sábado, 25 de julho de 2009

JOAQUIM, ANA, Santos (e outros) – 26 JULHO

Joaquín y Ana, Santos

Joaquim e Ana, Santos

Avós de Jesus Julho 26

Uma antiga tradição, datada já no século II, atribui os nomes de Joaquim e Ana aos pais de Virgem Maria. O culto aparece para Santa Ana já no século VI e para São Joaquim um pouco mais tarde. A devoção aos avós de Jesus é um prolongamento natural ao carinho e veneração que os cristãos demonstraram sempre à Mãe de Deus. A antífona da missa de hoje diz: "Louvemos a Joaquim e Ana por sua filha; nela lhes deu o Senhor a bênção de todos os povos". A mãe de nossa Senhora, a Virgem Maria, nasceu em Belém. O culto de seus pais lhe está muito unido. O nome Ana significa "graça, amor, pregação". A Sagrada Escritura nada nos diz da santa. Tudo o que sabemos é legendário e se encontra no evangelho apócrifo de Santiago, segundo o qual aos vinte e quatro anos de idade se casou com um proprietário rural chamado Joaquim, galileu, da cidade de Nazaré. Seu nome significa "o homem a quem Deus levanta", e, segundo São Epifânio, "preparação do Senhor". Descendia da família real de David. Moravam em Nazaré e, segundo a tradição, dividiam suas rendas anuais, uma de cujas partes dedicavam aos gastos da família, outra ao templo e a terceira aos mais necessitados. Levavam já vinte anos de matrimónio e o filho tão ansiado não chegava. Os hebreus consideravam a esterilidade como algo opróbrio e um castigo do céu. Se os menosprezava e na rua se lhes negava a saudação. No templo, Joaquim ouvia murmurar sobre eles, como indignos de entrar na casa de Deus. Joaquim, muito dolorido, se retira ao deserto, para obter com penitências e orações a ansiada paternidade Ana intensificou seus rogos, implorando como outras vezes a graça de um filho. Recordou a outra Ana das Escrituras, cuja história se refere no livro dos Reis: havendo orado tanto ao Senhor, foi escutada, e assim chegou seu filho Samuel, que mais tarde seria um grande profeta. E assim também Joaquim e Ana viram premiada sua constante oração com o advento de uma filha singular, Maria. Esta menina, que havia sido concebida sem pecado original, estava destinada a ser a mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus encarnado. Desde os primeiros tempos da Igreja ambos foram honrados no Oriente; depois se lhes rendeu culto em toda a cristandade, onde se levantaram templos sob sua invocação. Ainda que o culto da mãe da santíssima Virgem Maria se havia difundido no Ocidente, especialmente desde o século XlI, sua festa começou a celebrar-se no século seguinte.

Mais sobre Santa Ana Mais sobre San Joaquín

San Joaquín y Santa Ana

São Joaquim e Santa Ana

São Joaquim -  Joaquim (Yahvé prepara) foi o pai da Virgem Maria, mãe de Deus. Segundo São Pedro Damião, deveríamos ter por curiosidade censurável e desnecessária o inquirir sobre questões que os evangelistas não tiveram a bem relatar, e, em particular, acerca dos pais da Virgem. Contudo, a tradição, baseando-se em testemunhos antiquíssimos e muito atempadamente, saudou aos santos esposos Joaquim e Ana como pai e mãe da Mãe de Deus. Certamente, esta tradição parece ter seu fundamento último no chamado Proto-evangelho de Santiago, no Evangelho da Natividade de Santa Maria e o Pseudomateo o Livro da Natividade de Santa Maria a Virgem e da infância do Salvador; este origem é normal que levantara suspeitas bastante fundadas. Não deveria olvidar-se, sem embargo, que o carácter apócrifo de tais escritos, quer dizer, a sua exclusão do Canon e sua falta de autenticidade não nos leva a prescindir totalmente de seus apontamentos. Com efeito, a  par de factos pouco fiáveis e legendários, estas obras contém dados históricos tomados de tradições ou documentos fidedignos; e ainda que não seja fácil separar o grão da palha, seria pouco prudente e acrítico recusar o conjunto indiscriminadamente. Alguns comentaristas, que opinam que a genealogia reportada por São Lucas é a da Virgem, acham a menção de Joaquim em Helí (Lucas, 3, 23; Eliachim, quer dizer, Jeho-achim), e explicam que José se havia convertido aos olhos da lei, fora de seu matrimónio, em filho de Joaquim. Que esse seja o propósito e a intenção do evangelista é mais que duvidoso, o mesmo que a identificação proposta entre os dois nomes Helí e Joaquim. Tampouco se pode afirmar com certeza, apesar da autoridade dos Bollandistas, que Joaquim fora filho de Helí e irmão de José; nem tampouco, como em ocasiões se diz a partir de fontes de muito duvidoso valor, que era proprietário de inumeráveis cabeças de gado e vastos rebanhos. Mais interessantes são as belas linhas nas que o Evangelho de Santiago descreve, como, na sua idade provecta, Joaquim e Ana acharam resposta a suas orações em favor de ter descendência. É tradição que os pais de Santa Maria, que aparentemente viveram primeiro na Galileia, se instalaram depois em Jerusalém; onde nasceu e cresceu Nossa Senhora; ali também morreram e foram enterrados. Uma igreja, conhecida em distintas épocas como Santa Maria, Santa Maria ubi nata est, Santa Maria in Probática, Sagrada Probática e Santa Ana foi edificada no século IV, possivelmente por Santa Helena, no lugar da casa de São Joaquim e Santa Ana, e seus túmulos foram ali veneradas até finais do século IX, em que foi convertida numa escola muçulmana. A cripta que continha em outro tempo as sagradas tumbas foi redescoberta em 1889. São Joaquim foi honrado muito cedo pelos gregos, que celebram sua festa no dia seguinte da  Natividade de Nossa Senhora. Os latinos tardaram em inclui-lo em seu calendário, onde lhe correspondeu umas vezes o 16 de Setembro e outras em 9 de Dezembro. Associado por Júlio II [o da capela Sixtina] a 20 de Março, a solenidade foi suprimida uns cinco anos depois, restaurada por Gregório XV (1622), fixada por Clemente XII (1738) no domingo posterior à Assunção, e foi finalmente Leão XIII [o da Rerum Novarum] que, em 1 de Agosto de 1879, dignificou a festa de estes esposos que se celebrou por separado até à última reforma litúrgica.

Santa Ana - Ana (do hebraico Hannah, graça) é o nome que a tradição assinalou para a mãe da Virgem. As fontes são as mesmas que no caso de São Joaquim. Ainda que a versão mais antiga de estas fontes apócrifas se remonta ao ano 150 d.C., dificilmente podemos admitir como fora de toda dúvida suas várias afirmações com fundamento só na sua autoridade. No Oriente, o Proto-evangelho gozou de grande autoridade e dele se liam passagens nas festas marianas entre os gregos, os coptas e os árabes. No Ocidente, sem embargo, como já te adiantei com São Joaquim, foi recusado pelos Padres da Igreja até que seu conteúdo foi incorporado por São Jacobo de Vorágine a sua Lenda Áurea no século XIII. A partir de então, a história de Santa Ana se divulgou no Ocidente e teve um considerável desenvolvimento, até que Santa Ana chegou a converter-se num dos santos mais populares também para os cristãos de rito latino. O Proto-evangelho reporta a seguinte relação: Em Nazaré vivia um casal rico e piedoso, Joaquim e Ana. Não tinham filhos. Quando em ocasião de certo dia festivo Joaquim se apresentou a oferecer um sacrifício no templo, foi atirado dele por um tal Ruben, porque os varões sem descendência eram indignos de ser admitidos. Joaquim então, transido de dor, não regressou a sua casa, mas se dirigiu às montanhas para manifestar seu sentimento a Deus em solidão. Também Ana, preocupada já um tanto com a prolongada ausência de seu marido, dirigiu lastimosas súplicas a Deus para que levantasse a maldição de esterilidade, prometendo dedicar o filho a seu serviço. Seus pedidos foram ouvidos; um anjo se apresentou ante Ana e lhe disse: "Ana, o Senhor viu tuas lágrimas; conceberás e darás a luz, e o fruto de teu seio será bendito por todo o mundo". O anjo fez a mesma promessa a Joaquim, que voltou para o lado de sua esposa. Ana deu à luz uma filha, a que chamou Miriam. Dado que esta narração parece reproduzir o relato bíblico da Conceição do profeta Samuel, cuja mãe também se chamava Hannah, a sombra da dúvida se projecta até no nome da mãe de Maria. O célebre Padre John de Eck de Ingolstadt, em um sermão dedicado a Santa Ana (pronunciado em Paris em 1579), aparenta conhecer até os nomes dos pais de Santa Ana. Os chama Estolano (Stollanus) e Emerência (Emerentia). Afirma que a santa nasceu depois de que Estolano e Emerência passaram vinte anos sem descendência; que São Joaquim morreu pouco depois da apresentação de Maria no templo; que Santa Ana casou depois com Cleofás, do qual teve a Maria de Cleofás; a mulher de Alfeu e mãe de os apóstolos Santiago o Menor, Simão e Judas Tadeu, assim como de José o Justo. Depois da morte de Cleofás, se disse que casou com Salomas, de quem trouxe ao mundo a Maria Salomé (a mulher de Zebedeu e mãe dos apóstolos João e Santiago o Maior). A mesma lenda espúria se acha nos textos de Gerson e nos de muitos outros. Ali surgiu no século XVI uma animada controvérsia sobre os matrimónios de Santa Ana, em que Barónio e Belarmino defenderam sua monogamia. No Oriente, o culto a Santa Ana se pode seguir a pista até ao século IV. Justiniano I fez com que se lhe dedicasse uma igreja. O Canon do oficio grego de Santa Ana foi composto por São Teófanes, mas partes ainda mais antigas do oficio são atribuídas a Anatólio de Bizâncio. Sua festa se celebra no Oriente em 25 de Julho, que poderia ser o dia da dedicação de sua primeira igreja em Constantinopla ou o aniversário da chegada de suas supostas relíquias a esta cidade (710). Aparece já no mais antigo documento litúrgico da Igreja Grega, o Calendário de Constantinopla (primeira metade do século VIII). Os gregos conservam uma festa comum de São Joaquim e Santa Ana em 9 de Setembro. Na Igreja Latina, Santa Ana não foi venerada, salvo, talvez, no sul de França, antes do século XIII. Sua imagem, pintada no século VIII e achada mais tarde na Igreja de Santa Maria a Antiga de Roma, acusa a influência bizantina. Sua festa, sob a influência da Lenda Áurea, se pode já rastrear (26 de Julho) no século XIII, em Douai. Foi introduzida em Inglaterra por Urbano VI em 21 de Novembro de 1378, e a partir de então se estendeu a toda a Igreja ocidental. Passou à Igreja Latina universal em 1584. Santa Ana é a padroeira de Bretanha. Sua imagem milagrosa (festa, 7 de Março) é venerada em Notre Dame d´Auray, na diocese de Vannes. Também no Canadá -onde é a padroeira principal da província de Québec- o santuário de Santa Ana de Beaupré é muito famoso. Santa Ana é padroeira das mulheres trabalhadoras; se a representa com a Virgem Maria em seu regaço, que também leva nos braços ao Menino Jesus. É além disso a padroeira dos mineiros, que comparam a Cristo com o ouro e com a prata a Maria.

Jesus Martí Ballester jmarti@ciberia.es

 

Tito Brandsma, Santo
Biografia, 26 de Julho

Etimologicamente significa “forte defensor”. Vem da língua latina. Se pode encontrar a Deus em todos partes, nos momentos e lugares mais insuspeitos. Também se pode na dor, a frialdade, o sofrimento. Deus não é o próprio gosto. Este carmelita nasceu em Bolsward (Holanda) em 1881 e morreu em Dachau, Alemanha, em 26 de Julho de 1942. Uma vez que terminou seus estudos secundários, ingressou nos carmelitas. Fez seus estudos de forma brilhante em Roma, doutorando-se em Filosofia e Teologia. Ordenado sacerdote em 1905, voltou a seu país para ser professor de institutos, do seminário da Ordem e na Universidade Católica de Nimega. Estudou a fundo a espiritualidade de santa Teresa de Ávila, viajou por Europa e América, estudou periodismo e os da profissão o nomearam seu consultor eclesiástico. E chegaram os nazis em 1933. Com sua chegada ao poder, começaram as perseguições contra os judeus teve uma saúde de ferro, sem embargo sua alma era forte. Um desses artigos o firmou ele. Foi o mais forte. Dizia:"O que se faz contra os judeus é um acto de vilania". Em Maio de 1940 Hitler invadiu Holanda. Em seguida quis tomar conta dos periódicos católicos. Os bispos disseram que não o permitiriam. Grande parte de este trabalho se deveu a Tito. Por isso a Gestapo o prendeu em Nimega. E desde esse instante foi de cárcere em cárcere até que se o levaram a Dachau. Os mesmos polícias da Gestapo diziam dele:" Mantém seu dever na defesa da fé cristã contra o nacional socialismo". Em Dachau pregava a todos, recebia a comunhão e se sentia forte. E com seu carácter forte num corpo débil, morreu neste campo de concentração em 26 de Julho de 1942. ¡Felicidades a quem leve este nome!

camila-gentili

 

CAMILA GENTILLI  -  Mártir

Martirológio Romano: Em Septémpeda (hoje São Severino Marche), no Piceno, beata Camila Gentili, martirizada por seu próprio esposo (s. XIV/XV). Etimologicamente: Camila = Aquela que é mensageira de Deus, é de origem hebraica.

Camilla Gentilli de Rovellone viveu em finais do século XV em São Severino, Itália. Seus pais, membros da nobreza, eram os senhores Rovellone e Brandina parte da família Giusti. Como era costume de aqueles tempos entre poderosas famílias, Camilla foi entregue como esposa a Battista Santucci, um violento individuo que tinha fortes sentimentos de antipatia pelos Giusti, provavelmente as duas famílias procuravam evitar futuros conflitos entre elas, mas isso não impede que nós agora não sejamos capazes de entender essas situações. A história conta que Camilla era una mulher cheia de qualidades: mansa, pacífica, disciplinada, e que todos que a conheciam a estimavam por sua bondade. Tinha todos os dons que naqueles tempos se demandava a uma esposa. Em 1482 Battista matou a Pierozzo Grassi, membro da família Giusti, e logicamente foi julgado por esse acto, a condenação era a morte, mas se salvou graças à intervenção de Camilla, que interpôs todos seus recursos para isso, e que agregou a seus pessoais esforços suas orações. Pese haver recebido semelhante favor, Battista não só não o correspondeu, mas o seu irracional ódio à família de sua esposa se incrementou, e juntou-a lista de seus inimigos pessoais a sua esposa, chegou a proibir-lhe que ela pudesse visitar a sua mãe, coisa que Camila nunca aceitou, pelo que suas visitas nunca se interromperam. Isso indignou a Battista, que idealizou minuciosamente sua vingança, aparentando um carinho que não era habitual nele, planeou a sua mulher o projecto de passar uns dias, sós e juntos, em Uvaiolo, onde tinham uma quinta. Ela, com a esperança de que seu esposo estivesse mudando, aceitou encantada. Arribaram a sua propriedade em 26 de Julho de 1486, e uma vez solos, ele a atacou cruelmente, cravando a arma em seu costado esquerdo, onde está o coração, para logo abrir de um só corte seu pescoço, ela tão só pôde invocar ao Senhor e perdoou a seu verdugo. Battista teve a desvergonha de pretender escapulir-se, mas dada sua vinculação àquelas propriedades, e a seus antecedentes, se converteu no principal suspeito e em pouco tempo se revelou toda a verdade, logrando assim ganhar o desprezo de toda a sociedade. Não ficaram registos de qual foi sua condenação. O corpo de Camilla foi enterrado na igreja de Santa Maria do Mercado (actual igreja de São Doménico) que era onde a família Gentilli tinha seu mausoléu. Na actualidade sua tumba segue sendo destino de peregrinos que pedem graças e intercessão à hoje beata. Entre seus devotos encontramos a Próspero Lambertini, cardeal de Bolonha, que ao chegar a ser papa tomou o nome de Bento XV. Em 15 de Janeiro de 1841, S.S. Gregório XVI a proclamou Beata e estabeleceu sua festa para 27 de Julho, dia posterior ao de sua entrada ao reino de Deus. ¡Felicidades a quem leve este nome!

 

BARTOLOMEA

Virgem Julho 26

Etimologicamente significa “filha de quem detém as águas”. Vem da língua hebraica. Se ocorre que uma bruma interior nos faz ir à deriva longe da humilde confiança da fé, Cristo não nos abandona por isso. Ninguém está excluído de seu amor... nem de seu perdão, nem de sua presença. Bartolomea foi uma virgem do século XIX. Havia nascido em Lovere, Itália, em 1807. Era filha de uma família humilde chamada Capitânio. Quando era todavia uma menina, sonhou com dedicar-se a obras de caridade. Para começar, estudou na escola e tirou seu título de mestra. Abriu uma escola em torno da qual organizou associações para jovens. Se chamavam as de São Luís e a dos Discípulos do Senhor. Todos estão de acordo em afirmar que tinha um grande zelo e preocupação apostólica pelos rapazes e raparigas. Se mostrava carinhosa em suas relações com cada um deles/as. Isto o confirmam o montão de cartas que estão em seu Epistolário. A nomearam administradora no hospital em 1832. Dizem que se desvelava por atender aos enfermos em suas necessidades físicas e espirituais. Juntamente com Vicenta Gerosa fundaram uma comunidade do tipo vicentino. Lhe eram o nome da congregação de Maria Niña. Tinha então 26 anos. E apesar de jovem que era, caiu enferma de tuberculose. Não obstante, na medida de suas forças enfraquecidas, seguia trabalhando. Nestes momentos dolorosos intensificava sua oração para sobrelevar tudo o melhor possível.

¡Felicidades a quem leve este nome!

 

preca

JORGE PRECA

Presbítero maltês, promotor do laicado. Fundador da Sociedade da Doutrina Cristã, para o apostolado da catequese.

Martirologio Romano: Na Valetta, capital da ilha de Malta, beato Jorge Preca, presbítero, que se entregou amorosamente à formação catequética das crianças e fundou a Sociedade da Doutrina Cristã, cuja missão é ser testemunha da Palavra de Deus e propagá-la. Etimologia: Jorge = Aquele que trabalha a terra, é de origem grega Nasceu em La Valletta, Malta, em 12 de Fevereiro de 1880. Em 17 de Fevereiro foi baptizado na igreja paroquial da Santíssima Virgem Maria de Porto Salvo. Em 1888 a família se mudou para a cidade comercial de Hamrun —pouco distante de La Valletta—, em cuja igreja paroquial recebeu a Confirmação e a primeira Comunhão. Terminado o bacharelato, entrou no seminário. Era muito apreciado por seus companheiros, aos que via fazer breves reflexões espirituais. Especialmente marcaram sua vida, como uma meta e uma missão, as palavras que lhe dirigiu um dia seu confessor e director espiritual: "Deus te há eleito para ensinar a seu povo". Foi ordenado sacerdote em 22 de Dezembro de 1906. Durante algumas semanas só saiu de casa para celebrar a santa missa; o resto do tempo o passava em oração e contemplação. Alguns o definiram "o S. Felipe Neri de Malta". Se propôs como objectivo principal de sua vida preparar os jovens para que eles por sua vez dessem a necessária formação religiosa aos demais. Recém ordenado sacerdote começou a reunir-se com alguns jovens de Hamrun para formá-los na leitura da sagrada Escritura. Assim nasceu, em Março de 1907, a "Sociedade da Doutrina Cristã". Ao início, Dom Jorge chamou a sua associação "Societas Papiduum et Papidissarum", pois queria que tivessem uma devoção filial ao Vigário de Cristo. Mas logo, escolheu como nome Museum —museu para conservar a palavra de Deus—, palavra que o servo de Deus converteu num acróstico: Magister, utinam sequatur Evangelium universus mundus, quer dizer: "Mestre, oxalá que todo o mundo siga o Evangelho". Esse foi o grande anseio que impulsionou a Dom Jorge ao longo de toda sua vida. No ano 1910 se inaugurou a secção feminina. Com o passar do tempo se foi definindo a fisionomia da Sociedade: laicos, trabalhadores, totalmente entregues ao apostolado da catequese, tanto de crianças como de adultos, uma vida de grande disciplina, modéstia no vestir, uma série de orações para rezar de memória cada quarto de hora ("O relógio do Museum"), uma hora de catequese cada dia em centros abertos em quase todas as paróquias das ilhas maltesas, e logo uma hora de formação permanente. A Sociedade atravessou momentos de dificuldade e prova. Em 1909 Dom Jorge recebeu a ordem de encerrar todos os centros, e obedeceu sem queixas. Ante os protestos dos párocos o bispo revogou a ordem. Nos anos 1914-1915 apareceram nos periódicos de Malta artigos infamantes contra a Sociedade, mas D. Jorge pediu a todos os sócios que os aceitassem com mansidão e serenidade. La erecção canónica da Sociedade da Doutrina Cristã teve lugar em 12 de Abril de 1932. Durante a segunda guerra mundial se desenvolveu, desempenhando sua actividade em quase todas as paróquias das ilhas de Malta e de Gozo. D. Jorge se prodigalizou como apóstolo do Evangelho. Escreveu numerosos livros de dogmática, ascética e moral. mas sobretudo destacou pela divulgação da palavra de Deus, traduzida para maltês, apresentada em textos breves, fáceis de memorizar, ou em livrinhos de meditação. Como conselheiro e director espiritual, brilhou por sua prudência e sabedoria. Muita gente acudia a ele para receber uma palavra de consolo e alento. Foi também grande apóstolo do mistério da Encarnação. Propagou a devoção às palavras "Verbum Dei caro factum est" (Jn 1, 14), estabelecendo que os membros da Sociedade as tomaram como lema. E lhes pediu que, na véspera de Natal, organizassem em cada aldeia uma celebração em honra de Jesus Menino. Nos momentos de prova se encomendou totalmente à protecção da Virgem. Em 21 de Julho de 1918 se inscreveu na Terceira Ordem Carmelitana, elegendo, ao professar, o nome de frei Franco. Ademais, quis que todos os sócios, e as crianças que frequentavam suas secções, levaram o escapulário da Carmen. Teve uma devoção particular à Virgem do Bom Conselho e divulgou com empenho a medalha milagrosa. Em 1952 a Sociedade começou seu apostolado fora de Malta: cinco membros foram enviados a Austrália. Hoje tem centros em Inglaterra, Albânia, Quénia, Sudão e Peru. Depois de uma vida de entrega total ao apostolado, Dom Jorge morreu, com fama de santidade, em 26 de Julho de 1962 em sua casa em Santa Venera, Malta. O Papa João Paulo II o beatificou em 9 de Maio de 2001 em Malta. O Papa Bento XVI o canonizou em 3 de Junho de 2007 em cerimónia efectuada na Praça de São Pedro.

Reproduzido com autorização de Vatican.va

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução

de António Fonseca

NOTA: Parece-me que já descobri a maneira de poder novamente paginar as minhas mensagens, podendo dimensionar o tipo e tamanho das letras que compõem o texto, assim como colocar as imagens que acompanham os originais, mediante o sistema Windows Live Writer

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