quinta-feira, 24 de setembro de 2009

NOSSA SENHORA DAS MERCÊS - Santa (e outros) - 24 de Setembro

Nossa Senhora das Mercês Invocação Mariana, Setembro 24

Nuestra Señora de la Merced

Nuestra Señora de la Merced

Padroeira de Barcelona e da República Dominicana

Em castelhano se chama no plural, Virgem das Mercedes, que não corresponde com o sentido originário da invocação. O significado do título "Merced" é antes de tudo "misericórdia". A Virgem é misericordiosa e também o devem ser seus filhos. Isto significa que recorremos a ela antes de tudo com o desejo de assemelharmos-nos a Jesus misericordioso. O título mariano a Merced remonta à fundação da Ordem religiosa dos mercedários em 10 de Agosto de 1218, em Barcelona, Espanha. Nessa época muitos eram cativos dos mouros e no seu desespero e abandono estavam em perigo de perder o mais apreciado: a fé católica. Nossa bendita Mãe do Céu, dando-se a conhecer como a Merced (Mercê), quis manifestar sua misericórdia por eles por meio de dita ordem dedicada a atendê-los e libertá-los. Desde o século XIII é padroeira de Barcelona e em 25 de Setembro de 1687 se proclamou oficialmente padroeira da cidade. É além disso padroeira dos cativos (presos) e de muitos países de Latinoamerica. A talha da imagem da Merced que se venera na basílica da Merced de Barcelona é do século XIV, de estilo sedente, como as românicas. Em catalão "Mare de Deu de la Mercé", Mãe de Deus da Mercê (Misericórdia). No ano 1696, o papa Inocêncio XII estendeu a festa da Virgem da Merced a toda a Igreja, e fixou sua data em 24 de Setembro.

Pacífico, Santo Sacerdote, Setembro 24

Pacífico, Santo

Pacífico, Santo

Presbítero Franciscano

Martirológio Romano: Em Sanseverino Marche, do Piceno, em Itália, santo Pacífico de San Severino, presbítero da Ordem de Irmãos Menores, preclaro por suas penitências, amor à solidão e oração ante o Santíssimo Sacramento (1721). Etimologia: Pacífico = manso, humilde. Vem da língua latina.

Santo Pacífico de San Severiano, desde a primeira meninice somente conheceu adversidades e que malogrou cada uma de suas tentativas sucessivas de fazer o que se propunha. Órfão aos quatro anos, pobre, maltratado pelos parentes que o acolheram, pareceu que ia a encontrar no claustro o que o mundo lhe negava, e em 1670 ingressou num convento de franciscanos reformados. Seu caminho parecia claro, ser professor de filosofia, mas segundo ele mesmo "não se necessitam doutores, mas sim apóstolos", e pede uma ocupação mais activa. Está terminando o século XVII, se avizinha a grande tormenta da Ilustração, e será pregador em tarefas missionais, até que este serviço se lhe faz impossível por ter os pés inchados e cobertos de chagas. ¿Que vai fazer um apóstolo que não pode caminhar? Dedicar-se à confissão, mas a surdez absoluta o impede de exercer este ministério. Um confessor que não pode ouvir... Mais ainda, ficará cego, já nem celebrar a missa, nem sair de sua cela. E então neste desamparo lhe falta inclusive a consolação de seus irmãos de religião, e o sacristão e o enfermeiro que o cuidam lhe maltratam de palavras e de obras, como acossando-o em seu último refúgio. Assim durante anos até à morte, como um novo Job, despojado de tudo excepto de paciência e de amor a Deus, servo inútil que se santifica por sua mesma obrigada inutilidade.

Dalmácio Moner, Beato Presbítero Dominicano, Setembro 24

Dalmacio Moner, Beato

Dalmácio Moner, Beato

Presbítero Dominicano

Martirológio Romano: Em Girona, de Catalunha, em Espanha, beato Dalmácio Moner, presbítero da Ordem de Pregadores, conhecido por seu amor à solidão e ao silêncio (1341). San Dalmácio Moner (san Dalmau Moner para os catalães) nasce no ano 1289 em Santa Coloma de Farners, a uns 20 kms. da cidade de Girona. Seus pais eram de condição económica acomodada, como consta por sua comparência em diversos juízos sobre conflitos de bens, relatados em documentos da época. Cursou estudos elementares com os padres beneditinos, Em Gerona, onde radicou em sua adolescência e juventude, aprendeu as artes liberais; nessa época conheceu os padres dominicanos, a quem admirou por seus conhecimentos. Estudou lógica em Montpellier, professou em 1314 na Ordem dos Pregadores, concluiu filosofia em Valência e doutorou-e em teologia. Foi docente em Castelló, Tarragona e Cervera. Se distinguiu pela extrema obediência à Regra Dominicana, sua entrega à oração, estudo e pregação; promoveu vocações entre os jovens, ademais de ser conselheiro de prelados, reis e catedráticos. Contribuiu na organização de novos conventos e formou centros de espiritualidade e apostolado. Em vida, os frades e o povo o reconheciam como santo; o chamavam "o frade que fala com o anjo", devido à sua piedade e silêncio; ademais, se lhe atribuem levitações e favores considerados milagrosos. Frei Dalmácio praticou a austeridade também no alimento, vestido e aposento. Durante sua vida religiosa, não só foi solícito no cumprimento dos jejuns e abstinências, prescritos pelas Constituições dominicanas, mas que renunciou de todo a comer carne (salvo em caso de enfermidade) e procurava alimentar-se de verduras endurecidas -às vezes de raízes- e de legumes, cozidos e preferentemente frios. Quando havia de compartilhar a mesma comida que os outros religiosos no refeitório, evitava os pratos saborosos ou lhe deitava água para tirar-lhes o sabor. Enquanto a vestimenta, usava hábitos velhos e despedaçados, ainda que procurava ir limpo. Quando o regalavam com um hábito ou uma capa, pedia a outro religioso que a usasse primeiro ele até envelhecê-la pelo uso. Sua cela era pequena, uma das destinadas aos noviços ou jovens estudantes. Orava até altas horas da noite e, quando o vencia o sono, se encostava sobre um saco de sarmentos, a modo de colchão, e repousava sua cabeça sobre um saco recheado de palha sem cortar, a modo de almofada. Nos quatro últimos anos de sua vida viveu uma vida de extrema austeridade. Empenhado em dedicar os últimos anos de sua vida à contemplação e à mortificação de seu corpo, obteve do P. Mestre Geral dos dominicanos em 1336 uma permissão especial para ir a viver e morrer na Gruta de Santa Magdalena, conhecida ainda hoje em dia como A Sainte Baume, situada perto de Marselha e custodiada pelos frades dominicanos franceses. Viveu ali uns meses, mas teve que voltar a Girona por assuntos urgentes. Então foi quando começou o quatriénio mais severo de sua vida em Girona. Voltou a conseguir do P. Mestre Geral uma permissão especial para viver como anacoreta numa gruta estreita e húmida escavada numa das ladeiras da ampla horta do Convento de Santo Domingo. Ali passou os quatro últimos anos de sua vida dedicado à oração, contemplação e penitência, com a única obrigação comunitária de acudir ao convento às horas das comidas e das rezas no coro. O P. Diago resume sua morte com estas palavras: “Recebidos os Santos Sacramentos da Igreja, estando presentes os frades mais importantes da Província que haviam acudido àquele convento para celebrar o capítulo e, rogando por ele, morreu ditosamente com a idade de cinquenta anos naquela áspera gruta a 24 de Setembro do ano de 1341". Seu culto foi confirmado por Inocêncio XIII de 13 de Agosto de 1721.

Gerardo Sagredo, Santo Bispo e Mártir, Setembro 24

Gerardo Sagredo, Santo

Gerardo Sagredo, Santo

Bispo e Mártir

Martirológio Romano: Em Panonia (hoje Hungría), S. Gerardo Sagredo, bispo da sede de Morisena (hoje Csanad) e mártir, que foi preceptor de S. Emerico, príncipe adolescente filho do rei S. Esteban, e numa sedição de húngaros pagãos morreu apedrejado perto do rio Danúbio (1046). Etimologia: Gerardo = Audaz com a lança, vem do germano São Gerardo, algumas vezes chamado Sagredo, foi o apóstolo de um vasto distrito de Hungría. Era originário de Veneza, onde nasceu a princípios do século onze. Desde muito jovem, se consagrou ao serviço de Deus no mosteiro beneditino de S. Giorgio Maggiore em Veneza, mas ao cabo de algum tempo, abandonou o convento para fazer uma peregrinação a Jerusalém. Ao passar por Hungría, conheceu o rei San Esteban, a quem impressionaram tanto as qualidades de Gerardo, que o reteve para que fosse o tutor de seu filho, o Beato Emeric. Ao tempo que exercia suas funções de educador, o santo pregou a palavra de Deus com muito êxito. Quando San Esteban fundou a sede episcopal de Csanad, nomeou a Gerardo como seu primeiro bispo. A grande maioria dos habitantes do lugar eram pagãos, e os poucos que levavam o nome de cristãos, eram ignorantes, selvagens e brutais, mas São Gerardo trabalhou entre eles com tão bons frutos que, em pouco tempo, o cristianismo progrediu consideravelmente. Sempre que lhe era possível, unia Gerardo a perfeição em seu desempenho da tarefa episcopal com o recolhimento da vida contemplativa que o fortalecia para continuar com suas funções. Ademais, Gerardo foi investigador e escritor; entre suas obras figura uma inconclusiva dissertação sobre o Hino dos Três Jovens (Daniel III) e outros escritos que se perderam com o correr do tempo. O rei Esteban secundou o zelo do bom bispo enquanto que viveu, mas a sua morte, ocorrida em 1038, o reino ficou na anarquia por causa das disputas pela sucessão ao trono e, ao mesmo tempo, estalou uma rebelião contra o cristianismo. As coisas iam de mal a pior, até ao extremo de que, virtualmente, se declarou uma aberta perseguição contra os cristãos. Por então Gerardo, que celebrava a missa na igrejinha de uma aldeia junto ao Danúbio, chamada Giod, teve a premonição de que aquele mesmo dia haveria de receber a coroa do martírio. Terminada a visita à aldeia, o bispo e sua comitiva partiram até à cidade de Buda. Já se dispunham a cruzar o rio, quando foram detidos por uma partida de soldados a mando de um oficial, idólatra recalcitrante e acérrimo inimigo até da memória do rei Esteban. Sem mediar achavam dentro do barco, amarrado a um piloto. Alguns deles se meteram na água, voltaram a embarcação e tiraram de rastos o santo bispo. Levado aos braços de seus captores, se incorporou até pôr-se de joelhos e orou em voz alta com as palavras de Santo Esteban, o Protomártir: "¡Senhor, não lhes tomeis em conta esta culpa!" Apenas havia pronunciado estas palavras quando lhe atravessaram o peito com uma lança. Os soldados arrastaram o corpo até à borda de um alcantilado que leva o nome de Blocksberg e atiraram o cadáver ao Danúbio. Era em 24 de Setembro de 1046. A morte heróica de São Gerardo produziu um profundo efeito entre o povo que, desde o primeiro momento, começou a venerá-lo como mártir. Suas relíquias foram colocadas num santuário, em 1083, ao mesmo tempo que as de Santo Esteban e as de seu filho, o Beato Emeric. Em 1333, a República de Veneza obteve do rei de Hungría a concessão de trasladar a maior parte das relíquias de São Gerardo à igreja de Nossa Senhora, na ilha de Murano, vizinha a Veneza onde até hoje se venera o santo como ao protomártir daquele lugar onde veio ao mundo.

http://es.catholic.net/santoral

Recolha e transcrição (e tradução) de António Fonseca

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