domingo, 7 de janeiro de 2018

Nº 3 3 4 6 - (3) - O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 7 DE JANEIRO DE 2018,

Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Desde o passado dia 1, iniciei uma nova página (nº 3) na qual vou tentar transcrever através do livro O Papado - 2000 Anos de História, da autoria de Mendonça Ferreira e editado em Março de 2009 pelo Círculo de Leitores. 

Esta recolha de textos será feita literalmente por mim próprio, pela ordem que se encontra no livro, desde PEDRO (São) até ao actual Papa FRANCISCO.


Diariamente pois, serão publicadas normalmente 10 destas biografias - dependendo se podem ser mais ou menos - mediante o tamanho dos textos. Desde já, chamo a atenção para o facto de, por exemplo, a biografia de JOÃO PAULO II é muito longa, pelo que na devida altura apenas essa será publicada, e, possivelmente haverá outros casos.


Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos... 








Foto actual do autor




Nº  3 3 4 6 - (3)



7 de JANEIRO de 2018




Texto do livro 
O PAPADO - 2000 Anos de História
do Círculo de Leitores - 2009 
e compilado por Mendonça Ferreira 






JOÃO III 

Papa desde o ano 561 até ao ano 574


LXI Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma. no seio de uma família nobre. Chamava-se CATELINUS. Morreu a 3 de Julho de 574

HISTÓRIA

Este pontificado, iniciado em 17 de Julho de 561, teve logo de enfrentar uma grande tragédia: a invasão dos Longobardos, que semeou a destruição por toda a parte, ficando Roma sem exército organizado.
Em 565 morre o imperador Justiniano, que se tinha colocado de modo positivo ao lado da ortodoxia contra o arianismo mas que com a sua ingerência autoritária foi longe de mais no campo teológico, o que culminou com a questão dos «Três Capítulos»
A procura de hegemonia política à custa da fé levou a um empobrecimento teológico de que a Igreja não conseguiu sair durante muito tempo  Embora não tivesse favorecido a heresia e houvesse possibilitado o engrandecimento do Catolicismo, prejudicou indirectamente a ortodoxia ao pretender conciliá-la com o Monofisismo.
Teve o mérito de mandar copiar todas a legislação romano-cristã no Corpus Iuris Civilis, base de todas as legislações posteriores.
Foi perante todos estes problemas que JOÃO III teve de viver toda uma dramática e amargurada situação até à sua morte.
Durante o seu pontificado mandou ultimar a construção da basílica dos apóstolos FILIPE e TIAGOOrdenou 61 Bispos e diversos presbiteros e diáconos.
Liber Pontificalis atribui-lhe o restauro e preservação de algumas catacumbas que deixaram de servir de cemitério e passaram a ser veneradas pelos fiéis como santuário dos mártires primitivos.
Durante este pontificado nasceu em Meca (571) Maomé, que, mais tarde, iria dar início a uma nova religião com  raízes bíblicas.
Na Peninsula Ibérica (Galiza e Lusitânia) confirmou-se em 563, a conversão dos suevos arianos ao Cristianismo ortodoxo e do seu rei Teodomiro, sob a influência de São MARTINHO DE DUME.
Em 572 voltou a celebrar-se um novo Concílio em Braga sob a presidência de São MARTINHO DE DUME, já à frente da metrópole bracarense. 
Em data desconhecida, mas entre os dois Concílios de Braga, chegou até nós o documento conhecido como Paroquial Suevo ou Divisão de Teodomiro, o qual estabelece a organização eclesiástica dividindo o reino em duas dioceses metropolitanas, Braga e Lugo.  A primeira administrava 7 bispados e cada um com determinado número de paróquias. Ao norte do Douro, os Bispos de Braga, Dume e Porto, dos quais o de Dume seria honorífico, com jurisdição sobre o mosteiro. Os dois bispados geriam 55 paróquias. A sul do Douro, 4 Bispados, Lamego, Viseu, Conimbriga e Egitânia.







BENTO I - Santo  

Papa desde o ano 575 até ao ano  579

LXII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma, filho de um romano chamado BONIFÁCIO. Os Gregos deram-lhe o nome de BONUSUS. Morreu em 30 de Julho de 579. Tem a sua festa a 7 de Julho.

HISTÓRIA

Pouco se sabe deste Papa. Foi eleito logo a seguir à morte de JOÃO III, mas a sagração demorou onze meses e só se deu em 2 de Junho de 575, talvez à espera da confirmação imperial ou devido aos distúrbios provocados pela invasão dos Longobardos no Norte de Itália.
O Liber Pontificalis atribui-lhe a sagração de 21 bispos, 15 presbiteros e 3 diáconos.
Distinguiu-se pelo auxílio às vítimas das invasões e, por diligências suas o imperador Justino II fez chegar a Roma uma nau carregada com trigo do Egipto para fazer face à fome da população.
Confirmou o V Concilio de Constantinopla, como consta de uma carta a GREGÓRIO, por ele nomeado arcediago e que seria, mais tarde, o Papa GREGÓRIO I (MAGNO)(590-604).
Quando morreu, os Longobardos cercavam Roma. Foi sepultado  no vestíbulo da Sacristia da antiga Basilica de São Pedro.




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PELÁGIO II - Santo  

Papa desde o ano 579 até ao ano 590

LXIII Papa

SÍNTESE

Nasceu em 520. Era romano de ascendência goda e o seu pai chamava-se VINIGILDO. Morreu durante as inundações de Roma, vitimado pela peste, em 7 de Fevereiro de 590.

HISTÓRIA

Assumiu o pontificado em 16 de Novembro de 579, quando Roma estava cerca e o Norte de Itália ocupado pelos Longobardos.
PELÁGIO visto que Bizâncio, sem força e sem poder, não ajudava, pediu auxílio ao rei dos Francos.
Oa Longobardos assaltam e saqueiam o Mosteiro de Monte Cassino mas os monges conseguem salvar a regra manuscrita de São BENTO e refugiam-se em Roma com a ajuda e protecção do papa.
Em 589, chuvas torrenciais provocam devastações, com o Tibre a alagar Roma. Pouco Depois é a peste que fustiga a cidade e o próprio papa morre vítima dessa epidemia.
PELÁGIO teve ainda coragem para protestar junto do imperador contra O patriarca de Constantinopla, JOÃO, o Jejuador, que pretendeu usurpar direitos ecuménicos que lhe não pertenciam.
Enviou São GREGÓRIO MAGNO como seu Núncio a Constantinopla, vindo este a ser o seu sucessor.
O LIber Pontificalis atribui-lhe o mérito de ter mandado revestir a Confissão de PEDRO com lâminas de prata, restaurado a Basilica de São LOURENÇO e convertido a sua habitação particular em albergue para os pobres e vítimas das calamidades, factos que tornaram heroico o seu pontificado, diante o qual a Cristandade floresceu na Peninsula Ibérica. RECAREDO, rei visigodo, que tinha abraçado a e católica, logo que subiu ao trono convocou, por influência do Bispo de Sevilha, São LEANDRO, uma assembleia de bispos arianos exortando-os a seguirem o seu exemplo para bem da unidade do reino. Assim, foi celebrado o III Concílio de Toledo, que juntou 62 Bispos, os quais, na presença do rei e da rainha, juraram a fé católica.
Tentou também tudo para acabar com o Cisma de Alquileia.
Entretanto, em 580, falecera São MARTINHO DE DUME, que tivera acção decisiva na conversão dos Suevos.



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GREGÓRIO I - MAGNO  - Santo  

Papa desde o ano 590 até ao ano 604

LXIV Papa



SÍNTESE


Nasceu no Monte Célio, em Roma, em 540, filho do senador GORDIANO e esposa, a nobre Santa SÍLVIA, da familia ANÍCIA, da melhor nobreza humana. Estudou Direito e aos 32 anos era prefeito em Roma. Foi na sua juventude um dos 7 Diáconos de Roma. Morreu em Roma, em 12 de Março de 604, sendo sepultado no Pórtico de São PEDRO e mais tarde trasladado por ordem de GREGÓRIO IV para o interior da Basilica . Na sua sepultura foi colocada uma lápide que o proclama «Cônsul de Deus». Tem a sua festa a 3 de Setembro.

HISTÓRIA

Aquando da morte do pai, fez-se monge e transformou o seu palácio num  Mosteiro, colocando lá um Abade.
O Papa PELÁGIO II necessitava de um homem como ele, e nomeou-o Núncio em Bizâncio e, mais tarde, seu secretário.
Na missão muito importante, na corte de Bizâncio, onde esteve seis anos, GREGÓRIO conquistou amizades, aumentou a sua experiência política e os conhecimentos teológicos. Ao regressar, em 566, ao seu mosteiro romano, estudou particularmente a Bíblia e teologia.
Quando, em 590, a peste vitimou o papa, os Romanos lançaram-se aos pés de GREGÓRIO pedindo-lhe para ser o papa. Aceitou por piedade para com o povo e foi eleito em 3 de Setembro de 590. Imediatamente organizou procissões pedindo a Deus o fim do flagelo. Passadas poucas semanas a epidemia diminuiu, o povo viu-se menos atormentado e a popularidade do papa cresceu de forma extraordinária.
Em 591 escreveu a Regra Pastoral, sobre a missão e dever dos Bispos.
Zeloso pela dignificação da liturgia escreve o Sacramentarium Gregorianum, que reformou a celebração da Missa. O Antiphonarium, remodelação dos cânticos, ficou conhecido por Cântico Gregoriano.
Outras obras suas mereceram destaque, como o Liber Regular Pastorais - 4 volumes de Diálogos, com narrativas dos milagres de diversos Santos: Expositio in librum Job e 848 cartas  de diverso conteúdo pastoral fazem dele um dos Pontífices mais eminentes, um dos Doutores da Igreja, mostrando-se nestes escritos, mais do que um teólogo, um grande moralista.
Entretanto, os Lombardos continuavam a saquear tudo e as cidades ardiam. GREGÓRIO perguntava: «Onde está o Senado? Onde está o povo?. Tudo dissolvido». O antigo prefeito de Roma agora no topo da Igreja, assumiu o encargo de salvar a cidade, reabastecendo, organizando, julgando, reconstruindo a cidade terrestre para fazer a «Cidade de Deus», segundo ensinamento do seu mestre, Santo AGOSTINHO. «Pergunto-me - dizia ele - se neste momento ser Papa é ser chefe espiritual ou rei temporal?»
Nessa altura o Ducado de Roma, no meio dos Ducados lombardos, era necessário à segurança da Santa Sé e GREGÓRIO apropriou-se dele, fundando assim  o domínio temporal do papado. colocando a Igreja como um estado, governado pelo Papa.
Durante o seu pontificado impõe a disciplina dos clérigos, aos monges, o respeito pelas regras, o celibato dos padres; o julgamento de diferendos pelos tribunais eclesiásticos e fez-se respeitar pelos principes.
Para evangelizar as Ilhas Britânicas enviou, em 597, uma missão romana de monges do Mosteiro de Santo André, chefiada pelo superior, o monge AGOSTINHO (hoje conhecido por Santo AGOSTINHO DE CANTUÁRIA) que desembarcou na Foz do Tamisa.
Primeiro quis cristianizar o Kent e conseguiu que o seu rei, ETELBERTO aceitasse ser baptizado. Pouco depois, AGOSTINHO, já bispo da Cantuária, ministrava o sacramento a mais de 10 000 pessoas. Morreu em 604 ou 605, depois de ter consagrado alguns bispos.
A intervenção do Papa foi também benéfica na Gália e em Espanha, aqui com a conversão do rei visigodo e a abjuração dos Bispos arianos a merecer-lhe atenção especial nas cartas que escreveu ao bispo de Sevilha, São LEANDRO.
Para defender as províncias eclesiásticas  de África, submetidas a Bizâncio, realizou o Sínodo de Cartago, no verão de 594, saindo dele decisões enérgicas que erradicaram por completo a heresia.
Os seus últimos anos de vida foram marcados pelo sofrimento da gota e em 599 já raras vezes saía do leito.
No seu último ano de pontificado revelou grande energia e, mesmo do leito, escreveu muitas cartas: incita os bispos da Campânia a maior actividade apostólica; repreende o bispo de Nápoles por falta de zelo, defende o bispo de Palermo contra as injustiças do seu prelado; defende, ante a corte de Ravena, os direitos dos proprietários da Sardenha e ainda da subsistência dos mosteiros.
Finalmente, encontrou a paz eterna e o seu corpo jaz na Capela Clementina da Basifica de São Pedro.


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SABINIANO - Papa


Papa desde o ano 604 até ao ano 606

LXV Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma, de ascendência grega, chamando-se o pai JOÃO CATADIOCE. Era diácono. Foi legado do Papa São GREGÓRIO MAGNO a Constantinopla. Morreu em, 10 de Novembro de 60


HISTÓRIA


Para substituiro GREGÓRIO MAGNO escolheram o diácono SABINIANO, que tinha sido representante do falecido Papa, como Apocrisiário na corte bizantina, sendo eleito em 13 de Setembro de 604, depois de seis meses de Sede Vacante.
A verdade é que SABINIANO não se comparava com o seu antecessor e para além da tarefa de ter de substituir um pontífice excepcional teve pela frente um ano marcado por calamidades públicas e não as conseguiu debelar.
O Papa São GREGÓRIO MAGNO tinha posto à disposição dos famintos  os celeiros pontifícios, mas a Santa Sé estava sem recursos e SABINIANO viu-se obrigado a vender os cereais em vez de os distribuir gratuitamente  como antes. A medida foi impopular e virou a população contra o Papa, tendo sido, provavelmente uma insurreição  que lhe provocou a morte.
Segundo o Liber Pontificalis  o receio de desacatos populares obrigou a que o cortejo fúnebre  seguisse por fora das muralhas até chegar a São Pedro.

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BONIFÁCIO III   

Papa no ano 607 

LXVI Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma de ascendência grega, chamando-se o pai JOÃO CATADIOCE. Era diácono. Foi legado do papa São GREGÓRIO MAGNO a Constantinopla. Morreu em 10 de Novembro de 607.

HISTÓRIA

Durante um ano esperou-se por um Papa, pois BONIFÁCIO só foi eleito em 23 de Dezembro de 606, até que FOCAS imperador de Constantinopla reconhecesse a sua eleição, o que só aconteceu em 19 de Fevereiro de 607. Foi um pontificado muito curto- durou apenas 265 dias - no qual BONIFÁCIO III reuniu em Roma um Concílio a que assistiram 72 Bispos e ainda o clero de Roma, sendo proibido que, enquanto um Papa fosse vivo, se fizesse qualquer campanha ou proposta a favor do seu sucessor. Apenas três dias após a morte o assunto podia ser tratado.
BONIFÁCIO III conseguiu que o imperador FOCAS promulgasse um decreto contra o Bispo de Constantinopla. CIRÍACO, ordenando-lhe que aceitasse que «a Sé de São Pedro Apóstolo deveria ser a cabeça de todas as Igrejas <...> pelo que o título de Bispo Universal apenas cabia ao Bispo de Roma».
A lápide da sua sepultura na Basilica de São Pedro exalta-o como «Guardião da Justiça», recto, paciente, benigno e piedoso.



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BONIFÁCIO IV - Santo  

Papa desde o ano 608 até ao ano 615

LXVII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Valéria, nos Abruzos - Itália, filho de um médico chamado JOÃO, professou em, São Sebastião de Roma. Foi monge beneditino. Morreu em 8 de Maio de 615. Tem a sua festa a 8 de Maio.


HISTÓRIA

Foram 10 meses de Sede Vacante até que BONIFÁCIO IV assumiu o pontificado em 25 de Agosto de 608, enfrentando os tempos difíceis devido à fome e às epidemias que fustigavam a população.
Em 1 de Novembro de 609 transforma o Panteão dos deuses gentílicos em local de culto dedicado à Santíssima Virgem e a todos os mártires.
Segundo a tradição, fez transportar das catacumbas ossadas de mártires que ficaram depositadas num grande recipiente de pórfiro sob o altar-mor.
Ainda hoje, a 1 de Novembro, se celebra a veneração de Todos-os-Santos, que terá sido por ele introduzida no Ocidente.
Com espirito piedoso transforma a sua própria residência em mosteiro e faz erigir vários hospitais.
Teve íntima colaboração e trocou correspondência com o monge irlandês São COLUMBANO (540-615) na organização da Igreja de Inglaterra.
O Liber Pontificalis atribui-lhe a introdução do direito de asilo nas igrejas.
Durante este pontificado a situação  no Oriente tornou-se crítica e em 610 HERÁCLIO assassina FOCAS e proclama-se imperador. Quatro anos depois os Persas, comandados por Cósroas, conquistam Jerusalém, causam grande mortandade e roubam o santo Lenho da Cruz.
Ao falecer foi sepultado sob o altar de São Tomé na Basilica Vaticana. Posteriormente, os seus restos mortais foram trasladados duas vezes antes de regressarem, de novo, a São Pedro, em 21 de Outubro de 1603, quando era Papa CLEMENTE VIII.









ADEODATO I (ou DEODATO)- Santo  

Papa desde o ano 615 até ao ano 618


LXVIII Papa

SÍNTESE

Nasceu em Roma, sendo o pai um subdiácono chamado ESTEVÃO. Foi sacerdote em Roma. Morreu em 8 de Novembro de 618. Tem a sua festa a 8 de Novembro.


HISTÓRIA

Foi eleito em 19 de Outubro de 615, cinco meses após a morte de São BONIFÁCIO IV, num tempo dificil, mas actuou de tal forma que dele ficou notícia em sua santidade e a lenda de que curava os leprosos mais repelentes, beijando-os apenas.
Conserva-se o seu selo pontifical, o mais antigo que se conhece, com a efigie do Bom Pastor entre as ovelhas, encimada pelo Alfa e Omega, simbolo de Cristo, principio e fim de todas as coisas e no verso «Deusdit Papa».
Julga-se que terá começado com ele o costume de selar os documentos pontifícios com uma marca de chumbo na forma  de moeda ou medalha (que em latim se chama Bula e daí terem ficado assim conhecidos os documentos papais). Terá sido, também, o primeiro Papa a usar nos seus documentos a expressão, ainda hoje em uso «Saúde e benção apostólica».
Morreu, depois de três anos de pontificado, provavelmente vítima da peste, amado, chorado e considerado santo por todos os romanos.








BONIFÁCIO V - Papa

Papa desde o ano 619 até ao ano 625


LXIX Papa

SÍNTESE

Natural de Nápoles - Itália. Desconhecem-se os seus antecedentes. Morreu em 25 de Outubro de 625.


HISTÓRIA

Foi eleito em 8 de Novembro de 618, logo a seguir a morte de São ADEODATO, mas a sua consagração teve de esperar mais de um ano pela confirmação  do imperador de Bizâncio, pelo que só acontecei em 23 de Dezembro de 619.
O Liber Pontificalis diz que estabeleceu normas sobre as formalidades dos testamentos recebidos, confirmou op direito de asilo nas igrejas: estabeleceu atribuições aos acólitos, que ficaram proibidos, em favor dos subdiáconos de tocar nas relíquias dos mártires e de auxiliar nos baptismos celebrados em São João de Latrão.
Sabe-se que se interessou, no seguimento do que tinha sido feito por BONIFÁCIO IV, pela organização da Igreja na Inglaterra. Foi graças a uma carta sua que o rei Eduíno resolveu convocar uma assembleia e abraçar o Cristianismo.
Morreu chorado pelo povo e pelo clero. O seu epitáfio chama-lhe «Munificente, sábio, casto, sincero e justo».
Neste pontificado iniciou-se, oficialmente, a religião muçulmana fundada por Maomé (570-632) dando-se a fuga (Hégira) do profeta pata Medina, onde se proclamou como enviado de Deus e chefe do povo Árabe.






HONÓRIO I  

Papa desde o ano 625 até ao ano 638


LXX Papa

SÍNTESE

Nasceu em Cápua, nas margens do rio Volturno, na Campânia - Itália, de uma família de cônsules. Morreu em, Roma em 12 de Outubro de 638.


HISTÓRIA

O seu pontificado, que teve início em 27 de Outubro de 625, ficou ligado a uma questão confusa em que os mais precipitados o julgaram mal. Aconteceu que o patriarca SÉRGIO de Constantinopla, informou HONÓRIO de que muitos Alexandrinos se mostravam dispostos a aceitar a fórmula que defendia as duas naturezas de Cristo e propunha-lhe que fizesse uma proposta conciliadora. HONÓRIO, apesar de rejeitar a fórmula herética, foi excessivamente condescendente, querendo contribuir para a aproximação dos Monofisistas. No entanto, não sendo suficientemente explicito, provocou o reacender do monofisismo. Por isso, o VI Concílio Ecuménico, o III de Constantinopla, ao condenar esta heresia, condenou igualmente o papa HONÓRIO. A verdade é que o Papa foi condenado, não como Herege, mas como negligente ou imprudente na guarda da doutrina.
Quando LEÃO II (682-683) ratificou o III Concílio de Constantinopla introduziu a atenuante já citada, a HONÓRIO, não o declarando herético.
Também o Concílio Vaticano I (1869) assim o reconheceu quando a questão foi abordada.
Com excepção deste grande problema, o pontificado de HONÓRIO I foi claramente positivo.
Tratou da reconstrução do Aqueduto de Trajano e das igrejas de Santa LUZIA, São SEVERINO e de Santa INÊS; da reedificação da Basilica de São PANCRÁCIO e da restauração da catacumba dos Santos PEDRO e MARCELINO, além de outras obras de vulto, o que lhe mereceu o título de "Dux Plebis = condutor do povo" gravado na porta prateada de São Pedro.
Teve um bom trabalho missionário em Inglaterra, elevando HONÓRIO, bispo de Cantuária e PAULINO, Bispo de York, à maior dignidade cardinalícia, conferindo-lhes o pálio e conseguiu o retorno dos arianos à Igreja. Empenhou-se igualmente, na valorização do clero e na conversão dos Anglo-Saxões.
Sabe-se que HONÓRIO I escreveu aos Bispos da Peninsula Hispânica e da Gália Narbonense reunidos no VI Concílio de Toledo, exortando-os a velar pela conservação da fé.
Também instituiu a festa da Exaltação da Santa Cruz.
Foi sepultado em São Pedro.








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Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

O Papado  -  2000 Anos de História 
Ed. Círculo de Leitores - 2009

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros






Pôr do Sol na Circunvalação

FIM DE ANO 2017



Blogue: 
 SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com


ANTÓNIO FONSECA

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