Justo e Viator, Santos
Bispo e Monge, Setembro 2
Bispo e Monge
Martirológio Romano: Em Lyon, na Galia, sepultura de S. Justo, bispo, que renunciou ao bispado a raiz do concílio de Aquilea, retirando-se a um deserto de Egipto junto com S. Viator (Viador), leitor, e convivendo durante alguns anos com monges de vida ascética. Os restos mortais de ambos foram trasladados depois a Lyon (d. 381).
Etimologia: Justo = que observa o direito, do latim. Viator = caminhante. Vem da língua latina.
São Justo nasceu em Vivarais. Quando era diácono de Vienne, foi eleito bispo de Lyon. Seu grande zelo o levava a censurar energicamente quanto merecia reprovação.
No sínodo de Valence (374 P.c.), demonstrou amplamente seu amor à disciplina e à boa ordem. O ano 381, São Justo assistiu com outros dois bispos da Galia ao sínodo de Aquileya que se ocupou principalmente de combater o arianismo. Santo Ambrósio obteve no curso daquele sínodo a deposição dos bispos arianos. O santo professava particular respeito a São Justo, como o provam duas cartas que lhe escreveu para consultá-lo acerca de certas questões bíblicas.
Um assassino que havia apunhalado a duas pessoas nas ruas de Lyon, se refugiou na catedral. São Justo o entregou às autoridades, na condição de que não lhe tirassem a vida, mas o povo se apoderou do assassino e lhe deu a morte.
O santo bispo se sentiu responsável desse assassinato e pensou que ele o fazia inepto para o serviço do altar; por outra parte, desde tempo atrás, desejava retirar-se a servir a Deus na solidão e tornou o incidente como pretexto para renunciar a sua sede. O povo não queria deixá-lo partir mas, à volta do sínodo de Aquileya, São Justo abandonou uma noite a sua comitiva e fugiu para Marselha, onde se embarcou rumo a Alejandría, com um leitor chamado Viator.
No Egipto viveu, sem ser reconhecido, num mosteiro; mas foi finalmente descoberto por um habitante da Galia que havia ido a visitar os mosteiros da Tebaida. Imediatamente, o povo de Lyon enviou a um sacerdote para que o trouxesse consigo, mas o santo não se deixou convencer.
Antíoco (que sucedeu a São Justo no governo da sede de Lyon e é também santo) determinou ir a acompanhar na solidão a seu predecessor, que morreu pouco depois em seus braços, no ano 390. Seu corpo foi trasladado a Lyon e sepultado na igreja dos Macabeos, que mais tarde tomou seu nome.
São Viator morreu algumas semanas depois que seu mestre. Seu nome figura também no Martirológio Romano (21 de Outubro), onde se comemora assim mesmo a traslação do corpo dos dois santos (2 de Setembro).
Teodora de Alejandría, Santa
Penitente, Setembro 2
Penitente
Ela é uma santa pouco comum. Me explico: geralmente os santos e santas são apresentados como personagens extremamente dotados de qualidades pouco acessíveis ao comum dos mortais. Teodora não é precisamente uma dessas. Pese ao débil que é a documentação histórica de que se dispõe, o começo de sua santidade parte de um acontecimento nada santificável como é o adultério.
Foi uma mulher casada que vivia no Egipto e de costumes iirreprovaveis. Um jovem enamorado de suas bondades se sentiu recusado em suas pretensões impuras até que recorreu a uma feiticeira que com pozinhos e palavras levou a Teodora a consentir na infidelidade.
A tristeza consequente ao pecado a levou à determinação de fazer penitência no resto da vida.
Tomou roupas de homem e pediu, suplicando, a admissão num mosteiro. Sob o nome de Teodoro admirou a todos com a aspereza de suas mortificações.
Mas não acaba aqui a sua história. Uma vendedeira do lugar acusa caluniosamente o falso monge de ser o pai do filho que havia tido com um viajante.
E aqui aparece o rasgo de generosidade. Teodora não quis negá-lo, é expulsa do mosteiro, cuida na solidão do menino alimentando-o com leite de cabra, enquanto que as inclemências do tempo e a intempérie cortam sua pele e mudam seu semblante.
Passados uns anos, suplica de novo a entrada no mosteiro onde se a admite com a condição de não abandonar sua cela. Só à morte da penitente se descobre sua condição de mulher.
Se conta nesta espécie de novela exemplar que o menino que ela cuidou chegou com o tempo a ser abade do mosteiro.
Antolin de Pamiers, Santo
Mártir, Setembro 2
Padroeiro dos caçadores espanhóis
Etimologia: Antolín = florido, inestimável. Vem da língua grega.
O padroeiro dos caçadores espanhóis e da cidade de Palência foi um jovem que andava entre duas frentes: a da luta e a solidão.
Havia nascido na parte sul de França, em Narbona quando mediava o século III de nossa era.
Como era um espírito aventureiro, se marchou pronto a Itália. Na cidade de Palermo o ordenaram de sacerdote, devido à sua pregação e a seus dotes, entre os quais se destacava a santidade de vida pessoal e sua irradiação aos demais.
Os cristãos cultos e também os simples souberam recolher os dados fundamentais da vida de estes santos mártires. Graças a eles hoje podemos mencioná-los e tributar-lhes nossa devoção mais sentida.
Em Palermo esteve nada menos que 18 anos trabalhando pelo reino de Deus mediante o anúncio do Evangelho.
Por razões pessoais voltou a França. E nesse tempo reinava nesta região, pertencente a Toulouse, seu tío Teodorico.
Uma vez que se inteirou de que seu sobrinho era cristão, o mandou prender e durante sete dias não lhe deu alimento nem nada. Sem embargo, um amigo seu – para algo servem os autênticos amigos -, o ajudou às escondidas. Assim pôde suportar a fome a que o submeteu o pagão governante.
Lhe sobreveio a morte a seu tío. Então ficou livre. Buscou a solidão de um bosque perto para viver em paz, oração e tranquilidade, e afastado do mundano ruído.
Galácio, nome de quem sucedeu a seu tío no reino, era também de armas tomar.
Seguindo a conduta de seu antecessor, o meteu de novo na cadeia. Desta vez não estava só. Um bom grupo de amigos, convertidos ao cristianismo, o acompanhou para sofrer o martírio pela fé no Senhor.
Seus corpos se atiraram ao rio Aregia.
Se conta que o rei Sancho de Navarra, muito aficionado à caça, foi a uma caçada de cervos. E andando se encontrou com uma cova. Viu um animal e intentou matá-lo, mas sua mão ficou paralisada. Esta cova se mantém na cripta da catedral de Palência.
¡Felicidades a quem leve este nome!
Comentários al P. Felipe Santos: fsantossdb@hotmail.com
Ingrid Elofsdotte de Skanninge, Beata
Religiosa, Setembro 2
Religiosa
Martirológio Romano: Em Skänninge, cidade da Suécia, beata Ingrid Elofsdotter, que, ao enviuvar, dedicou todos seus bens ao serviço do Senhor, vestindo o hábito dominicano após uma peregrinação à Terra Santa (1282).
Etimologia: Ingrid = filha do herói Norse. Vem da língua alemã.
Era por sua mãe, neta do rei Canuto de Suécia, e morreu no ano 1234.
Quando enviuvou, se foi a Roma para falar com o Papa. Queria pedir-lhe a autorização para fundar um mosteiro d religiosas contemplativas em seu país.
Seu irmão, Juan Elovson, cavaleiro teutónico, a ajudou com todo o dinheiro que necessitava.
O convento foi inaugurado em Skäninge, Suécia, em 15 de agosto de 1281.
Ingrid passou para a casa do Pai tal dia como hoje.
http://es.catholic.net/santoral
Recolha, transcrição e tradução de António Fonseca
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