quinta-feira, 24 de setembro de 2009

RITA AMADA DE JESUS, Santa – 24 de Setembro

 

 

 

Rita Amada de Jesús (Rita López de Almeida), Beata

Rita Amada de Jesus (Rita Lopes de Almeida), Beata

Fundadora do Instituto de Religiosas de Jesus, Maria e José

Rita Amada de Jesus nasceu em 5 de Março de 1848, num pequeno povoado da paróquia de Ribafeita, Diocese de Viseu, Portugal. Poucos dias depois foi baptizada com o nome de Rita Lopes de Almeida.
Cresceu num ambiente familiar de muita piedade, onde nas noites se fazia leitura espiritual. Desde sua meninice demonstrou uma devoção especial a Jesus Sacramentado, à Santíssima Virgem e S. José, assim como carinho pelo Santo Padre, que nesse tempo se encontrava em exílio.
A Igreja em Portugal continuava a ser perseguida por parte da Maçonaria, que se apoderou dos bens eclesiásticos, encerrou os Seminários, e Casas de Religiosos. Aos Institutos de Religiosas, lhes proibiu a admissão de Noviças. Bispos e sacerdotes provenientes de famílias de alto nível económico foram objecto também de ataques. Devido a isto não podiam dedicar-se a seu ministério completamente, já que tinham que defender-se. Tudo isto debilitou em parte a Igreja.
Mas esta situação política não apagou a ânsia de uma autêntica vida cristã que a família de Rita experimentava, em especial seus Papás, assim como o desejo de comunicá-la aos demais. Em este ambiente familiar Deus suscitou em Rita a vocação missionária, para libertar a juventude do indiferentismo religioso, e fomentar os valores morais, e assim com este apostolado pôde fortalecer a família.
Seu zelo apostólico fez dela uma itinerante. Ia de povo em povo e ensinava a orar. Através do Santo Rosário e outras orações desejava despertar nos corações de quem a escutavam, a imitação de Nossa Senhora, Mãe de Deus.
Em seu apostolado buscava sempre as pessoas que levavam uma vida imoral, e fazia todo o possível para resgatá-las do mal e conduzi-las a Deus. Este estilo radical de apostolado, a fez objecto de ameaças de morte.
À oração uniu a penitência. Para levar a cabo este objectivo, logrou conseguir alguns “instrumentos de mortificação”, em suas visitas às Irmãs Beneditinas do Convento de Jesus a Viseu.
Neste tempo, com a ajuda de seu Confessor, pôde discernir que Deus a chamava à Vida Consagrada. Nesta Época não era possível entrar em nenhum Instituto, devido às leis maçónicas que proibiam a entrada de noviças. Portanto, Rita seguiu no “mundo”, entregue ao apostolado e às práticas de mortificação, com a esperança de poder consagrar-se a Deus no futuro. Durante este tempo recusou pretendentes, alguns deles ricos, pois segundo ela já havia feito sua consagração a Deus no íntimo de seu coração.
Sua consagração a Deus a levou à prática frequente da Comunhão Reparadora, que fomentou seu fervor Eucarístico, e à devoção ao Sagrado Coração. Deus fez dela um verdadeiro apóstolo concedendo-lhe uma paixão pela salvação das almas.
Colaborando com o apostolado de Rita, seus pais chegaram a albergar em casa mulheres muito desejosas de conversão.
Como aos 20 anos de idade, seu desejo de consagrar-se a Deus aumentou consideravelmente. Compartilhou com seus pais este seu grande desejo. Não obstante a fé e vida exemplar cristã de seus pais, eles não aprovaram sua decisão. Rita não desistiu, ao contrário, continuou nutrindo a esperança de o realizar. E com a idade de 29 anos logrou entrar numa Congregação.
Esta congregação era a única que existia em Portugal porque era estrangeira, e se dedicava só a ajudar aos pobres. Mas como o carisma deste Instituto era diverso do tipo de zelo apostólico que ardia em seu coração, Rita não se pôde identificar com ele. 
O Director Espiritual da Comunidade, em quem Rita confiava plenamente, viu que a Vontade de Deus para ela, era: o receber e educar meninas pobres e abandonadas. Rita saiu deste Instituto, de origem francesa, com a idade de 32 anos.
De acordo com o Rev. P. Francisco Pereira, S.J. buscou os meios para preparar-se e realizar sua futura e urgente missão. Rita era dotada de muitos dons e virtudes e de natureza piedosa, e só desejava cumprir a vontade de Deus.
Dócil a seu Director Espiritual, logrou vencer os conflictos político e religiosos e fundar um Colégio-Instituto de Jesús, Maria e José, na Paróquia de Ribafeita, com a espiritualidade da Sagrada Familia, em 24 de Setembro, 1880.
Em breve tempo, este tipo de apostolado se estendeu a outras dioceses de Portugal. Nas dioceses de Viseu, Lamego e Guarda, as autoridades civis trataram sempre de suprimi-lo. Experimentou dificuldades de carácter económico, assim como com uma religiosa de seu Instituto.
Ainda mais, no ano 1910, se desencadeou uma feroz perseguição contra a Igreja. Todos os Institutos foram suprimidos, suas propriedades foram expropriadas incluindo o Instituto de Madre Rita, que conseguiu refugiar-se na sua terra natal. 
É aqui onde pouco a pouco conseguiu localizar suas religiosas dispersas devido à situação política, e reagrupá-las numa humilde casa de Ribafeita. Desde este lugar, enviou vários grupos delas ao Brasil, que perpetuaram o Carisma da Fundadora. Nesta forma seu Instituto pôde sobreviver.
Madre Rita, faleceu em 6 de Janeiro de 1913, em Casalmendinho (Paróquia de Ribafeita), em cheiro de santidade. Seu funeral, foi presidido pelo Vigário Geral da Diocese, e foi uma acção de graças a Deus pelo dom desta religiosa à Igreja e ao mundo.
Foi beatificada em 28 de Maio de 2006.
Reproduzido com autorização de
Vatican.va

http://es.catholic.net/santoral

 

NOTA de António Fonseca:

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português, como é habitual. No entanto devo uma explicação aos meus leitores por ter feito agora esta publicação. É que na missa que foi celebrada às 18,30 horas na Igreja da Comunidade de S. Paulo do Viso, o nosso Pároco, mencionou que hoje, era o dia de Santa Rita Amada de Jesus, o qual vem indicado na Agenda da Diocese. Ora sucede que eu fui procurar a sua biografia e verifiquei que não há ali referência alguma à data de hoje – a não ser o dia em que é referido como data da fundação do Colégio-Instituto de Jesus, Maria e José na Paróquia de Ribafeita – Viseu, que terá sido em 24 de Setembro de 1880, portanto há precisamente há 129 anos – por isso, se calhar, será esta a razão porque a Santa Rita é celebrada hoje.

As minhas desculpas.

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