Nº 997-2
Do livro A Religião de Jesus, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com:
tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente. AF.
31 de Julho
18º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mt 14, 13-21
Jesus quando isto ouviu, retirou-Se dali numa barca, para um lugar solitário e afastado; mas o povo, quando soube disto, segui-O a pé, desde as cidades. Desembarcando, viu Jesus uma grande multidão, e possuído de grande compaixão por ela, curou os seus enfermos. Ao entardecer, os discípulos abeiraram-se d’Ele e disseram-Lhe: «Este sítio é deserto e a hora já é avançada; manda embora toda esta gente para ir às povoações comprara alimento». Mas Jesus disse-lhes: «Não é preciso que vão; dai-lhes vós de comer». «Não temos aqui senão cinco pães e dois peixes», responderam. «Trazei-mos cá», disse Ele. E, depois de ordenar à multidão que se sentasse na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos ao céu e pronunciou a bênção; partiu, depois, os pães e deu-os aos discípulos, e estes à multidão. Todos comeram e ficaram saciados; e com o que sobejou encheram doze cestos! Ora, os que comeram eram uns cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
1. Não se interpreta corretamente este episódio, tantas vezes recordado, quando se reduz a uma demonstração do poder de Jesus; ou quando se vê aqui somente a solução de um problema social, a fome no mundo. Por suposto, há elementos do relato que nos remetem a essas duas coisas. Mas o fundo do assunto é algo que vai mais à raiz dos problemas desta vida.
2. Tudo começa fazendo menção da “comoção visceral” (entranhável) que sentiu Jesus ao ver aquela gente de um povo desamparado e sem esperança. Jesus via ali, por suposto, um problema social e suas causas (o problema político que suportava a Galileia). Mas Jesus via mais; dava-se conta do desamparo e da solidão daquelas gentes. O que estava em jogo era o desamparo do poder político, do poder económico e do poder religioso.
3. Isto suposto, Jesus não se dedicou a denunciar os poderosos ou os sacerdotes; O que fez foi acolher aquela gente, curou os enfermos e organizou a coisa para que ali se vivesse uma abundante e gozosa “refeição”: saciar-se, mas todos sentados comodamente, compartilhando o mesmo pão. Quer dizer, compartilhando a mesma vida, e, sobretudo, fez quilo de forma que, em seus gestos (levantar a vista ao céu, benzer, partir o pão, reparti-lo…) realizou o anúncio da Eucaristia. Ou seja, uma experiência humana de gozo e satisfação (curas, comida abundante e compartilhada com outros), mas provocada de forma que tudo brotou duma profunda bondade, de uma humanidade, de uma ternura excessiva. E tudo terminou em promessa da presença e da memória que perpétua os gestos geniais que ali se viveram. Assim, e só assim, a eucaristia é solução que toca fundo; além disso perdura para sempre.
Compilação por
António Fonseca
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http://bibliaonline.com.br/acf; http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt
NOTA FINAL: Desejo esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO. Desculpem e obrigado. AF.
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