terça-feira, 26 de março de 2019

Nº 26 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 26 DE MARÇO DE 2019,

Nº  26 

DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 26 DE MARÇO DE 2019









Caros Amigos:




De Maio de 1390 a Maio de 1391 

não houve Bispo pelo que esteve a 


SEDE VACANTE


Em 1391 foi eleito DOM JOÃO ESTEVES DE AZAMBUJA como 

23º Bispo do Porto


DOM JOÃO ESTEVES DE AZAMBUJA

Bispo do Porto
1391-1398



Em 1391 foi eleito DOM JOÃO ESTEVES DE AZAMBUJA como 
24º Bispo do Porto. 

Na WIKIPÉDIA encontrei as seguintes referências a este Bispo com o nome de Dom JOÃO ESTEVES DE AZAMBUJA.

JOÃO AFONSO ESTEVES DE AZAMBUJA - Azambuja, cerca de 1340 - Bruges, 23 de Janeiro de 1415, Clérigo português do final do século XIV e início do século XV foi sucessivamente Bispo de Silves, do Porto e de Coimbra, sendo por fim nomeado Segundo Arcebispo de Lisboa e depois Cardeal.
Podemos seguir as raízes do antropónimo Azambuja até ao século XII. A primeira personalidade a utilizar este apelido foi Fernão Gonçalves de Azambuja, pois era de facto senhor da vila de Azambuja. Este homem era filho de Gonçalo Fernandes de Tavares e de Dona Maria Rolim, de quem herdara o senhorio desta vila. Dona Maria era filha de Childe ou Gil de Rolim que recebeu de Dom Sancho a doação da vila em 1200. Anteriormente a esta doação, o território que vem a ser a vila de Azambuja, havia sido povoada por Francos - provavelmente Cruzados em direcção à Terra Santa que decidem combater os muçulmanos na Península Ibérica - sendo denominada Vila Franca.
Esta familia acompanhava os monarcas portugueses desde o século XIV. João Rodrigues de Azambuja (tio-avô de João Afonso Esteves de Azambuja) e o seu sobrinho Gonçalo Rodrigues eram próximos de Afonso IV, enquanto que Afonso Esteves de Azambuja (pai de JOÃO AFONSO ESTEVES DE AZAMBUJA), tio de João Afonso Esteves de Azambuja, que terá servido o rei Dom Pedro, ficando conhecido como o seu privado. A família Azambuja insere-se num grupo mediano dentro da nobreza da  Corte, situado numa posição hierarquicamente inferior à das famílias mais influentes no período medieval, como os Sousas, os Meneses, ou os Pachecos, entre outras.
Nasceu na Azambuja, donde foi buscar o seu apelido, filho de Afonso Esteves, senhor de Salvaterra de Magos resposterio-mor do reino. Antes de seguir a vida eclesiástica foi militar, tendo, participado nas batalhas da crise de 1383-1385. EDe seguida tornou-se Cónego das sés de Coimbra e de Évora, e prior da igreja de Monção e da alcáçova de Santarém.
Tornou-se Desembargador do Paço e Conselheiro de Dom João I, que o enviou a Roma ao papa BONIFÁCIO IX a fim de pedir dispensa para poder casar, visto ter sido Mestre da Ordem de Avis.
Bem sucedido na tarefa, o rei recompensou-o, primeiro com o bispado de Silves (1389), e logo de seguida com o do Porto (1390/1391). Dele existe num selo heráldico de 1394 com as suas armas, um escudo com quatro bandas (de Azambuja, a que depois juntaram um castelo). Mais tarde ainda, com a de Coimbra (1398). Foi enviado a Castela para tratar das pazes entre os dois reinos, o que foi conseguido em 1402. Nessa altura, por falecimento de Dom João Anes, foi nomeado Arcebispo de Lisboa.
Em 1409, foi a Itália assistir ao concílio de Pisa, destinado a acabar com o Grande Cisma do Ocidente, mas que antes o prolongou, ao eleger um terceiro Pontifice sem conseguir que os outros dois renunciassem ao cargo. Desapontado, dirigiu-se à Terra Santa em peregrinação, a fim de visitar os locais santos de Jerusalém.
Em 3 ou 6 de Junho de 1411, o Papa de Pisa JOÃO XXIII (na altura reconhecido como legitimo mas hoje tido por Antipapa) fê-lo cardeal com o título de São Pedro ad víncula. Por isso mesmo JOÃO AFONSO DE AZAMBUJA é hoje tido por alguns historiadores da Igreja apenas como pseudocardeal - ainda que, por exemplo, o patriarcado de Lisboa o inclua na sua lista oficial de cardeais de Portugal.
Acompanhou depois o papa a Roma, para receber o chapéu cardinalício de lá passou a Constança, onde se iria realizar novo concílio, destinado a resolver o Cisma, Como visse que a solução passaria pelo afastamento do seu Papa (JOÃO XXIII) do pontificado, ausentou-se do concílio de Constança, triste, dirigindo-se a Bruges, para daí passar a Portugal. Porém, foi aí que a morte o veio encontrar em 1415.
Teve o Senhorio de Salvaterra de Magos e a lezíria da Atalaia a 1 de Junho de 1391, a vila de Aveiras de Baixo a 1 de Julho de 1391 e o Morgado e Capela do Salvador e o Padroado do Mosteiro de São Salvador de Lisboa a 1 de Julho de 1391, que deixou em testamento de 20 de Abril de 1409, por indicação que ficara de seu pai, a Álvaro Pires de Távora, acima, se este ficasse e  vivesse na Estremadura, caso contrário ficaria para o irmão de Álvaro que cumprisse estas condições. Fundou o dito Mosteiro do Salvador e, em Roma, o Mosteiro de São Jerónimo.
O seu corpo foi depois trasladado para Lisboa, onde está sepultado no Mosteiro do Salvador. A sua sepultura no Salvador teve o seguinte epitáfio:  "Aqui jaz o muyto honrado senhor dom joam esteves, arcebispo de Lisboa e cardeal de Roma. Varam sabedor e virtuoso, em Bolonha solenizou a sepultura de Sam Domingos, em Roma fundou o mosteyro de Sam Jeronimo e em Lisboa este em que se mandou sepultar".
Teve um filho sacrílego legitimado por Carta Real, Rodrigo Anes de Azambuja, e ainda uma filha sacrílega, Catarina Afonso de Azambuja.


Precedido por
Paio de Meira
Brasão episcopal
Bispo de Silves

1389 — 1390
Sucedido por
Martinho Gil
Precedido por
Martinho Gil
Brasão episcopal
Bispo do Porto

1391 — 1398
Sucedido por
Gil Alma
Precedido por
Martinho Afonso de Miranda
Brasão episcopal
Bispo de Coimbra

1398 — 1402
Sucedido por
João Garcia Manique
Precedido por
João Anes
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Lisboa

1402 — 1415
Sucedido por
Diogo Álvares de Brito
Precedido por
Antonio CorrerO.S.A.
cardeal
Cardeal-presbítero de São Pedro Acorrentado

1411 — 1415
Sucedido por
Domingo de BonnefoiO. Cart.




Tampouco no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopal" em que aparece apenas a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 7 anos, desde 1391 a 1398. 


No livro dos "Retratos..." apenas na penúltima página intitulada EPISCOPOLÓGICO DA DIOCESE DO PORTO é que aparece o nome de 

DOM JOÃO ESTEVES DE AZAMBUJA

informando que terá sido Bispo do Porto de 1391 até 1398. como 24º Bispo (...)





Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

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