Nº 969
SÃO TOMÉ (ou Tomás)
Apóstolo
Tomás, Santo
Tomé, (Tomás) nome aramaico que em grego significa o mesmo que Dídimo, ou gémeo em português, devia naturalmente ser galileu, homem do povo, muito honrado, nobre e sincero, embora com muita casca áspera e tosca, que era preciso fender para se vir a simpatizar com ele. Não possuía a graça e a medida ática dos gregos, mas tinha a sinceridade e espontaneidade do israelita verdadeiro, em que não há malícia. Carácter forte e impulsivo, muito parecido com o de S. Pedro, tem como ele momentos de soberba e obstinação, de rebeldia e egoísmo, para logo em, seguida cair desarmado, e com as lágrimas do arrependimento, aos pés de Jesus. S. João, que foi amigo particular de S. Pedro, deve ter sentido especiais simpatias por Tomé, pois é curioso o facto de só ele o mencionar, nada menos de sete vezes, no Evangelho, quando os três primeiros evangelistas apenas o recordam na lista geral dos doze apóstolos. Nos três episódios que S. João conservou, aparece sempre o mesmo carácter de Tomé; pronto e impulsivo, mas nobre e leal.
Tomás, Santo
Tinha-se retirado o Senhor de Jerusalém, porque os dirigentes judaicos estavam excessivamente apaixonados contra Ele e seus discípulos, e queria serenassem um pouco as águas revoltas. Por causa da morte de Lázaro, anunciou querer voltar à Judeia e aproximar-Se da capital. Os Apóstolos, na maioria, devem ter posto cara de horror e espanto, temerosos por si próprios e pelo Mestre também. É o momento de Tomé se manifestar. É espírito forte, nascido para lutar e descobrir o seu valor, quando os outros temem. «Vamos nós também, para morrermos com Ele». A viagem a Jerusalém apresentava-se com sombras de morte. Os inimigos tomavam as coisas a sério e estavam dispostos a acabar com o Mestre e com os discípulos. Calam-se e temem todos. Tomé não se deixa arrastar e reage; está disposto a morrer por Jesus, se for necessário. Não há porque tirar-lhes o mérito, mas nos Apóstolos, até à vinda do Espírito Santo, prevalece a natureza sobre a graça. Foi acto de fidelidade de Tomé à amizade com Jesus, baseado no seu carácter pessoal e pundonoroso. Na noite de Quinta-feira Santa, Jesus está comovido e os discípulos vêem-se aflitos e desanimados por causa da tempestade que se aproxima e pela despedida definitiva que lhes anuncia o Mestre. Este procura consolá-los com a perspectiva da sua assistência e das moradas que vai preparar-lhes no céu. Os Apóstolos calam-se e mostram caras tristes. Neste ambiente de depressão geral, Tomé vai singularizar-se com uma saída impulsiva e menos a propósito que a referida, do Jordão. «Vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho», diz Jesus. Tomé, menos meditativo e sereno do que João para refletir e entender as palavras do Mestre, intervém rápido e responde: «Senhor, nós não sabemos para onde vais; como podemos saber o caminho?» Feliz intervenção a de Tomé, pois nos mereceu a sentença profundamente consoladora: «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida!». A terceira façanha de Tomé foi de maior alcance ainda e realizou-se depois da Ressurreição do Senhor. É sempre o mesmo: a espiga altiva que tem de sobressair sobre as do monte. Quando os seus companheiros foram cobardes ou tristes em seguir a Jesus, Tomé mostrou-se valente e animoso; mas quando eles estão animosos e alegres, ele fará de lastro na barquinha comum. No jardim das Oliveiras deu-se a geral dispersão dos Apóstolos. isto sucedeu na noite de Quinta-feira. No domingo encontramos reunidos um grupo numeroso. Não podiam faltar Pedro e João. O sepulcro começa a ser objecto de idas e vindas. Vem a Madalena, dizendo que não está o corpo do mestre no sepulcro. Em seguida, as outras mulheres que viram uns anjos. Pedro e João confirmam a mensagem. Dois dos discípulos enfastiam-se daquele ambiente de temor e ansiedade, e saem de Jerusalém. Têm a sorte de Jesus lhes aparecer no caminho e de Se lhes dar a conhecer no partir do pão. Voltam apressados ao Cenáculo e falta-lhes o tempo e respiração para anunciar que viram o Senhor Ressuscitado. Os que estavam dentro respondem que também Pedro O viu. Nisto, Jesus apresenta-Se no meio deles, estando fechadas as portas e janelas. A primeira impressão de susto e surpresa desaparece, e apoderam-se de todos grande alegria, paz e fé, ao ouvirem a voz conhecidíssima do Senhor. «A paz esteja convosco; não temais, sou Eu». Come com eles um pedaço de peixe com mel, que lhes tinha sobrado, conversa como pai com os filhos e desaparece. Todos ficam inteiramente persuadidos da realidade da Ressurreição. Tinha-os avisado antes muitas vezes: era preciso que morresse; mas não havia razão para temores, ressuscitaria com certeza ao terceiro dia. Não Se enganava, é o Senhor. Ressuscitou de verdade. Este o ambiente que reina entre os Apóstolos; fé, optimismo, paz e alegria, satisfação intima e posse da verdade. Mas Tomé esteve fora e volta ainda sobre a impressão da Quinta e Sexta-feira santas. Com a alma ensombrada entra no Cenáculo, que é agora todo luz e claridade. O embate foi violento. Falam-lhe, contam-lhe, querem contagiá-lo; mas ele não se deixa influenciar por ninguém,. Não crê na Ressurreição.embora todos o afirmem. Sabe que o Senhor morreu na cruz e que um soldado lhe atravessou o peito, que o embrulharam num lençol e o enterraram e, mesmo diante do testemunho de todos, está disposto a não crer que aquele corpo despedaçado vive, enquanto ele mesmo, com os seus próprios dedos e as suas próprias mãos, não se certifique que vive, apalpando as chagas das mãos e do peito. Ele não se alimenta de ilusões e fantasmas, mas de puras realidades. Pobre Tomé! Que cego que está! Como fala na obscuridade! Ignora os caminhos e as obras de Deus. Para o caso de ser verdade o que lhe dizem todos os seus companheiros, com tantos pormenores… já não se aparta deles, fica com a sua dúvida no interior, mas ufanando-se exteriormente, sem esmorecer, de espírito crítico e forte. No domingo seguinte, estão todos reunidos no Cenáculo, e Jesus de novo no meio deles. Entrou não se sabe como, porque também hoje estão as portas e as janelas bem fechadas. Dirige-Se a Tomé. Este, no interior, comove-se, e enxerga, fixo e firme, a aparição.«Tomé, diz-lhe Jesus, chega aqui o teu dedo e vê as minhas mãos; aproxima a tua mão e mete-a no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente». Quem referiu a Jesus esta exigência de Tomé? Na sua alma não sabemos o que se passou nem se ele manteve a sua palavra de meter os dedos e a mão nas chagas do Ressuscitado. Provavelmente não o fez. Só com a sua presença, Jesus impôs-Se-lhe. «Meu Senhor e meu Deus». Com este acto de fé e de amor a Jesus, apagou a sua dureza de juízo e deixou a Igreja a melhor jaculatória. «Mais nos serviu para a nossa fé, diz S. Gregório Magno, a incredulidade de Tomé, que a fé dos discípulas fieis». Felizes os que acreditamos sem ter visto, só em virtude da palavra dos que viram!. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral e www.siticatollici.it Ascolta da RadioVaticana:
Ascolta da RadioRai: Ascolta da RadioMaria: http://santiebeati.it/
• Heliodoro, Santo
Bispo
Heliodoro, Santo
Bispo de Altino
Etimologicamente significa “dom de sol”. Vem da língua grega. É contemporâneo e amigo de São Jerónimo. Como ele, natural de Dalmácia. Acompanha ao bíblico doutor em suas correrias por Jerusalém e Belém, vivendo como anacoreta no deserto de Judeia, dedicados ao estudo e à tradução dos textos sagrados. Inteirado da morte de seu irmão, Heliodoro retorna a Itália onde cuida de sua família e instrui a seu pequeno sobrinho na vida cristã. São Jerónimo o adverte dos perigos do dinheiro e das riquezas, se aceitasse a herança paterna e conclua o voto de pobreza; mas os temores eram infundados: a caridade de Heliodoro é maior que seus muitos bens; assegurado o digno sustento de seus familiares o demais tem como únicos donos aos pobres. A comunidade de Aquileia o elege bispo e Heliodoro resulta um campeão da verdade e da interpretação bíblica contra tanta heresia, junto a são Ambrósio de Milão ou a seu entranhável Jerónimo. Falece em redor do ano 410.
• Guntier de Bretanha, Santo
Ermitão
Guntier de Bretanha, Santo
Para Deus não há acepção de pessoas. Todas, seja qual seja a profissão ou o posto social a que pertençam, estão chamadas à perfeição. Situa-te no ano 500. Gunter era um príncipe do País de Gales. Todas as terras e possessões que tinha viu que não eram nada comparadas com o amor e a ânsia de perfeição que latia dentro de si. E em plena juventude, quando a vida se abre como primavera, ele, em lugar de fazer como os demais, se sentia chamado à vida de ermitão. Que coisa mais rara! Pois assim é. Sem embargo, cada um que tenha a cabeça sobre os ombros, busca a felicidade onde pode encontrá-la. Foi para a ilha de Groie. O governador entregou-lhe uns terrenos para que construísse um mosteiro. Fez-lhe a doação com muito agrado porque havia ficado impressionado por seu aspecto de austeridade, sua alta santidad e seus desejos imensos de fazer o bem.A abadia se conhece com o nome de Kemperle por estar situada entre o Isol e os rios Wile. Se conta que houve uma vez uma grande praga de insectos que ameaçavam destruir por completo as colheitas daquele ano. O conde Guerech I de Vannes, temendo uma fome feroz nos habitantes, enviou três dignitários para que tomassem nota da realidade sobre o terreno, e ao mesmo tempo, que pedissem a santo Gunter que com suas orações evitasse a catástrofe. ¿Que fez o príncipe?Benzeu a água e ordenou que a espalhassem por todos os campos. Seguiram, por suposto, as ordens do príncipe santo. E quando ninguém o esperava, não restou nem um insecto. Durante as invasões normandas, o corpo do príncipe levou-se para a ilha Groie. Ao descobrir-se no século XI, fez-se a trasladação para a abadia de Kemperle que pertence hoje à Ordem dos Beneditinos. Há muitas igrejas que levam seu nome.¡Felicidades a quem leve este nome! Comentários a P. Felipe Santos: al Santoral">fsantossdb@hotmail.com
SANTO ANATÓLIO
Bispo (fins do século III)
Anatólio de Constantinopla, Santo
São Flaviano morreu por causa dos maus tratos que havia recebido na assembleia conciliar de Éfeso. Anatólio, que foi eleito para lhe suceder na sede de Constantinopla, foi consagrado pelo monofisita Dióscoro de Alexandria. Santo Anatólio, que era originário de Alexandria, se havia distinguido no Concilio de Éfeso como adversário do nestorianismo. Pouco depois de sua consagração episcopal, Santo Anatólio reuniu em Constantinopla um sínodo, em que ratificou solenemente a carta dogmática ("o Tomo") que o Papa São Leão havia enviado a São Flaviano, mandou a cada um de seus metropolitanos uma cópia de dita carta assim como uma condenação de Nestório e Eutiques para que as firmassem. Inmediatamente después, lo comunicó así al Papa, protestó de su ortodoxia y le pidió que le confirmase como legítimo sucesor de Flaviano. San León aceptó, pero no sin hacer notar expresamente que lo hacía "más bien por misericordia que por justicia", dado que Anatolio había admitido la consagración episcopal de manos del hereje Dióscoro. Al año siguiente, en el gran Concilio de Calcedonia, que definió la doctrina católica contra el monofisismo y el nestorianismo y reconoció, en términos precisos, la autoridad de la Santa Sede, San Anatolio desempeñó un papel de primera importancia; ocupó el primer sitio después de los legados pontificios y secundó sus esfuerzos en favor de la fe católica. Es lástima que en la décima quinta sesión, a la que no asistieron los legados pontificios, el santo se haya unido con los prelados orientales para declarar que la sede de Constantinopla sólo cedía en importancia a la de Roma, haciendo caso omiso de los derechos históricos de las sedes de Alejandría y Antioquía, las cuales, según la tradición habían sido fundadas por los Apóstoles. San León se negó a aceptar ese canon y escribió a Anatolio que "un católico, y sobre todo un sacerdote del Señor, no debería dejarse llevar por la ambición ni caer en el error." Es muy de lamentar que no poseamos ningún dato sobre la vida privada de Anatolio, ya que su carrera pública presenta ambigüedades que concuerdan mal con su fama de santidad. Baronio reprochaba a Anatolio la forma en que había sido consagrado y le acusaba de ambición, de convivencia con los herejes y de algunos otros errores. Pero los bolandistas le absuelven de tales cargos. Los católicos del rito bizantino han celebrado siempre su fiesta el 3 de julio. El santo murió en esa fecha, el año 458. Los bolandistas publicaron una biografía griega muy encomiástica, tomada de un manuscrito de París. Dicho documento es de poco peso; pero en la historia general de la Iglesia se encuentran abundantes materiales sobre San Anatolio. Véase a Hergenrbther en Photius, vol. I, pp, 66 ss; DGH., vol. II, cc. 1497-1500; y las obras de historia referentes a ese período. http://es.catholic.net/santoral
SANTO ANATÓLIO DE LAODICEIA
Bispo (nos fins do século III)
Santo Anatólio foi bispo de Laodiceia, na Síria, pelo fim do século III. Conhecemo-lo sobretudo pela História Eclesiástica de Eusébio e por S. Jerónimo. Era natural de Alexandria, no Egipto. Foi honrado com os mais invejáveis cargos da cidade. E nesta metrópole de altos estudos, o seu prestigio intelectual era grande. Brilhava na aritmética, na geometria, na astronomia, na física, na dialéctica e na retórica. Foi-lhe oferecida uma cátedra de filosofia de Aristóteles. Entre as suas obras, Eusébio cita cânones sobre a Páscoa e dez livros sobre aritmética. Não é certo que o seu trabalho sobre o cômputo pascal tenha chegado ás nossas mãos; pelo menos , foi completado. Temos fragmentos da sua obra sobre a aritmética. Em 263, ao que parece, Anatólio prestou grande serviço aos habitantes de Alexandria, ou mais exactamente no bairro de Brochium, cercado pelos Romanos. Obteve que os não combatentes pudessem sair dele sem que os inquietassem. Em seguida, Anatólio, talvez comprometido nessa revolta, dirigiu-de até à Palestina, onde o bispo de Cesareia o tomou como coadjutor com futura sucessão. Chamado a Antioquia para um concílio (o de 268 ?), Anatólio passou por Laodiceia. Esta cidade tinha como bispo o compatriota dele, Eusébio, que o ajudara na questão de Brochium. Eusébio fora retido em Laodiceia e eleito para bispo no ano de 264. Mas acabava de morrer. Os Laodiceianos apoderaram-se de Anatólio, no qual reviviam as qualidades do falecido e conseguiram retê-lo, a ele igualmente precioso, se não mesmo com vantagem! segundo S. Jerónimo, Anatólio «florescia» em Laodiceia no tempo dos imperadores Probo e Caro, isto é, entre 276 e 283. www.jesuitas.pt, do livro SANTOS DE CADA DIA
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92833 > Sant’ Anatolio Patriarca di Costantinopoli 3 luglio MR
60480 > Sant' Anatolio di Laodicea 3 luglio MR
91153 > Sant' Eliodoro Vescovo 3 luglio MR
93422 > San Filippo Phan Van Minh Sacerdote e martire 3 luglio MR
60525 > San Germano di Man Vescovo 3 luglio
60510 > San Giuseppe Nguyen Dinh Uyen Martire 3 luglio MR
60550 > San Leone II Papa 3 luglio MR
93030 > Santi Marco e Mociano Martiri 3 luglio MR
92205 > Beata Maria Anna Mogas Fontcuberta Fondatrice 3 luglio MR
60490 > Santi Memnone e Severo Martiri 3 luglio MR
60520 > Santi Pietro Zhao Mingzhen e Giovan Battista Zhao Mingxi Martiri 3 luglio MR
91711 > San Raymond Gayrard Canonico di Tolosa 3 luglio MR
21150 > San Tommaso Apostolo 3 luglio - Festa MR
Transcrições dos sites: http://es.catholic.net/santoral - www.jesuitas.pt – Livro SANTOS DE CADA DIA - WWW.SITICATOLLICI.IT
Recolha e transcrição (com tradução de espanhol para português de algumas biografias) por
António Fonseca
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