Nº 1006
SANTA TERESA BENEDITA DA CRUZ
(EDITH STEIN)
Religiosa, Mártir (1891-1942)
Última de 11 irmãos, nasceu em Breslau, a 12 de Outubro de 1891, no dia em que a família festejava o «Dia da expiação», a grande festa judaica. Por esta razão, a mãe teve sempre uma predileção especial por esta filha. O pai, comerciante de madeiras, morreu quando Edith ainda não tinha completado os 2 anos. A mãe, mulher muito religiosa, solícita e voluntariosa, teve que assumir todo o cuidado da família, mas não conseguiu manter nos filhos uma fé viva. Stein perdeu a fé: «Com plena consciência e por livre eleição», há-de dizer ela mais tarde. Começou a estudar germanística e história, na universidade de Breslau, mas o seu verdadeiro entusiasmo ia para a filosofia; interessavam-lhe também os problemas da mulher. Em 1913 vai para Gotinga, a fim de assistir às aulas de E. Husserl, do qual há-de ser assistente e com o qual fará o seu doutoramento. Nesta cidade encontrou também o filosofo Max Scheler e este encontro proporcionou-lhe a atração para o catolicismo. Com o estalar da guerra mundial, resolveu fazer o curso de enfermeira, tendo prestado serviço num hospital austríaco. Foram tempos difíceis para ela. Quando o hospital militar fechou, seguiu a Husserl que, entretanto, tinha ido para Friburgo. Por aquele tempo deu-se um facto que alterou a vida de Edith. O casal Reinach, do qual era muito amiga, tinha-se convertido ao Evangelho. Entretanto o marido morreu, ainda muito jovem, e Stein estava com muito medo do encontro com a viúva. Com grande surpresa sua, encontrou uma mulher de fé que tinha assumido a morte do marido dentro dessa fé. Como Edith há-de declarar, este encontro fez desmoronar a sua irreligiosidade e apareceu a luz de Cristo. No Outono de 1918, deixou de ser assistente de Husserl e começou a trabalhar por sua conta. Desejava obter a habilitação para a livre docência, mas isso, naquele tempo, não era permitido às mulheres. Edith volta apara Breslau. escreve artigos em várias publicações, mas lê também Kierkegaard e os «Exercícios Espirituais", de Santo Inácio de Loiola. No Verão de 1921, visita um casal convertido ao Evangelho. Uma noite encontrou na biblioteca a autobiografia de Santa Teresa de Ávila. Leu-a durante a noite. «Quando fechei o livro, disse para mim própria; é esta a verdade», declarou ela mais tarde. Em Janeiro de 1922, Stein é batizada e no dia 2 de fevereiro desse mesmo ano é crismada pelo bispo de Espira, na capela privada do prelado. Logo a seguir à conversão, Edith pretende entrar no Carmelo, mas os seus conselheiros espirituais impedem-na de dar este passo. Aceita então o trabalho de professora no Instituto e Seminário dum convento dominicano. Além disso, e por insistência do abade do convento de Beuron, Stein faz grandes viagens para dar conferências, em especial sobre temas femininos, e realiza também outros trabalhos: faz traduções de vários autores, escreve também obras filosóficas próprias, etc., Em 1932 é-lhe atribuída uma cátedra numa Instituição católica , onde desenvolve a sua própria antropologia, encontrando a maneira de unir ciência e fé. Em 1933 a noite fecha-se sobre a Alemanha. Edith Stein tem que deixar a docência e ela própria declarou nessa altura: «Tinha-me tornado uma estrangeira no mundo». Em 14 de Outubro desse mesmo ano, entra para o mosteiro das Carmelitas de Colónia, passando a chamar-se Teresa Benedita da Cruz. Em Outubro de 1938 faz a sua profissão perpétua. Foi precisamente no ano de 1938 que o ódio dos nazis contra os judeus se tornou mais evidente. A superiora do Carmelo (a pedido de Edith, a fim de não prejudicar as outras Irmãs), fez os possíveis para a levar para o estrangeiro. Na noite de 31 de Dezembro, cruza a fronteira com a Holanda e refugia-se no mosteiro das Carmelitas de Echt. A 2 de Agosto de 1942 chega a Gestapo, Edith Stein encontrava-se na capela com as Irmãs. Dão-lhe 5 minutos para se apresentar, juntamente com a sua irmã Rosa, que também tinha sido batizada na Igreja católica e prestava serviço no convento. As suas últimas palavras foram: «Anda, vamos, pelo nosso povo». As duas mulheres são levadas para o campo de concentração de Westerbork. O quer estava por detrás desta detenção e de muitas outras, era a vingança contra o comunicado dos bispos católicos dos Países Baixos contra as deportações dos judeus. No amanhecer de 7 de Agosto, parte, com a irmã e um grupo de 985 judeus, para Auschwitz. No dia 9, a irmã Teresa da Cruz, juntamente com a sua irmã Rosa, morre nas câmaras de gás. É beatificada a 1 de maio de 1987, em Colónia, e a 11 de Outubro de 1998 teve lugar a sua canonização, na praça de S. Pedro, em Roma. A 1 de Outubro de 1999, é declarada co-padroeira da Europa, juntamente com Santa Brígida da Suécia e Santa Catarina de Sena. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Áudio da RadioRai:
BEATO CARLOS MARIA LEISNER
Sacerdote (1915-1945)
Carlos Leisner nasceu a 28 de Fevereiro de 1915, numa pequena cidade alemã chamada Rees, no Baixo Reno, perto do Santuário de Kevelaer, Diocese de Munster, na Westfália. Desde os 12 anos, começa a participar ativamente como líder no Movimento da Juventude Católica, da qual chegou a ser responsável diocesano. Aos 19 anos, conhece o Movimento de Schõnstatt, no qual se integra, através da Comunidade dos Teólogos de Schõnstatt, e decidindo-se pelo Sacerdócio, entra no Seminário de Munster, repartindo os seus estudos por Munster e Friburgo. Pouco depois da sua Ordenação como Diácono, aos 25 anos de idade, é-lhe diagnosticada uma tuberculose pulmonar, que o obriga a ir para um sanatório na Floresta Negra. Nessa altura, juntamente com o seu grupo de Teólogos, selou a Aliança do Amor com a Mãe Três Vezes Admirável de Schõnstatt, no sentido da «Carta Branca». A posição clara de Carlos em relação ao nazismo está na origem duma denúncia contra ele, que o levou a ser preso pela Gestapo, a 9 de Novembro de 1939. Depois de ter passado pelo campo de concentração de Saclisenhausen, perto de Berlim, é transportado para o campo de concentração de Dachau, onde dá entrada a 14 de dezembro de 1940, sendo-lhe atribuído o nº de prisioneiro 22356. Passou aí quatro anos. Durante esse tempo, encontra no Padre Otto Pies, S.J., seu companheiro na barraca 26, não só um amigo, mas também um precioso guia espiritual, e começa a integrar o grupo de Sacerdotes de Schõnstatt, que, em torno do seu Fundador, padre José Kentenich, também prisioneiro, levaram uma vida de intenso heroísmo em torno ao ideal que, no meio do inferno de Dachau, dava sentido às suas vidas: «Vencedor nas cadeias». A 17 de Dezembro de 1944, Monsenhor Gabriel Piquet, Bispo francês de Clermont-Ferrand, que se encontrava também prisioneiro em Dachau, obtidas as respectivas licenças, ordenou secretamente de Sacerdote o Diácono Carlos Leisner, que nesse momento se encontrava já quase no limite das suas forças físicas, devido aos maus tratos de que os presos eram vítimas. Assim se compreende que este jovem sacerdote, Carlos Leisner, não tenha tido forças para voltar a celebrar a Eucaristia, após a sua Primeira Missa, a 26 de Dezembro desse ano. Após a saída do campo de concentração, no final da Segunda Grande Guerra, Carlos veio a falecer a 12 de Agosto de 1945 no Hospital de Planegg, nas proximidades de Munique. Durante o processo de beatificação, alguém levantou a pergunta: Como é possível beatificar um Sacerdote que na sua vida celebrou apenas uma vez a santa Missa, quando há tantos outros que, durante muitos anos, viveram numa entrega heroica ao serviço do reino de Deus? A respostas encontra-mo-la no segredo do Ideal pessoal animado pelo Ideal do grupo dos teólogos de Schõnstatt,que fortalecia o jovem Diácono Carlos Leisner e mandou imprimir no santinho da Ordenação e Missa Nova: «É necessário que o sacerdote ofereça», frase a que às vezes acrescentava «e se ofereça». Em 8 de Outubro de 1988, num encontro de 42 000 jovens europeus em Estrasburgo, João Paulo II propôs Carlos Leisner como modelo para a juventude duma nova Europa. A 23 de Junho de 1996, no estádio olímpico de Munique, o papa João Paulo II beatifica o sacerdote Carlos Leisner. É este o primeiro membro do Movimento de Schõnstatt,a ser elevado às honras dos altares. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SÃO SAMUEL DE EDESSA
(450)
A nossa fonte é Gennade (depois de 496), no seu livro sobre os Autores eclesiásticos, LXXXII: a obra de Samuel (em siríaco) contra os inimigos da Igreja é notável. Tem em vista, sobretudo: a) os nestorianos, afirmando ele que o Verbo é Deus Homem e não simples homem nascido da Virgem Maria; b) os eutiquianos, dizendo que Deus tem a verdadeira carne dos homens e não carne mais ou menos celestial; c) os timoteanos, afirmando que o Verbo ficou na sua substância e o homem na sua natureza, que houve união e não mistura para dar a pessoa do Filho de Deus. Este é provavelmente o Samuel que imputou a Ibas, bispo de Edessa, ser nestoriano, isto pelo ano de 447. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
SÃO JOÃO DE FERMO ou da ALVÉRNIA
Religioso (1259-1322)
Era originário de Fermo, nas Marcas, em Itália. É chamado sobretudo da Alvérnia (em italiano della Verna), porque viveu vários anos e morreu na solidão onde S. Francisco recebeu os estigmas. Nascido em 1259, teve uma infância do minada pelo mistério da Paixão. Chorava de noite até molhar o lençol, à volta da cabeça. Mortificava-se quanto podia, batendo com ramos de urtigas na pele. Chegava a pôr os joelhos em sangue com rápidas genuflexões, batendo na terra dura. Entrou aos dez anos nos cónegos regulares. Tendo encontrado uma velha couraça, subiu à torre para ninguém o ver, e à força de cortes adaptou-a à sua juvenil estatura; usou-a debaixo do vestuário até que lhe descobriram a sua armadura insólita. Aos treze anos, passou para os Menores franciscanos. Habituara-se a andar olhando para o céu, o que fazia que tropeçasse e se ferisse nos pés. A um companheiro, que lhe recomendava olhasse para os pés, respondeu: «Não devemos, para atender aos pés, não fazer caso do espírito». Mandado para a Alvérnia, vivia lá em grandes austeridades, jejuando quaresmas em honra do Espírito Santo, de Nossa Senhora e dos anjos. Durante o Inverno, não tinha senão um hábito grosseiro e polainas, e ainda uma capa, obrigatória na Alvérnia. Algumas vezes, no Inverno, chegava ao coro, branco como boneco de neve, porque o seu eremitério estava longe. Esta habitação não tinha cama; deitava-se no chão duro. Tais austeridades não o impediam de pregar ao povo. Embora não tivesse estudado quase nada, dominava a Sagrada Escritura e sabia tirar dela o que vinha ao seu propósito. morreu ao cabo de 50 anos de vida franciscana, nas primeiras vésperas de S. Lourenço, no meio dos Irmãos da Alvérnia (9 de Agosto de 1322). Tinha-os exortado a não viverem senão para Cristo – Caminho, Verdade e Vida. Conta-se que S. Francisco veio ter com ele para lhe moderar as mortificações e que, por vezes, eram os anjos que lhe faziam companhia. O seu culto foi aprovado pelo papa Leão XIII, em 1880. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt.
Santa Candida Maria di Gesù Cipitria (Giovanna Giuseppa Cipitria y Barriola) Fondatrice
Beato Claudio Richard Martire
San Falco di Palena Eremita
Beato Faustino Oteiza Scolopio, martire
San Feidlimid (Fedlimino) Vescovo
Santi Fermo e Rustico Áudio da RadioMaria:
Beato Florentino Asensio Barroso Vescovo e martire
Beato Francesco Jagerstatter Laico, martire
Beato Germano da Carcagente (José Maria Garrigues Hernandez) Sacerdote e martire
Beato Giovanni da Fermo (o della Verna)
Beato Giovanni Guarna da Salerno Domenicano
Beato Giuseppe Maria Celaya Badiola Coadiutore salesiano, martire
Beato Guglielmo Plaza Hernandez Martire
Beata Marianna (Barbara) Cope di Molokai Religiosa
Santi Martiri di Costantinopoli – (11) - Giuliano, Marciano, Giovanni, Giacomo, Alessio, Demetrio, Fozio, Pietro, Leonzio, Maria e Gregorio
San Maurilio da Rouen Vescovo
San Nathì (Nateo) Vescovo e abate
Beato Riccardo Bere Sacerdote certosino, martire
San Romano di Roma Martire Áudio da RadioVaticana:
Beati Ruben di Gesù Lopez Aguilar e compagni Martiri
Festa dei Santi delle Solovki – (48) il monaco martire Giobbe di Uscel; i vescovi Filippo II di Mosca, Marcello di Vologda; i monaci Zosima e Sabazio delle Solovki, Germano delle Solovki, Aussenzio, Adriano, Acsio, Alessio, Andrea, Antonio, Basilio, Bassiano di Pertominsk, Gerasimo, Gurio, Damiano di Jur'egore, Dositeo, Eleazaro Anzerskij, Eliseo di Sumy, Efrem il Nero, Giacobbe di Kostroma, Gennaro, Giovanni l'Illuminatore, Giovanni Jarengskij, Giobbe (nello schima Giosuè) Anzerskij, Giona di Pertominsk, Giuseppe I, Giuseppe II, Irinarco, Cassiano di Muezero, Chirico, Longino Jarengskij, Macario, Misaele, Nestore, Niceforo, Onofrio, Saba, Sebastiano, Tarassio, Timoteo (nello schima Teodoro), Ticone, Trifone, Teodulo, Filippo l'Eremita; i «folli per Cristo» Giovanni I delle Solovki, Giovanni II delle Solovki.
Santi Secondiano, Marcelliano e Veriano Martiri
Santa Teresa Benedetta della Croce (Edith Stein) Martire
Http://ES.CATHOLIC.NET/SANTORAL
Agosto 9 Presbítero y Mártir
• Teresa Benedicta de la Cruz (Edith Stein), Santa
Agosto 9 Monja Mártir,
• Juan de Fermo (o de la Verna), Beato
Agosto 9 Franciscano,
• Cándida María de Jesús, Santa
Agosto 9 Fundadora,
• Francisco (Franz) Jägerstätter, Beato
Agosto 9 Mártir Laico,
• Mariana (Bárbara) Cope de Molokai, Beata
Agosto 9 Religiosa,
• Germán (José María) Garrigues Hernández, Beato
Agosto 9 Presbitero y Mártir,
• Guillermo Plaza Hernández, Beato
Agosto 9 Presbítero y Mártir,
• Rubén de Jesús López Aquilar y 71 compañeros, Beatos
Agosto 9 Religioso Mártir,
• Florentino Asensio Barroso, Beato
Agosto 9 Obispo y Mártir,
• Román, Santo
Agosto 9 Mártir,
Http://es.catholic.net/santoral; http://santiiebeati.it; www.jesuitas.pt
Compilação através dos sites acima referidos, por
António Fonseca
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