sábado, 4 de maio de 2019

Nº 65 - A DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS - 4 DE MAIO DE 2019

Nº  65


DIOCESE DO PORTO E OS SEUS BISPOS  

 4 DE MAIO DE 2019









Caros Amigos:



62º Bispo do Porto




DOM 
ANTÓNIO BARBOSA LEÃO

Bispo do Porto
1919-1929




Na Lista de Bispos do Porto da WIKIPÉDIA consta a existência de uma longa Biografia sobre DOM ANTÓNIO JOSÉ DE SOUSA BARROSO
que, se inicia do seguinte modo:

ANTÓNIO BARBOSA LEÃO


ANTÓNIO BARBOSA LEÃO (parada de Todeia, Paredes, 17 de Outubro de 1860 - Porto, 21 de Junho de 1929) foi um religioso católico português e bispo da Diocese do Porto.


(NOTA DE AF:  Dado o facto de ser mais ou menos idêntica à que vem na CRONOLOGIA da Diocese do Porto, substituía-a por esta última que transcrevo de seguida):

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Por outro lado no livro "Retratos dos Bispos do Porto na Colecção do Paço Episcopalna CRONOLOGIA consta o nome, imagem (acima) e biografia (que abaixo transcrevo)  do Bispo Dom ANTÓNIO BARBOSA LEÃO e também no EPISCOPOLÓGICO com a indicação de que terá exercido essas funções durante cerca de 10 Anos de 1919 até 1929.




A transcrição é como segue:

DOM ANTÓNIO BARBOSA LEÃO nasceu na freguesia de Parada de Todeia (conselho de Paredes), a 17 de Outubro de 1860. Era filho de Manuel Barbosa e Dona Maria Barbosa Leão.
Ainda jovem veio para o Porto a fim de trabalhar numa oficina de ourives. Com 16 anos foi para o colégio do Carmo, em Penafiel e, com 22, entrou no seminário episcopal do Porto, recebendo o presbiterado a 1 de Agosto de 1886.
Iniciou a sua carreira como docente no colégio da Formiga (Ermesinde), (concelho de Valongo), sendo, logo depois, nomeado professor e prefeito do seminário dos Carvalhos, por decreto de 1 de Outubro de 1887.
Deixou a docência para tomar posse como pároco da Igreja de São Tiago de Lustosa (concelho de Lousada), para o qual fora apresentado em Junho de 1890. Haveria de resignar a este lugar, em Dezembro de 1904, para se dedicar em exclusivo à pregação durante dois anos.
Em Fevereiro de 1906 foi escolhido para Prelado de Angola e Congo sendo confirmado pelo papa PIO X no mês de Julho desse ano. Ainda antes de partir para África, DOM ANTÓNIO colaborou na resolução do problema da jurisdição dessa diocese, uma vez que a ela se advogavam o direito o governo português (escudado na prerrogativa do padroado real) e os missionários da Congregação do Espírito Santo (dependentes da Propaganda Fide). O reconhecimento mútuo dos direitos de cada uma das instituições seria o caminho para o acordo estabelecido entre as partes. Assim, ultrapassada a questão, o Prelado fez entrada solene no Bispado a 1 de Novembro de 1906.
As primeiras diligências de DOM ANTÓNIO, como Bispo desta provincia africana, relacionam-se directamente, com o referido acordo. De facto, o Prelado deu execução ás determinações acordadas e decretou uma nova divisão eclesiástica diocesana, em conformidade com a realidade das circunscrições missionárias. Fez também visita pastoral à diocese, logo em Janeiro de 1907, dando prioridade ao enclave de Cabinda, onde existiam quatro missões.
Para além da questão jurisdicional, o novo Prelado de Angola preocupou-se com a formação do clero, transferindo o seminário, até então instalada na missão de Huíla, para o Paço Episcopal de Luanda. Outra diligência prendeu-se com a criação de escolas católicas (do ensino feminino e masculino) e do Curso de intérpretes Eduardo Costa, de modo a suprir a falta de conhecimento das línguas autóctones, tanto de clérigos como de leigos.
Pouco mais de um ano depois de chegar a Angola, DOM ANTÓNIO foi escolhido para Bispo do Algarve, sendo nomeado a 7 de Novembro de 1907 e confirmado, pela Cúria romana, a 19 de Dezembro seguinte. depois de ter tomado posse por procuração, fez a sua entrada triunfal, na Sé de Faro, a 3 de Abril de 1908. Tal como procedera em terras africanas, preocupou-se o pontífice algarvio em conhecer a sua diocese, iniciando as visitas pastorais em Julho de 1908. No ano seguinte, por altura da Quaresma, publicou numa Pastoral sobre o ensino religioso e a importância da catequese dos adultos.
No seguimento da proclamação da República, a 5 de Outubro de 1910, foram extintas todas as congregações religiosas, servindo a venda dos seus bens para pagar as pensões, ou cultuais, ao clero, em conformidade com a Lei da Separação do Estado das Igrejas (de 20 de Abril de 1911), DOM ANTÓNIO BARBOSA LEÃO insurgiu-se tanto contra os abusos praticados pelos executores desta lei, como contra as cultuais. Valeu-lhe esta posição uma sentença de desterro para fora da diocese, pelo período de dois anos, ditada a 6 de Janeiro de 1912.
Regressou a Faro nos inícios de 1914, tendo em mente, entre outras prioridades, a reforma do clero diocesano. Com esse propósito, escreveu a Exortação ao Clero do Algarve, em 1915, onde trata da sustentação do culto e do clero, das obrigações dos sacerdotes, da importância da instrução catequética, entre outros temas. No ano seguinte organizou um Congresso de Obras Católicas, e publicou o opúsculo União Católica e Centro Católico Português. DOM  ANTÓNIO seria também responsável pela construção de um edifício próprio para o seminário, dando-lhe novos Estatutos em Janeiro de 1919.
Poucos meses depois, a 16 de Julho de 1919, DOM ANTÓNIO BARBOSA LEÃO foi nomeado Bispo do Porto, por Bula do Papa BENTO XV. Tomando posse por procuração, a 25 de Agosto, entrou solenemente na cidade a 8 de Setembro seguinte. Em Outubro presidiu à abertura das aulas do seminário, fechado desde 1910. mas a sua principal missão foi a de aplicar, aos vários organismos diocesanos, o Código de Direito Canónico que entrara em vigor em 1918. Para tal, mandou publicar um novo regulamento do registo paroquial, reformou os serviços da Cúria diocesana, renovou os Estatutos do seminário e expediu uma provisão sobre o modo de trajar dos clérigos.
Tal como acontecera no Algarve, também no Porto, o ensino voltou a ser um tema de eleição do Prelado. Por essa razão, em 1922, restaurou o Seminário de Nossa Senhora do Rosário, extinto pelo governo da República, e instalou-o, primeiramente, no Paço Episcopal da Torre da Marca, e, depois, no edifício do antigo Colégio da Visitação, na Rua de Vilar (no Porto). Também se preocupou com o clero já formado, apontando para a necessidade da realização de exercícios pastorais, e tornou obrigatórias as conferências e palestras de doutrina cristã. Voltando-se para os leigos, em 1921 publicou o Catecismo Breve da Doutrina Cristã, para ser usado na catequese das crianças de todo o Bispado, e, em 1923, estabeleceu os princípios norteadores dos Patronatos, ou seja, de associações destinada a acompanhar crianças depois de feita a sua Primeira Comunhão. Este tema do ensino volta á pena de DOM ANTÓNIO BARBOSA LEÃO numa Pastoral de Julho de 1921, ficando-se, neste rescrito,  na organização e nos meios para subsidiar a instrução cristã e na reforma dos estatutos da Congregação da Doutrina Cristã. De modo a avaliar a eficácia das acções promovidas, mandou fazer um relatório do movimento religioso, que foi publicado em 1924. No mesmo ano, DOM ANTÓNIO consagrou a Diocese do Porto ao Sagrado Coração de Jesus, no seguimento da vontade expressa pelo papa PIO XI e publicou uma Pastoral sobre a devoção e consagração dos fiéis.
O pontífice portuense preocupou-se, ainda, com a situação económica e social dos seus clérigos e, nesse sentido, reorganizou as côngruas paroquiais e fundou o Hospital do Clero, para dar assistência aos padres pobres da Diocese do Porto.
O carácter interventivo de DOM ANTÓNIO BARBOSA LEÃO transparece, de igual forma, na fundação do semanário A Voz do Pastor, em 1921, e do apelo que fez, às entidades competentes, da necessidade de proceder ao restauro da catedral portuense. De facto, em Julho de 1921, reclamava o Bispo que aestava a precisar de algumas reparações urgentes, em especial nos telhados, no pavimento do claustro e nas portas exteriores, assim como de outras intervenções de maior vulto.
Após quase uma década de pontificado, DOM ANTÓNIO viria a falecer no seu Paço da Torre da Marca, a 21 de Junho de 1929. As exéquias realizaram-se nasendo, posteriormente, sepultado na sua terra natal, Parada de Todeia. É recordado  pela sua "pregação de estilo directo, popular", e por ter mantido, numa fase conturbada da história nacional, "a firmeza vertical de um lutador prudente e sereno
(AZEVEDO, 2001. p. 23). 
A sua memória permanece nas dioceses do Porto e do Algarve, conservando-se retratos deste Bispo nos respectivos Paços episcopais.





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Na publicação de amanhã, prosseguirei com a história dos BISPOS DO PORTO



ANTÓNIO FONSECA

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