, o discípulo mais jovem, até que morreu ou não morreu, em Éfeso ou em Jerusalém, e subiu ao Céu de modo perfeito, definitivo e cabal pelo querer justo de Deus que quis glorificá-la.  Deu a seu Filho o que qualquer mãe dá: o corpo, que em seu caso era por concepção milagrosa e virginal. A alma humana, espiritual e imortal, a cria e dá Deus em cada concepção para que o homem engendrado seja distinto e mais que o animal. A divindade, lógico, não nasce por sua eternidade.  O sujeito nascido em Belém é peculiar. Ao mesmo tempo que é Deus, é homem. Alta teologia classifica-o irrepetível de seu ser, afirmando duas naturezas numa única personalidade. O Deus infinito, invisível, imenso, omnipotente em sua natureza é agora pequeno, visível, tão limitado que necessita atenção. O invisível de Deus se faz visível em Jesus, o eterno de Deus entra com Jesus na temporalidade, o inacessível de Deus é já próximo na humanidade, a infinidade de Deus se faz limitação na pequenez, a sabedoria sem limite de Deus é desajeitada no gemido humano do bebé Jesus e a omnipotência é agora necessidade. Maria é mãe, amor, serviço, fidelidade, alegria, santidade, pureza. A Mãe de Deus contempla em seus braços a beleza, a bondade, a verdade com gozoso assombro e na certeza do impenetrável mistério.

¿Queres saber mais? Consulta ewtn - http://es.catholic.net/santoral

Maria Mãe de Deus

Santa Maria Madre de Dios

A Igreja Católica quer começar o ano pedindo a proteção da Santíssima Virgem Maria. A festa mariana mais antiga que se conhece no Ocidente é a de "Maria Mãe de Deus". Já nas Catacumbas ou antiquíssimos subterrâneos que estão cavados debaixo da cidade de Roma e onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Missa, em tempos das perseguições, há pinturas com este nome: "Maria, Mãe de Deus". Se nós houvéssemos podido formar a nossa mãe, ¿que qualidades não lhe haveríamos dado? Pois Cristo, que é Deus, sim formou a sua própria mãe. E já podemos imaginar que a dotou das melhores qualidades que uma criatura humana pode ter.  Mas, ¿será que Deus tenha tido princípio? Não. Deus nunca teve princípio, e a Virgem não formou a Deus. Mas Ela é Mãe de um que é Deus, e por isso é Mãe de Deus. E que formoso repetir o que dizia São Estanislau: "A Mãe de Deus é também minha mãe". Quem nos deu a sua Mãe santíssima como nossa mãe, na cruz ao dizer ao discípulo que nos representava a todos nós: "Eis aí a tua mãe", ¿será capaz de negar-nos algum favor se o pedimos em nome da Mãe Santíssima?

Santa Maria Madre de Dios

Ao saber que nossa Mãe Celestial é também Mãe de Deus, sentimos brotar em nosso coração uma grande confiança para com Ela.  Quando no ano 431 o herege Nestório se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus, se reuniram os 200 bispos do mundo em Éfeso (a cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos terrenos) e iluminados pelo Espírito Santo declararam: "A Virgem Maria é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus". E acompanhados por todo o gentio da cidade que os rodeava transportando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: "Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Ámen".  O título "Mãe de Deus" é o principal e o mais importante da Virgem Maria, e dele dependem todos os demais títulos e qualidades e privilégios que Ela tem.  Os santos muito antigos dizem que no Oriente e Ocidente, o nome mais generalizado com que os cristãos chamavam a Virgem era o de "Maria, Mãe de Deus".

http://ewtn/

 

SÃO VICENTE MARIA STRAMBI

Bispo (1745-1824)

Nasceu em Civita-Vechhia, perto de Roma em 1 de Janeiro de 1745, de pai piemontês mas de origem milanesa. Estudou sucessivamente no seminário de Montefiascone, em Romana casa dos esculápios e por último em Viterbo, onde foi ordenado sacerdote em 1767. No ano seguinte, entrou, com o nome de Vicente Maria de S. Paulo, na congregação pouco antes fundada por S. Paulo da Cruz, de quem ele havia de tornar-se biógrafo. Depois da profissão, pregou com aplausos várias missões, foi vice-reitor do convento de S. João e Paulo em Roma, provincial e primeiro consultor da sua ordem. Em 1801, nomeou-o Pio VII bispo de Macerata e Tolentino, nas Marcas. Logo a seguir à sagração e à posse da sé, o bispo recusou-se em prestar juramento de fidelidade a Napoleão Bonaparte, que se apoderara em parte dos Estados pontifícios. A negação do bispo rendeu-lhe sete anos de exílio. A seguir à morte de Pio VII, em 1823, Vicente Maria obteve de Leão XII que lhe aceitasse a demissão: o papa destinou-lhe uma residência ao seu lado no Quirinal, e tomou-o como conselheiro e diretor de consciência. Guiou também pelos caminhos da perfeição a Beata Ana Maria Taígi, a venerável Luísa Maurizi, Carlos Manuel IV da Sardenha e a mulher dele, Maria Adelaide Clotilde. Pouco depois, uma doença grave esteve a pontos de vitimar o papa. Vicente Maria, para o conservar, ofereceu a Deus o sacrifício da própria vida e foi ouvido; morreu no Quirinal, a 1 de Janeiro de 1824. Pio XI  beatificou-o em 1925 e Pio XII canonizou-o em 1950. O seu corpo jaz na basílica do referido convento de S. João e S. Paulo, em Roma. Do livro Santos de cada dia, de www.jesuitas.pt

SÃO JOSÉ MARIA TOMASI

Religioso (1649-1713)

Religioso da Ordem dos Teatinos e Cardeal, foi solenemente canonizado no dia 12 de Outubro de 1986. Na homilia afirmou João Paulo II: «Os motivos de conveniência pastoral para esta Canonização são inúmeros. O principal pode ser dado pela importância que a figura de S. José Maria reveste no campo do culto litúrgico que, em grande medida, foi promovido por ele com a sua vida e os seus escritos científicos. O testemunho do novo Santo torna-se particularmente oportuno nos nossos dias». E pouco depois o Santo Padre elucida-nos a respeito de alguns traços da vida do novo Santo: «Pertencente a uma nobre família siciliana; ele, se tivesse ficado no mundo, teria podido dispor de imensas riquezas e de um enorme prestigio social, que lhe derivavam dos direitos de primogenitura em relação ao Principado de Lampedusa e ao Ducado de Palma de Montechiaro. Mas, atraído por riquezas bem diversas e pela perspectiva de uma glória imensamente superior à glória terrena, renunciou àqueles direitos, para seguir Cristo pobre, casto e obediente na disciplina e na austeridade da vida religiosa». O Servo de Deus faleceu em Roma a 1 de Janeiro de 1713. AAS (1992) 105-7: L’OSS. ROM. 19.10.1986. Do livro Santos de cada dia, de www.jesuitas.pt.

Fulgêncio de Ruspe, Santo

Fulgencio de Ruspe, Santo

Fulgêncio de Ruspe, Santo

Bispo, Janeiro 1

Martirológio Romano: Em Ruspe, cidade de Bizacena (hoje Tunes), são Fulgêncio, bispo, que depois de ter sido procurador de Bizacena, abraçou a vida monástica e, constituído bispo, durante a perseguição pelos vândalos sofreu muito a causa dos arianos e foi exilado a Sardenha pelo rei Trasamundo. De regresso a Ruspe, dedicou o resto de sua vida a alimentar a seus fiéis com palavras de graça e de verdade (c. 632). Etimologia: Fulgêncio = Aquele que brilha ou resplandece, é de origem latina.

Em começos do século VI, Ruspe, pequena cidade da província romana bizantina, havia ficado sem bispo, como outras cidades africanas, porque o rei visigodo Trasamundo, zeloso ariano, havia proibido a eleição de novos bispos católicos. Mas, no final, os bispos da região bizantina resolveram não acatar a injusta disposição. Entre os candidatos estava também Fulgêncio, um homem de grande cultura teológica e humanística, que ao amor do estudo unia a prática da ascética cristã. Havia nascido em 467 de uma família romana que se havia estabelecido em Cartago, e se havia demonstrado bom administrador do rico património paterno e bom procurador dos impostos da província. Depois de haver lido o Comentário de Santo Agostinho ao salmo 36, orientou decididamente sua vida na austeridade e na procura da solidão. Inclusive tratou de unir-se aos monges egípcios, mas o navio que o levava teve que deter-se em Siracusa. Ordenado sacerdote, pouco depois lhe chegou a notícia de que estava na lista dos candidatos ao episcopado. Era demasiado. Fulgêncio foi e se escondeu num lugar afastado, até que soube que todos os novos bispos haviam sido já consagrados. Quando reapareceu, restava todavia uma sede vacante, a da pequena cidade de Ruspe, e os bispos se apressaram a consagrar o recalcitrante monge, no momento preciso para que fosse enviado ao desterro para a Sardenha pelo furiosíssimo rei Trasamundo, que desterrou junto com Fulgêncio a outros 59 bispos católicos. Em Cagliari, Fulgêncio pôde desenvolver uma intensa atividade religiosa. O próprio Trasamundo, que se julgava  teólogo, lhe escreveu propondo-lhe algumas difíceis questões e oferecendo assim a Fulgêncio a ocasião para escrever alguns tratados teológicos que chegariam a ser muito famosos. Morto Trasamundo em 523, os bispos desterrados puderam regressar a suas sedes. Durante nove anos Fulgêncio governou sua pequena diocese de Ruspe segundo o estilo monástico. Com efeito, perto da igreja catedral havia fundado um novo mosteiro, onde ele próprio vivia pobremente, dedicando grande parte de seu tempo à oração coral e à composição de obras doutrinais e pastorais. Padre e pastor de seu rebanho, dava aos pobres tudo o que recebia. Tinha uma grande atitude para a pregação. Conta-se que o bispo de Cartago, ao escutar um sermão seu na basílica de Furnos, chorou de comoção. São Fulgêncio morreu em Ruspe em l de Janeiro de 532, aos sessenta anos de idade, rodeado por seus sacerdotes e depois de ter distribuído aos pobres seus últimos haveres. http://es.catholic.net/santoral/

Telémaco, Santo

Mártir, 1 de Janeiro

Etimologicamente significa “o que combate de longe”. Vem da língua grega.  Estamos ante um mártir do século IV. Seu nome te soa a raro e, sem embargo, este jovem segue tão atual que ultimamente lhe tem dedicada uma rua em Roma. Fez uma grande importação para a humanidade e para a própria Igreja. Graças a seu arrojo e valentia em dizer as coisas claras a tempo e fora de tempo, conseguiu algo que ninguém esperava pela dificuldade que entranhava.  Sim, a este jovem corresponde a imensa honra de haver abolido ou acabado com os cruentos e sanguinários espetáculos que se celebravam em Roma e, não somente da capital, mas em todo o Império. O cristianismo ia crescendo rapidamente e já se haviam acabado as estúpidas perseguições contra os cristãos só pelo facto de crer em Jesus de Nazaré. O paganismo ia cedendo terreno à doutrina e vida dos cristãos por serem mais coerentes e muito mais lançados que os seguidores de ídolos falsos. A gente, uma grande parte da mesma, recebeu de mau grado a supressão dos espetáculos no Anfiteatro, seu único lugar de diversão. Telémaco era um asceta oriental que vivia feliz em sua solidão do deserto. Mas estava pronto em aceitar a vontade de Deus naquilo que fizesse falta. E é aqui que quando menos se esperava, sentiu uns desejos internos muito profundos de ir a Roma com o fim de acabar com estes crimes espetaculares e que todavia a lei permitia. Um dia – como os aficionados aos touros que se tiram do redondel – se lançou ao centro do anfiteatro para separar a quem se debatia entre a vida e a morte. Conseguiu-o, mas a gente em massa se lançou sobre ele até lhe darem a morte. O imperador Honório, a raiz desta última vítima, enviou um decreto a todo o império proibindo para sempre estes espetáculos. Em nome deste santo se terminaram os suplícios de mau gosto. ¡Felicidades a quem leve este nome! A educação consiste em ensinar aos homens não o que devem pensar mas sim a pensar(Coolidge)  http://es.catholic.net/santoral/

Valentim Paquay, Beato

Valentín Paquay, Beato

Presbítero, 1 de Janeiro

Presbítero da Ordem dos Frades Menores
Incansável pregador e ministro da reconciliação

Martirológio Romano: Na cidade de Hasselt, perto de Maastricht, em Bélgica, beato Valentim Paquay, presbítero da Ordem dos Irmãos Menores, o qual se distinguiu pelo admirável exemplo de sua caridade cristã na pregação, no ministério da reconciliação e em fomentar a devoção ao Rosário, e em seu espírito de humildade alcançou uma grande santidade (1905). Etimologicamente: Valentim = Aquele que tem boa saúde e é vigoroso, é de origem latina.

Nasceu em Tongres, Bélgica, em 17 de Novembro de 1928, quinto dos onze filhos de Enrique e Ana Neven, matrimónio profundamente religioso, exemplo de honradez. No baptismo recebeu o nome de Luís. Depois de realizar seus estudos de primária, entrou no colégio que os Canónicos Regulares de Santo Agostinho tinham em Tongres, para prosseguir seus estudos literários. Em 1845 foi admitido no seminário menor de Saint-Trond para os cursos de retórica e filosofia.  Depois da prematura morte de seu pai, acontecida em 1847, e com o consentimento de sua mãe, entrou na ordem dos Frades Menores da província belga, e em 3 de Outubro de 1849 começou seu noviciado no convento de Thielt.  Em 4 de Outubro de 1850 emitiu a profissão religiosa em mãos do padre Hugolino Demont, guardião do convento, e imediatamente depois se dirigiu a Beckheim para fazer os estudos teológicos, que concluiu no convento de Saint-Trond. Recebeu a ordenação sacerdotal em Liège em 10 de Junho de 1854. Logo foi destinado por seus superiores a Hasselt, onde permaneceu durante o resto de sua vida, desempenhando, entre outros, os ofícios de vigário e guardião. Em 1890 e em 1899 foi eleito definidor provincial. "Através do conselho de são Juan Berchmans, seu mestre predileto, o padre Valentim - escreve Agostinho Gemelli- insere-se na espiritualidade franciscana, ensinando-nos a virtude de todos os momentos, a valorização das coisas mais insignificantes, sob o aspecto da mais franca e imediata humildade". Foi incansável a obra do padre Valentim no campo do apostolado. Pregou quase continuamente e, por sua palavra simples e persuasiva, foi muito estimado, especialmente nos ambientes populares e nas organizações religiosas. Exercia continuamente o ministério do sacramento da penitência, emulando ao santo cura de Ars, com quem às vezes tem sido comparado. A miúdo manifestou possuir o dom de penetrar de modo extraordinário na consciência dos penitentes, que acudiam a ele inclusive desde longe. Cultivou uma profunda devoção à santíssima Eucaristia e, com seu apostolado de meio século em favor da comunhão frequente, foi precursor activo do famoso decreto do Papa são Pio X. Devoto do Sagrado Coração de Jesus, cujas excelsas perfeições não cessava de meditar e exaltar, difundiu seu culto, especialmente entre as religiosas da Irmandade da Ordem franciscana secular de Hasselt, que dirigiu durante vinte e seis anos. Sempre manteve viva a recordação da paixão de Jesus, praticando diariamente o piedoso exercício da via crucis. Também foi muito devoto da Virgem Maria, a que venerou, já desde sua adolescência, na igreja paroquial de Tongres sob o título de Causa de Nossa Alegria, e no santuário de Hasselt sob o título de Vara de Jessé, mas, como franciscano, preferia sobre todos os títulos de Maria o de Imaculada Conceição. Apesar de sua enfermidade, quis celebrar com grande júbilo o quinquagésimo aniversário da proclamação desse dogma, que coincidia com seu jubileu de ordenação sacerdotal. Morreu em Hasselt em 1 de Janeiro de 1905 com a idade de setenta e sete anos. Foi beatificado em 9 de Novembro de 2003 Reproduzido com autorização de Vatican.va. http://es.catholic.net/santoral/

• Luis (Lojze) Grozde, Venerável
Mártir Laico

Luis (Lojze) Grozde, Venerable

Luis (Lojze) Grozde, Venerável

En Mirna, Eslovénia, venerável Lojze Grozde, laico membro da Ação Católica assassinado em Mirna por ódio à fé durante o regime comunista. ( 1943)

Se alguém parecia não ser talhado para a santidade era o esloveno Lojze, que no inicio de sua vida tinha todos os pontos contra para chegar a ser um rapaz de bom comportamento e a quem todos admirariam. Filho ilegítimo, termina sendo criado por uma tia, porque sua mãe decidiu seguir sua vida sem ele. Foi marginado, para que não lhes recordasse a vergonha da família, careceu totalmente de afecto familiar. Sentindo-se lastimado, isola-se, rebela-se e converte-se num verdadeiro selvagem. Indesejado por todos, ele próprio se lamenta de não haver falecido num acidente. Seu único consolo é a solidão dos bosques.Mas quando vai para a escola pela primeira vez encontra a libertação. Supera seu complexo de inferioridade e se converte num excelente estudante. Descobre a leitura, que se converterá na sua paixão. Ainda que pareça difícil, Lojse é piedoso.Por último, a sorte chama a sua porta. Uma benfeitora permite que ele siga seus estudos num colégio de Liubliana, a capital. É o ano 1935, ano do Congresso Eucarístico. As celebrações religiosas o impressionam, mas também experimenta o desprezo de seus companheiros que só veem nele um pobre camponês desalinhado e pretensioso. Lojze reage violentamente a esta discriminação,mas também com o orgulho de ser o melhor aluno, graças a sua perseverança e trabalho duro. Não tem amigos, nem no seu povo nem na cidade, se refugia no estudo, na poesia (para que tinha um verdadeiro talento) e o álcool. ¡Tem só quinze anos!Sem embargo, não carece de qualidades. Tem a predisposição de dar aulas gratuitas a seus companheiros, motivando-os. É piedoso, mas ainda cede às tentações da vida fácil, perdendo-se por caminhos moralmente reprováveis. É então, que levado por uns amigos, ingressa na Ação Católica. Pouco a pouco, começa nele uma luta que o levará a uma conversão radical. Estabelece seu programa de oração, aceita responsabilidades, incluindo o editar a revista do movimento. Se dá conta de que os estudos não são só um meio de promoção social mas também um instrumento de apostolado. Convertido num dos melhores líderes da Ação Católica, prega, não só com palavras, mas sobretudo com o exemplo. Sua vida muda, em seus hábitos e virtudes de pureza, a doçura, a humildade e a paciência: é um verdadeiro apóstolo, testemunho de Cristo. Reza, comunga diariamente, participa em retiros espirituais. Inimigo da mediocridade, seu desejo é radical: ¡santo ou nada! , estava por seguir a vocação sacerdotal. Entretanto a situação política de Jugoslávia se altera. Após o conflito mundial da Segunda Guerra Mundial surge o comunismo promovido por Tito e a posterior perseguição à fé católica. Os líderes da Ação Católica e os sacerdotes são assassinados só porque se atreveram a denunciar o perigo do marxismo. Lojze Grodze está consciente de que é um branco fácil para a perseguição. Confia no sacrifício de sua vida a Cristo. “Não quero ser um homem medíocre. Uma tarefa tão bela e sublime como a que propõe a Ação Católica, vale a pena que seja vivida a qualquer preço”.
No Natal, decide visitar a seus parentes na aldeia. Em 1 de Janeiro de 1943 é detido e acusado de propaganda contra o comunismo. Ao longo da noite é torturado até à morte, fazem desaparecer seu corpo. O cadáver será encontrado só em 23 de fevereiro. Preservado, o corpo revela as marcas de seu suplicio. Sua fama de sua santidade cresce desde então e é considerado como um verdadeiro mártir na Eslovénia. A causa de sua beatificação foi introduzida em 1992. No sábado 27 de março de 2010, S.S. Bento XVI firmou o decreto referente ao martírio do Venerável Lojze Grozde, agora só falta que se assinale a data para sua beatificação
.

 

35970 > Sant' Almachio Martire  MR
94007 > Beato Andrea Gomez Saez Sacerdote salesiano, martire 
93920 > Beata Caterina Solaguti Vergine mercedaria 
35990 > San Chiaro Abate di S. Marcello di Vienne MR
54190 > San Davide III il Restauratore Re di Georgia 
35980 > Sant' Eugendo Abate di Condat   MR
36010 > San Frodoberto Abate di Moutier-La Celle MR
35950 > San Fulgenzio di Ruspe Vescovo  MR
36030 > Beati Giovanni Battista e Renato Lego Martiri  MR
36100 > Beato Giovanni da Montecorvino 
36125 > San Giuseppe Maria Tomasi Cardinale, teatino  MR
35960 > San Giustino di Chieti Vescovo  MR
30650 > San Guglielmo di Volpiano Abate di S. Benigno di Digione MR
95195 > Beato Luigi (Lojze) Grozde Martire 
20100 > Maria Santissima Madre di Dio  - Solennità MR
36080 > Beato Mariano (Marian) Konopinski Sacerdote e martire  MR
36050 > Sant' Odilone di Cluny Abate  MR
93921 > San Severino Gallo Martire mercedario 
90665 > San Sigismondo (Zygmunt) Gorazdowski Sacerdote MR
36020 > Beato Ugolino da Gualdo Cattaneo Eremita  MR
91831 > Beato Valentino Paquay  MR
36000 > San Vincenzo Maria Strambi Vescovo, passionista  MR
90668 > Santa Zdislava Madre di famiglia  MR

sites: www.santiebeati.it; www.es.catholic; www.jesuitas.pt,

Recolha, transcrição e tradução (espanhol para português) por

António Fonseca

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