SANTOS DO DIA DE HOJE
6 de Fevereiro de 2010
Pablo Miki e companheiros, Santos e Mártires
Fevereiro 6 - Mártires de Japão
Pablo Miki e companheiros, Santos e Mártires
Mártires de Japão
Martirológio Romano: Em Nagasaki, no Japão, paixão dos santos Pablo Miki junto com vinte e cinco companheiros, Declarada uma perseguição contra os cristãos, oito presbíteros ou religiosos da Companhia de Jesus ou da Ordem dos Irmãos Menores, procedentes de Europa ou nascidos no Japão, junto com dezassete laicos, foram presos, duramente maltratados e, finalmente, condenados a morte. Todos, inclusive os adolescentes, por ser cristãos foram cravados em cruzes, manifestando sua alegria por haver merecido morrer como morreu Cristo (1597).
Seus nomes são: Juan de Goto Soan, Jacobo Kisai, religioso dos Irmãos Menores; Felipe de Jesús de Las Casas, Gonzalo García, Francisco de San Miguel de la Parilla, religiosos da mesma Ordem; León Karasuma, Pedro Sukeiro, Cosme Takeya, Pablo Ibaraki, Tomás Dangi, Pablo Suzuki, catequistas; Luis Ibaraki, António, Miguel Kozaki e seu filho Tomás, Buenaventura, Gabriel, Juan Kinuya, Matías, Francisco de Meako, Ioaquinm Sakakibara e Francisco Adaucto, neófitos.(1597).
O primeiro que levou o anúncio da fé cristã ao Japão foi São Francisco Javier, que trabalhou ali de 1549 a 1551. Em poucos anos os cristãos chegaram a ser uns 300.000. Humanamente falando, é duplo o “segredo” que fez possível esta expansão: o respeito que os missionários jesuítas tiveram pelos modos de vida e as crenças japonesas não directamente opostas ao ensino cristão, e o empenho de inserir elementos locais na pregação e na administração.
Foi catequista jesuíta um jovem chamado Pablo Miki, nascido entre os anos 1564 e 1566, de uma rica família de Kyoto. Queria ser sacerdote mas sua ordenação foi postergada “sine die”, porque a única diocese todavia não tinha bispo. Além disso, em 1587 o imperador Toyotomi Hideyoshi, que se propôs à conquista de Coreia, mudou sua atitude benévola para com os cristãos e publicou um decreto de expulsão dos missionários estrangeiros.
A ordem se cumpriu em parte: alguns missionários permaneceram no país incógnitos, e em 1593 alguns franciscanos espanhóis, dirigidos por Pedro Bautista, chegaram ao Japão procedentes de Filipinas e foram bem recebidos por Hideyoshi. Mas pouco depois veio a ruptura definitiva, inclusive por motivos políticos anti-espanhóis e anti-ocidentais. Em 9 de Dezembro foram presos seis franciscanos (Pedro Bautista, Martín de la Asunción, Francisco Blanco, Felipe Las Casas, Francisco de San Miguel e Gonzalo García), três jesuítas (Pablo Miki, Juan Soan de Gotó e Santiago Kisai) e quinze laicos terceiros franciscanos, aos que se lhes acrescentaram depois outros dois, que eram catequistas.
Depois de lhes haver cortado o lóbulo esquerdo, os 26 foram levados de Meaco a Nagasaki, para os expor à risota das multidões, que melhor admiraram a heróica valentia que manifestaram sobretudo no momento da morte, quando foram crucificados numa colina de Nagasaki em 5 de Fevereiro de 1597. Despertaram grande comoção as palavras de perdão e de testemunho evangélico pronunciadas por Pablo Miki desde a cruz, e a serenidade e valentia que demonstraram Luis Ibaraki (de 11 anos), António (de treze) e Tomás Cosaki (de catorze), que morreram cantando o salmo: “Laudate, pueri, Dominum...”
• Amando de Maastricht, San
Fevereiro 6 - Bispo
Amando de Maastricht, Santo
Bispo
Martirológio Romano: Em Elnon, também na Gália Bélgica, sepultura de santo Amando, bispo de Maastricht, que pregou a palavra de Deus por diversas regiões, chegando inclusive aos eslavos, e finalmente, construído um mosteiro, terminou ali sua vida (c. 679).
Este grande missionário nasceu no Baixo Poitou, em redor do ano 584. Com a idade de vinte anos retirou-se a um pequeno mosteiro na Ilha de Yeu, perto de Re. Não esteve ali mais de um ano, quando seu pai o descobriu e tratou de o persuadir para que regressasse a sua casa. Quando o ameaçou deserdá-lo, o santo alegremente respondeu, “Cristo é minha única herança”.
Amando foi depois para Tours, onde se ordenou, e logo a Bourges, onde viveu quinze anos sob a direcção do bispo Santo Austregisilo, numa cela perto da catedral. Depois de uma peregrinação a Roma, retornou a França e foi consagrado bispo sem sede fixa em 629, e recebeu o encargo de ensinar a fé aos pagãos. Pregou o Evangelho em Flandres e no norte de França, e fez uma breve visita aos eslavos de Carinthia e talvez na Gasconha.
Repreendeu ao rei Dagoberto I por seus crimes e por esse motivo foi desterrado. Mas Dagoberto cedo o chamou outra vez, e lhe pediu que baptizasse a seu filho recém nascido, Sigeberto, que depois, foi rei e santo. A gente de Gante era tão ferozmente hostil, que nenhum pregador se aventurava a ir entre eles. Isto moveu a Amando a tomar aquela missão, durante a qual foi golpeado várias vezes e atirado ao rio. Não obstante, seu labor perseverante, que por muito tempo pareceu estéril, no fim logrou que a gente acudisse em multidões a receber de suas mãos o baptismo.
Além de ser um grande missionário, Santo Amando foi o pai do monasticismo na antiga Bélgica; se diz que foi fundador de uma vintena de mosteiros da região. De facto, fundou casas em Elnone (Saint-Amand-les-Eaux), perto de Tournai, que se converteu em seu centro de operações; fundou também São Pedro em Mont-Blandin em Gante, mas provavelmente não foi o fundador de St. Bravo que também está ali. Fundou além disso o de Nivelles, para monjas com a Beata Ida e Santa Gertrudis; Brisis-au-Bois, e provavelmente três mais, incluindo Marchiennes.
Se diz, ainda que não concerteza, que em 646 foi eleito bispo de Maastricht, mas que três anos mais tarde apresentou sua renúncia a dita sede em favor de São Remaclus e voltou a suas missões, que sempre tiveram sua predilecção. Continuou seus labores entre os pagãos até avançada idade, quando, quebrantado pelas enfermidades, se retirou a Elnone. Ali esteve como abade por quatro anos, sempre preparando-se para a morte que lhe chegou pouco depois de 676. Nenhum historiador sério, põe em dúvida que Santo Amando haja sido uma das figuras mais imponentes da época merovíngia; não era desconhecido em Inglaterra, e a capela da família Eyston de East Hendred anterior à Reforma, em Berkshire, está dedicada em sua honra.
• Pedro Bautista Blásquez
Fevereiro 6 - Mártir
Pedro Bautista Blásquez
Mártir em Japão
San Pedro Bautista nasce em Santo Esteban del Valle no ano 1542, três séculos mais tarde que São Francisco. Não pôde conhecê-lo, naturalmente, mas possivelmente conheceu o grande reformador de sua Ordem, Pedro de Alcântara.
Pedro Bautista professa em 1568, no ano de ingressar. Ao vir com os estudos eclesiásticos já feitos, inclusive com a ordem do diaconado, foi muito cedo ordenado sacerdote e destinado pelos superiores ao apostolado da pregação e à formação na província. Parece que não o enchia esta tarefa. A um certo momento deve ter sentido a chamada do Senhor: «Pedro, rema mar adentro». E seguiu a inspiração. O clima que se respirava em toda a península favorecia este impulso. Após um sério discernimento, um belo dia apresentou sua moção aos superiores, como ordena a Regra (cap. 12), e obteve o visto para se incorporar a um grupo de religiosos que iam partir rumo a Nova Espanha (México).
Era el año 1581. Para allí se embarcó y allí permaneció y trabajó por espacio de casi tres años. Fue como su noviciado misionero. Vio muchas cosas y la experiencia le serviría de gran ayuda para el resto de su vida. Pero él nunca pensó que Méjico era la estación terminal de su aventura. Su objetivo, como el de todos los hermanos de hábito fue siempre China y Japón. Filipinas, con respecto a su ideal, venía a ser como una escala para repostar, no para echar raíces.
Llegó a Manila como Comisario el año 1584. Cumplido su cometido, se entregó sin demora a la labor misionera con el celo y el entusiasmo que le permitían las circunstancias. ¡Tan cierto es que sólo el amor es misionero! El amor que arde en el corazón de los hombres. Este es el secreto del ardor misionero de Pedro Bautista. Pero ¿cómo predicar a los nativos sin apenas conocer su lengua? Recurre a las obras. Entra en contacto con los ambientes más pobres y necesitados. Visita y cura a los enfermos. Levanta para ellos residencias y hospitales y se convierte en médico de los cuerpos y de las almas. Los primeros destinatarios de este nuevo misionero y de sus compañeros de religión fueron los leprosos y los pobres, como lo fueron para San Francisco (cf. Test 3). Si esto causó impresión en Filipinas aun entre algunos cristianos y eclesiásticos empleados en la labor misionera, llegó a causar alarma entre los políticos cuando públicamente alzó la voz en defensa de los derechos conculcados de los pobres.
Su amor apostólico le llevaba a ser «estropajo de los leprosos» y abogado defensor de los sin voz, injustamente maltratados y explotados, a veces, por los colonizadores y encomenderos. Pedro Bautista ya había sido testigo de ello en Méjico y sabía de boca de los indígenas lo que marcaba la diferencia para ellos entre el misionero franciscano e incluso otros misioneros. Lo recoge el historiador mexicano Miguel León: «A los indígenas les gustan los franciscanos porque estos andan pobres y descalzos como nosotros, comen lo que nosotros, asiéntanse entre nosotros, conversan entre nosotros mansamente... Con su amor y caridad atraen tanto a ricos como a pobres..., mucho más a los indios pobres. Nunca se halló pleito ni quejas de los bienaventurados hermanos».
Los malolientes indios y leprosos que detestaban incluso algunos misioneros, les olían a cielo a los franciscanos en Méjico, Filipinas y Japón, sigue diciendo el mismo autor. Otro observador veraz de los hechos comenta: «Mientras nosotros en nuestras pesquerías damos muerte a los indios, estos hijos de San Francisco han preferido morir por ellos» (Rodrigo de Niebla, cronista). Esta ha sido otra constante histórica de la Orden.
Pedro Bautista conocía muy bien todo esto y lo había asimilado por ser y responder al método recomendado por San Francisco en la primera Regla, que dice: «... y los hermanos que van entre sarracenos y otros infieles, pueden comportarse entre ellos espiritualmente de dos modos. Uno, que no promuevan disputas y controversias, sino que se sometan a toda humana criatura por Dios, y confiesen que son cristianos. Otro, que cuando les parezca que agrada al Señor, anuncien la Palabra de Dios para que crean, se bauticen y hagan cristianos» (1 R 16).
Se trata no de imponer, sino de proponer, no tanto de demostrar con argumentos, cuanto de mostrar con la vida y las obras. El amor es praxis. San Pedro hizo experiencia en Filipinas de que el mejor soporte del misionero era la vida escondida con Cristo en Dios, es decir, la contemplación, la austeridad de vida expresada en la penitencia, la descalcez y, sobre todo, en la pobreza evangélica, elementos todos nucleares y vertebradores de las ordenaciones de la reforma Alcantarina profesada por el santo y sus compañeros.
Y aprendió, igualmente por experiencia, que el mejor púlpito para el misionero franciscano eran los hospitales y las escuelas erigidas al lado de las iglesias pobrecillas y los conventos para atender a los pobres y enfermos y para sacar a todos de las tinieblas de la ignorancia y el error.
Cuando sonó la hora de Dios y Pedro Bautista fue designado embajador de Felipe II ante el emperador del Japón Taikosama, trasvasó con él su metodología misionera al Japón también. Al emperador nunca le inquietó este nuevo modo de vivir y actuar de los nuevos misioneros; al contrario, le complacía, y por eso les prometió toda suerte de ayuda. A su oferta de hijos, él respondió que sería su padre.
La novedad introducida por Pedro Bautista y sus hermanos franciscanos de la descalcez causó profunda impresión en el ámbito japonés, no por la misión diplomática de Pedro Bautista, sino porque mostraban un talante propio, distinto del de otros misioneros, pues a ninguno de éstos habían visto los nativos descender a lavar a los leprosos, curarlos y hasta besar sus heridas, andar descalzos y con el hábito remendado, vivir de limosna y a la intemperie como los más pobres, menospreciar las riquezas, etc. Esto produjo necesariamente división de opiniones y posturas: en algunos, celotipia; en otros, incluso gentiles, admiración y estima.
Fray Juan Pobre, excelente reportero de los acontecimientos, recoge en su Historia comentarios como éste: «... su ley es la mejor de todas, y que debía haber algún premio en la otra vida, pues en ésta curaban a los leprosos, que tanto en Japón aborrecían». Los frailes eran noticia en todo Japón. De todas partes llegaban al hospital de Miyako y al de Nagasaki sobre todo leprosos para comprobar cosa tan extrema. Al constatarlo con sus propios ojos, un testigo que aún era gentil comenzó a predicar a los leprosos diciendo: «Tened en mucho esta obra maravillosa que estos extranjeros blancos hacen con vosotros... Y mirad que seáis agradecidos, pues no hay padre ni madre que tal haga con sus hijos cuando están leprosos; cortarles sí y matarlos, mas regalarlos así, como éstos hacen con vosotros, nunca tal se ha visto en Japón».
Fácil es suponer la fuerza de atracción que paulatinamente comenzó a ejercer la vida y comportamiento de los nuevos misioneros. Lo que nos resulta difícil de comprender es que al mismo tiempo y por la misma razón fueran conminados a abandonar la misión de Japón. El historiador jesuita padre Frois tacha a los franciscanos de imprudentes y temerarios por su metodología misionera. Y el mismo obispo, Pedro Martínez, de la Compañía de Jesús, invocando la autoridad papal y la suya, les prohibió toda actividad apostólica y asistencial, y hasta la mendicación para sobrevivir, con objeto de que abandonaran su campo de misión en Japón.
Las causas y acusaciones eran tan infundadas que forzaron una réplica bien ponderada del pacífico embajador, Pedro Bautista, que revela la talla de su enorme personalidad humana y evangélica. En una carta preciosa dirigida al obispo le dice entre otras cosas: «Y también advierta vuestra Señoría que nuestros Breves (documentos pontificios) los han examinado doce teólogos y un doctor en leyes, y todos nos obligan, so pena de pecado mortal, a no dejar las almas del Japón. Y cuando V. Señoría por fuerza y, como dicen, nos quisiera tomar por hambre, como parece lo ha mandado vedándonos las limosnas, sepa que aunque coma hojas de árboles no tengo que dejar el Japón hasta que lo mande el Papa y el Rey muy bien informados; porque tanto como esto conviene hacer por las almas que Cristo nuestro Redentor con su sangre redimió» (Carta de finales de 1596).
Pedro Bautista y sus compañeros, animados por el espíritu, el celo y el amor, a pesar de tantas dificultades, no pasaron a la clandestinidad sino que se mantuvieron a cara descubierta junto al necesitado hasta el día en que les encarcelaron. La pobreza franciscana siembra amor y florece en bienaventuranza, pero tiene un precio. Pedro Bautista y sus compañeros lo comprobaron cuando por la causa del evangelio les pidieron la vida en el calvario de Nagasaki y generosamente la dieron. Les cerraron la boca, pero los pobres siguen gritando: «Pedimos con lágrimas y suplicamos que no solamente estos padres no se vayan, mas que antes, para nuestro consuelo, se multipliquen en Japón» (de la carta firmada por los pobres enfermos y leprosos de los hospitales de San José y Santa Ana, que son ochenta).
Pedro Bautista realizou o sonho acariciado por São Francisco: Rubricar com o próprio sangue do martírio o anúncio do Evangelho como verdadeiro frade menor.
• Mateo Correa Magallanes, Santo
Fevereiro 6 - Presbítero e Mártir
Mateo Correa Magallanes, Santo
Presbítero e Mártir Mexicano
Martirológio Romano: Em Durango, cidade de México, são Mateo Correa, presbítero e mártir, que no meio da perseguição desatada contra a Igreja se negou a revelar o segredo de confissão, recebendo por isso a coroa do martírio (1927).
Nasceu em Tepechitlán em 22 de Julho de 1866. Foi admitido no seminário de Zacatecas, e por quatro anos foi o porteiro de plantel. Por sua boa conduta e aplicação se lhe concedeu uma beca e assim pôde ser admitido como aluno interno.
Foi ordenado sacerdote em 1893 e se desempenhou como capelão em diversas fazendas e paróquias. Foi nomeado pároco de Conceição del Oro onde manteve uma estreita amizade com a família Pro Juárez; deu a primeira comunhão ao Beato Miguel Pro, e baptizou a Humberto Pro, seu irmão e companheiro.
Logo se desempenhou como pároco de Colotlán, ao tempo que estalou a Revolução Maderista de 1910. Foi perseguido pelos revolucionários e teve que refugiar-se em León mas regressou ao acalmar-se a revolução e seguiu trabalhando em diversas paróquias.
Em 1926 chega como pároco a Valparaíso e pouco depois chegam também as forças governamentais, ao mando do general Ortiz. As arbitrariedades de Ortiz causaram uma revolta no povo e teve que fugir, mas mandou que levassem a Zacatecas o sacerdote e os membros da A.C.J.M. O padre e os jovens foram postos em liberdade, o qual enfureceu mais a Ortiz.
Em 1927 o sacerdote foi novamente preso, conduziram-no a Durango e o encerraram na chefatura militar. Dias mais tarde o general Ortiz mandou o Padre Correa a confessar a um grupo de pessoas que iam ser fuziladas e depois lhe exigiu que lhe revelasse as confissões. Ante a rotunda negativa do sacerdote ordenou sua execução. Hoje em dia se veneram seus restos na catedral de Durango.
Foi beatificado em 22 de Novembro de 1992 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 21 de Maio de 2000.
• Francisco Spinelli, Beato
Fevereiro 6 - Presbítero e Fundador
Francisco Spinelli, Beato
Presbítero
Fundador do Instituto de Irmãs Adoratrices do Santíssimo Sacramento
Martirológio Romano: Em Rivolta d’Adda, na região de Crema, em Itália, beato Francisco Spinelli, presbítero, que, apesar de vexações e dificuldades persistentes, suportadas com paciência, fundou e dirigiu uma congregação de irmãs dedicadas à adoração do Santíssimo Sacramento (1913).
Etimologia: Francisco = o abandeirado, de origem germânica.
Nasceu em Milão, Itália. Se ordenou de sacerdote em 1875. Em Bérgamo fundou o Instituto das Irmãs Adoratrices do Santíssimo Sacramento, cujo lema é adorar "...com o amor mais ardente o Santíssimo Sacramento" e alimentar “n’Ele a chama da caridade para com o próximo". Recomendava a suas filhas espirituais: "Caminhai na caridade; que se acenda por fim o fogo da caridade em vossas almas; amai a vosso Deus, e não punhais nada a seu nível ou por cima d´Ele". Faleceu em Rivolta. Se a beatificou em 21 de Junho de 1992, no santuário de Caravaggio. João Paulo II se expressou assim dele: "... teve como ponto de referência espiritual o binómio ´berço´ e ´cruz´. Sempre, e sobretudo nos momentos tempestuosos de sua existência, se inspirou no mistério de Belém e do Gólgota; por isso ensinou que ´Belém e o Calvário são a primeira e a última nota, a primeira e a última página desse poema imenso, divino e inefável de amor e sacrifício que é toda a vida de Jesus Cristo´ ".
• Alfonso María Fusco, Beato
Fevereiro 6 - Presbítero e Fundador
Alfonso María Fusco, Beato
Presbítero
Fundador da Congregação de Irmãs de São João Baptista
Martirológio Romano: Em Angri, perto de Salerno, na Campânia, beato Alfonso María Fusco, presbítero, o qual exerceu seu ministério entre os agricultores, preocupando-se sobretudo pela formação de jovens pobres e órfãos, e fundou a congregação de Irmãs de São Juan Bautista (1910).
Alfonso María Fusco, primogénito de cinco filhos, nasceu em 23 Março 1839 em Angri, província de Salerno, diocese de Nocera-Sarno, do matrimónio Aniello Fusco e Giuseppina Schiavone, ambos de origem campesino e educados desde o nascimento em sãos princípios de vida cristã e o santo temor de Deus. Se casaram na Colegiata de São Juan Bautista em 31 Janeiro 1834 e por quatro longos anos o berço preparado com tanto amor ficou desoladamente vazia.
En Pagani, a poca distancia de Angri, se conservan las reliquias de San Alfonso María de´ Liguori. En el año 1838 Aniello y Giuseppina fueron a su tumba para rezar. En esa circunstancia sintieron decir al redentorista Francesco Saverio Pecorelli: « Tendrán un hijo varón, lo llamarán Alfonso, será sacerdote y seguirá la vida del Beato Alfonso».
El niño demostró rápidamente un carácter suave, dulce, amable, amante de la oración y de los pobres. En la casa paterna tuvo profesores sacerdotes eruditos y santos que lo instruyeron y lo prepararon para su primer encuentro con Jesús. A los siete años recibió la Primera Comunión y en seguida la Confirmación.
A los once años manifestó a sus padres el deseo de hacerse sacerdote y el 5 noviembre 1850 «espontáneamente y solamente con el deseo de servir a Dios y a la Iglesia», como él mismo declaró mucho tiempo después, entró en el Seminario Episcopal de Nocera de Pagani.
El 29 mayo 1863 fue ordenado sacerdote por el Arzobispo de Salerno, Mons. Antonio Salomone, entre el regocijo de su familia y el entusiasmo del pueblo de Angri. Se distinguió bien pronto entre los sacerdotes de la Colegiata de San Juan Bautista de Angri por su celo, por su dedicación al servicio litúrgico y por la diligencia en administrar los sacramentos, especialmente la confesión, donde mostraba toda su paternidad y comprensión por el penitente. Se dedicaba a la evangelización del pueblo con una predicación profunda, sencilla e incisiva.
La vida diaria de don Alfonso era la de un sacerdote diligente que llevaba en su corazón un viejo sueño. En los últimos días de seminario, una noche había soñado que Jesús Nazareno le había pedido, apenas fuese ordenado sacerdote, fundar un Instituto de religiosas y un orfanato para niños y niñas.
Fue el encuentro con Maddalena Caputo en Angri, una joven de carácter fuerte y decidido, que aspiraba a la vida religiosa, lo que empujó a don Alfonso a acelerar el tiempo para la fundación del Instituto. El 25 septiembre, la señorita Caputo y otras tres jóvenes se retiraron al oscurecer, a una casa destartalada de Scarcella, en el distrito de Ardinghi en Angri. Las jóvenes querían dedicarse a su propia santificación, a través de una vida de unión con Dios, de pobreza y de caridad, y a través del cuidado e instrucción de los huérfanos pobres.
Así fue fundada la Congregación de las Hermanas Bautistinas del Nazareno; la semilla cayó en buena tierra, en aquellos cuatro corazones ardientes y generosos y a través de privaciones, luchas, oposiciones, y pruebas el Señor la hizo desarrollar abundantemente. La Casa Scarcella fue conocida rápidamente como la Pequeña Casa de la Providencia.
Empezaron a llegar otras postulantes y las primeras huérfanas y, con ellas, las primeras dificultades. El Señor, que hace sufrir mucho a quien ama mucho, no ahorró penas ni sufrimientos al Fundador y a sus hijas. Don Alfonso aceptó siempre las pruebas, a veces muy duras, manifestando una completa conformidad a la voluntad de Dios, una heroica obediencia a los superiores y una inmensa confianza en la Providencia.
La tentativa injusta del Obispo diocesano, Mons. Saverio Vitagliano, de remover, por culpa de una serie de acusaciones falsas, a don Alfonso como director de la obra; la negativa a abrirle la puerta de la casa en Via Germanico a Roma, de parte de sus mismas hijas, causado por un deseo de división; las palabras del Cardenal Respighi, Vicario de Roma: «Ha fundado una comunidad de hermanas competentes que han hecho su deber. ¡Ahora retírese!»; entre otros, fueron para él momentos de gran sufrimiento. Lo vieron rezar con un corazón angustiado, como Jesús en el huerto, en la capilla de la Casa Madre en Angri y en la Iglesia de S. Joaquín en Prati (Roma).
Don Alfonso no dejó mucho escrito. Preferiría hablar con su testimonio de vida. Las breves frases, ricas de sabiduría evangélica, que se pueden sacar de sus escritos y de los testimonios de los que lo conocían, son rayos que iluminan su vida sencilla, su gran amor por la Eucaristía, por la Pasión de Jesús y su filial devoción a la Virgen Dolorosa. Repetía frecuentemente a sus Religiosas: «Hagámonos santos siguiendo a Jesús de cerca... Hijas, si viven en la pobreza, en la castidad y en la obediencia, resplandecerán como estrellas arriba en el cielo».
Dirigía el Instituto con gran sabiduría y prudencia y, como padre amoroso, cuidaba sus Religiosas y las huérfanas. Tenía una ternura casi maternal para todos, especialmente para las huérfanas más necesitadas; para ellas había siempre un lugar en la Pequeña Casa de la Providencia, aún cuando el alimento era escaso o simplemente faltaba. Entonces don Alfonso tranquilizaba a sus hijas preocupadas, diciendo: «No se preocupen, hijas mías, ahora voy a ver a Jesús y Él proveerá». Y Jesús respondía con rapidez y gran generosidad. ¡Para quien cree todo es posible!
En el tiempo en que la instrucción era un privilegio de pocos, negada para los pobres y las mujeres, don Alfonso no ahorraba ningún sacrificio con tal de dar a los niños una vida tranquila, el estudio y la preparación necesarias para una ocupación digna, de manera que, una vez adultos, pudieran vivir como ciudadanos honrados y cristianos comprometidos. Quería también que sus Religiosas empezaran pronto a estudiar, para estar preparadas para enseñar a los pobres y, a través de la instrucción y evangelización, preparar los caminos de Jesús, especialmente en los corazones de los niños y jóvenes.
Su voluntad tenaz, totalmente anclada a la Divina Providencia, la colaboración sabia y prudente de Maddalena Caputo que, con el nombre de Sor Crocifissa, fue la primera superiora del naciente Instituto, el estímulo continuo por el amor de Dios y el prójimo, permitieron el desarrollo extraordinario de la obra en breve tiempo. Las muchas peticiones de asistencia para un número siempre mayor de huérfanos y de niños empujó a don Alfonso a abrir nuevas casas, primero en la región de la Campania y posteriomente en otras regiones de Italia.
El 5 febrero 1910 se sintió mal durante la noche. Pidió y recibió los Sacramentos, y la mañana del domingo 6 febrero, después de haber bendecido, con brazo tembloroso, a sus hijas que lloraban alrededor de su cama, exclamó: «Señor, te doy gracias, he sido un siervo inútil». Después se volvió hacia las Religiosas y dijo: «Del cielo no os olvidaré, rezaré siempre por vosotras». Y se quedó dormido tranquilamente en el Señor.
Rápidamente se difundió la noticia de su muerte, durante todo ese día, se formó una fila de personas que lloraban diciendo: «¡Ha muerto el padre de los pobres, ha muerto el santo!».
Su testimonio ha sido una fuente de vida y de gracia en particular para las Religiosas, hoy difundidas en cuatro continentes.
El 12 febrero 1976 el Papa Pablo VI reconoció sus virtudes heroicas y el Papa Juan Pablo II el 7 octubre 2001 proclamandolo beato, lo ofrece como ejemplo a los sacerdotes y lo indica a todos como modelo de educador y protector especialmente de los pobres y necesitados.
Fue beatificado el 7 de Octubre de 2001 por S.S. Juan Pablo II.
Si tiene información pertinente para la cononización del Beato Alfonso, contacte a:
Suore di S. Giovanni Battista
Circonvallazione Cornelia, 65
00165 Roma, ITALY
Reproducido con autorización de Vatican.va
• Guarino de Palestrina, Santo
Fevereiro 6 - Bispo
Guarino de Palestrina, Santo
Bispo
Martirológio Romano: Em na nobre família bolonhesa dos Guarini. Ordenado sacerdote e nomeado canónico da catedral de Bolonha, aos vinte e quatro anos, decide seguir a Regra de santo Agostinho, convertendo-se em canónico regular lateranense, no convento de Santa Cruz em Mortara.
Antes de abandonar sua cidade, doou seus bens para que se edificasse um asilo. Na vida do convento, se distinguiu por sua obediência, e sua austeridade suscitou a admiração tanto do clero como do povo. A característica de sua personalidade, era a bondade.
Aos cinquenta e nove anos, foi designado Bispo de Pavia. Sentindo-se indigno, tratou de que o libertassem de tal nomeação; não o conseguindo, permaneceu escondido até que foi eleito outro prelado.
Durante o Advento de 1144 o Papa Lúcio II o nomeou bispo, esta vez de Palestrina. Nesta ocasião não teve mais remédio senão aceitar, chegando a ser cardeal.
Foi bispo durante treze anos, continuando em privado a austera vida monacal. Como cardeal, participou em três conclaves.
Em 6 de Fevereiro de 1158, com a idade de setenta e oito anos, entregou sua alma ao Senhor.
Seu corpo foi depositado numa urna de mármore, na cripta da Catedral de Santo Agapito. Um ano depois de sua morte, em vista de sua grande fama de santidade, o Papa Alexandra III decretou seu culto. Em 1437 Palestrina sofreu uma profanação, e, por precaução, se esconderam suas relíquias. Desde então não se conhece seu paradeiro: alguns dizem que foram levadas pelo Cardeal Giovanni Vitelleschi, a Cometo (em Maremma); outros, dizem que a Bolonha, sua cidade natal.
• Vedasto (Vaast) de Arras, Santo
Fevereiro 6 - Bispo
Vedasto (Vaast) de Arras, Santo
Bispo
Martirológio Romano: Em Arras, na Gália Bélgica, são Vedasto, bispo, que foi enviado por são Remigio, bispo de Reims, a esta cidade devastada, e ali catequizou ao rei Clodoveo, governou aquela Igreja durante quarenta anos e levou a cabo um importante labor evangelizador entre os pagãos da região (c. 540).
São Vaast, ou Vedasto, nasceu em França ocidental aproximadamente em 453; e morreu em Arras em 540.
Havendo vivido durante alguns anos como solitário na Diocese de Toul, foi ordenado sacerdote por São Remi (Remigio), Arcebispo de Reims, que lhe delegou preparar a Clovis para a recepção do Sacramento do Baptismo. Depois disto permaneceu em Reims e actuou como arcediago para São Remi.
Em 499 esse prelado o consagrou primeiro Bispo de Arras, e seus trabalhos semeando a fé naquelas partes estavam abençoados por muitos milagres. Dez anos depois São Remi o comprometeu também ao cuidado da Diocese de Cambrai, e estas duas sedes permaneceram unidas até ao século XI.
À morte de São Remi foi escolhido para o suceder mas recusou a honra. Sua própria morte ocorreu em 540 e foi enterrado na sua catedral em Arras.
Em 667 Santo Auburt, o sétimo bispo dessa sede, começou a construir uma abadia para monges Beneditinos no lugar de uma pequena capela que São Vedast havia erigido em honra de São Pedro. As relíquias de São Vedast foram transferidas para a nova abadia, que foi terminada pelo sucessor de Auburt e dotados pelo Rei Teodorico, que junto com sua esposa foi enterrado posteriormente ali.
• Dorotea e Teófilo, Santos + Crista e Calixta
Fevereiro 6 - Mártires
Dorotea e Teófilo, Santos (e CRISTA e CALIXTA)
Mártires
Martirológio Romano: Em Cesareia de Capadócia, santos mártires Doroteia, virgem, e Teófilo, estudante (c. s. IV).
Etimologia: Dorotea = Aquela que possui o dom de Deus, é de origem grega.
Teófilo = Aquele que ama a Deus, é de origem grega.
Em Cesareia de Capadócia a fins do Século III, nasceu Dorotea, quando Diocleciano, em nome do Imperador Maximiano Galério, regia os destinos do império romano.
Dorotea era cristã, amava e servia ao verdadeiro Deus e o honrava com o jejum e a oração. Era muito atractiva, mansa, humilde, mas sobretudo, prudente e sábia. Quem a conhecia, se maravilhavam de suas dons e glorificavam a Deus por sua serva. Por seu amor perfeito a Cristo alcançou a coroa da virgindade imaculada e a palma do martírio.
A fama da santidade de Dorotea chegou aos ouvidos do perseguidor dos cristãos Saprizio, o Prefeito, que mandou prendê-la para a interrogar.
Quando se instalou o tribunal, trouxeram Dorotea que, depois de haver elevado sua oração até Deus, se manteve firme diante do Prefeito.
- ¿Como te chamas?” , lhe perguntou.
- “Meu nome é Dorotea”, respondeu a jovem.
Saprizio disse: “Hei mandado trazer-te para que ofereças sacrifícios aos deuses imortais, segundo a lei de nossos augustos príncipes”.
Respondeu Dorotea: “O Deus que está no céu é a augusta Majestade, só a Ela sirvo: Adorarás ao Senhor, teu Deus e a Ele só servirás. Os deuses que não criaram o céu e a terra, perecerão da terra. Pois bem, a que imperador devemos obedecer, ao terreal ou ao celestial, a Deus ou a um homem. Os imperadores são homens mortais como o foram também estes deuses, dos quais adorais suas imagens”.
Saprizio acrescentou: “Se queres regressar sã e salva, troca tua decisão e oferece o sacrifício aos deuses, caso contrário te farei castigar pelas leis mais severas, para escarmento dos demais”.
“Ante isto -replicou Dorotea- darei testemunho de temor de Deus, para que todos aprendam a temer a Deus e não aos homens irados que, como criaturas irracionais ou cães raivosos, se lançam contra os homens inocentes, se agitam, se inquietam, ladram insolentes e os rasgam com os dentes”.
Saprizio disse. “Vejo que estás resolvida a manter-te firme em tua confissão inútil e queres morrer. Escuta-me, e oferece sacrifícios para que escapes do “potro” (cavalete de torturas.).
Essas torturas são passageiras, mas os tormentos do inferno são eternos. Para escapar da pena eterna, não temo estes sofrimentos, pois Jesús disse: “Não temais os que matam o corpo mas não podem matar a alma, temei mais Àquele que pode ferir o corpo e a alma no inferno” , disse Dorotea.
Saprizio replicou: “Então teme os deuses e oferece-lhes sacrifícios, para evitar o castigo de sua ira”.
Mas ela disse: “De nenhum modo me convencerás, esses deuses são os espíritos de homens vãos que viveram torpemente e morreram como seres irracionais, porque não conheceram ao Criador do céu e da terra, do mar e de todas as coisas. As almas de teus ídolos cuja imagem impressa em metais adorais, ardem no fogo, onde também irão os que negaram ao Criador”.
Saprizio se incendiou em cólera e disse aos verdugos: “Coloquem-na no potro, atormentada até que ofereça o sacrifício aos deuses”.
A serva de Deus imutável e firme, o interpelou: “¿Que esperas? Faz o que deves fazer, assim poderei ver Aquele por cujo amor não temo a morte nem os tormentos”.
Saprizio acrescentou: “¿Mas, quem é Aquele que tu desejas?”.
“Cristo, o Filho de Deus”, respondeu Dorotea.
E ¿onde está Cristo? perguntou Saprizio.
Dorotea respondeu: Se cremos em sua Omnipotência, Ele está em todo o lado; se olharmos em troca sua Humanidade santíssima, professamos que o Filho de Deus subiu ao céu e está sentado à direita de Deus Pai omnipotente, desde ali, verdadeiro e único Deus com o Pai e com o Espírito Santo, nos convida ao Paraíso de suas delicias, onde as árvores sempre estão carregadas de frutas. Em toda as estações florescem os lírios, as rosas, verdejam os campos, os montes, as colinas se adornam, a água flui docemente e as almas dos santos gozam em Cristo. Se cresses o que eu creio, também tu poderias entrar no Paraíso das delicias de Deus”.
Saprizio sentenciou: “Esquece-te dessas pequenezes, oferece incenso aos deuses, casa-te e desfruta nesta vida senão perecerás como teus pais”.
Conversão e martírio de Crista e Calixta
Depois disto, Saprizio chamou a duas irmãs Crista e Calixta que, pouco antes haviam apostatado e lhes ordenou: “Assim como vós abandonásseis a vaidade e a superstição cristã e já adorais aos deuses invictos, pelo qual vos recompensei; agora deveis induzir a Dorotea a renunciar de seu disparate, vos premiarei com melhores regalos”.
Levaram a sua casa a Dorotea e trataram de a persuadir: “Aceita o que te disse o juiz, e te livrarás do perigo das penas como nós. Não desperdices tua vida com os tormentos e a morte”.
Dorotea, com doçura, as reprovou: “Oh, se escutásseis meu conselho, vos arrependeríeis de haver ido atrás dos deuses falsos, mas o Senhor é bom e misericordioso para quem se converte a Ele de todo o coração”.
Crista y Calixta se comoveram: “Mas se já temos matado a Cristo em nosso coração, como o ressuscitaremos?”.
Disse Dorotea: “Pecado maior é desesperar da misericórdia do Senhor que oferecer sacrifícios aos ídolos. Não desespereis porque o Senhor pode curar vossas chagas. Não há chaga que Ele não possa sarar. É Salvador porque salva; é Redentor porque redime; libertador porque não cessa de libertar. Arrependei-vos de coração, tende fé e sereis perdoadas”.
As duas mulheres se atiraram a seus pés, banhadas em lágrimas e lhe suplicaram sua intercessão para oferecer a Deus seu arrependimento e alcançar o perdão.
Dorotea elevou sua oração comovida pelas lágrimas: “Oh Senhor que disseste, “Não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva.” E “há maior festa nos céus por um pecador que se arrepende, que por noventa e nove justos que não hajam pecado”, mostra tua piedade para quem o Demónio te havia arrebatado. Volta a chamá-las à tua grei para que com seu exemplo, regressem a Ti todos os que se afastaram de teu amor”.
Enquanto assim orava, o Prefeito mandou trazer a Crista e Calixta para averiguar se haviam logrado represar o ânimo de Dorotea.
Elas responderam: “Estávamos equivocadas, havíamos obrado iniquamente ao oferecer sacrifícios aos deuses falsos por medo às penas e dores passageiras; mas já estamos arrependidas para alcançar o perdão de Deus”.
Então Saprizio, rasgou suas vestes e ordenou furioso que as amarrassem juntas de costas e as pusessem no suplicio da copa, se não adorassem aos deuses, mas, elas elevaram sua oração: “Senhor Jesus, aceita nosso arrependimento e concede-nos teu perdão.” E repetindo esta confissão foram torturadas e queimadas vivas.
Dorotea as animava: “Ide para o céu, com a certeza do perdão de vossos pecados, sabei que haveis recuperado a palma do martírio que havias perdido. Vem a abraçar-vos o Pai, alegre pelo filho perdido e achado”.
Morte de Dorotea
Logo, Dorotea ao ser torturada novamente, compreendeu que havia chegado por fim sua ansiada aspiração. Subiu feliz ao tormento porque, aquelas almas que o Demónio havia raptado de Deus, nesse momento, haviam sido reconquistadas.
Disse a Saprizio “No céu há uma grande festa; gozam os Anjos, se alegram os Arcanjos, exultam os Apóstolos, os Mártires e todos os Profetas. Apressa-te, faz pronto o que deves fazer, para poder unir-me à alegria e gozo dos santos”.
Então Saprizio fez aplicar nas costas da jovem, tochas acesas, e logo a fez esbofetear até desfigurar a cara. Finalmente ditou a sentença de morte: “A Dorotea, jovens muito soberba que se negou a adorar aos deuses imortais para salvar sua vida e antes, quis resolutamente morrer por não sei que homem que se chama Cristo, ordeno a pena de morte à espada”.
Dorotea exclamou ditosa: “Te agradeço, oh Amado das almas, porque me convidas a teu Paraíso e às núpcias celestiais”.
Entretanto saía do pretório, Teófilo, o advogado de Saprizio, e em forma irónica disse-lhe: “Oh tu, esposa de Cristo, manda-me rosas e maçãs do paraíso de teu esposo.” Dorotea lhe respondeu: “Sim, te as mandarei”.
Ao chegar ao lugar do suplicio, orou um instante, e se realizou o prodígio: apareceu um menino com três maçãs e três rosas. Dorotea lhe ordenou: “Leva-as a Teófilo e diz-lhe: “Eis aqui, te mando do Paraíso o que me hás pedido”.
Em seguida, a jovem foi degolada, e, circundada com a glória do martírio, foi ao encontro de Cristo.
Conversão e morte de Teófilo
Teófilo, ainda estava rindo-se da promessa de Dorotea, quando nesse mesmo instante apareceu o menino com as maçãs e rosas: “Eis aqui, Dorotea desde o paraíso de seu Esposo te manda estes dons”. Era o mês de Fevereiro.
Teófilo os tomou e exclamou em alta voz: “Cristo é o verdadeiro Deus, não há n’Ele nenhum engano”.
Disseram-lhe os companheiros: “¿Ficaste louco”, Teófilo, ou brincas?; “Não estou louco, nem tento brincar – disse - tenho razões para crer no verdadeiro Deus. Olhai, Capadócia está imersa num frio glacial, nenhum arbusto está revestido de sua verde folhagem, de onde credes que venham estas maçãs e rosas magníficas?”.
Bem-aventurados os que crêem em Cristo; os que sofrem por seu Nome. Ele é o verdadeiro Deus e quem crê n’Éle, é um verdadeiro sábio”.
Com estas palavras, os companheiros foram ante o Magistrado: “Teu advogado Teófilo que lutou e perseguiu aos cristãos até à morte, está louvando e bendizendo o nome de não sei que Jesus Cristo e muitos crêem na sua pregação”.
Teófilo confessou: “Louvo a Cristo a quem até hoje, neguei”. Disse-lhe o Magistrado: “Me surpreende que tu, homem prudente, pronuncies esse nome, se antes havias perseguido a quantos o nomeavam”. Teófilo respondeu: “Agora creio que Ele é o verdadeiro Deus porque me tirou do erro e me conduziu à via recta.”
Acrescentou o Magistrado: “Todos crescem na sabedoria, los sábios chegam a ser mais sábios; tu em troca, de sábio te fazes ignorante, chamas Deus Àquele que foi crucificado pelos judeus segundo dizem os cristãos”.
Disse Teófilo: “Ouvi que foi crucificado e por isto, em meu erro, cria que não fosse Deus, mas me arrependo de meus pecados e blasfémias, e professo que Cristo é Deus”.
Continuou o Magistrado “E onde e como te fizeste cristão, se até hoje havias adorado a nossos deuses?”. Contestou Teófilo: “Desde o momento em que pronunciei o nome de Cristo, acreditei n´Ele, e me converti em cristão. Creio com todo meu coração em Cristo imortal, filho de Deus, prego seu Nome santo, imaculado, no qual não há engano como em teus deuses” . “¿Queres dizer que nossos deuses são impostores?” perguntou Saprizio.
Teófilo disse: “Mentiria se digo que não há falsidade nestes simulacros que o homem há talhado da madeira, há fundido do bronze, há limado do ferro, há modelado do chumbo, custodiados pelos modelos, entretecidos pelas teias de aranha em cujas partes côncavas nascem os ratos. Como não te minto, é justo que tu aceites a Verdade e te libertes da falsidade. E como tu julgas aos mentirosos, é necessário que te libertes da mentira e te convertas à verdade que é Cristo”.
O Magistrado disse: “Infeliz Teófilo, queres morrer de uma morte execrável. Se persistes em tua necedade, ordenarei que te dêem uma morte com cruéis suplícios ”.
Respondeu Teófilo: “Eu desejo encontrar a verdadeira vida. Já tomei esta decisão e estou resolvido a isso.”
Quando estava no cavalete de tormentos exclamou: “agora sou verdadeiro cristão porque estou na cruz. (a forma do potro era como uma cruz) Graças, Oh Cristo, porque me hás concedido ser elevado em teu madeiro”.
Logo laceraram suas costas com garfos de ferro e as queimaram com tochas acesas. Antes de ser decapitado entregou seu espírito com esta oração: “Oh Cristo, Filho de Deus, creio em Ti: inscreve-me no número de teus santos”.
(Tomado das Actas do Martírio)
• Outros Santos e Beatos
Fevereiro 6 - Completando o santoral deste dia
Outros Santos e Beatos
Santo Antoliano, mártir
São Silvano, bispo e mártir
São Melis, bispo
Em Ardagh, na Irlanda, são Melis, bispo (488).
Santa Renula ou Reinildis, abadessa
São Brinolfo Algotsson, bispo
Beato Ángel de Furcio, presbítero
Em Nápoles, na Campânia, beato Ángel de Furcio, presbítero da Ordem de Santo Agostinho, insigne em seu zelo pelo reino de Deus (1327).
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português, incompletas, por sua extensão e falta de tempo, por António Fonseca
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