sábado, 29 de junho de 2013

Nº 1696 - (180-13) – 1ª Página - SANTOS DE CADA DIA - 29 DE JUNHO DE 2013 - 5º ANO


Nº 1696


29 DE JUNHO DE 2013



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Nº 1696 - (180-13) – 1ª Página

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E U   S O U



AQUELE   QUE   SOU

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PEDRO, Principe dos Apóstolos
(Ano de 64)

Pedro, Santo
(Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja)
 
    S. Pedro foi príncipe dos Apóstoloscabeça visível da Igreja de Jesus Cristocoluna imóvel da fé, como se exprime o concílio de Éfeso, pedra e base da religião, como diz o Calcedonense, vigário de Jesus Cristo na terra, cimento, diz Santo Agostinho, sobre que se fundou e sobre que assenta a Santa Igreja. Chamava-se Simão antes de subir ao apostolado. Era de Betsaida, povoação na Galileia, nas margens do lago de Genesaré, filho de Jonas ou João, de condição muito obscura, pescador de mister, mas homem de muita bondade. Não se sabe ao certo o ano em que nasceu. Tendo casado em Cafarnaum, o porto mais célebre daquele grande lago, chamado em todo o país o mar de Tiberiades, aí residia em companhia do irmão, André. Era este discípulo do Baptista, e tendo visto a Jesus, de quem, ouvira dizer a seu mestre que era o verdadeiro Messias, deu esta notícia ao irmão Simão, dizendo-lhe: «Vi o Messias». Simão, que era de natural vivo e ardente, e que, cheio de religião, suspirava pela vinda do Messias, não deixou sossegar André enquanto este o não levou a ver o Salvador. No dia seguinte foram juntos procurá-Lo. Logo que o Filho de Deus viu o nosso Santo, disse-lhe com a sua particular bondade, que bem mostrava não sei que assinalado amor: «Simão. filho de Jonas, assim te tens chamado até agora; mas daqui em diante quero que te chames Cefas, que quer dizer Pedro». Ficaram os dois irmãos com o Salvador aquele dia, e desde então se declarou Pedro por um de seus mais fervorosos discípulos. De volta a sua casa, ganhou para Jesus Cristo toda a família, e ainda prosseguia em seu ordinário mister de pescador; passavam-se poucos dias em que não visse o Salvador, e tem-se por certo que se encontrou presente nas bodas de Canaã, quando o Senhor fez o primeiro milagre. Ainda não havia deixado nem o mister nem a casa, quando, voltando Cristo de Jerusalém, o encontrou com André nas margens do lago, levantando as redes. Entrou o Senhor no barco, e disse a Pedro que levasse pelo mar fora a sítio mais profundo, onde teriam boa pesca. «Mestre, disse-Lhe, toda a noite nos temos afadigado inutilmente sem ter colhido nada; mas já que me mandais, vou deitar a rede à vossa ordem». Foi extraordinária a pesca; atónito, S. Pedro lançou-se aos pés do Salvador, dizendo-lhe: «Senhor, eu sou o grande pecador, não sou digno de aparecer na vossa presença». Levantou-o o Senhor e disse-lhe: «Tem confiança e segue-Me»; quero que, sem deixares o ofício, o melhores; «daqui nem diante serás pescador de homens». Fez tanto efeito no espírito e no coração do Santo a graça de vocação, encerrada nestas palavras, que no mesmo instante deixou tudo; e dando-lhe permissão sua mulher, nunca mais se apartou do lado do Salvador. Em todas as ocasiões se traduziu o amor e ternura que por Ele professava. Uma noite velejava no lago em companhia dos demais discípulos, e vendo vir Cristo para eles sobre as águas, impaciente Pedro por se arrojar a seus pés, disse-lhe: «Senhor, mandai-me ir também a Vós sobre as ondas, antes que entreis no barco». «Vem», respondeu-lhe o Salvador. Obedeceu Pedro, saltou ao mar com intrepidez; o vento refrescou um pouco, e como viu que se ia afundando, teve medo e exclamou: “Senhor, salvai-me». Colheu-o o Salvador pela mão, e repreendeu-o brandamente, dizendo-lhe: «Homem de pouca fé, porque duvidaste?» Mas no meio disto ia crescendo a fé com o seu amor. Explicou o Salvador aos discípulos em Cafarnaum o mistério da Eucaristia; pareceu duro e muitos deles, que principiaram a desconfiar da sua doutrina, retiraram-se. Votando-se então o Senhor para os doze que escolhera para apóstolos, disse-lhes: «E vós não vos ides também?» Tomou Pedro a palavra e respondeu em nome de todos: «Senhor, aonde é que iremos? Só vossas palavras nos ensinam o caminho da vida eterna, e estamos bem persuadidos de que sois o verdadeiro Messias».
    Não foi só esta a única confissão pública que fez Pedro da sua fé. Perguntou Jesus aos discípulos o que se dizia d’Ele na Judeia e em que reputação era tido? Responderam que uns O tinham por João Baptista ressuscitado; outros por Elias; outros por Jeremias, ou enfim por algum dos profetas. «E vós, replicou-lhes o Salvador, quem dizeis que Eu sou?» Pedro de novo toma a palavra em nome de todos e com a sua natural vivacidade e costumado fervor responde: «Vós, Senhor, sois o Cristo, Filho de Deus vivo». «E tu, Simão, filho de Jonas (replicou o Salvadorés bem-aventurado, porque essa importante verdade não ta revelou a carne, nem o sangue», tão sublime conhecimento nem é, nem pode ser, efeito da razão natural, «meu Pai celestial te iluminou, para que soubesses quem Eu era» e agora vou Eu dizer-te a ti o que és desde este momento: «Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja»; debaixo do meu poder serás a sua base, não menos que a sua defesa. «Em vão se armará todo o inferno contra ela»; poderá combatê-la com heresias, persegui-la pelos tiranos e ainda oprimi-la; mas «o todo do edifício», cuja base te constituo deste esta hora, «jamais trepidará». Todas as seitas que houverem de levantar-se na série dos séculos hão-de fundar-se sobre areia, porque não terão por fundamento esta pedra. «Dar-te-ei a chave do reino dos Céus: àqueles a quem tu abrires as portas, franquear-se-lhes-ão; e àqueles a a quem as cerrares, ser-lhes-ão cerradas», porque a justiça do céu confirmará as sentenças que tu pronunciares na terra. Serás nela o meu vigário e quanto dispuseres em meu nome será ratificado por Mim. Concordam os Santos Padres em que desde este momento ficou Pedro constituído príncipe dos apóstolos, pedra fundamental da religião e cabeça visível da Igreja. Crescia com a fé o amor que professava a Jesus Cristo. certo dia, o Filho de Deus declarou aos apóstolos que era indispensável passar a Jerusalém e padecer nesta cidade as maiores ignomínias e sofrer morte afrontosa; horrorizado o nosso Santo ao ouvir isto, saiu-se com esta exclamação espontânea: «Que dizeis, Senhor! Não queira Deus que tal suceda», e que nós o permitamos; prontos estamos a a defender-vos, ainda que seja à custa da própria vida. Repreendeu-o o Salvador com severidade, dizendo-lhe: «Aparta-te de Mim e sai da minha presença, se hás-de falar dessa maneira. Fazes o ofício de Satanás sem o perceberes, pois pretendes estorvar a obra da Redenção». Bem conhecia Jesus Cristo o amoroso principio donde nascia este indiscreto zelo; e assim, passados cinco dias, o escolheu para testemunha da sua gloriosa transfiguração no Tabor, onde, deslumbrado o apóstolo pelos resplendores da glória que jorravam da face do Salvador, exclamou estático e gozoso; «Belo sítio é este, aqui sim, é que devíamos estar». Em todas as ocasiões distinguira Cristo o nosso Santo com algum especial favor. Dispôs que fosse ele quem achasse dentro de um peixe uma moeda de quatro dracmas para pagar a César o tributo em nome dos dois, e quando se aproximava o tempo da paixão, enviou Pedro e João, para que arranjassem o Cenáculo, onde havia de celebrar a Páscoa. Concluída a ceia, tendo ido o divino Salvador lavar os pés aos apóstolos, começou por S. Pedro; mas, cheio de confusão, quando viu a seus pés o divino Mestre, retirou-os prontamente, protestando que nunca o consentiria; porém, ameaçando o Salvador com não o reconhecer por seu se não se deixasse lavar, atemorizado Pedro com tão formidável ameaça, exclamou fervoroso: «Que dizeis Senhor! Não só deixarei lavar os pés, mas as mãos e a cabeça antes do que desagradar-Vos». Contente o Salvador com esta disposição, disse-lhe que o demónio faria todos os seus esforços para o derribar; mas que Ele tinha feito oração a seu Eterno Pai, a fim de que, se chegasse a titubear com a tentação, logo voltasse a fortalecer-se mais do que nunca lhe sobrassem forças para alentar e fortificar a seus irmãos. Nenhum discípulo professou amor mais abrasado ao divino Mestre, ainda que todos os outros O abandonassem, não obstante a profecia em contrário que acabava de ouvir. Tardou pouco em dar mostras do seu zelo, quando, ao ver no Horto das Oliveiras os soldados lançarem mão do seu Mestre, puxou da espada e descarregou tal golpe em Malco, que lhe deitou ao chão uma orelha, ação que o Salvador repreendeu. Preso o Pastor, dispersaram-se as ovelhas. Só Pedro, em companhia de João, teve coragem para o seguir Cristo até casa de Caifás, mas, reconhecido como um dos discípulos, caiu na fraqueza de negar por três vezes que conhecesse tal homem. Despertou-lhe a lembrança da sua miséria o canto do galo, como lho havia prognosticado o Salvador. Foi inexplicável o seu arrependimento e a sua dor; retirou-se desfeito em lágrimas, e três dias inteiros passou em amargo pranto sem se atrever a aparecer diante da gente. Reparou a sua queda com generosa contrição, pelo que nem o discípulo perdeu nada do ardente amor que professava ao divino Mestre, nem o Mestre diminuiu um pouco da ternura com que olhava o seu caro discípulo; e por isso, logo que ressuscitou, apareceu em particular a S. Pedro. Esta ternura nunca se mostrou tão claramente como nas perguntas que lhe dirigiu junto ao mar de Tiberiades, poucos dias antes da sua gloriosa ascensão aos céus. Perguntando-lhe três vezes, em presença dos demais apóstolos, se O amava mais do que todos, escarmentado Pedro com as quedas precedentes, respondeu com sinceridade que, pois o mesmo Senhor conhecia bem todas as coisas, sabia igualmente o amor que lhe tinha. «Apascenta os meus cordeiros, lhe respondeu o Salvadorapascenta as minhas ovelhas», e com estas palavras, disse Santo Agostinho, confirmou a Pedro no primado que lhe havia conferido, entregando-lhe o cuidado de todo o rebanho. O primeiro ato de autoridade que exerceu S. Pedro foi propor aos Apóstolos a eleição que se devia fazer de um indivíduo que tomasse o lugar de Judas. Logo que o Espírito Santo baixou sobre os Apóstolos, no dia de PentecostesPedro, como cabeça da Igreja, pregou um sermão tão enérgico, tão eloquente, tão eficaz à multidão que se encontrava às portas do Cenáculo, que três mil pessoas receberam o baptismo. Entrou depois no templo, acompanhado de S. João; e encontrando á porta um pobre de quarenta anos tolhido de nascença, mandou-lhe em nome de Jesus Cristo que se levantasse; o paralítico fê-lo imediatamente e foi saltando de contente por toda a cidade, publicando em altos gritos a maravilha. A este prodígio correu o povo a rodear os apóstolos. Aproveitando Pedro tão bela ocasião, falou de Jesus Cristo com tanta eloquência, com tanto espírito e com tanta unção, que nesse dia converteu cinco mil pessoas. Como estas maravilhas faziam tanto ruído, não era fácil que a recém-nascida Igreja gozasse por muito tempo a paz. os dois apóstolos foram presos e interrogados em nome de quem tinham operado o milagre; Pedro respondeu intrepidamente que em nome do mesmo Jesus Cristo que eles haviam crucificado. Proibiram-lhes continuar a falar de tal Cristo ou da sua doutrina; ao que respondeu com uma firmeza que os deixou atónitos: «Considerai se será justo obedecer-vos, antes do que a Deus», o qual nos manda publicar a ressurreição do Salvador, da qual nós mesmos fomos testemunhas. Cada dia crescia o número dos fiéis, e cada dia se mostrava Pedro mais poderoso em obras e em palavras. Aquele que dias antes era um pobre pescador, rústico e grosseiro, falava agora como grande doutor da lei. Todas as suas palavras eram oráculos; multiplicavam-se em suas mãos as maravilhas; punham os enfermos nas ruas e nas praças públicas, para que a sombra de Pedro os tocasse e no mesmo instante ficavam curados. Tantos prodígios forçosamente o haviam de pôr em sobressalto os magistrados; mandaram-no prender, açoutaram-no cruelmente; Pedro não cabia em si de contente por ser digno de padecer estas afrontas por Jesus Cristo.
    Por ocasião da terrível perseguição que se seguiu à morte do proto-mártir Santo Estêvão, saíram os discípulos de S. Pedro a pregar o Evangelho fora dos termos da Judeia. Convertidos já os de Samaria, passou o apóstolo a esta província, juntamente com S. João, para tornar os fiéis participantes do Espírito Santo, administrando-lhes o sacramento da confirmação. Ao voltar da Samaria, entrou na cidade de Lida; vendo um paralítico, chamado Eneias, estendido sobre a cama, onde havia oito anos que jazia, disse-lhe: «Eneias, o Senhor Jesus Cristo te salva; levanta-te e leva a tua cama». Levantou-se logo Eneias, publicou o milagre e o seu autor; e toda a cidade recebeu o baptismo. Repetiam-se a cada passo os prodígios e a cada passo se dilatavam as conquistas para Jesus Cristo. Morreu em Jope uma virtuosa viúva, chamada Tabita; S. Pedro chegou a esta cidade dois dias depois da sua morte; fez oração junto do cadáver, à vista de todo o povo; manda a Tabita que se levante em nome de Jesus Cristo; Tabita abre os olhos, levanta-se do ataúde e toda a cidade de Jope reclama o baptismo. Nesta cidade teve Pedro aquela misteriosa visão, em que Deus lhe manifestou que, tendo seu Filho morrido por todos os homens, nenhum povo ou nação era excluída do beneficio da redenção. Estava um dia em oração, à hora do meio-dia, quando, arrebatado de repente em êxtase, viu abrir-se o céu, baixar dele um suporte em figura de lençol, contendo toda a espécie de animais, répteis, quadrúpedes, aves,e ao mesmo tempo ouviu uma voz que lhe disse: «Pedro levanta-te, mata e come». - «Não permita Deus, replicou Pedroque eu coma coisa profana e imunda». Porém a mesma voz replicou: «Não chames imundo, nem profano, o que já purificou o próprio Deus». O apóstolo voltou em si do rapto, e ainda não compreendia bem o que significava a visão, quando entraram em sua casa os criados de um oficial, chamado Cornélio, natural de Roma, que comandava um corpo de infantaria da legião italiana, aquartelada em Cesareia. Pela comissão que traziam, claramente conheceu o sentido da visão, isto é, que também devia pregar a fé aos gentios, pois não era só para os habitantes da Judeia. Partiu sem demora para Cesareia; encontrou Cornélio que o esperava rodeado de gente; pregou-lhes, instruiu-os; e ainda não tinha acabado de falar quando baixou sobre todos o Espírito Santo visivelmente, em forma de brilhante resplendor. Seguiu-se o baptismo à vinda do Espírito Santo; de volta á Judeia, contou Pedro a toda a Igreja as misericórdias do Senhor, pelo que os fieis glorificaram a Deus por se ter dignado fazer participantes os gentios, como os Judeus, do dom da penitência para a salvação. À vocação dos gentios seguiu-se muito de perto a dispersão que o Espírito Santo fez dos apóstolos, para que fossem anunciar o Evangelho a todas as partes do universo. Tocou a Pedro nesta distribuição ir pregar à capital do mundo; e sendo Antioquia a capital do oriente, deu princípio por ela, fundando aquela Igreja onde os discípulos começaram a chamar-se «cristãos». S. Pedro manteve poucos anos a sua cadeira naquela cidade. Depois de percorrer grande parte da Ásia, anunciando Jesus Cristo aos Judeus, espalhados pelo Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, voltou a Jerusalém, onde se deteve algum tempo. Renovou-se com o maior furiosa perseguição contra os fieis em Jerusalém. Querendo Herodes Agripa congraçar-se com os Judeus, tirou a vida ao apóstolo S. Tiago, e persuadido de que daria o maior gosto à nação em fazer o mesmo a S. Pedro, que era a cabeça dos outros, mandou prendê-lo; mas como era o tempo da Páscoa, em que não podia castigar-se nenhum delinquente, deu ordem para que fosse bem custodiado no cárcere, nomeando para este fim dezasseis soldados que se revezariam de quatro em quatro, sem o perder nunca de vista. Era seu intento tirar-lhe a vida depois de passar a Páscoa, e dar prazer ao povo com um espetáculo tanto do seu gosto; mas ouviu Deus as orações de toda a Igreja e confundiu o tirano, porque na noite anterior ao dia assinalado para a execução, o anjo do Senhor apareceu no cárcere, despertou Pedro, a quem as cadeias com que estava preso caíram; abriram-se-lhe as portas de par em par; o anjo do Senhor conduziu-o até ao cabo da rua e desapareceu. Foi-se direito S. Pedro a casa de Mariamãe de João Marcos, onde se haviam reunido muitos fiéis e estavam em oração; bateu à porta; saiu silenciosamente uma donzela por nome Rode a ver quem chamava; conheceu o apóstolo pela voz e foi tamanha a sua alegria que, em lugar de ir abrir a porta, correu apressada a dar a notícia aos que estavam dentro. Disseram-lhe que estava louca; ela replicou: «Repito que é ele, e que pela voz o conheci». Entretanto, continuava S. Pedro chamando; abriram afinal e é fácil de imaginar qual seria a admiração e o gozo de todos quantos o viram; e mais ainda quando lhes referiu circunstanciadamente tudo o que se havia passado e o modo porque estava livre do cárcere e das cadeias. Depois deste sucesso, percorreu o apóstolo outra vez quase toda a Judeia e uma parte da Ásia para animar os fiéis com santo fervor; tendo permanecido por algum tempo em Antioquia, passou a Roma pelo ano 43 e nela fixou a sua cadeira pontifical. «Dispô-lo assim a divina Providência, diz S. Leão, para aquela cidade, que era a cabeça do mundo, ser também o centro da religião e a escola da verdade, depois de o ter sido do erro, ficando constituída por mestra das demais Igrejas da terra».
    De Roma escreveu S. Pedro a sua primeira epístola aos fiéis do Oriente. E a data é de Babilónia, porque assim chamava àquela capital do mundo pagão; não obstante, a fé fazia nela maravilhosos progressos pelos desvelos do apóstolo e de seus discípulos. Na mesma cidade escreveu Marcos o seu Evangelho, que S. Pedro aprovou para satisfazer a devoção dos fiéis que nela havia. Aos três ou quatro anos da sua residência em Roma, publicou-se o decreto do imperador Cláudio, para que saíssem da cidade todos os judeus. Partiu Pedro para Jerusalém, onde presidiu ao concílio em que se definiu que a lei do Evangelho abolira a da circuncisão. As decisões foram levadas a Antioquia por S. Paulo e S. Barnabé. Veio também S. Pedro a essa cidade e não teve escrúpulo em se misturar com os gentios convertidos à fé, comendo com eles sem fazer diferença de viandas. Mas informado de que isto escandalizava os Judeus, absteve-se de o fazer por mera complacência. Não pareceu bem, a S. Paulo esta nímia condescendência, e com santa liberdade lhe disse que semelhante atitude podia levar a crer que ainda subsistia a obrigação de observar a lei antiga. Rendeu-se S. Pedro à advertência de S. Paulo «e o que era príncipe dos apóstolos e cabeça da Igreja, diz santo Agostinho, não se valeu da sua primazia; cedeu a autoridade à modéstia». Não considerou, observa S. Gregório, que S. Paulo era inferior a ele, e admitiu docilmente a sua repreensão: Ecce a minore reprehenditur, et reprehendi non dedignatur. Restituído a Roma, dedicou-se a cultivar a vinha do Senhor que havia plantado e que era já o modelo de todas as Igrejas, custando-lhe este cultivo imensos trabalhos e fadigas. Mas não se limitava a Roma a sua pastoral solicitude, antes se dilatava a toda a Igreja, à qual escreveu a sua segunda epistola, dirigida a todos os fieis em geral. Afirmam alguns Santos Padres que percorrera todas partes do mundo, desprezando os perigos e as perseguições que lhe suscitavam os Judeus e os gentios. Diz-se que de Roma levara ele próprio o Evangelho a várias províncias da Europa; e quando não fosse em pessoa, tem-se por certo que o fez por meio de discípulos. Muitas Igrejas de França, Itália, Espanha, Inglaterra, África e Sicília e ilhas adjacentes conservam, os nomes dos seus primeiros bispos, persuadidas de que foram discípulos de S. PEDRO. Enquanto S. Pedro trabalhava em Roma tão gloriosamente chegou a esta cidade S. Paulo, dispondo-o assim a divina Providência para que os dois maiores luminares do mundo cristão terminassem a sua carreira na capital do universo e a ilustrassem com o seu glorioso martírio. Os milagres feitos em Roma por um e outro apóstolo inflamaram a mais terrível das perseguições no reinado do ímpio Nero. Fugindo da tempestade, assim se conta, saía um dia o apóstolo para se retirar de Roma, quando à porta dela encontrou o Salvador, como quem ia para entrar. Não lhe pareceu novidade a visão, por estar acostumado a muitas semelhantes, e assim lhe perguntou sem estranheza: «Senhor, aonde ides?» «Vou a Roma, respondeu-lhe Jesus Cristo, a ser crucificado de novo». Compreendeu o apóstolo o que queria dizer, e ocorrendo-lhe então à memória o que o Senhor lhe havia prognosticado, antes e depois da ressurreição, voltou para trás e dispôs-se para o martírio. Há também a velha tradição seguinte: No mesmo dia foi preso e conduzido ao cárcere Mamertino, junto do Capitólio, onde esteve nove meses com S. Paulo, acrescentando em cada dia conquistas para Jesus Cristo, pois foram convertidos e batizados por S. Pedro dois dos seus guardas, Processo e Martiniano, com quarenta e sete pessoas que estavam na mesma prisão. Enfim, depois de empregar a vida a fazer conhecer e amar a Jesus Cristo, depois de contribuir com tão imensos trabalhos para fundar e estabelecer a Igreja em todo o Universo, mas muito particularmente na capital do mundo, viu finalmente aproximar-se o tempo, prognosticado por Jesus Cristo, em que outro havia de o cingir e conduzir aonde naturalmente não quereria. Tiraram-no do cárcere e levaram-no à outra banda do Tibre, ao Vaticano. Seguindo outra tradição, queriam crucificá-lo ao modo ordinário; mas conseguiu dos verdugos que o pregassem na cruz de cabeça para baixo, porque disse que não merecia ser tratado como o seu divino Mestre. É o que nos dizem Orígenes e S. Jerónimo. Foi sepultado o príncipe dos apóstolos muito perto, e desde então foi o seu sepulcro, depois do de Jesus Cristo, o mais respeitável e o mais respeitado de todo o mundo cristão; começando na terra o culto dos dois apóstolos S. Pedro e S. Paulo quase ao mesmo tempo que teve principio a sua eterna felicidade no céu. Logo que o imperador Constantino deu a paz à Igreja, levantaram-se sumptuosíssimos templos em toda a parte, em honra dos dois santos. No dia 18 de Novembro celebra a Igreja a dedicação das duas formosas basílicas fundadas em Roma em honra dos apóstolos S. Pedro e S. Paulo, cuja construção se deveu ao grande Constantino e a dedicação ao papa Silvestre. Mas ambas foram refeitas: a de S. Pedro, durante mais de cem anos, a partir do início do século XVI; e a de S. Paulo (menos completamente) , desde o incêndio que sofreu em 1823, até ser reinaugurada em 1854. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral, e www.santiebeati.it, além de outros Martirológios. ¡Felicidades a quem leve este nome!
      São Pedro foi um dos doze apóstolos de Jesús. Seu nome era Simão, mas Jesús o chamou Cefas que significa “pedra” e lhe disse que seria a pedra sobre a que edificaria Sua Igreja. Por esta razão, o conhecemos como Pedro. Era pescador de oficio e Jesús chamou-o a ser pescador de homens, para lhes dar a conhecer o amor de Deus e a mensagem de salvação. Ele aceitou e deixou sua barca, suas redes e sua casa para seguir a Jesús. Pedro era de carácter forte e impulsivo e teve que lutar contra a comodidade e contra seu gosto por se salientar ante os demais. Não compreendeu a Cristo quando falava acerca de sacrifício, cruz e morte e até chegou a propor a Jesús um caminho mais fácil; sentia-se muito seguro de si mesmo e prometeu a Cristo que nunca o negaria, tão só umas horas antes de o negar três vezes. Viveu momentos muito importantes junto a Jesus:
    • Viu a Jesus quando caminhou sobre as águas. Ele mesmo o tentou, mas por desconfiar esteve a ponto de se afogar.
    • Presenciou a Transfiguração do Senhor.
    • Esteve presente quando prenderam a Jesus e cortou a orelha a um dos soldados atacantes.
    • Negou a Jesus três vezes, por medo aos judeus e depois arrependeu-se de o fazer.
    • Foi testemunha da Ressurreição de Jesus.
    • Jesus, depois de ressuscitar, perguntou-lhe três vezes se o amava e às três vezes respondeu que sim. Então, Jesus lhe confirmou sua missão como chefe Supremo da Igreja.
    • Esteve presente quando Jesus subiu ao céu na Ascensão e permaneceu fiel na oração esperando o Espírito Santo.
    • Recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes e com a força e o valor que lhe entregou, começou sua pregação da mensagem de Jesus. Deixou atrás as dúvidas, a cobardia e os medos e tomou o mando da Igreja, batizando esse dia a vários milhares de pessoas.
    • Realizou muitos milagres em nome de Jesus.
    • Nos Atos dos Apóstolos, narram-se várias façanhas e aventuras de Pedro como primeiro chefe da Igreja. Narram-nos que foi feito prisioneiro com João, que defendeu a Cristo ante os tribunais judeus, que foi encarcerado por ordem do Sinédrio e libertado milagrosamente de suas cadeias para voltar a pregar no templo; que o detiveram pela segunda vez e ainda assim, se negou a deixar de pregar e foi mandado para ser açoitado. Pedro converteu a muitos judeus e pensou que já havia cumprido com sua missão, mas Jesus apareceu-lhe e lhe pediu que levasse esta conversão aos gentios, aos não judeus. Nessa época, Roma era a cidade mais importante do mundo, pelo que Pedro decidiu ir lá para pregar a Jesus. Aí se encontrou com várias dificuldades: os romanos tomavam as crenças e os deuses que mais gostavam dos diferentes países que conquistavam. Cada familia tinha seus deuses do lar. A superstição era uma verdadeira praga, abundavam os adivinhos e os magos. Ele começou com sua pregação e aí surgiram as primeiras comunidades cristãs. Estas comunidades davam um grande exemplo de amor, alegria e de honestidade, numa sociedade violenta e egoísta. Em menos de trezentos anos, a maioria dos corações do império romano ficaram conquistados para Jesus. Desde então, Roma se constituiu como o centro do cristianismo. No ano 64, houve um incêndio muito grande em Roma que não foi possível sufocar. Corria o rumor de que havia sido o imperador Nero que o havia provocado. Nero deu-se conta que seu trono estava em perigo e alguém lhe sugeriu que acusasse os cristãos de haver provocado o incêndio. Foi assim que se iniciou uma verdadeira “caçada” dos cristãos: atiravam-nos para o circo romano para ser devorados pelos leões, eram queimados nos jardins, assassinados em plena rua ou torturados cruelmente. Durante esta perseguição, que durou uns três anos, morreu crucificado Pedro por mandato do imperador Nero. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, porque não se sentia digno de morrer como seu Mestre. Trinta e sete anos durou seu seguimento fiel a Jesus. Foi sepultado na Colina Vaticana, perto do lugar de seu martírio. Aí se construiu a Basílica de São Pedro, centro da cristandade. São Pedro escreveu duas cartas ou epístolas que formam parte da Sagrada Escritura. ¿Que nos ensina a vida de Pedro? Nos ensina que, apesar da debilidade humana, Deus nos ama e nos chama à santidade. Apesar de todos os defeitos que tinha, Pedro conseguiu cumprir com sua missão. Para ser um bom cristão há que esforçar-se por ser santo todos os dias. Pedro concretamente nos diz: “Sejam santos em vosso proceder como é santo o que nos chamou” (I Pedro, 1,15) Cada qual, de acordo a seu estado de vida, deve trabalhar e pedir a Deus que o ajude a alcançar sua santidade. Nos ensina que o Espírito Santo pode obrar maravilhas num homem comum e corrente. Pode fazê-lo capaz de superar os maiores obstáculos. A Instituição do Papado - Toda a organização necessita de uma cabeça e Pedro foi o primeiro chefe e a primeira cabeça da Igreja. Foi o primeiro Papa da Igreja Católica. Jesus lhe entregou as chaves do Reino e disse-lhe que tudo o que atasse na Terra ficaria atado no Céu e tudo o que desatasse ficaria desatado no Céu. Jesus o encarregou de cuidar de sua Igreja, cuidar de seu rebanho. O trabalho do Papa não só é um trabalho de organização e direção. É, antes de tudo, o trabalho de um pai que vela por seus filhos. O Papa é o representante de Cristo no mundo e é a cabeça visível da Igreja. É o pastor da Igreja, dirige-a e a mantém unida. Está assistido pelo Espírito Santo, que atua diretamente sobre Ele, o santifica e o ajuda com seus dons a guiar e fortalecer a Igreja com seu exemplo e palavra. O Papa tem a missão de ensinar, santificar e governar a Igreja. Nós, como cristãos devemos amá-lo pelo que é e pelo que representa, como um homem santo que nos dá um grande exemplo e como o representante de Jesus Cristo na Terra. Reconhecê-lo como nosso pastor, obedecer seus mandatos, conhecer sua palavra, ser fieis a seus ensinamentos, defender sua pessoa e sua obra e rezar por Ele. Quando um Papa morre, se reúnem no Vaticano todos os cardeais do mundo para eleger o novo sucessor de São Pedro e à porta fechada, reúnem-se em Conclave (que significa: fechados com chave). Assim permanecem em oração e sacrifício, pedindo ao Espírito Santo que os ilumine. Enquanto não é eleito Papa, na chaminé do Vaticano sai fumo negro e quando é eleito, sai fumo branco como sinal de que já se escolheu ao novo representante de Cristo na Terra.

PAULO, Apóstolo das Gentes (ou Gentios)
(ano 67)

    Pablo, Santo
    Pablo, Santo
    São Paulo, apóstolo, doutor das gentes e oráculo do mundo, era judeu da tribo de Benjamim e chamava-se Saulo. Nasceu em Tarso, cidade célebre da Cilícia, dois anos depois do nascimento de Nosso Senhor. Por nascimento era cidadão romano, privilégio concedido pelo imperador Augusto aos tarsenses em prémio da sua fidelidade. Seu pai, que era da seita dos fariseus, mandou-o para Jerusalém, sendo ainda jovem, para cursar a escola de Gamaliel, aprendendo a doutrina das leis e das tradições. Em pouco tempo fez grandes progressos, e sendo um dos mais zelosos partidários da lei, foi também um dos mais ardentes perseguidores da Igreja. Depressa chegou a furor o seu falso zelo. Não contente com pedir encarniçadamente a morte de Santo Estêvão, quis ter o gosto de guardar as capas dos que o apedrejavam. A perseguição, excitada em Jerusalém contra a Igreja depois da morte do protomártir, deu boa ocasião a este furioso inimigo dos discípulos de Cristo de satisfazer o seu ódio. Percorria a cidade, entrava no templo, revistava as casas e delas arrancava a quantos criam no Senhor, arrastando-os pelas ruas, metendo-os nos calabouços e carregando-os de cadeias. Pareciam muito estreitos os limites da Judeia, da Galileia e da Palestina para contentar o fementido zelo deste furioso perseguidor. Respirando sangue, mortes e carnificina dos fiéis, apresentou-se ao Conselho, pedindo cartas e mandados para as sinagogas e judeus de Damasco, com pleno poder para devassar e proceder contra todos os cristãos, para exterminar, se pudesse, aquela recém nascida Igreja. Partiu para Damasco com amplíssimos poderes, lançando reptos e fulminando ameaças. Já ia perto da cidade, quando, pela hora do meio-dia, viu de repente descer do céu uma luz extraordinária, mais resplandecente que o Sol, a qual o rodeou, a ele e aos que o acompanhavam. Atónitos e atemorizados, caíram todos por terra, e estando Saulo derribado, ouviu uma voz que, distinta e claramente, lhe dizia: «Saulo, Saulo, porque me persegues?» Comove-se o seu coração ao ouvir tão amorosa quanto inesperada queixa; recobrando o espírito, respondeu: «Quem sois vós, Senhor?» «Eu sou Jesus, lhe respondeu o Salvadora quem tu persegues». «Em vão pretendes recalcitrar contra o estímulo». Ao ouvir isto, o santo, tremendo, perturbado e fora de si, exclamou: «Senhor, que quereis que eu faça?» «Levanta-te, respondeu-lhe o Salvador, entra na cidade, e ali te dirão o que deves fazer». Os que o acompanhavam não estavam menos atónitos do que ele; só Paulo via o Salvador distintamente. Levantou-se, quis abrir os olhos e achou-se em trevas; de modo que foi necessário conduzirem-no pela mão à cidade, onde esteve três dias sem ver, sem comer nem beber. Neste meio tempo, revelou Deus o que se passava a um dos discípulos, chamado Ananias, o qual foi à pousada de Saulo; pôs as mãos sobre ele; restituiu-lhe a vista; instrui-o suficientemente e administrou-lhe o baptismo. Se nunca houve conversão mais ruidosa, tão pouco a houve mais sincera, pois o mais furioso perseguidor de Jesus Cristo passou de repente a ser um dos mais fervorosos apóstolos. Pregava, demonstrava a divindade de Jesus Cristo e confundia a quantos disputavam ao Salvador a augusta qualidade de verdadeiro Messias. Os judeus ficaram tomados de susto diante de tal pregador, porque, sobre ser perfeitamente lido nas Escrituras, era de engenho vivo, com certo ar de autoridade em tudo quanto fazia; leva após si o respeito e o coração de todos. Sobressaltados os doutores da lei em presença de tão formidável adversário, perdendo a esperança de lhe resistir , tomaram a resolução de se desembaraçar dele; mas os fiéis livraram-no das suas mãos e do seu furor, baixando-o uma noite da muralha, metido num cesto. Livre de perigo, passou a Jerusalém para conferenciar com S. Pedro, em cuja companhia esteve quinze dias. Apareceu-lhe Jesus Cristo e deu-lhe ordem de ir pregar o Evangelho aos gentios. Partiu para Tarso, de onde fez várias excursões apostólicas pelas cidades da Síria e da Cilícia, recolhendo grande espólio para Jesus Cristo. Os apóstolos mandaram S. Barnabé à cidade de Antioquia; achou sobrada messe para um só operário; pediu a S. Paulo que se lhe juntasse, e os dois apóstolos com tão feliz êxito trabalharam que foi ali onde os fiéis começaram a chamar-se cristãosTrês anos havia que Paulo e Barnabé pregavam em Antioquia com maravilhoso fruto; faziam-se nela com o maior fervor todos os exercícios a religião; eram muito frequentes os jejuns e celebravam-se os sagrados mistérios, quando o Espírito Santo deu a entender aos profetas e aos doutores (em grande número) que tinham e escolhido Paulo e Barnabé para a conversão os gentios. Jejuaram os fiéis, fizeram oração, ofereceram o divino sacrifício, e o Espírito Santo declarou a sua vontade do modo mais explícito, pois ouviu-se uma voz, percebida por todos os assistentes, que dizia: «Segregai a Paulo e Barnabé para o ministério a que os tenho destinado». Dobraram então os apóstolos tanto os jejuns, como as orações; impuseram-lhes as mãos e enviaram-nos para a missão quem o Espírito Santo lhes assinalara. Partiram para a Selêucia; daqui embarcaram para Chipre, entraram em Salamina, capital da ilha, e pregaram o Evangelho com tanto zelo e êxito que se converteu a maior parte da cidade. Tem-se por certo que no começo desta missão sucedeu o famoso rapto de S. Paulo ao terceiro céu, onde o Senhor lhe descobriu maravilhas superiores a toda a expressão, dando-lhe a inteligência dos mais ocultos mistérios; mas, para que se não desvanecesse com os singulares favores, como diz o mesmo apóstolo, permitiu Deus que o estímulo da carne o combatesse toda a vida; e para o sujeitar, acrescentou ele aos trabalhos do apostolado, contínuas e rigorosas penitências. Era então governador da ilha o procônsul Sérgio Paulo, homem prudente e entendido, o qual, logo que ouviu falar o nosso santo de Cristo e da sua religião, a teria imediatamente abraçado, se não o tivesse impedido um judeu chamado Bar-Jesus, por sobrenome Elimas, que quer dizer um insigne mágico. Abrasado o apóstolo em santo zelo contra aquele embusteiro, disse-lhe «Ó criatura cheia de todas as astúcias e de toda a iniquidade, filho do diabo, inimigo de toda a justiça, quando é que cessarás de perverter os rectos caminhos do Senhor? Mas agora a mão do Senhor está sobre ti: Vais ficar cego e, durante algum tempo, não hás-de ver o sol». No mesmo instante perdeu Elimas a vista, buscou quem lhe desse a mão para andar; milagre que assombrou o procônsul, o qual se converteu imediatamente.
    Pablo, Santo
    Pablo, Santo
    Deixaram, os Apóstolos a ilha de Chipre,e partindo para a Ásia menor, pregaram o Evangelho em Antioquia da Pisídia, em Perga da Panfília e nas províncias vizinhas. Achando-se S. Paulo em Antioquia, pregou a Jesus Cristo na sinagoga com tanta unção e eficácia, que todo o povo se mostrou inclinado a crer n’Ele. Sobressaltados os sacerdotes e os doutores, vomitaram mil blasfémias contra Cristo e amotinaram-se contra os apóstolos, em virtude do quem lhe disseram estes: «Vós havíeis de ser os primeiros a quem nós anunciássemos a palavra de Deus; mas, já que sois os primeiros que a desprezais, e por vossa mesma boca vos confessais indignos da vida eterna, eis que daqui a vamos anunciar aos gentios». Dito isto, sacudiram o pó de seus pés e partiram para Icónio, onde operaram numerosas conversões de judeus e idólatras; mas os judeus que se mantiveram, pertinazes em sua incredulidade moveram o povo tão furiosamente contra eles, que sofreram grande risco de ser apedrejados. isto obrigou-os a retirar-se daquela cidade e foram para Listra, Derba e muitos outros povos. Estando em Listra, S. Paulo curou de repente um paralítico de nascença; milagre que fez acreditar àquela cega gente que era um deus; e nesta persuasão iam já oferecer-lhe incenso e vítimas, quando, horrorizados, os apóstolos rasgaram os vestidos em sinal de luto e clamaram que eram uns pobres homens, tão mortais como os outros, e que não havia mais do que um Deus verdadeiroCriador do céu e da terra. Chegaram a Listra alguns judeus, que vinham de Icónio e de Antioquia da Pisídia, e concitaram o povo de maneira que aquela veneração se converteu de repente em desatinado furor. Uma espessa chuva de pedras caiu sobre S. Paulo; levaram-no de rastos pela cidade e deixaram-nos por morto fora dela; ainda nessa mesma noite voltou o apóstolo à cidade, como pôde; mas ao amanhecer do dia seguinte, saiu de Listra, para que se não excitasse alguma perseguição contra os fiéis. Crescia o seu zelo com o trabalhos e os perigos. Percorria com S. Barnabé a Pisídia, a Atália e grande parte da Síria, ordenando bispos e sacerdotes e fundando igrejas em todas aquelas províncias. Não é fácil imaginar o muito que o grande apóstolo padeceu por Cristo naquelas expedições. Ele próprio dá testemunho de que nenhum outro padeceu mais trabalho, sofreu mais golpes, tolerou mais cárceres; muitas vezes se viu às portas da morte, nos rios, nos caminhos, por mar e terra. Não se podem explicar os perigos a que se expôs por parte dos judeus, dos gentios e dos falsos irmãos, empenhados todos em o desacreditar e perder, sem estar seguro ainda nos mais embrenhados desertos. Quantos dias passou sem comer nem beber, quantas noites sem dormir, exposto a todos os rigores do tempo, sem recurso nem abrigo! Cinco vezes foi cruelmente açoitado pelos judeus com nervos de boi; duas com varas, por ordem dos magistrados das cidades da Ásia ou da Grécia; três vezes padeceu naufrágios; passou um dia e uma noite flutuando entre as ondas do mar, esperando ser tragado por elas a cada momento. Mas no meio de tantos trabalhos, S. Paulo, sempre o mesmo, sempre mais e mais abrasado no amor de Jesus Cristo, sempre mais e mais zeloso de levar seu santo nome por todas as nações da terra! Causa assombro considerar as cidades, as províncias, os reinos e os vastos domínios que percorreu este grande apóstolo, anunciando o Evangelho em todos eles. Fez três ou quatro viagens a Jerusalém, percorreu, depois da sua separação de S. Barnabé, todas as Igrejas da Cilícia, Síria e Atália. Estando em Licaónia, tomou por companheiro o seu querido discípulo Timóteo; daqui passou à Frigia e à Galácia, onde converteu muitos gentios. Chegado à Macedónia, pregou em Filipos, onde produziu maravilhosos frutos; de Filipos passou a Selêucia, daqui à Bereia e a Atenas, onde falou no Areópago, naquele famoso tribunal dos Atenienses, declarando com tanta força e tanta eloquência a divindade de Jesus Cristo, a ressurreição dos mortos e a santidade do Evangelho, que se converteram à fé Dionísio, um dos mais célebres e mais sábios daquela Academia – assim se diz – uma mulher chamada Dâmaris e outros muitos. De Atenas encaminhou-se para Corinto, onde permaneceu perto de dezoito meses com a consolação de ver florescer e triunfar naquela cidade a religião cristã, crescendo tanto a Igreja de Corinto pelo grande número de indivíduos que abraçaram a fé, que foi um dos mais ilustres reinos de Jesus Cristo nos primeiros séculos. mas quanto maiores eram os progressos que fazia o Evangelho, mais tinha S. Paulo que padecer. Embarcou em Cêncrio para voltar à Síria; atravessou a Galácia, a Frígia e as províncias da Ásia mais afastadas do mar. Chegou a Éfeso, onde pregou o Evangelho; mas foi posto fora desta cidade por um motim, levantado por um artista de prata, chamado Demétrio; sublevou o povo contra o apóstolo, irritado por ver o grande desfalque que sofria a venda de suas imagens ou medalhas de Diana de Éfeso, pela pregação de S. Paulo. Este transitou pela Macedónia, onde permaneceu algum tempo; e, enfim, voltou pela quarta vez a Jerusalém, pelo ano 58. Vendo-o os judeus no templo, lançaram-se sobre ele e pediram auxilio para o prender. «Este é, diziam, aquele homem que em toda a parte prega contra a lei, contra o templo e contra o povo de Deus». Do povo comunicou-se logo o tumulto e, concorrendo de toda a cidade, arremessaram-se contra o apóstolo; arrastaram-no para fora do templo, cobriram-no de golpes; e teriam acabado com ele, se não tivera acudido o tribuno Lísias, que comandava a coorte romana; arrancando-o com grande trabalho das mãos daqueles furiosos, sem mais informação e interrogatório, mandou atá-lo e lançar-lhe cadeias, pondo-o em seguida em segurança. Era tal o concurso, que se viram, obrigados os soldados a fazê-lo subir por uma escadaria de pedra que estava da banda de fora do cárcere. Quando S. Paulo percorreu com a vista, do alto da escada, aquela multidão, pediu licença ao tribuno para falar ao povo; e obtendo-a; referiu a história da sua conversão; mas quando chegou ao ponto em que Cristo lhe mandou levar a pregação aos gentios, entraram os judeus a dar-lhe gritos descompostos e a soltar-se contra ele com desenfreamento. Para os sossegar, ordenou-lhe o tribuno que entrasse para a prisão, com o intento de lhe aplicar a tortura, mas, tendo sabido que era cidadão romano, mudou de propósito e mandou tirar-lhe as cadeias. Informado depois de a disputa versar sobre pontos de religião, convocou o conselho plenário dos Judeus. Logo que abriu S. Paulo a boca para falar, o sacerdote descarregou-lhe brutalmente sobre o rosto uma bofetada, que o santo sofreu com grande paciência, de modo que a reunião ficou como atónita e confundida, dissolvendo-se tumultuariamente. Mandou o tribuno que o tornassem a levar à prisão, com receio de que a multidão o fizesse em pedaços. Na noite seguinte apareceu-lhe Jesus Cristo, animou-o, confortou-o e disse-lhe que, assim como tinha dado testemunho d’Ele em Jerusalém, era mister que o desse também em Roma.
    Enquanto isto se passava no cárcere, mais de quarenta judeus tinham acudido a casa do príncipe dos sacerdotes, protestando que não comeriam, enquanto se não tirasse a vida a S. Paulo. Tendo-o sabido Lísias, deu ordem para que, à meia noite, partisse o nosso santo com uma boa escolta para Cesareia, onde se achava Félix, governador da Judeia, dando-lhe uma participação exata do sucedido. Dois anos o teve Félix preso em Cesareia, onde o santo confundiu os judeus em quantas ocasiões se lhe ofereceram, e converteu muitos pagãos. Festo, sucessor de Félix, propôs a S. Paulo em conselho se queria ser remetido para Jerusalém, a fim de que se julgasse a sua causa; mas o santo, que sabia da conspiração dos judeus, respondeu que não havia motivo, pois estava inocente e nunca tinha feito mal a ninguém; mas, visto que a sua causa estava no tribunal de César, para César apelava. No dia seguinte teve outra audiência do governador, em presença do rei Agripa. Este ficou tão,plenamente convencido da sua inocência, que disse a Festo dever pô-lo em liberdade, se não tivesse ele apelado para César. Dispostas já todas as coisas para o embarque, S. Paulo, seguido de S. Lucas e de Aristarco, fez-se à vela para Roma. A poucos dias de navegação, levantou-se uma tormenta tão desfeita, que não só se viram constrangidos a alijar a carga, mas também os próprios aparelhos do navio; e prosseguindo sempre com maior violência , chegaram todos a perder a esperança de se salvarem. Mas, fazendo oração o apóstolo, conseguiu que ninguém do navio perecesse e, com efeito, dando á costa na ilha de Malta, todos ganharam a terra, uns a nado, outros em tábuas, sem que houvesse um só que não se reconhecesse devedor da vida ao santo apóstolo. Receberam os insulanos os náufragos com muita humanidade, e fizeram lume para que secassem a roupa. Ajuntou S. Paulo umas poucas de maravalhas para avivar mais a chama, sem dar por uma víbora que vinha dentro delas, a qual, logo que sentiu a mão, mordeu o apóstolo. Viram isto os bárbaros, e julgaram que seria homem facinoroso, perseguido pela justiça dos deuses, esperando por instantes que caísse morto em terra; mas Paulo não fez mais do que sacudir a mão, e a víbora caiu no fogo sem lhe ter feito o mais leve dano; à vista disso, atónitos os bárbaros, e mudando de repente o conceito, começaram a olhá-lo como homem extraordinário. Hospedou-o em sua casa o mais considerado da ilha, chamado Públio, romano, o qual tinha seu pai enfermo; mas apenas S. Paulo o visitou, logo ficou repentinamente são. Com a notícia deste milagre, acudiram logo ao apóstolo todos os enfermos da ilha, e todos recuperaram saúde. Depois de nela se haver demorado seis meses, embarcou o santo com os seus companheiros, aportou a Siracusa da Sicília, desembarcou em Pozuoles e partiu por terra para Roma. Tendo tido notícia os fiéis da sua vinda, saíram de tropel a recebê-lo, e bem fácil é imaginar a ternura com que o faziam. Deu-se-lhe permissão para que andasse livremente pela cidade, só com guarda à vista; aproveitou-se desta liberdade para instruir os judeus e para confirmar os fiéis na fé. Dois anos (61-62) esteve S. Paulo em Roma, durante os quais pregou maravilhosamente o reino de Jesus Cristo, fazendo numerosas conversões, até no próprio palácio do imperador. Justificado plenamente em todos os tribunais, mandaram-no absolvido de tudo quanto lhe imputavam. Vendo-se já em inteira liberdade, levou o Evangelho a muitas províncias, e não poucos autores creem ter estado o santo em Espanha. É provável que tivesse regressado ao oriente, não achando descanso nem consolação senão em seus trabalhos apostólicos; podendo-se dizer sem exagero que foi um milagre contínuo a vida desse grande apóstolo. A perseguição rebentou em Roma a seguir ao grande incêndio de ano de 64. S. Paulo foi preso na Ásia pelo fim do ano 66. Trouxeram-no acorrentado para Roma, onde este cativeiro foi muito mais rigoroso que o primeiro. Provavelmente esteve na prisão na companhia de Pedro, que sendo simples judeu, foi executado com toda a simplicidade jurídica. Mas Paulo, cidadão romano, sobreviveu vários meses, ao que parece. Da cadeia escreveu uma carta última a Timóteo. Antes de pedir que lhe traga a capa, os livros e sobretudo os pergaminhos, diz: «Quanto a mim, estou pronto para o sacrifício; e o tempo da minha partida já se aproxima. Combati o bom combate, terminei a minha carreira e guardei a fé. Já nada me resta senão receber a coroa da justiça que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia, e não só a mim, mas também àqueles que desejam a sua vinda» (2 Tim 4, 6-8). Foi-lhe cortada a cabeça junto à entrada de Óstia, segundo a tradição (no ano 67 ?), na localidade chamada Tre Fontane. Temos catorze epístolas de S. Paulo, nas quais podemos dizer que contém toda a doutrina cristã. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt Ver também http://es.catholic.net/santoral, www.santiebeati .it e outros não mencionados aqui.
    NOTA de António FonsecaRelativamente a estas duas biografias acima transcritas, (S. Pedro e S. Paulo) esclareço que as mesmas foram transcritas diretamente do livro SANTOS DE CADA DIA, apenas não tendo sido respeitada a colocação de parágrafos, em que optei – como aliás sempre faço - em colocar o mínimo de parágrafos possível para tornar um pouco menos longa a sua leitura, por quem estiver interessado (pois se não o fizesse, o seu espaço seria muito maior), como calculam… por isso, as minhas desculpas. Aproveito ainda para chamar a atenção de que diariamente estou transcrevendo numa 2ª página, os textos (divididos por capítulos) das Cartas de S. Paulo.
    • São Paulo
    • Seu nome hebreu era Saulo. Era judeu de raça, grego de educação e cidadão romano. Nasceu na província romana de Cilicia, na cidade de Tarso. Era inteligente e bem preparado. Havia estudado nas melhores escolas de Jerusalém. Era inimigo da nova religião cristã já que era um fariseu muito estrito. Estava convencido e comprometido com sua fé judia. Queria dar testemunho desta e defendê-la a todo o custo. Considerava aos cristãos como uma ameaça para sua religião e acreditava que se devia acabar com eles a qualquer custo. Dedicou-se a combater os cristãos, que tinham razões para o temer. Os chefes do Sinédrio de Jerusalém o encarregaram de prender aos cristãos da cidade de Damasco. No caminho de Damasco, apareceu-lhe Jesús no meio de um grande resplendor. Caiu em terra e ouviu uma voz que lhe dizia: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” ( Atos dos Apóstolos 9, 1-9.20-22.). Com esta frase, Paulo compreendeu que Jesus era verdadeiramente Filho de Deus e que ao perseguir aos cristãos perseguia ao mesmo Cristo que vivia em cada cristão. Depois deste acontecimento, Saulo se levantou do solo, e ainda que tivesse os olhos abertos não via nada. Levaram-no a Damasco e passou três dias sem comer nem beber. Aí, Ananias, obedecendo a Jesus, fez que Saulo recobrasse a vista, se levantasse e fosse batizado. Tomou alimento e se sentiu com forças. Esteve alguns dias com os discípulos de Damasco e depois começou a pregar a favor de Jesus, dizendo que era o Filho de Deus. Saulo mudou o nome para Paulo. Foi a Jerusalém para pôr-se à ordem de São Pedro. A conversão de Paulo foi total e o maior apóstolo que a Igreja teve. Foi o “Apóstolo das Gentes” já que levou o Evangelho a todos os homens, não só ao povo judeu. Compreendeu muito bem o significado de ser apóstolo, e de fazer apostolado a favor da mensagem de Jesus. Foi fiel à chamada que Jesus lhe fez no caminho a Damasco. Levou o Evangelho por todo o mundo mediterrâneo. Seu labor não foi fácil. Por um lado, os cristãos desconfiavam dele, por sua fama de grande perseguidor das comunidades cristãs. Os judeus, por seu lado, admiravam-lhe a coragem por “mudar de bando". Em várias ocasiões teve que se esconder e fugir do lugar onde estava, porque sua vida perigava. Realizou quatro grandes viagens apostólicas para levar a todos os homens a mensagem de salvação, criando novas comunidades cristãs nos lugares porque passava e ensinando e apoiando as comunidades já existentes. Escreveu catorze cartas ou epístolas que formam parte da Sagrada Escritura. Como Pedro, foi martirizado em Roma. Cortaram-lhe a cabeça com uma espada pois, como era cidadão romano, não podiam condená-lo a morrer numa cruz, já que era uma morte reservada para os escravos.
      ¿Que nos ensina a vida de São Paulo?
      Nos ensina a importância do trabalho apostólico dos cristãos. Todos os cristãos devemos ser apóstolos, anunciar a Cristo comunicando sua mensagem com a palavra e o exemplo, cada um no lugar onde viva, e de diferentes maneiras. Nos ensina o valor da conversão. Nos ensina a fazer caso de Jesus deixando nossa vida antiga de pecado para começar uma vida dedicada à santidade, às boas obras e ao apostolado.Esta conversão seguiu vários passos:
      1. Cristo deu o primeiro passo: Cristo buscou a conversão de Paulo, que tinha uma missão concreta.
      2. Paulo aceitou os dons de Cristo: O maior destes dons foi o de ver a Cristo no caminho de Damasco e reconhecê-lo como Filho de Deus.
      3. Paulo viveu o amor que Cristo lhe deu: Não só aceitou este amor, mas fê-lo parte de sua vida. Sendo o principal perseguidor, converteu-se no principal propagador da fé católica.
      4. Paulo comunicou o amor que Cristo lhe deu: Dedicou-se a levar o grande dom que havia recebido aos outros. Sua vida foi um constante ir e vir, fundando comunidades cristãs, levando o Evangelho e animando com suas cartas aos novos cristãos em comum acordo com São Pedro.
      Estes mesmos passos são os que Cristo utiliza em cada um dos cristãos. Nós podemos dar uma resposta pessoal a este chamado. Assim como o fez Paulo na sua época e com as circunstâncias da vida, assim cada um de nós hoje pode dar uma resposta ao chamado de Jesus.Visita o Especial de São Paulo com toda a informação acerca do Ano Paulino (2008-2009). Se quiserem poderão também consultar este blogue nas publicações quer fiz durante o Ano Paulino. António Fonseca
    Pedro e Paulo, Santos
    Festa
    Pedro y  Pablo,  Santos
    Pedro e Pablo, Santos
    Origem da festa São Pedro e São Paulo são apóstolos, testemunhas de Jesús que deram um grande testemunho. Diz-se que são as duas colunas do edifício da fé cristã. Deram sua vida por Jesús e graças a eles o cristianismo estendeu-se por todo o mundo. Os cadáveres de São Pedro e São Paulo estiveram sepultados juntos por umas décadas, depois foram devolvidos às suas sepulturas originais. Em 1915 se encontraram estas tumbas e, pintadas nos muros dos sepulcros, expressões piedosas que punham manifestas a devoção por São Pedro e São Paulo desde os inícios da vida cristã. Crê-se que nesse lugar se levavam a cabo as reuniões dos cristãos primitivos. Esta festa dupla de São Pedro e São Paulo tem sido desde então, comemorada em 29 de Junho. O sentido de ter uma festa é recordar o que estes dois grandes santos fizeram, aprender de seu exemplo e pedir-lhes neste dia especialmente sua intercessão por nós.
    Raimundo Lulio (Lullo), Beato 
    Doutor Iluminado
    Raimundo Lulio, Beato
Raimundo Lulio, Beato

Foi terceiro franciscano, nasceu e morreu em Maiorca, nas Ilhas baleares. É um dos maiores génios da Idade Média, e sem dúvida o espírito mais original do seu tempo. A sua produção imensa incluí obras de teologia, filosofia, ciência e pedagogia, romances filosóficos, poemas líricos e místicos da maior beleza. Foram-lhe atribuídos tratados de magia e alquimia, que não lhe pertence. Em 1131, assim resumia ele a sua vida: «Fui casado, tive filhos, fui rico, gostei do mundo e dos prazeres. Depois tudo deixei pela glória de Deus, pelo bem dos meus irmãos, e com vista na propagação da verdadeira fé. Aprendi o árabe e muitas vezes fui à terra dos sarracenos. Pela minha fé fui flagelado e encarcerado. Durante 45 anos procurei interessar os chefes da Igreja e os príncipes cristãos no bem público. Agora que sou velho e pobre, o meu ideal é sempre o mesmo e tal se manterá até à minha morte». Tinha muitas vezes procurado o martírio; obteve-o com a idade de 80 anos. Em Bejaia, na Argélia, os Mouros lapidaram-no e deixaram-no por morto na praça. Expirou á vista de Maiorca, no navio que o tinha recolhido. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também http://es.catholic.net/santoral e www.santiebeati.it

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  • Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
  • “REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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  • NOTA:

    Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
  • A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
    Pág. 1 – Vidas de SantosPág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.


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  • Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
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    Nº 5 801 - SÉRIE DE 2024 - Nº (277) - SANTOS DE CADA DIA - 2 DE OUTUBRO DE 2024

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