terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Nº 3369 - (3 *) - O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA - 30 DE JANEIRO DE 2018,


Caros amigos:

NOVO ANO - NOVA VIDA

Hoje, pela graça de Deus, entro na publicação da mais longa Biografia do 264º (Wikipédia) Papa da Igreja Católica, ou CCLXII no Livro (O PAPADO - 2000 ANOS DE HISTÓRIA), o qual é o Cardeal KAROL JOSEF WOJTILA (Papa JOÃO PAULO II), ficando a faltar apenas as biografias de BENTO XVI e de FRANCISCO, as quais deverão ser publicadas respectivamente, amanhã dia 2 e depois de amanhã dia 3 de Fevereiro, ASSIM DEUS O permita.

Esta publicação como sabem foi iniciada no passado dia 1 de Janeiro, primeiro com a média de publicação de 10 biografias, por dia, mas nos últimos dias (devido à sua extensão) foi reduzido o nº das mesmas. 


Anteontem 30/1, publiquei apenas as biografias de LEÃO XIII, São PIO X, BENTO XV e PIO XI; ontem, 31/1 publiquei as de PIO XII, JOÃO XXIII, PAULO VI e JOÃO PAULO I. 



A determinada altura - após a publicação da biografia de BENTO IX, considerado no livro sob o nº CXLV (que foi papa em 3 períodos) na Wikipedia os nºs de ordem foram 145 - 147 e 150. - Isto motivou da minha parte que registasse esta discrepância na numeração.




Espero que Deus me permita completar este trabalho a que decidi meter mãos... 








Foto actual do autor




Nº  3 3 6 9 - (3)




30 de JANEIRO de 2018


Texto do livro 
O PAPADO - 2000 Anos de História
do Círculo de Leitores - 2009 
e compilado por Mendonça Ferreira 


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São JOÃO PAULO II - Papa



Papa desde o ano 1978 até 2005


CCLXII Papa
264º na Wikipédia


SÍNTESE



Nasceu a 18 de maio de 1920, em Wadowice, a 50 quilómetros, de Cracóvia,m na Polónia. Chamava-se KAROL JOSEF WOJTILA e era filho de KAROL WOJTILA, oficial do Exército e de EMÍLIA KACZOROWSKA, bordadeira, que também leccionava como professora, tendo ficado órfão de mãe em 1929 e do pai em 1941. Fez a primeira comunhão em 1929 e a Confirmação em 1938, ao terminar o ensino secundário na Escola Marcin Wadowita, da sua cidade natal. Matriculou-se na Universidade Jaghellonica., de Cracóvia, e também numa escola de teatro. Quando os nazis ocuparam a Polónia e encerraram a Universidade, trabalhou na construção civil e numa fábrica de produtos químicos. Em 1942 assistia aos cursos eclesiásticos do cardeal ADAM STEFAN SAPIEHA e trabalhava no Teatro Rapsódico, que era clandestino. Terminada a guerra, ingressou no Seminário Maior de Cracóvia, continuando os estudos sacerdotais e frequentando a Faculdade de Teologia da Universidade de Cracóvia. Foi ordenado sacerdote em 1 de Novembro de 1946, na cripta de São Leonardo, na catedral de Cracóvia, pelo cardeal STEFAN SAPIEHA, que o enviou depois para Roma, onde se doutorou em teologia, em 1948, com o seu teste sobre a fé e nas obras de São João da Cruz. regressado à Polónia, foi vigário em várias paróquias e retomou os estudos de Teologia e Filosofia, culminados com  uma Tese sobre a fundação de uma ética católica a partir do sistema ético de MAX SCHELER, tornando-se professor de Teologia Moral e Ética Social no Seminário Maior de Cracóvia e na Faculdade de Teologia de Lublin. Em 1958 foi nomeado bispo-auxiliar de Cracóvia, por PIO XII e em 1964 PAULO VI nomeou-o arcebispo de Cracóvia e cardeal em 1967. Participou no Concílio Vaticano II, fazendo parte das assembleias dos sinodos dos bispos e contribuiu para a elaboração da constituição Gaudium et Spes, elaborando o seu capítulo VI. KAROL WOJTILA foi sempre um amante o desporto. Na sua juventude jogou futebol como guarda redes do SK Cracóvia e, já pároco, os jovens da sua Congregação chamavam-lhe «Wujek» e foi com o seu amigo JERZY JANIK que esquiou pela primeira vez, tornando-se um entusiasta deste desporto, que praticou até sair da Polónia. Também o ténis era um dos seus desportos favoritos, continuando a praticá-lo mesmo depois de ser papa. KAROL WOJTILA teve uma carreira literária, escrevendo até sob o pseudónimo de ANDRZEJ JAWIEN: A Joalharia (1960), escritos ético-teológicos como Amor responsável e Fértil, e O Signo da Contradição (1979). mas o jovem KAROL, também gostava de poesia e vale a pena incluir aqui o excerto de um dos seus poemas:

«Ouço os segredos da noite dos regatos,
são silenciosas as palavras que olham as estrelas.
Transformemos em luas as palavras 
entrelaçadas na coroa de louros da alma
Talvez elevem denúncias... hoje,
todos podem contar a história das suas dores,
a rapsódia e o destino do seu próximo».

JOÃO PAULO II faleceu em 2 de Abril de 2005, nos seus aposentos do Vaticano.



HISTÓRIA



O conclave de 111 Cardeais resolveu ao fim de 50 horas, em 16 de Outubro de 1978, eleger Bispo de Roma, o Cardeal KAROL WOJTILA, que tomou o nome de JOÃO PAULO II. Era o primeiro Papa não italiano nos últimos 456 anos, desde o holandês ADRIAAN FLORISZOON DEDEL, que tomou o nome de ADRIANO VI em 1522.
Ao escolher o nome de JOÃO PAULO, tal como o seu antecessor, KAROL WOJTILA quis prestar homenagem ao JOÃO XXIII e a PAULO VI, dois gigantes da Igreja Católica, e com isso assumiu uma enorme responsabilidade. Os seus mais de 26 anos de Pontificado viriam a justificar a escolha, pois JOÃO PAULO II foi, senão o maior, um dos expoentes máximos do Cristianismo no século em que viveu. 
O mundo não o esquecerá nunca, tal como ele nunca esqueceu o mundo em que viveu.
O seu percurso como Sumo Pontifice, desde 1978, é tão vasto que teremos de dizer, em síntese, o que foi a vida deste Papa que esteve sempre presente junto de todos nós, quer fossem católicos, quer de outras religiões e credos, sem olhar a raças ou a sistemas políticos. Um Papa que uniu o mundo, que chorou sentidamente a sua partida para a eternidade.
Quando lhe foi perguntado, como é da praxe, se aceitava o Pontificado, respondeu: «Obedecendo na fé de Cristo Senhor meu, confiado na Mãe de Jesus e da Igreja, Apesar de tão grandes dificuldades, aceito».
Pouco depois, ao falar, à multidão que o aguardava na Praça de São Pedro naquele dia 16 de Outubro de 1978, disse-lhes: 
«Chamaram-me de um país longínquo... Longínquo mas sempre tão próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã.
Tive medo ao aceitar esta nomeação, mas fi-lo em espírito de obediência a Nosso Senhor Jesus Cristo e com total confiança em sua Mãe, Nossa Senhora Santissima...
E assim me apresento a vós todos, para confessar a nossa fé comum, a nossa esperança, a nossa confiança, e também para começar de novo a percorrer um caminho da História e da Igreja, com a ajuda de Deus e com a ajuda dos homens».
Na Missa de investidura, na Praça de São Pedro, perante mais de 350 mil fiéis, ao proferir a homilia, disse: 
«Não tenhais medo!», 
frase que iria marcar todo mo seu Pontificado. 
«Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder. Abri todos os portões a Cristo! Ao Seu Poder salvador.
Abri-lhe as fronteiras dos estados, os sistemas económicos e políticos, os imensos domínios da cultura, da civilização, do desenvolvimento
Não tenhais medo! Cristo sabe "o que há no homem!" Só Ele o sabe».
Era todo um programa que acabava de apresentar em poucas e lúcidas palavras e que conseguiu cumprir.
Palavras proféticas de um homem forjado nas dificuldades da vida, nas perseguições nazis, nos obstáculos que sempre teve de enfrentar, ajudado pela sua fé imensa e por uma força de carácter que iriam fazer dele um Papa ímpar, que juntou o mundo nas suas fortes mãos, procurando uni-lo coimo nunca antes tinha acontecido. Um mundo que quase totalmente o compreendeu, que o aceitou e que num dia de Abril de 2005 o chorou sentidamente, pondo de lado bandeiras, sistemas, crenças, raças, religiões, porque JOÃO PAULO II, um Papa sem medo, acabava de deixar o mundo que tanto amava, para se encaminhar para o reino do Senhor, que amava igualmente.
JOÃO PAULO II não se limitou a escrever ao mundo para o ajudar. Saiu de Roma, foi um viajante contínuo e temerário, com uma actividade que só podia ser desempenhada por um homem de grande compleição física e atlética, ajudado pela sua incomensurável fé e sentido cristão.
Um Papa acessível, sem protocolos, um homem do mundo, que queria ajudá-lo, por isso percorrendo-o incansavelmente. Milhares de quilómetros, o equivalente a cerca de três voltas ao mundo.

VIAGENS

JOÃO PAULO II nunca desejou ser um Papa estático, viver no Vaticano, acompanhar de longe os problemas do mundo e da sua Igreja.

Numa das primeiras conversas que teve com os jornalistas, afirmou:
«O Papa não pode ser um prisioneiro do Vaticano. Quero ir ter com toda a gente..., dos nómadas das estepes aos monges e às freiras dos conventos... Quero entrar em todas as casas
E assim foi. Esteve em 133 países, fazendo 104 viagens: Europa, 50; Ásia, 12; África, 14; América, 27; Oceania, 1.
A sua primeira viagem realizou-se logo três meses depois de ser eleito, de 15 de Janeiro a 1 de Fevereiro de 1979, à República Dominicana, México e Bahamas
Seguiram-se Polónia, de 2 a 10 de Junho de 1979
Irlanda, Estados Unidos e Brasil, de 29 de Setembro a 8 de Outubro de 1979
Turquia, de 28 a 30 de Novembro de 1979
Zaire, República do Congo, Quénia, Alto Volta e Costa do Marfim, de 2 a 12 de Maio de 1980
França de 30 de Maio a 2 de Junho de 1980
Brasil de 30 de Junho a 12 de Julho de 1980
Alemanha Federal, de 15 a 19 de Novembro de 1980
Paquistão, Filipinas, Japão, Guam e Anchorage (EUA) de 16 de Janeiro a 27 de Fevereiro de 1981
Nigéria, Benim, Gabão e Guiné Equatorial, de 12 a 19 de Maio de 1982.
Em Portugal esteve, em 13 de Maio de 1982, na Capelinha das Aparições, em Fátima, agradecendo à Virgem o desvio da bala no atentado à Praça de São Pedro, salvando-o duma morte certa, no ano anterior. Recitou o Acto da Consagração do Mundo ao Coração Imaculado de Maria.
Nessa mesma noite escapou a uma tentativa de assassinato por parte de JUAN FERNANDEZ KROHN, um espanhol que foi ordenado padre, irregularmente, pelo arcebispo MARCEL LEFEBVRE, em 1978.
Nesta visita, JOÃO PAULO II visitou ainda Vila Viçosa, Sameiro e Porto.

Grã-Bretanha, de 28 de Maio a 2 de Junho de 1982; 

Argentina, 10 a 13 de Junho de 1982
Genebra - Suiça - 15 de Junho de 1982; 
República de San Marino e Rimini, a 29 de Agosto de 1982
Espanha de 31 e Outubro a 9 de Novembro de 1982
Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Guatemala, Honduras, Belize e Haiti (tendo passado ainda por Lisboa - em trânsito -, de 2 a 10 de março de 1983
Polónia de 16 a 23 de Junho de 1983
França - Santuário de Nossa Senhora de Lourdes de 14 e 15 de Agosto de 1983
Áustria, 10 a 13 de Setembro de 1983
Coreia, Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão e Tailândia, 2 a 12 de Maio de 1984
Suiça, 12 a 17 de Junho de 1984
Canadá, 9 a 20 de de Setembro de 1984; 
Saragoça - Espanha, Santo Domingo - República Dominicana e São João - Porto Rico, de 10 a 13 de Outubro de 1984; 
Venezuela, Equador, Peru e Trindade-TobagoEm 31 de Janeiro celebra missa no Peru, nos arredores de Cuzco, antiga capital dos Incas, na antiga cidade inca de Sacsayhuamán, empoleirada nos Andes, de 26 de janeiro a 6 de fevereiro de 1985
Holanda, Bélgica e Luxemburgo. Em Utreque, na Holanda, o papamóvel é atingido por uma bomba de fumo e ovos e até se vêem cartazes  que oferecem 6000 dólares pela captura do papa. JOÃO PAULO II, impávido e sereno segue viagem e festeja o seu 65º aniversário em Malines. Bélgica de 11 a 21 de Maio de 1985
 Costa do Marfim, Camarões, República Centro-Africana, Zaire, Quénia e Marrocos de 8 a 19 de Agosto de 1985
Kloten - Suiça e Lienchtenstein, em 8 de Setembro de 1985
Índia de 31 de janeiro a 10 de Fevereiro de 1986 e a 4 de Fevereiro encontrou-se com Madre TERESA DE CALCUTÁ; 
Colômbia e Santa Lúcia, 1 a 8 de Julho de 1986
França de 4 a 7 de Outubro de 1986
Bangladesh, Singapura, Ilhas Fiji, Nova Zelândia, Austrália e Seychelles de 18 de Novembro a 1 de Dezembro de 1986
Uruguai, Chile e Argentina, de 31 de Março a 13 de Abril de 1987
Alemanha Federal, de 30 de Abril a 4 de Maio de 1987
Polónia, 8 a 14 de Junho de 1987
Estados Unidos da América e Fort Simpson - Canadá de 10 a 21 de Setembro de 1987
Uruguai, Bolívia, Paraguai e Lima - Peru de 7 a 19 de Maio de 1988
Áustria de 23 a 27 de Junho de 1988
Zimbabwe, Botswana, Lesoto, Suazilândia e Moçambique de 10 a 20 de Setembro de 1988
Estrasburgo, Metz e Nancy de 8 a 11 de Outubro de 1988.
Madagáscar, Ilhas da Reunião, Zâmbia e Malawi, de 28 de Abril a 6 de Maio de 1989; Noruega, Islândia, Finlândia, Dinamarca e Suécia, de 1 a 10 de Junho de 1989
Santiago de Compostela e Astúrias. Em Santiago de Compostela, no Dia Mundial da Juventude, o Papa pergunta: 
«Que procurais, peregrinos? Sobretudo vós, queridos jovens, que tendes a vida inteira pela frente? <...> Pergunto-vos com as palavras de Cristo.  Que quereis? Procurais Deus? A tradição espiritual do Cristianismo não só sublinha o significado da nossa procura de Deus como também acentua um facto muito mais importante: é Deus que nos procura e vem ao nosso encontro», 
- de 19 a 21 de Agosto de 1989; 
Seul - Coreia do Sul, Indonésia e Ilhas Maurícias, de 6 a 10 de Outubro de 1989; 
Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mali, Burkina Faso e Chade, de 25 de janeiro a 1 de fevereiro de 1990; 
Checoslováquia, em 21 e 22 de Abril de 1990; 
México e Curaçau de 6 a 14 de maio de 1990; 
Malta, de 25 a 27 de maio de 1990; 
Tanzânia, Burundi, Ruanda e Yamoussoukro, de 1 a 10 de Setembro de 1990; Portugal, peregrinação a Fátima, de 10 a 13 de maio de 1991, com visita a Lisboa, Açores e Madeira
Polónia, de 1 a 9 de Junho de 1991; 
Brasil, de 12 a 21 de Outubro de 1991; 
Senegal, Gâmbia e Guiné, de 19 a 26 de fevereiro de 1992; 
Angola e São Tomé e Principe, de 4 a 10 de Junho de 1992; 
Santo Domingo - República Dominicana, de 9 a 14 de Outubro de 1992; 
Benim, Uganda e Sudão, de 3 a 10 de fevereiro de 1993; 
Albânia, a 25 de Abril de 1993; 
Espanha, de 12 a 17 de Junho de 1993; 
Jamaica e Mérida - México; de 9 a 16 de Agosto de 1993; 
Lituânia, Letónia e Estónia, de 4 a 10 de Setembro de 1994; 
Manila - Filipinas, Port Moresby - Papua-Nova Guiné, Sidney - Austrália e Colombo - Sri Lanka, de 12 a 21 de Janeiro de 1995 ; 
Bélgica de 3 a 4 de Junho de 1995;  
República Checa, e República da Eslováquia, de 30 de Junho a 3 de Julho de 1995; Yaoundé - Camarões, Joanesburgo, Pretória - África do Sul e Nairobi - Quénia, de 14 a 20 de Setembro de 1995; 
Sede da ONU em Nova Iorque - e dioceses de Newark, Nova Iorque, Brooklyn e Baltimore, de 4 a 9 de Outubro de 1995; 
Guatemala, Nicarágua, El Salvador e Venezuela, de 5 a 12 de fevereiro de 1996; Tunísia em 14 de Abril de 1996; 
Viagem apostólica à Eslovénia de 17 a 19 de maio de 1996; 
Alemanha de 21 a 27 de Junho de 1996; 
Hungria de 6 a 7 de Setembro de 1996; 
França de 19 a 22 de Setembro de 1996; 
Saravejo de 12 a 13 de Abril de 1997; 
República Checa, de 25 a 27 de Abril de 1967; 
Viagem apostólica a Beirute - Líbano em 10 e 11 de maio de 1997; 
Polónia de 31 de Maio a 10 de Junho de 1967; 
França de 21 a 24 de Agosto de 1997; 
Brasil, de 2 a 6 de Outubro de 1997; 
Cuba, com celebrações em Havana, Santa Clara, Camaguey e Santiago de Cuba, de 21 a 26 de janeiro de 1998; 
Nigéria de 21 a 23 de março de 1998; 
Áustria de 19 a 21 de Junho de 1998; 
Croácia de 2 a 4 de Outubro de 1998; 
Cidade do México e Saint Louis - (EUA) de 22 a 28 de janeiro de 1999; 
Roménia de 7 a 9 de maio de 1999; 
Polónia de 5 a 17 de Junho de 1999; 
Eslovénia em 19 de setembro de 1999; 
Nova Deli - Índia e Geórgia (ex-República Soviética) de 5 a 9 de Novembro de 1999; Monte Sinai - Egipto de 24 a 26 de fevereiro de 2000; 
Terra Santa de 20 a 26 de março de 2000.
Em Portugal JOÃO PAULO II vai a Fátima em 12 e 13 de maio de 2000, 
para a beatificação dos Pastorinhos, JACINTA E FRANCISCO, a quem Nossa senhora apareceu em 13 de maio de 1917.
Viagem apostólica à Grécia, de 4 a 9 de maio de 2001; 
Ucrânia, de 23 a 27 de Junho de 2001; 
Cazaquistão e Arménia, de 22 a 27 de Setembro de 2001; 
Azerbeijão e Bulgária, de 22 a 26 de Maio de 2002; 
Canadá, Guatemala e México, de 23 de Julho a 1 de Agosto de 2002; 
Polónia de 16 a 19 de Agosto de 2002;  
Espanha em 3 e 4 de Maio de 2003; 
Croácia em 5 de Junho de 2003; 
Bósnia-Herzegovina em 22 de Junho de 2003; 
Eslováquia, de 11 a 14 de Setembro de 2003; 
Berna - Suiça em 5 e 6 de Junho de 2004; 
e a última visita da sua extraordinária vida, em 14 e 15 de Agosto de 2004 ao santuário de Nossa senhora de Lourdes, em França.
JOÃO PAULO II teve sempre a preocupação de comunicar com o mundo, quer cristão, quer de outras religiões. por isso muito escreveu e muito deu a conhecer das suas ideias.

ENCÍCLICAS

REDEMPTOR HOMINIS, de 4 de Março de 1979, salientando a dignidade humana frente aos estados totalitários e à sociedade capitalista de consumo;

DOMINUM ET VIVIFICANTEN de 18 de Maio de 1985, sobre o Espírito Santo na vida da Igreja e do Mundo.

SLAVOCUM APOSTOLI de 2 de Junho de 1985, no Undécimo Centenário dos Santos CIRILO e METÓDIO.

LABOREM EXERCENS, de 14 de Setembro de 1981, elevando a dignidade do trabalho acima da oferta e da procura e apelando ao respeito devido ao homem trabalhador e para os seus direitos pessoais. Esta Enciclica teve grande repercussão e mereceu de todo o povo trabalhador um agradecimento várias vezes amplamente manifestado.

REDEMPTORIS MATER, de 25 de Março de 1987, sobre Maria no Mistério de Cristo; a Mãe de Deus no centro da Igreja peregrina e sua mediação materna.


SOLICITUDO REI SOCIALIS, de 30 de Dezembro de 1987, sobre a solicitude da Igreja quanto aos problemas de ordem social.


DIVES IN MISERICORDIA, de 30 de Novembro de 1990, proclamando a necessidade de dar novo conteúdo à justiça mediante a misericórdia proclamada pela Igreja;
REDEMPTORIS MISSIO de 7 de Dezembro de 1990, sobre a validade permanente do mandato missionário, confiado por Cristo aos Apóstolos.


CENTESIMUS ANNUS, de 1 de Maio de 1991, sobre a questão social.


VERITATES SPLENDOR, de 6 de Agosto de 1993, sobre os fundamentos da moral católica.


EVANGELIUM  VITAE, de 25 de Março de 1995, sobre o valor e inviolabilidade da vida humana.


UTU UNUM SINT, de 25 de Maio de 1995, sobre o empenhamento ecuménico.


FIDES ET RATIO, de 14 de Setembro de 1998, sobre as relações entre a fé e a razão.


ECCLESIA DE EUCHARISTIA, de 17 de Abril de 2003, a última, sobre a eucaristia na sua relação com a Igreja.


CONSTITUIÇÕES


SAPIENTIA CHRISTIANA, de 15 de Abril de 1979, sobre as universidades e faculdades eclesiásticas


MAGNUM MATRIMONII SACRAMENTUM, de 7 de Outubro de 1982, sobre a forma jurídica do matrimónio e da familia.


SACRE DISCIPLINAE LEGES, de 25 de Janeiro de 1983, para promulgar o novo Código de Direito Canónico.


DIVINUS PERFECTIONES MAGISTER, de 25 de Janeiro de 1983, com nova legislação para a Causa dos Santos.


SPIRITUALI MILITUM CURAE, de 21 de Abril de 1986 sobre a nova regulamentação à assistência espiritual aos militares.


PASTOR  BONUS, de 28 de Junho de 1988, sobre a reorganização da Cúria romana.


EX CORDE ECCLESIAE, de 15 de Agosto de 1990, sobre as universidades católicas.


FIEL DEPOSITUM, de 11 de Outubro de 1992, para publicação do novo Catecismo da Igreja Católica.


UNIVERSI DOMINICI GREGIS, de 22 de Fevereiro de 1996, reforçando as regras do conclave para eleição dos Papas.

ECCLESIA IN URBE de 1 de Janeiro de 1998, sobre o novo ordenamento do vicariato de Roma.



CARTAS APOSTÓLICAS


RUTILANS AGMEN de 8 de Maio de 1979, sobre a Igreja da Polónia, no 9º Centenário do martírio de Santo ESTANISLAU.

PATRES ECCLESIAE de 2 de Janeiro de 1980, na passagem do XVI Centenário da morte de São BASÍLIO.


AMANTÍSSIMA PROVIDENTIA, de 29 de Abril de 1980, no 4º Centenário da morte de Santa CATARINA DE SENA.


SANCTORUM ALTRIX, de 11 de Julho de 1980, no 4º Centenário do nascimento de São BENTO, patrono da Europa e mensagem da paz.


EGREGIAE VIRTUTIS, de 31 de Dezembro de 1980, sobre a Igreja na passagem do ano.


A CONCILIO CONSTANTINOPOLITANO, de 25 de Março de 1981, pelo 1600º aniversário do I Concílio de Constantinopla e pelo 1550º aniversário do Concílio de Éfeso.


SALVIFICI DOLORIS de 11 de Fevereiro de 1984, sobre o sentido cristão do sofrimento humano.


REDEMPTORIS ANNO, de 20 de Abril de 1984, sobre a cidade de Jerusalém, património sagrado.


LES GRANDS MYSTÉRES, de 1 de Maio de 1984, sobre o problema religioso e a paz no Líbano.


DILECTI AMICI, de 31 de Março de 1985 dirigida aos jovens de todo o mundo.

AUGUSTINUM HIPPONENSEM, de 28 de Agosto de 1986, por ocasião do 14º Centenário da morte de Santo AGOSTINHO.


SESCENTESIMA ANNIVERSARIA, de 5 de Junho de 1987, dirigida aos bispos da Lituânia.


SPIRITUS DOMINI, de 1 de Agosto de 1987, por ocasião do Bicentenário da morte de Santo AFONSO MARIA DE LIGÓRIO.


DUODECIMUM  SAECULUM, de 4 de Dezembro de 1987, dirigida ao episcopado da Igreja Católica sobre a veneração das imagens, por ocasião do 12º Centenário do II Concilio de Niceia.


EUNTES IN MUNDUM UNIVERSUM de 25 de Janeiro de 1988, a propósito do milénio do baptismo da Rússia.


MULIERIS DIGNITATEM de 15 de Agosto de 1988, sobre a dignidade da mulher.


VIGESIMUS QUINTUS ANNUS, de 4 de Dezembro de 1988, a todos os irmãos no episcopado e no sacerdócio, com  saudações e benção apostólica.


CARTA APOSTÓLICA de 27 de Agosto de 1989, por ocasião do Cinquentenário do início da Segunda Guerra Mundial.


CARTA APOSTÓLICA de 7 de Setembro de 1989, sobre a situação da Igreja Católica no Líbano.


CARTA APOSTÓLICA, de 1 de Outubro de 1989. no Centenário da acção do Apóstolo São Pedro.


CARTA APOSTÓLICA de 29 de Junho de 1990, sobre o 5º Centenário da Evangelização do Novo Mundo.


CARTA APOSTÓLICA de 25 de Março de 1993, por ocasião da reestruturação das circunscrições eclesiásticas na Polónia.


ORDINATIO SACERDOTALIS de 22 de Maio de 1994 dirigida aos bispos, decretando que a ordenação sacerdotal reservada apenas aos homens deverá ser considerada definitiva.


TERTIO MILLENIO ADVENIENTE, de 10 de Novembro de 1994, propondo o exame final do milénio sobre as «páginas obscuras» da história da Igreja.


ORIENTALE LUMEN, de 2 de Maio de 1995, no Centenário da Enciclica ORIENTALIUM DIGNITAS, do papa LEÃO XIII.


CARTA APOSTÓLICA de 12 de Novembro de 1995, pelo 4º Centenário da União de Brest.



CARTA APOSTÓLICA de 18 de Abril de 1996, pelos 350 anos da União de Uzhorod.


OPEROSAM DIEM, de 1 de Dezembro de 1996, por ocasião do 15º aniversário da morte de Santo AMBRÓSIO.


LAETAMUR MAGNO PERE de 15 de Agosto de 1997 para promulgação do Catecismo da Igreja Católica.


DIVINI AMORIS SCIENTIA de 19 de Outubro de 1997, na proclamação de Santa TERESA DO MENINO JESUS como Doutora da Igreja.

DIES DOMINI de 31 de Maio de 1998, dirigida ao episcopado, clero e aos fiéis da Igreja Católica sobre a santificação do domingo.


INTER MUNERA ACADEMIARUM, de 28 de Janeiro de 1999, sobre duas Academias teológicas pontifícias.


CARTA APOSTÓLICA de 20 de Julho de 2000, por ocasião do 3º Centenário da União da Igreja Greco-Católica da Roménia com a Igreja de Roma.


NOVO MILLENNIO INEUNTE, de 6 de Janeiro de 2001, dirigida ao episcopado e os fiéis  no termo do Grande JUBILEU DO ANO 2000.


CARTA APOSTÓLICA de 17 de Fevereiro de 2001, por ocasião do 1700º aniversário do Baptismo do povo arménio.


CARTA APOSTÓLICA de 25 de Julho de 2001, dirigida ao povo católico da Hungria por ocasião do encerramento do milénio húngaro.


MISERICORDIA DEI de 2 de maio de 2001 sobre alguns aspectos da celebração do sacramento da penitência.


ROSARIUM VIRGINIS MARIAE SUL SANTO ROSARIO, de 16 de Outubro de 2001, anunciando a criação dos Mistérios Luminosos e proclamando o Ano do Rosário.


SPIRITUS ET SPONSA de 4 de Dezembro de 2003, no 40º aniversário da constituição SACROSANCTUM CONCILIUM sobre a Sagrada Liturgia.


MANE NOBISCUM DOMINE, de 7 de Outubro de 2004, dirigida ao episcopado, clero e fiéis para o Ano da Eucaristia.


IL RAPIDO SVILUPPO (O rápido desenvolvimento) de 14 de Janeiro de 2005, sobre os desafios das comunicações sociais.



EXORTAÇÕES APOSTÓLICAS


CATECHESI TRADENDAE , de 16 de Outubro de 1979, com orientações para a transmissão da mensagem de Cristo nos tempos actuais.

FAMILIARIS CONSORTIO de 14 de Setembro de 1981, sobre os problemas da familia cristã.


REDEMPTORIS DONUM de 29 de Março de 1984, sobre a consagração religiosa à luz do Mistério da Redenção.


RECONCILIATIOIN ET PENITENTIA de 11 de Dezembro de 1984, sobre a missão actual da Igreja na reconciliação e penitência.


CRISTIFIDELIS LAICI, de 30 de Janeiro de 1989, sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no Mundo.


REDEMPTORIS CUSTOS de 15 de Agosto de 1989 sobre São José na vida de Cristo e da Igreja.


PASTORES DABO VOBIS  de 7 de Abril de 1992,


UMA ESPERANÇA NOVA PARA O LÍBANO, Maio de 1997.


ECCLESIA IN AMERICA, de Janeiro de 1999, entregue aos bispos sobre a Igreja Americana.


ECCLESIA IN OCEANIA, de 2 de Novembro de 2001, entregue aos bispos sobre a Igreja na Oceânia.


ECCLESIA IN EUROPA de 28 de Junho de 2003, entregue aos Bispos sobre a Igreja na Europa.


CARTAS APOSTÓLICAS EM FORMA DE MOTU PROPRIO



FAMILIA A DEO INSTITUTA, de 9 de maio de 1961, criando o Conselho Pontificio para a Família.


TREDECIM ANNI, de 6 de Agosto de 1982, com o novo Estatuto Para a Comissão Teológica Internacional.


RECOGNITO IURIS CANONINI CODICE, de 2 de janeiro de 1984, à Comissão Pontificia para a interpretação correcta do Código de Direito Canónico.


DOLENTIUM HOMINUM de 11 de Fevereiro de 1985, instituindo a Comissão Pontifical para os serviços pastorais de saúde.


QUO CIVIUM IURA de 2 de Novembro de 1987, com a condição jurídica dos habitantes do Vaticano.


SOLICITA CURA de 26 de Dezembro de 1987, sobre o vicariato de Roma e um Tribunal de Apelo, distinto dos outros Tribunais.


ECCLESIA DEI, de 2 de Julho de 1988, de conformidade com  a excomunhão do arcebispo MARCEL LEFEBVRE, que em 30 de Junho de 1988, na Suiça, procedeu ilegalmente a ordenações episcopais, é instituída uma comissão, com a tarefa de colaborar com os bispos, com os discatérios da Cúria romana e com os ambientes interessados, a fim de facilitar a plena comunhão eclesial dos sacerdotes, dos seminaristas, das comunidades ou de cada religioso ou religiosa até agora ligados de diversos modos à Fraternidade fundada por Monsenhor LEFEBVRE que desejem permanecer unidos aos sucessor de PEDRO na Igreja Católica, observando as suas tradições espirituais e litúrgicas, de acordo com o protocolo assinado a 5 de maio pelo cardeal RATZINGER e por Monsenhor LEFEBVRE; esta comissão é composta por um cardeal presidente e por outros membros da Cúria romana, em número que se julgar oportuno segundo as circunstâncias.


EUROPAE ORIENTALIS, de 15 de Janeiro de 1993, sobre a Igreja da Europa Oriental.


INDE A PONTIFICATUS, de 25 de março de 1993, estabelecendo que o Conselho Pontificio da Cultura e o Conselho Pontificio para o diálogo com os crentes se reúnam nu m único Conselho.


SOCIALIUM SCIENTARUM, de 1 de Janeiro de 1994, instituindo a Academia Pontificia das Ciências Sociais.


VITAE MYSTERIUM, de 11 de fevereiro de 1994, instituindo a Academia Pontificia para a Vida, em defesa integral da vida humana e gestação.


MOTU PROPRIO de 30 de Setembro de 1994, promulgando o estatuto dos deveres de trabalho da Sede Apostolica.


STELLA MARIS de 31 de janeiro de 1997, sobre o Apostolado do Mar.


AD TUENDAM FIDEM de 18 de Maio de 1998, inserindo algumas normas no Código do Direito Canónico e no Código dos Cânones das Igrejas Orientais.


APOSTOLOS SUOS de 21 de maio de 1998, sobre a natureza teológica e jurídica das conferências episcopais.


PROCLAMAZIONE DELLE COMPATRONE D'EUROPA, de 1 de Outubro de 1999; proclamação de Santa BRIGIDA DA SUÉCIA, Santa CATARINA DE SENA e Santa TERESA BENEDITA DA CRUZ como co-padroeiras da Europa.


PROCLAMAZIONE DI SAN TOMMASO MORO A PATRONO DEI GOVERNANTI E DEI POLITICI, de 31 de Outubro de 2000, proclamando São TOMÁS MORE como patrono dos governantes e dos parlamentares.


SACRAMENTORUM SANCTITATIS TUTELA de 10 de Janeiro de 2002, determinando que os delitos graves ficam reservados unicamente para a Congregação de Doutrina da Fé.


MISERICORDIA DEI de 2 de maio de 2002, sobre alguns aspectos da celebração do sacramento da penitência.


CONGREGAZIONE DEI LEGIONARI DI CRISTO, de 26 de Novembro de 2004, confiando à Congregação dos Legionários de Cristo o cuidado e a gestão do Instituto Pontificio Notre Dame of Jerusalem Center, na cidade de Jerusalém.



BULAS


APERITE PORTAS REDEMPTORI de 6 de Janeiro de 1983, no 1950º aniversário da Redenção.

INCARNATIONES MYSTERIUM de 29 de Novembro de 1998, na preparação do JUBILEU DO ANO 2000, onde diz, referindo-as aos mártires que beatificou e canonizou: «Este século que chega ao seu ocaso teve grande número de mártires, especialmente por causa do nazismo, do comunismo e das lutas raciais ou tribais. Pessoas de todas as classes sofreram pela sua fé, pagando com o sangue a sua adesão a Cristo e à Igreja».  E a terminar; «<...» Olhando para Cristo, façamos nossas as palavras de um antigo cântico polaco:


A salvação veio através da cruz,

eis o grande mistério.
Todo o sofrimento tem um sentido:
leva à plenitude da vida

Com esta fé no coração, que é a fé da Igreja, abro hoje, como Bispo de Roma, o terceiro ano de preparação para o Grande Jubileu. Inicio-o no nome do Pai Celeste, que «amou de tal forma o mundo que entregou o Seu Filho Único, para que todo o que n'Ele acredita <...> tenha uma vida eterna» (Jo 3, 16).

Louvado seja Jesus Cristo»

PROCLAMAÇÃO DO ANO SANTO, de 24 de Dezembro de 1999, dizendo: «A Igreja não pode transpor o limiar do novo milénio em incitar os seus filhos à purificação, pelo arrependimento dos erros, infidelidades, incoerências, atrasos.
Reconhecer as quedas de ontem é um acto de felicidade e coragem. O que abre para todos um novo amanhã».


ENCONTROS IMPORTANTES

Sem olhar a datas nem à importância social das personagens e correndo o risco de falhar alguns, tantos foram, aqui fica o registo de encontros  de JOÃO PAULO II, um Papa que privilegiou  as relações públicas, entendendo, como disse algumas vezes, que a falar e a dialogar é que as pessoas se entendem e as questões se resolvem.

ANDREI GROMYKO. ministro dos Negócios Estrangeiros da URSS, JIMMY CARTER, presidente dos EUA, ISABEL II, rainha de Inglaterra; CARLOS, principe de Gales, LECH WALESA, presidente do Sindicato Polaco da Solidariedade e, em segunda visita, presidente da Polónia; ELIO TOAFF, Rabino da Sinagoga de Roma; RONALD REAGAN, presidente dos EUA; YASSER ARAFAT, líder da Organização da Libertação da Palestina; DALAI-LAMA Chefe supremo do Budismo do Tibete; DIMITRIOS, patriarca ortodoxo, GEORGE BUSH presidente dos EUA, MIKHAIL GORBACHOV, Presidente da URSS, YTZAK RABIN primeiro Ministro e Israel, BILL CLINTON presidente dos EUA; FIDEL CASTRO, Presidente do Conselho de Estado de Cuba; xeque AKRAM SABRI, Grande Mufti de Jerusalém e da Terra Santa, GEORGE W. BUSH, presidente dos EUA; TEOCTISTO, patriarca ortodoxo romeno; HELMUT SCHIMDT, chanceler alemão, JACQUES CHIRAC, presidente da França, KWASNIEWSKI presidente da Polónia; GERHARD SCHRODER, Chanceler alemão; BORIS YELTSIN e VLADIMIR PUTIN, lideres russos, RAINIER principe do Mónaco; DOM XIMENES BELO, bispo de Díli - Timor e XANANA GUSMÃO, presidente de Timor.

A respeito de Timor, refira-se a conversa de JOÃO PAULO II com DIOGO FREITAS DO AMARAL, quando era Presidente da Assembleia Geral da ONU. A uma pergunta de FREITAS DO AMARAL sobre Timor Leste, o Papa respondeu duas coisas: 
«A diplomacia do Vaticano tudo faria para advogar a promover a causa da autodeterminação do povo de Timor-Leste e que todos os dias pela manhã rezava de joelhos pelo povo martirizado de Timor».
Três dias depois,  recorda FREITAS DO AMARAL, Timor era independente.
JOÃO PAULO II gostava de desporto e recebeu,muitas embaixadas desportivas e até passou a ser sócio honorário de muitos clubes, mas destacam-se os nomes de alguns dos desportistas recebidos e elogiados pelo Papa. MICHEL SCHUMACKER, piloto da fórmula 1; o tenista BORIS BECKER e os futebolistas PELÉ e EUSÉBIO.

ATENTADOS

Em fevereiro de 1981, no estádio de Carachi, no Paquistão, durante a missa, um homem fez rebentar uma granada a 50 metros do altar. A explosão feriu duas pessoas e o atacante morreu.
Em 13 de Maio do mesmo ano, na Praça de São Pedro, quando o Papa se aproximava da Porta de Bronze da Basilica de São Pedro, tinha nos braços uma menina de doze anos, de nome SANDRA BARTOLI e quando a devolvia à mãe, ouvem-se disparos e o papa cai ferido. LETIZIA, uma jovem freira italiana, agarra o agressor, dizendo: «Foi ele! Foi ele!». A polícia detém o agressor, um turco de nome MEHEMET ALI AGCA, que teria sido pago para fazer o atentado.
O Papa, atingido por três balas, no braço direito, na mão esquerda e no adbomen, foi operado durante mais de 5 horas, mas recuperou, considerando um milagre da Virgem de Fátima o estar vivo e manifestando-se deste modo: 
«Agradeço comovido as vossas orações e abençoo-vos a todos. peço pelo irmão que me feriu, a quem perdoei sinceramente. Ofereço os meus sofrimentos pela Igreja e pelo mundo».
JOÃO PAULO II encontrou-se com  ALI AGCA em 27 de Dezembro de 1983, na prisão de Rebibbia e perdoou-lhe dizendo: «Pareceu claramente que foi uma mão materna a guiar a trajectória da bala, permitindo que o Papa se detivesse no limiar da morte».
Mais tarde em 16 de maio de 2000, ALI AGCA foi indultado depois de cumprir 19 anos de prisão na penitenciária de Ancona e nessa altura disse: «Uma mão divina protegeu o Papa na altura do atentado: Sei agora que tudo isto tinha que ver com o terceiro segredo de Fátima». E prosseguiu: «É um sonho. Dou graças ao Papa e sinto-me ajudado pelo seu perdão».Disse ainda mais: «A irmã LÚCIA, o Papa e eu próprio estamos no centro de um misterioso desígnio de Deus. O Papa teria sobrevivido mesmo se mil pessoas tivesse m disparado contra ele».
Em 13 de maio de 1982 no santuário de Fátima, onde o Papa fora agradecer à Virgem a sua salvação, o padre espanhol JUAN FERNANDEZ KROHN tenta matá-lo, não conseguiu e ali mesmo JOÃO PAULO II abraça-o e perdoa-lhe.
A justiça, e muito bem, menos bondosa de que o Papa, julgou-o e condenou-o a seis anos de prisão.

MEA CULPA

JOÃO PAULO II num gesto sem precedentes na Igreja Católica, toma sobre os seus ombros as culpas de Centenas de anos de Cristianismo.

São muitos os perdões que pede em nome da Igreja que serve (cerca de 98) e deles referiremos os mais importantes.
Em 31 de Outubro de 1992 recebe a Academia Pontificia de Ciências e manda reabrir e examinar o processo de condenação de GALILEO GALILEI, condenado pela Inquisição em 1613, no pontificado de URBANO VIII e reabilita-o. Nessa altura, JOÃO PAULO II, em defesa das teorias  de GALILEU em relação á época em que foi condenado por afirmar que a terra era redonda e girava à volta do Sol, pronunciou esta frase: «Depois de EINSTEIN o cosmo deixou de ter o mesmo significado».

De 16 a 26 de Fevereiro de 1992, na viagem ao Senegal, visitou na ilha de Gore a Casa dos Escravos e pediu perdão por erros praticados por outros: a Escravatura e o Tráfico de Negros. 
No domingo da Quaresma do Ano Santo, 12 de Março de 2000, na missa celebrada na basílica de São Pedro, JOÃO PAULO II pediu perdão pela Igreja Católica, «que cometeu muitos pecados durante a sua história; Escravatura, Cruzadas, Opressão da mulher, Caça às bruxas e Terríveis Torturas perpetradas pela Inquisição».
De 20 a 26 de Março de 2000, na Terra Santa, disse: «Eu, papa da Igreja de Roma, peço perdão, em nome de todos os católicos, pelas injustiças infligidas ao longo da história, aos não católicos». E a finalizar saudou: «A todos os crentes do Islão, que a paz esteja convosco!  As-Salumu'alaikumm».

PAPA MARIANO

A devoção à Virgem Maria vem de longe. No século XI por impulso do papa URBANO II, surgem os cânticos marianos ainda hoje utilizados.
No século XV, nas festividades em honra de Maria, à  Natividade, Anunciação, Purificação e Assunção, juntam-se festividades para a comemorar.
A partir do século XVIII as festividades começam a celebrar-se em Maio.
Com o Concilio Vaticano II e a justificação doutrinal do culto da Virgem, a própria Igreja apela aos fiéis para promoverem esta Fé.
Os padres conciliares reafirmam a validade de orações como é o Rosário e o Angelus.
A devoção de JOÃO PAULO II por Maria e, em particular, por Nossa Senhora de Fátima é o reflexo duma tradição de séculos, enraizada na cultura dos povos cristãos.
Em 13 de Maio de 1982, numa cerimónia que decorreu em Fátima, JOÃO PAULO II consagra o mundo ao Imaculado Coração de Maria e, em 25 de maio de 1984, na Praça de São Pedro, diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima, consagra todo o mundo ao Coração Imaculado de Maria.
Depois desta  cerimónia, o Papa ofereceu ao santuário de Fátima um dos projéteis com que foi atingido no atentado de 1981, o qual foi engastado na coroa da imagem em sinal de que JOÃO PAULO II atribuia à intervenção de Nossa Senhora de Fátima o ter-se salvo.

FACTOS DO PONTIFICADO

Ao comemorar o 20º aniversário do seu Pontificado, em 16 de Outubro de 1998, o Papa recebeu milhares de mensagens de felicitações de chefes de estado, Chefes de governo, Personalidades e fiéis de todo o mundo, mas uma das mais significativas e importantes veio do bispo chinês, MATTIA DUAN YONMING de 90 anos, que não foi autorizado a participar no sínodo asiático do Vaticano na Primavera de 1997 e que numa entrevista telefónica concedida à agência do Vaticano, FIDES, saudou o Papa garantindo a JOÃO ,PAULO II que «os católicos chineses esperam com fidelidade e oração a sua viagem à  China, pois o Papa mostrou que amava muito a Igreja da China, ao dedicar-lhe toda a sua atenção. É por isso que esperamos de todo o coração que ele possa vir um dia ao nosso país». Refira-se que a China e a Santa Sé não têm relações diplomáticas desde 1957.
Em 9 e 10 de janeiro de 1993 realizou o Encontro Especial de Oração, em Assis, por intenção da paz nos Balcãs, com cristãos, judeus e muçulmanos.
JOÃO PAULO II realizou 12 sínodos sendo cinco ordinários, um extraordinário, cinco especiais e um particular, e 9 Consistórios, em que nomeou 232 cardeais, entre eles, em 21 de fevereiro de 2001, Dom JOSÉ POLICARPO, patriarca de Lisboa e Dom JOSÉ SARAIVA MARTINS presidente da Congregação da Causa dos Santos, na Santa Sé.
Proclamou 476 novos Santos e fez 1320 Beatificações, de que destacamos os Pastorinhos, Videntes de Fátima, JACINTA e FRANCISCO, em 13 de Maio de 2000, e os Papas PIO IX e JOÃO XXIII, em 3 de setembro de 2000.
Visitou a Sinagoga de Roma em 13 de Abril de 1986, um gesto inédito na Igreja de Roma, e foi o primeiro papa a visitar uma mesquita, em Damasco (Síria) em maio de 2001.
A actividade de JOÃO PAULO II foi permanente e inesgotável.para além das viagens, do muito que escreveu, fez mais de 2400 discursos, promoveu 1200 audiências, 426 Encontros com reis e chefes de estado e 193 com Primeiros  Ministros.
Um dos momentos mais altos do pontificado foi o que se referia ao terceiro segredo de Fátima, revelado pela Irmã LÚCIA e dado a conhecer ao mundo por JOÃO PAULO II, no Grande Jubileu do Ano 2000.
O segredo já era do conhecimento do Vaticano, pois chegou ao Arquivo Secreto do Santo Ofício a 4 de Abril de 1957, enviado em sobrescrito fechado, pelo bispo de Leiria, e o primeiro Pontifice a ter oportunidade de o revelar foi JOÃO XXIII, mas não o fez, tal como o papa PAULO VI, que optou por não tornar pública essa revelação divina.
JOÃO PAULO II, depois do atentato de 13 de maio de 1981, solicitou o sobrescrito ao Santo Ofício e por isso só passados quase vinte anos resolveu revelá-lo ao mundo.
O último gesto de amor de JOÃO PAULO II para com o Santuário de Fátima foi dado ao deixar a indicação de que um lenço branco com as suas iniciais e o rosário pessoal com que rezou durante a sua estadia na Clínica Gemelli fossem entregues ao Santuário de Fátima, tendo sido o bispo de Leiria-Fátima o portador dos preciosos objectos e ainda de um açucareiro pertencença ao papa.

DOENÇAS

JOÃO PAULO II foi atingido por muitas doenças, mas tinha uma força extraordinária. Quando fez 83 anos declarou: «A condição física e a idade avançada não são obstáculos para uma vida perfeita. Deus não olha às coisas externas, mas à alma». e quando os jornalistas, com quem sempre se deu muito bem e tratava com afabilidade, lhe faziam perguntas sobre a sua saúde, respondia com graça e certa ironia.«Quando quero saber alguma coisa da minha saúde leio os jornais».
Era assim este homem extraordinário, mas a verdade é que, para além da operação para lhe extrair a bala do atentado de 1981, foi operado em 17 de Julho de 1992, sendo-lhe extraído um tumor benigno no cólon, sujeitando-se aida a duas operações motivadas por quedas, uma num ombro, em 11 de Novembro de 1993, por ter caído durante uma audiência, e e outra em 29 de Abril de 1994, por ter escorregado ao sair da banheira, fracturando o fémur. Em 30 de Abril de 1994, nova operação para implantação duma prótese.
Em 22 de Agosto de 1994, durante a celebração de uma missa nos Alpes, o Papa tem um
gesto de dor e logo surgem rumores sobre o seu estado de saúde, de tal modo insistentes que em 4 de setembro corre pelo Vaticano o boato de que o Papa morrera e alguns sacerdotes chegam a celebrar uma missa na Basilica de São Pedro pela sua alm a, mas o Papa, felizmente estava vivo.
Em 25 de Dezembro de 1995, acontece pela primeira vez que JOÃO PAULO II é obrigado  interromper a sua benção URBI ET ORBE por se sentir mal, e logo aumentaram os rumores sobre a sua saúde.
Em 1996 surge uma apendicite aguda e a doença de Parkinson atinge-o também, mas JOÃO PAULO II continua a resistir a todos os males e dores, para prosseguir na sua missão.
Em fins de Janeiro, o Papa sofreu uma recaída com febres altas devido a uma infecção que causou uma septicemia.
Em 1 de fevereiro de 2005 foi internado de urgência na Clínica Gemelli, em Roma, com problemas respiratórios resultantes de uma gripe, mas regressa ao Vaticano dez dias depois.
No dia 24 foi de novo internado devido a uma recaída e é submetido a uma traqueotomia para lhe facilitar a respiração., Não consegue falar.
Em 1 de março parece ter acontecido o milagre, pois JOÃO PAULO II recomeça a falar e no dia 13 fala directamente aos fiéis, regressando no mesmo dia ao Vaticano.
Passam-se catorze dias e no dia 27 o papa aparece à janela dos seus aposentos no Vaticano para abençoar os católicos no Domingo de Páscoa, sem conseguir falar. Os seus gestos comovem o mundo-.
No dia 30 acontece o mesmo. O Papa volta a abençoar os fiéis sem consegui falar, produzindo apenas gestos. O Vaticano anuncia que o papa está a ser alimentado através de uma sonda nasogástrica para melhorar o seu estado físico, mas no dia seguinte, 31 de março, o Vaticano anuncia que o papa foi acometido de febres altas provocadas por uma infecção e estava a ser tratado com antibióticos.
Não consegue recuperar e na noite de 2 de Abril sucumbe nos seus aposentos do Vaticano, com a Praça de São Pedro cheia de gente que sofria e rezava por ele. Foram estas as suas últimas palavras: 
«A todos quero dizer uma única coisa: "Que Deus vos recompense". 
«In Manus Tuas, Domine, Commendo Spiritus Meum» 
(Nas tuas mãos, Senhor,  entrego o meu espírito).
Era o fim, Confirmado o óbito, segundo as regras da Igreja, o corpo de JOÃO PAULO II foi transportado para a basílica de São Pedro e colocado em câmara ardente, onde recebeu, durante dias e noites, a visita de muitos milhares de fiéis que foram levar-lhe um derradeiro adeus, prestando uma homenagem devota e sincera.
Na missa celebrada em frente à Basilica, antecedendo o funeral em 8 de Abril, estiveram presentes reis, rainhas, chefes de estado, pessoas de destaque no mundo, milhares de fiéis e, principalmente, os chefes das outras religiões, numa homenagem bem merecida ao homem que procurou a união de todos os credos.

JOÃO PAULO II foi enterrado na Cripta sob a Basilica de São Pedro, de acordo com o seu testamento, onde escreveu. 
«No que diz respeito ao funeral, repito as mesmas disposições dadas pelo Santo Padre PAULO VI, enterro em terra nua e não num sarcófago». 
E os milhões de peregrinos que afluiam a Roma começaram desde logo, a pedir a sua beatificação, como aconteceu aquando do falecimento de Santo ANTÓNIO DE LISBOA.
Santo ou não, JOÃO PAULO II fica na memória de todos os crentes e até dos não crentes como um homem incomparável que o mundo apreciou e que o futuro nunca esquecerá.

NOTA:  

Segundo a Wikipédia, cujo texto transcrevo em seguida:

Foi proclamado Beato em 1 de maio de 2011, pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano.[22] Em 27 de abril de 2014, numa cerimônia inédita presidida pelo Papa Francisco, e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo juntamente com o Papa João XXIII; sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.[23]


























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Local onde se processa este blogue, na cidade do Porto




Os meus cumprimentos e agradecimentos pela atenção que me dispensarem.

Textos recolhidos

In

O Papado  -  2000 Anos de História 
Ed. Círculo de Leitores - 2009

e

sites: Wikipédia.org; Santiebeati.it; es.catholic.net/santoral, e outros






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Blogue: 
 SÃO PAULO (e Vidas de Santos) http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com


ANTÓNIO FONSECA

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