Nº 1012-2
Do livro A Religião de Jesus, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com:
tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente. AF.
15 de Agosto
ASSUNÇÃO DA VIRGEM MARIA
Lc 1, 39-56
Por aqueles dias, pôs-se Maria a caminho e dirigiu-se à pressa para a montanha, a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou a Isabel. Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, o menino saltou-lhe de alegria no seio e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Erguendo a voz, exclamou: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor? Pois logo que chegou aos meus ouvidos a tua saudação, o menino saltou de alegria no meu seio. feliz daquela que acreditou que teriam cumprimento as coisas que lhe foram ditas da parte do Senhor». Maria, disse então:
«A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador. Porque olhou para a humilde condição da Sua Serva. De facto, desde agora todas as gerações me hão-de chamar ditosa, porque me fez grandes coisas o Omnipotente. É santo o seu nome e a Sua misericórdia vai de geração em geração para aqueles que O temem. Exerceu a força com o Seu braço e aniquilou os que se elevavam no seu próprio conceito. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos e aos ricos despediu-os de mãos vazias. Tomou a Seu cuidado Israel, Seu servo, recordando a Sua misericórdia, conforme tinha dito a nossos pais, em favor de Abraão e sua descendência, para sempre».
Maria ficou com Isabel cerca de três meses. Depois regressou a casa.
1. A festa da Assunção de Maria aos céus representa a exaltação suprema que a religião faz ao feminino. Ainda que este dogma tenha sido o último, entre os dogmas marianos que a Igreja proclamou (Pio XII, em 1950), é importante recordar que a fé do povo na Assunção de Maria procede dos primeiros séculos do cristianismo. Esta fé expressa na necessidade de que o comum dos fiéis sente de integrar o feminino nas suas convicções religiosas. O que envolve uma enorme importância para integrar devidamente as crenças religiosas em nossa condição económica.
2. Aqui é importante recordar que Deus não é um ser assexuado. Deus não é de condição masculina nem feminina. Sem embargo, as culturas androcentricas e machistas transmitiram-nos, de forma predominante, representações masculinas da divindade: Deus como “Pai” não mãe; como “Rei”, não rainha; como “Senhor”, nunca senhora… etc.,. Sem embargo, na condição humana, o feminino é tão importante como o masculino. Porque ambos os componentes são constitutivos de nossa humanidade. Daí que nossa experiência religiosa está, com demasiada frequência, desequilibrada. A representação masculina do divino equivale a a apresentar-nos a Deus com as características que a cultura destaca no masculino; o poder, a autoridade, a força, o domínio, inclusive a ameaça e até a violência.
3. A festividade da Assunção representa, entre outras coisas, o esforço por recuperar a dimensão que as culturas machistas têm marginalizado e até desprezado. Necessitamos de integrar na nossa experiência religiosa a ternura, a sensibilidade, a delicadeza, a singular bondade que as culturas machistas, em que quase todos nos temos educado, atribuem ao feminino. Deus é Pai-Mãe. Deus é feminino. Deus é a plenitude do humano. Mas de resto sabemos que o humano, sem feminino, não é humano.
Compilação por António Fonseca
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http://bibliaonline.com.br/acf; http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt
NOTA FINAL:
Desejo esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO. Desculpem e obrigado. AF.
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