Nº 1018-1
SÃO PIO X
Papa (1835-1914)
Foi Papa desde 4 de Agosto de 1903 até 20 de Agosto de 1914. Chamava-se José Melchior Sarro e nasceu em Riese, norte de Itália, em Junho de 1835. Aluno do seminário de Pádua, recebeu a ordenação sacerdotal em 1858. Foi coadjutor e depois pároco; em 1867 subiu a arcipreste e em 1875 a cónego de Treviso e diretor espiritual do seminário; em 1879 era vigário-geral da diocese. Em 1884 aceitou, por obediência, o bispado de Mântua, tendo já em 1880 recusado o de Treviso. Em 1893 foi elevado ao cardinalato e três dias mais tarde transferido para Veneza. Foi eleito Papa por 55 votos no máximo possível de 60. O programa do seu pontificado sintetizou-o assim: restaurar todas as coisas em Cristo, querendo significar que a principal atividade do novo Papa se dirigiria para a vida interna da Igreja. Foi grande reformador, talvez o maior desde há três séculos. Em 1903 legislou sobre música sacra; em 1904 nomeou a comissão reformadora do Direito Canónico; em 1905 promulgou o decreto sobre a comunhão frequente e em 1910 sobre a comunhão das crianças; em 1907 atualizou o processo matrimonial com o decreto Ne Tèmere, ano em que tomou várias providências de natureza pastoral sobre a instrução religiosa dos fiéis e os estudos nos seminários. Criou, em 1909, o Instituto Bíblico, anexo à Universidade Gregoriana. Em 1908 reorganizou as Congregações Romanas e em 1911, entre outras providências litúrgicas, ordenou a reforma do Breviário. De mais ampla repercussão foi a luta em defesa da ortodoxia. Em 1907, o Decreto Lamentabili, em forma de proposições, condenou os erros bíblicos e dogmáticos extraídos dos livros modernistas. Dois meses mais tarde, a encíclica Pascendi fez a condenação explícita do modernismo dogmático. Em 1910 condenou também o sillonismo, tipo de modernismo de carácter social, movimento bem intencionado, mas propenso a misturar o sobrenatural com o temporal. No domínio das questões político-religiosas, deu soluções que naturalmente não ultrapassaram a mentalidade do seu tempo, como sucedeu a respeito da França, a de Portugal (1911) e da Itália, a propósito da questão romana. Foi canonizado a 29 de Maio de 1954. Eis as conclusões a que nos leva uma biografia sobre ele escrita, publicada há cerca de 40 anos.
1º – Pio X não era só atraente para quantos viviam na sua intimidade; ainda agora o é para os que leem a sua vida. Encanta-nos aquele equilíbrio são, aquela superioridade universal, aquele optimismo alegre, aquela santidade em que a firmeza, a humildade e a caridade se fusionam numa admirável harmonia. 2º – Pio X é modelo de santidade extremamente moderna. A nossa época sabe discernir melhor o que, na santidade, é essencial do que é simplesmente acessório. Sabe que a santidade não consiste nos carismas, mas na entrega total de si mesmo a Deus, no decorrer das ocupações mais comuns. A simplicidade é o que mais agrada aos nossos contemporâneos. Ora, é essa uma das características de Pio X. Nele, nada de êxtases, como em Santa Teresa de Ávila; nada de rigorosas macerações, como as dum Santo Cura d’Ars; silêncio completo acerca da sua vida interior. Vemos, sim, que ele era de um fervor angelical; mas não nos assinalam o indício de fenómenos préter-naturais… O que nele é admirável, é o espírito sobrenatural ; não são tanto as ações heroicas, como o ardor do amor para com Deus que fez dele um santo. Neste particular, S. Pio X é imitável; o amor está ao alcance de todos. 3º – Naturalmente, é exemplo especial para o clero. Facto talvez único na história da Igreja; Pio X foi modelar em todos os graus do clero: ele foi seminarista, foi coadjutor numa freguesia, foi pároco, arcipreste, cónego, diretor de seminário, Bispo, Patriarca, Cardeal, Papa. Pois em todos estes cargos, praticou a virtude em grau heroico. 4º – Moderno. Pio X não o é somente pela forma da sua santidade; é-o também pela sua ação no domínio intelectual. Será erro pensar que a nossa época nos faz recordar um pouco o ano de 1900? Então, Pio X condenou o modernismo; no campo social, opôs-se terminantemente ao «sillon». E o remédio apontado, a garantia infalível de salvação, ontem como hoje, consiste na luz que do alto do Vaticano irradia por todo o mundo. 5º – Pio X foi moderno pelo seu espírito empreendedor e de reforma. Digam o que disserem os seus adversários, o Santo Pontífice não foi, de forma alguma, inimigo do progresso. Muito pelo contrário; foi um reformador, no verdadeiro sentido da palavra, e em todos os campos da igreja; no Direito Canónico, em várias secções importantes da vida litúrgica (canto religioso, breviário, etc.,) e sacramental (comunhão das crianças, comunhão frequente, comunhão aos doentes). Mas, como guarda fiel do «Depósito da Fé», sentia-se igualmente ligado à Tradição autêntica do cristianismo. Mais: quase todas as suas reformas constituíram um regresso à Tradição; por vezes, às origens da Igreja (por ex., a comunhão às crianças e a comunhão quotidiana). Pio X procedeu em tudo com toda a perfeição que as circunstâncias lhe permitiam. Procedeu como homem genial e como santo. Ficará, certamente, como um dos maiores papas da Igreja. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SÃO SIDÓNIO APOLINAR
Bispo (430-480)
De família ilustre, aspirava às mais altas dignidades; obteve-as, pois teve estátua no Foro romano e foi nomeado patrício. Casara-se com Papianila, filha do imperador Avito. Sucediam-se então rapidamente os imperadores; Sidónio conheceu oito, mas nenhum o arrastou na sua má sorte. Sabia quando comprometer-se e quando descomprometer-se. Em 456, pronuncia ele em verso o elogio de Avito, no Senado; em 458, faz o mesmo com Majoriano, que o veio a suplantar. Em 468, é a Antémio que ele consagra um panegírico também versificado; este pagou-lhe nomeando-o prefeito de Roma. Entretanto, desde o assassínio de Majoriano (461), tinha-se ele prudentemente retirado para Avítaco, magnifica propriedade sua na Alvérnia, vivendo lá feliz entre a mulher e os dois filhos, caçando, pescando, escrevendo epístolas e poemas. Foram os mais belos anos da sua vida. Tudo mudou logo que os Visigodos ultrapassaram a fronteira e se lançaram ao assalto de Clermont, capital da Alvérnia. Vindo a ser ao mesmo tempo governador e bispo desta cidade Sidónio arrastou um demorado cerco e só se rendeu em 475; «Ele, o requintado, teve então de comer erva e gato velho; e teve em seguida de entender-se com esses gigantes grosseiros cujo bafo cheirava a alho e a cebola, dos dez acepipes que tinham engolido desde pela manhã». Ele, pouco devoto até então, tornou-se pastor exemplar; sofreu mil perseguições a fim de preservar o seu povo das heresias que o invasor trazia consigo. O seu amor para com os pobres era tão grande que lhes dava os móveis e a louça; a mulher ia, é certo, resgatar tudo isso, o que lhe permitia a ele dá-lo todo uma vez mais. Parece que foram os sofrimentos e a tristeza que o fizeram morrer cedo. Nascera em 430 e morreu em 480. Sidónio Apolinar é um dos melhores escritores do seu tempo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATA UMBELINA
(1135, mais ou menos)
S. Bernardo tinha cinco irmãos e uma irmã chamada Umbelina, bela família de sete filhos, Bernardo era o terceiro, Umbelina vinha logo a seguir. Todos os jovens, conquistados por Bernardo, retiraram-se para Cister. E o velho pai de família deu em casamento Umbelina a um gentil homem borgonhês, vindo aquele depois para o mosteiro colocar-se na escola do seu querido Bernardo. Deus levava o cacho e o ramo! A jovem castelã, esquecendo as lições da mãe, Alete, tornou-se mundana. Um dia, quis tornar a ver os irmãos. Chegou com grande acompanhamento e belos adornos. Bernardo mandou o irmão André dizer à dama que não a recebia. André declarou cruamente: «Para que serve esse luxo de bugigangas a cobrir imundície?» A pretensiosa compreendeu. Com lágrimas exclamou: «É verdade, pequei, mas foi pelos pecadores que Jesus morreu. Precisamente porque sou pecadora necessito de bons conselhos. Se o irmão despreza o meu corpo, o servidor de Deus tenha compaixão da minha alma! Venha, dê ordens, estou pronta para tudo». Esclarecido com estas informações, Bernardo chamou os irmãos e todos vieram à porta saudar Umbelina. Falou-se de Alete, a mãe admirável. Umbelina voltou a casa transformada, a dar-se inteiramente à oração e às boas obras. Passados alguns anos, o marido permitiu-lhe ir para um convento, onde sua cunhada era prioresa. A esta veio a suceder Umbelina no cargo. Morreu talvez em 1135, assistida pelos irmãos. O culto da beata foi aprovado em 1703. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
BEATA VITÓRIA RASOAMANARIVE
(1848-1894)
Um dos acontecimentos importantes da viagem de João Paulo II a Madagáscar, foi a beatificação de Vitória Rasoamanarive, durante a concelebração de 30 de Abril de 1989. Quem foi esta Serva de Deus? Uma leiga malgaxe, filha de uma das famílias mais importantes e poderosas da sua terra, que se distinguiu pelo testemunho cristão na vida matrimonial, pelo serviço aos pobres e pelo zelo apostólico. Educada na escola da Irmãs de S. José de Clunny, abraçou a fé católica e no dia de Todos os Santos de 1863 foi baptizada, recebendo o nome de Vitória. Levantando-se depois ataques mais ou menos manifestos à missão católica, Vitória foi importunada pelos,parentes para que abandonasse a fé. Resistiu com firmeza a todos os pedidos, ameaças e até castigos corporais. pensou mesmo em ingressar num convento. Todavia os missionários foram de parecer que isso era uma imprudência e aconselharam-na a permanecer na família e ser apóstola no mundo. Finalmente contraiu matrimónio, perante um sacerdote católico, com o jovem Radriaka, filho do primeiro ministro e comandante do exército. Contudo, o marido era um homem dissoluto, facto que provocou tais sofrimentos à jovem esposa que chegou a ser aconselhada pelo pai e pela Rainha para se divorciar. Ela, porém, preferiu aguentar a dolorosa situação até à morte de Radiakra, que ocorreu em 1887. Pelos seus magníficos exemplos de vida autenticamente cristã, conquistou a simpatia e o respeito de todos; povo e autoridades. Serviu-se desse prestigio para se tornar o sustentáculo da fé católica nos anos em que os missionários foram expulsos (1883-1886). Visitava os pobres, os presos e os leprosos, procurando socorrê-los na medida do possível. Esta vida heróica de caridade levou-a a contrair uma doença que a vitimou no dia 21 de Agosto de 1894. Depois dos costumados processos canónicos e comprovação de de um milagre atribuído à sua valiosa intercessão, foi beatificada no dia acima indicado. AAS 84 (1992) 493-6; L’OSS. ROM. 7.5.1989. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
• Pío X, Santo
Agosto 21 CCLVII Papa,
Pío X, Santo
CCLVII Papa
Martirologio Romano: Memoria del papa san Pío X, que fue sucesivamente sacerdote con cargo parroquial, obispo de Mantua y después patriarca de Venecia. Finalmente, elegido Sumo Pontífice, adoptó una forma de gobierno dirigida a instaurar todas las cosas en Cristo, que llevó a cabo con sencillez de ánimo, pobreza y fortaleza, promoviendo entre los fieles la vida cristiana por la participación en la Eucaristía, la dignidad de la sagrada liturgia y la integridad de la doctrina (1914).
Etimología: Pío = piadoso. Viene de la lengua latina.
• Sidon (Sidonio) Apolinar, Santo
Agosto 21 Obispo,
Sidon (Sidonio) Apolinar, Santo
Obispo
Martirologio Romano: En Auvernia, en Aquitania, san Sidonio Apolinar. Era prefecto de la ciudad de Roma cuando fue ordenado obispo de Clermont, y muy bien formado en lo divino y lo humano, y dueño de gran fortaleza cristiana, se enfrentó a la ferocidad de los bárbaros, como padre de la Iglesia y doctor insigne (c. 479).
• Victoria Rasoamanarivo, Beata
Agosto 21 Viuda y Princesa de Madagascar,
Victoria Rasoamanarivo, Beata
Princesa de Madagascar
Martirologio Romano: En Antananarivo, en la isla de Madagascar, beata Victoria Rasoamanarivo, que, después de enviudar de un matrimonio con un hombre violento, y habiendo sido expulsados de la isla los misioneros, socorrió con toda solicitud a los cristianos y defendió a la Iglesia frente a los magistrados públicos (1894).
67060 > Santi Agatonico, Zotico e compagni TEOPREPIO, ACINDINO, SEVERIANO, ZENONE, VITTORE, CESAREO, CRISTOFORO, TEONA e ANTONINO Martiri 21 agosto
67090 > Santi Bassa, Teognio, Agapio e Pisto Martiri 21 agosto MR
94576 > Beata Beatrice de Roelas Vergine mercedaria 21 agosto
54100 > Santi Bernardo (Hamed), Maria (Zaida) e Grazia (Zoraide) di Alzira Cistercensi, martiri 21 agosto MR
92906 > Beato Brunone Giovanni (Brunon Jan) Zembol E 4 COMPAGNI Religioso e martire 21 agosto MR
67070 > Santa Ciriaca di Roma 21 agosto MR
67150 > Sant' Euprepio di Verona Vescovo 21 agosto MR
67130 > San Giuseppe Dang Dình (Nien) Vien Martire 21 agosto MR
91001 > Santi Lussurio, Cisello e Camerino Martiri in Sardegna 21 agosto MR
69895 > San Natale Venerato a Casale Monferrato 21 agosto
24100 > San Pio X (Giuseppe Sarto) Papa 21 agosto - Memoria MR
Áudio da RadioVaticana: RadioRai: e da RadioMaria:
67110 > San Privato di Mende Vescovo e martire 21 agosto MR
67080 > San Quadrato di Utica Vescovo e martire 21 agosto MR
93236 > Beato Raimondo Peiro Victori Sacerdote domenicano, martire 21 agosto MR
93453 > Beato Salvatore Estrugo Solves Sacerdote e martire 21 agosto MR
67120 > San Sidonio Apollinare Vescovo di Clermont 21 agosto MR
91366 > Beata Vittoria Rasoamanarivo Vedova e principessa del Madagascar 21 agosto MR
sites www.es.catholic.net/santoral, www.santiebeati.it e www.jesuitas.pt
Compilação de
ANTÓNIO FONSECA
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