SANTOS DO DIA DE HOJE
SEGUNDA-FEIRA, 8 DE FEVEREIRO DE 2010
Jerónimo Emiliano, Santo
Fevereiro 8 - Padroeiro dos órfãos e da juventude abandonada
Jerónimo Emiliano, Santo
Padroeiro dos órfãos e da juventude abandonada
Fevereiro 8
Numa época em que a cultura era muito importante, mas a escola era privilégio de poucos, houve na Igreja um florescimento de santos que se impuseram como missão a instrução da juventude. Entre eles Gaetano de Thiene, António María Zacarias, Ângela de Mérici, Jerónimo Emiliano, Felipe Neri, José Calasâncio, etc.
Sabemos muito pouco dos primeiros anos de vida de São Jerónimo Emiliano (também Miano ou Miani). Nasceu em Veneza em 1486, e como todos os de famílias importantes seguiu a carreira militar. Em 1511 caiu prisioneiro em Castelnuovo enquanto lutava contra a Liga de Cambrai. Durante seu cativeiro, dedicou-se a meditar sobre o efémero do poder mundano, como lhe sucedeu dez anos depois a Santo Ignácio de Loyola. Inesperadamente foi libertado um mês depois, e então sentiu viva a vocação de se dedicar ao serviço dos pobres, dos enfermos, dos jovens abandonados e das mulheres “arrependidas”. Um campo sumamente vasto. Depois de um curto “noviciado” como penitente com Giampietro Carafa, o futuro Paulo IV, Jerónimo foi ordenado sacerdote em 1518.
Dez anos depois houve uma carestia tremenda em toda a região e logo uma epidemia de peste; então Jerónimo vendeu tudo o que tinha, inclusive os móveis de casa, e se dedicou à assistência dos empestados. Havia que enterrar os mortos, e o fazia de noite. Mas, também havia que pensar nos vivos, sobretudo nas crianças que haviam perdido a seus pais, e nas mulheres que pela necessidade se dedicavam à prostituição. Verona, Bréscia, Como, Bergamo foram o campo de sua acção benfeitora. Foi então quando em Somasca fundou a Ordem de Clérigos Regulares, destinada a ajudar às crianças órfãs e aos pobres. Os Padres Somascos foram quem realizaram o grande projecto do fundador: a instituição de escolas gratuitas para todos e em que se adoptou o método revolucionário chamado “método dialogado”.
São Jerónimo Emiliano morreu sobre o sulco: enquanto assistia aos enfermos de peste em Somasca, foi atacado pela mesma peste e morreu entre seus filhos predilectos: os pobres e os enfermos, a quem havia dedicado todos seus esforços. Era em 8 de Fevereiro de 1537. Foi canonizado em 1767, e em 1928 Pío XI o nomeou Padroeiro dos órfãos e da juventude abandonada. Antes da reforma do calendário, sua festa se celebrava em 20 de Julho.
• Jacqueline, Santa
Fevereiro 8 - Viúva
Viúva
Etimologicamente significa “usurpadora”. Vem da língua hebraica.
As amizades com os santos ou as santas sempre enriquecem. Esta jovem, encantadora, virtuosa e com muito dinheiro entabulou uma profunda amizade com são Francisco de Assis.
Se casou com o senhor Marino, mas ficou viúva muito cedo e com dois filhos. Em lugar de permanecer inactiva e chorosa, se dedicou a ajudar a seu amigo para que fizesse mais fundações.
Era muito atenta e de um trato distinto. Teve a imensa alegria de receber em seu palácio romano ao pobre de Assis, situado no monte Palatino.
Como conhecia seus gostos culinários, lhe fez um pastel de maçãs. Ele gostou tanto que lhe pôs o nome de “Frangipana” em honra de sua amiga Jacqueline.
Quando são Francisco viu que chegava a hora de sua morte, na própria véspera de seu fatal desenlace, lhe escreveu estas palavras: "Te rogo que estejas perto de mim no momento de morrer. Põe-te a caminho em seguida se é que queres ver-me vivo. Trás-me o pastel que me preparaste no dia que estive em tua preciosa casa romana".
Como é natural, a jovem viúva se pôs a caminho o mais depressa que pôde. Levava tudo o necessário para os casos de enterramento: um véu para cobrir-lhe o rosto, a almofada para repousar a cabeça, o pedaço de cilicio que rodeasse seu corpo e a cera necessária para os funerais.
Efectivamente, não pôde vê-lo com vida mas sim que ficou por lá algum tempo tratando e falando com todos aqueles e aquelas que haviam tido a sorte e a dita – como lhe ocorreu a ela – de haver tratado ao santo de Assis.
Desde então, se entregou em pleno a seguir educando a seus filhos e fazendo obras de caridade, unidas a uma fervente oração, pulmão que sustenta a vida espiritual de qualquer crente em Cristo o Senhor.
Morreu no ano 1239.
¡ Felicidades a quem levem este nome!.
• Eugénia, Santa
Fevereiro 8 - Fundadora
Era uma oração de confiança. Esta disposição ia crescendo nela cada vez mais e com maior intensidade. Centrou seu mundo interior na Eucaristia, a única que dá asas para voar pelo firmamento da santidade.
Se entregou a viver a caridade tão acima, que inclusive chegava até a preocupar-se pelas almas do purgatório.
Via tudo sob o prisma da comunhão dos santos. E pensando em tudo isto, fundou uma associação de 6.000 mulheres que buscaram e viram esta comunhão.
Para dar-se conta de que não eram sonhos seus, foi a Ars, onde estava o cura João Bautista Vianney. Fez-lhe consulta sobre seu projecto divino.
E o santo Cura de Ars, mundialmente conhecido, lhe respondeu que como era coisa de Deus, seguisse adiante.
Outra das missões destas Irmãs é a educação das crianças, sobretudo no tema da catequese e as missões.
Nasceu em Lille em 1825 e morreu em 1856.
¡Felicidades a quem leve este nome!
• Josefina Bakhita, Santa
Fevereiro 8 - Religiosa
Josefina Bakhita, Santa
Religiosa
A verdadeira fortuna é conhecer, amar e servir a Deus. O nome "Bakhita" significa "afortunada" e nossa santa certamente o é. Sem embargo, essa fortuna não lhe veio nada fácil. Bakhita é o nome que recebeu quando foi sequestrada enquanto que foi baptizada com o nome de Josefina.
De sua vida não se conhecem dados exactos. Se crê que é de Olgossa em Darfur, e que nasceu em 1869. Viveu sua infância com seus pais, três irmãos e duas irmãs, uma delas sua gémea.
Sua vida foi profundamente marcada quando uns negreiros chegaram a Olgossa e capturaram a sua irmã. Em sua biografia escreveu: "Recordo quanto chorou mamã e quanto choramos todos". Também contou sua própria experiência ao encontrar-se com os buscadores de escravos.
Quando aproximadamente tinha nove anos, passeava com uma amiga pelo campo e vimos de pronto aparecer a dois estrangeiros, dos quais um disse a minha amiga: ´Deixa a menina pequena ir ao bosque a buscar-me alguma fruta. Entretanto, tu podes continuar teu caminho, te alcançaremos dentro de pouco´. O objectivo deles era capturar-me, pelo que tinham que afastar a minha amiga para que não pudesse dar o alarme.
Sem suspeitar nada obedeci, como sempre fazia. Quando estava no bosque, me precatei que as duas pessoas estavam detrás de mim, e foi quando um deles me agarrou fortemente e o outro sacou de uma faca com a qual me ameaçou dizendo-me: ´Se gritas, morrerás! Segue-nos!´".
Foram esses homens que lhe puseram o nome Bakhita sem compreender aonde ela chegaria. Levaram a Bakhita a El Obeid onde foi vendida a cinco distintos amos no mercado de escravos. Intentou escapar, mas sem êxito. Seu quarto amo foi o pior em suas humilhações e torturas. Quando tinha uns 13 anos foi tatuada, lhe realizaram 114 incisões e para evitar infecções lhe colocaram sal durante um mês. Ela conta em sua biografia: "Sentia que ia a morrer em qualquer momento, em especial quando me colocavam o sal".
O comerciante italiano Calixto Leganini comprou a Bakhita em 1882. Era o quinto amo. Ela escreve: "Esta vez fui realmente afortunada porque o novo patrão era um homem bom e me gostava. Não fui maltratada nem humilhada, algo que me parecia completamente irreal, podendo chegar inclusive a sentir-me em paz e tranquilidade".
Em 1884 Leganini se viu na obrigação de deixar Jartum, após a chegada de tropas Mahdis. Bakhita quis seguir com seu amo quando este foi para Itália com seu amigo Augusto Michieli. A esposa de Michieli os esperava em Itália e quis ficar com um dos escravos que traziam pelo que se lhe deu a Bakhita. Com sua nova família, Bakhita trabalho de ama e amiga de Minnina, filha dos Michieli.
Em 1888 a família Michieli comprou um hotel e se mudaram para Suakin mas Bakhita decidiu ficar em Itália. Bakhita e Minnina ingressaram no noviciado do Instituto das Irmãs da Caridade em Veneza. Esta congregação, fundada em 1808, é mais conhecida como Irmãs de Canossa.
Foi no Instituto que Bakhita conheceu de verdade a Cristo e que "Deus havia permanecido em seu coração", pelo que lhe havia dado forças para poder suportar a escravidão, "mas sem nesse momento saber quem era". Recebeu ao mesmo tempo o baptismo, a primeira comunhão e a confirmação, em 9 de Janeiro de 1890, por mãos do Cardeal de Veneza. Tomou o nome cristão de Josefina Margarita Afortunada.
Ao ser baptizada expressou: "¡Aqui cheguei a converter-me numa das filhas de Deus!". Se diz que não sabia como expressar seu gozo e em sua biografia conta que no Instituto conheceu cada dia mais a Deus, "que me trouxe até aqui desta estranha forma".
A Senhora de Michieli voltou do Sudão para levar a sua filha e a Bakhita, mas com grande valentia Bakhita se negou a ir e preferiu ficar com as Irmãs de Canossa. Bakhita pôde prevalecer porque a escravidão era ilegal em Itália. Em 7 de Dezembro de 1893, aos 38 anos de idade professou na vida religiosa.
Bakhita foi trasladada a Veneza em 1902, onde trabalhou limpando, cozinhando e cuidando aos mais pobres. Nunca realizou milagres nem fenómenos sobrenaturais, mas tinha fama de santidade. Sempre foi modesta e humilde, manteve uma fé firme em seu interior e cumpriu sempre suas obrigações diárias.
Josefina Bakhita, Santa
Muito lhe custou escrever sua autobiografia em 1910, a qual foi publicada em 1930. Em 1929 se lhe ordena ir a Veneza a contar a história de sua vida. Logo da publicação de suas memórias, se fez muito conhecida e viajava por toda Itália dando conferências e recolhendo fundos para sua congregação.
Ainda que a saúde de Bakhita se tenha debilitado até seus últimos anos e ficou com muita dor em cadeira de rodas, não deixou de viajar. Faleceu em 8 de Fevereiro de 1947 em Schio, sendo suas últimas palavras: "Madonna! Madonna!"
Milhares de pessoas foram a dar-lhe o último adeus, expressando assim o respeito e admiração que sentiam para com ela. Foi velada por três dias, durante os quais, segundo conta a gente, suas articulações ainda permaneciam quentes e as madres colhiam sua mão para a colocar sobre a cabeça de seus filhos. Josefina se recorda com veneração em Schio como "Nossa Mãe Moretta".
Seus restos incorruptos foram sepultados sob o altar da igreja do convento de Schio, Itália.
AOS ALTARES
Em 1959 a diocese local começou as investigações sobre sua santidade. Em 1 de Dezembro de 1978 foi declarada Venerável. Em 17 de Maio de 1992 foi beatificada por João Paulo II, declarando-se sua festa em 8 de Fevereiro. Nessa ocasião o Papa reconheceu que ela transmitiu a mensagem de reconciliação e misericórdia.
Bakhita foi canonizada por S.S. João Paulo II em 1 de Outubro de 2000.
A história de Bakhita é a de um continente. Ela sofreu graves males em mãos de alguns cristãos mas seu coração não se encerrou. Soube perdoar aos que a ultrajaram e descobrir que aqueles agravos, ainda que cometidos por cristãos, são contrários ao caminho de Jesús. Graças às religiosas encontrou o verdadeiro rosto de Cristo e entrou na Sua Igreja. Nada, nem os maus exemplos, nos pode afastar do amor de Deus quando lhe permitimos reinar em nosso coração. Bakhita nos deixa este maravilhoso testamento de perdão por amor a Cristo: ""Se voltasse a encontrar a aqueles negreiros que me raptaram e torturaram, me ajoelharia para beijar suas mãos porque, se não tivesse sucedido isto, agora não seria cristã e religiosa".
Josefina Bakhita, Santa
O Papa a chamou "Nossa Irmã Universal".
"Se voltasse a encontrar a aqueles negreiros que me raptaram e torturaram, me ajoelharia para beijar suas mãos porque, se não tivesse sucedido isto, agora não seria cristã e religiosa".
Bakhita: "Afortunada"
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
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