Nº 1004
S. SISTO II, Papa e companheiros mártires
FELICISSIMO, AGAPITO, LOURENÇO
Gennaro, Magno, Vincenzo e Stefano
(258)
Foi Sisto decapitado pela polícia durante uma cerimónia clandestina que ele celebrava num cemitério da via Ápia. Foram, ao mesmo tempo executados seis dos sete diáconos que o rodeavam. Só pouparam algum tempo o diácono Lourenço, seu tesoureiro , a quem deixaram quatro dias para entregar os bens da Igreja. Assim se procedia desde que Valeriano (260) estabelecera a pena de morte «sem julgamento, só com verificação de identidade», contra os bispos, padres e diáconos da religião cristã. S. Sisto II foi Papa nos anos de 257 e 258. Além de S. Lourenço, foram particularmente célebres na antiguidade os diáconos Felicissimo e Agapito, enterrados no cemitério de Pretextato, perto de S. Calisto. No século IV acorriam tão numerosos os peregrinos, que foi necessário aumentar a capela onde eles estavam. S. Dâmaso compôs em honra deles a seguinte poesia epigráfica: «Olhai, este túmulo conserva os membros celestes dos santos que arrebatou num instante a corte do céu. Os companheiros da sua (de Sisto II) cruz invencível, ao mesmo tempo que os seus diáconos, partilhando o mérito e a fé de quem tinham por chefe, entraram nas moradas do Alto e no reino dos eleitos. O povo de Roma sente-se feliz e orgulhoso de que eles tenham merecido triunfar com Cristo sob o comando de Sisto. A Felicissimo e Agapito, aos santos mártires, Dâmaso, bispo». O papa Leão IV, em 848, transportou as relíquias destes dois mártires para a igrejinha de S. Nicolau in Cesarini. Quando foi demolida, em 1927, encontrou-se em três pedaços a inscrição damasiana acima referida, que tinha sido transportada das catacumbas juntamente com os corpos. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver referência a estes Santos, no blogue de ontem dia 6 de Agosto
SÃO CAETANO
Fundador (1480-1547)
S. Caetano de Tiene, manso e humilde, até ao ponto de alcançar de Deus que o seu corpo não fosse reconhecido depois da morte, é uma das figuras mais representativas da Reforma católica no século XVI. Nasceu em 1480, em Vicência, de nobre e rica família. Fez os estudos de Direito civil e canónico em Pádua, onde a sua figura parecia envolvida nas inefáveis doçuras da unção religiosa. Tinha uma natureza orientada para a vida interior, sumamente delicada, condescendente, recolhida e silenciosa. Vivia em completo abandono na Providência Divina. Por humildade, atrasou a ordenação sacerdotal até aos 40 anos, e só depois de várias horas de oração e lágrimas se atrevia a oferecer o santo sacrifício, «no qual , segundo expressão sua, ele – mesquinho verme da terra, pó e cinza – se apresentava como nas alturas do céu diante da Santíssima Trindade para tocar com as mãos na luz do Sol e no Criador de todo o Universo». Purificava-se diariamente das suas faltas na confissão sacramental. Tinha como ideal de vida reformar a sociedade cristã no silêncio, sem ruído, sem que ninguém desse conta da sua passagem por este mundo. Falecendo-lhe os pais. herdou avultados bens que muito depressa distribuiu entre os pobres e por diversas obras pias. Como todos os grandes apóstolos daquele tempo, sentiu-se atraído para a Cidade Eterna. Júlio II, conhecendo a sua virtude e méritos, fê-lo protonotário e deu-lhe uma capelania. Foi como prendê-lo numa jaula de ouro. Mas, logo que morreu o Papa, renunciou aos seus cargos e dignidades, para voar livremente e levar para toda a parte a verdade do Evangelho. Os seus anseios de zelo e perfeição levaram-no a inscrever-se, primeiro no Oratório do Amor Divino, fervorosa congregação de Roma, estabelecida na igreja de S. Silvestre. Regressando a Vicência, deu o seu nome à Congregação de S. Jerónimo, parecida à do Amor Divino. De Vicência transferiu-se ele, por conselho do diretor espiritual, para Veneza. Vivia no hospital e repartia o tempo entre a assistência aos enfermos e a pregação da Sagrada Escritura. O espírito mundano, que reinava à sua volta, enchia-o de amargura: «Que pena me dá esta formosa cidade!», escrevia de Veneza, em 1523. «Dá vontade de chorar por ela, na realidade, não há aqui ninguém que busque Jesus Cristo crucificado. Jesus espera e ninguém se apresenta. Não faltam, é certo, pessoas honradas e de boa vontade; mas todas permanecem nas suas casas, por medo dos judeus, e envergonham-se da confissão e da comunhão». De Veneza, pela segunda vez, regressou a Roma. Travou amizade íntima com Pedro Carafa, bispo de Chieiti e grande entusiasta da reforma católica. Das santas conversações saiu a fundação da Ordem dos clérigos regulares, conhecidos por Teatinos (de Teate, nome latino de Chiéti, de que era então bispo Carafa). Os Teatinos foram confundidos algum tempo com os Padres da então incipiente Companhia de Jesus. No ano de 1524 abriram a primeira casa em Roma, renunciaram a tudo o que possuíam e confiaram-se plenamente nos braços da Providência Divina, que se ocupa das aves do céu e dos peixes do mar.«Vejo Cristo como pobre, escrevia S. Caetano, e a mim mesmo rico; Cristo desprezado, e a mim honrado. Desejo, portanto, aproximar-me d’Ele um passo mais , e, para isso, deixar as coisas temporais que ainda possuo». Durante os três primeiros anos Pedro Carafa foi Superior Geral, que pouco depois subiu ao Supremo Pontificado com o nome de Paulo IV; foi então que lhe sucedeu no governo da Ordem S. Caetano. As casas e os religiosos multiplicaram-se prodigiosamente nas regiões de Veneza, Florença, Milão e Nápoles. Na direção do espírito, S. Caetano recomendava sobretudo a comunhão frequente, não para transformar Cristo em nós, mas para transformar-nos a nós n’Ele. «Os prazeres do mundo, dizia com frequência, são apenas espelhos do demónio. Longe de alimentarem a alma, incham-na e exacerbam-na. Só de Deus pode vir o prazer que satisfaz o coração». A um conde, que se irritava com os descuidos dos seus subordinados, escrevia: «Obedeceis a Deus, com tanta prontidão como vos obedecem os homens?». Escrevendo a uma sua sobrinha, comparava belamente aquele que se esquece do céu com o viajante que, chegando à pousada, se entrega de noite à orgias e, vencido pelo vinho, perde o caminho da pátria. A morte surpreendeu-o em Nápoles, no mês de Agosto de 1547. Contava 67 anos de idade. Foi morte edificante e gloriosa, como tinha sido toda a vida, Negou-se a descansar no colchão que lhe tinham preparado, dizendo: «O meu Salvador expirou numa cruz. Bom será que morra sobre cinza». Foi esta a sua última cama. E tinha pedido aos seus religiosos que lhe lançassem corpo na vala comum. Ainda hoje se vê o santo representado entre as escadinhas da capela sistina de Santa Maria Maior, diante do altar inferior. Está representado com o Menino Jesus ao colo.Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
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SANTO ALBERTO DE TRÁPANI
Sacerdote (1307)
Alberto de Trapáni, ou de Messina, ou da Sicília, é conhecido por uma Vida escrita mais de 80 anos após a sua morte, que parece ter-se dado em 1306 ou 1307. Este carmelita do século XIII nasceu em Trapáni (a antiga Drépana), parte ocidental da Sicilia, na nobre família florentina De Abbátibus. Entrou novo entre os carmelitas desta cidade e veio a ser ordenado sacerdote, apesar das repugnâncias da sua humildade. Habitou no convento de Messina, donde irradiou para fazer bem em toda a ilha. A sua palavra e os seus milagres realizaram numerosas conversões, em particular no meio judaico. sendo Provincial da Sicília (depois de 1287 ?), abasteceu miraculosamente de alimentos, Messina, que o duque de Calábria cercara. Morreu com grande reputação de santidade. A sua vida tinha sido extremamente humilde e mortificada. O culto de Santo Alberto começou a espalhar-se logo a seguir à sua morte. Foi aprovado oralmente pelo papa Calisto III, em 1457, e foi confirmado pelo papa Sisto IV, em 1476, numa bula oficial. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATOS AGATÂNGELO DE VENDÔME e CASSIANO DE NANTES
Mártires (1598-1638 e 1607-1638)
O primeiro destes dois capuchinhos, chamado no mundo Francisco Noury, nasceu a 31 de Julho de 1598, em Vendôme, França. Entrou na sobredita família de S. Francisco, e depois estudou em Poitiers e Rennes. Em seguida, tomou parte em «campos volantes», no Poitou, para a conversão dos protestantes. Os capuchinhos faziam então grande esforço missionário. Graças ao zelo da «Eminência cinzenta», do Padre José de Tremblay, mais de cem destes religiosos partiram da França, no espaço de doze anos, a caminho do Oriente. O Padre Agatângelo, em 1628, substituiu a última hora um missionário que adoeceu. No princípio do ano seguinte, encontrava-se em Alexandreta; e pouco depois, em Alepo. Exerceu apostolado entre membros de várias religiões e estudou a sério a língua árabe. Foi, mais tarde, transferido para o Líbano, onde catequizou de noite, reunida, toda a gente de uma aldeia e pôde libertar alguns cativos. Em Outubro de 1633 estava no Cairo. Contava-se com ele para restaurar a missão e veio ajudá-lo o Padre Cassiano de Nantes. Era este de família portuguesa que se fixara em Nantes. Chamava-se no mundo Gonçalo Vaz Lopes Neto, e nascera a 14 de janeiro de 1607. Desde os nove anos, pediu aos capuchinhos que o admitissem na Ordem. Aos quinze ou dezasseis, entrou no convento de Angers. Estudou a teologia em Rennes, como Agatângelo. Em 1631-32 dedicou-se de alma e coração ao próximo, durante uma peste. Na cidade cosmopolita do Cairo, havia na colónia europeia «enormes escândalos». Agatângelo evangelizou os cristãos do Delta e dirigiu-se também aos Coptas. O fruto não foi muito, mas sempre houve quem se unisse a Roma. E Agatângelo empenhou-se mesmo em converter o patriarca deles, o velho Mattaios. Cassiano aplicou-se, durante quatro anos, ao estudo do etíope; e quando entraram os dois na Abissínia, ficou a desempenhar o primeiro lugar Cassiano. Os jesuitas tinham experimentado, neste campo, amizade inicialmente, mas depois ódio. Agatângelo contribuiu para a designação do novo arcebispo da Etiópia, Marcos; esperava que este favoreceria o apostolado católico. Em 1637 empreenderam os dois capuchinhos a peregrinação a Jerusalém, coisa que, além do aumento da devoção, muito os prestigiaria aos olhos dos habitantes da Etiópia. Mas entretanto tinha chegado um protestante alemão, que depressa conquistara as melhores simpatias de Marcos. Foi estabelecido que seria preso qualquer padre católico vindo do Egito. Segundo isto, os nossos dois peregrinos capuchinhos foram presos. Cassiano, ao beijar as cadeias que lhe impunham, exclamou: «Eis aqui os tesouros, as pedras preciosas que viemos buscar». Pouco depois foram transferidos para Condar, residência do soberano, Basilídes. Levaram quase um mês, para o trajeto que normalmente exigia apenas uma semana; tão cansados estavam eles! E tinham sido atados à cauda duma mula. Ao cabo de dois interrogatórios, foram ambos condenados à morte. A execução foi a 7 de Agosto de 1638. Os algozes tinham esquecido as cordas para o enforcamento; Agatângelo ofereceu a do seu hábito. Marcos mandou que fossem lapidados os moribundos; uma pedrada lançou fora da órbita o olho direito de Agatângelo. Não consta o lugar da sepultura dos dois heróis. Foram beatificados a 1 de Janeiro de 1905, por S. Pio X. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Santa Afra Martire 7 agosto MR
Beati Agatangelo de Vindocino (Francesco) Nourry e Cassiano da Nantes (Gundisalvo) Vaz Lopez-Netto Sacerdoti cappuccini, martiri
Beato Alberto da Sassoferrato Monaco camaldolese
Sant' Alberto degli Abati (da Trapani)
San Donato di Arezzo Vescovo e martire Áudio da RadioRai:
San Donato di Besançon Vescovo
San Donaziano Vescovo
Beato Edmund Bojanowski Laico, fondatore
San Fausto Martire a Milano
San Gaetano Thiene Sacerdote
Beato Giordano Forzatè Abate benedettino di Padova
San Leodebodo Abate di Saint-Benoìt-sur-Loire
Beati Martino di S. Felice (Giovanni) Woodcock, Edoardo Bamber e Tommaso Whitaker Martiri
San Miguel De La Mora De La Mora Martire Messicano
Beato Nicola Postgate Martire
San Sisto II e compagni Papa e martiri
Beato Tommaso Caccia e Matteo Nolli da Novara Francescani
Beato Vincenzo de L'Aquila Religioso
San Vittricio di Rouen Vescovo
• Cayetano de Thiene, Santo
Agosto 7 Presbítero Fundador, 7 de agosto
• Donato de Arezzo, Santo
Agosto 7 Obispo y mártir, 7 de agosto
• Vicente de L´Aquila, Beato
Agosto 7 Religioso Franciscano, 7 de agosto
• Agatángel de Vendome y Casiano de Nantes. Beatos
Agosto 7 Mártires, 7 de agosto
• Jordán Forzaté, Beato
Agosto 7 Abad, 7 de agosto
• Edmundo Bojanowski, Beato
Agosto 7 Fundador, 7 de agosto
• Afra de Augusta, Santa
Agosto 7 Mártir, 7 de agosto
• Miguel de la Mora de la Mora, Santo
Agosto 7 Sacerdote y Mártir, 7 de agosto
• Alberto degli Abbati, Santo
Agosto 7 Presbítero Carmelita, 7 de agosto
WWW,JESUITAS.PT
Compilação de
ANTÓNIO FONSECA
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