Padroeira dos marinheiros
Desde os antigos eremitas que se estabeleceram no Monte Carmelo, os Carmelitas têm sido conhecidos por sua profunda devoção à Santíssima Virgem. Eles interpretaram a nuvem da visão de Elías (1 Reis 18, 44) como um símbolo da Virgem María Imaculada. Já no século XIII, cinco séculos antes da proclamação do dogma, o missal Carmelita continha uma Missa para a Imaculada Conceição . Nas palavras de Bento XVI, 15,VII,06: "O Carmelo, alto promontório que se ergue na costa oriental do Mar Mediterrâneo, na altura de Galileia, tem nas suas abas numerosas grutas naturais, predilectas dos eremitas. O mais célebre destes homens de Deus foi o grande profeta Elías, que no século IX antes de Cristo defendeu valorosamente da contaminação dos cultos idolátricos a pureza da fé no Deus único e verdadeiro. Inspirando-se na figura de Elías, surgiu a Ordem contemplativa dos «Carmelitas», família religiosa que conta entre seus membros com grandes santos, como Teresa de Ávila, João da Cruz, Teresa do Menino Jesus e Teresa Benedita da Cruz (no século, Edith Stein). Os Carmelitas difundiram no povo cristão a devoção à Santíssima Virgem do Monte Carmelo, assinalando-a como modelo de oração, de contemplação e de dedicação a Deus. María, com efeito, antes e de modo insuperável, creu e experimentou que Jesus, Verbo encarnado, é o cume, o cúmulo do encontro do homem com Deus. Acolhendo plenamente a Palavra, «chegou felizmente à santa montanha» (Oração da colecta da Memória), e vive para sempre, em alma e corpo, com o Senhor. À Rainha do Monte Carmelo desejo hoje confiar todas as comunidades de vida contemplativa espalhadas pelo mundo, de maneira especial as da Ordem Carmelita, entre as que recordo o mosteiro de Quart, não muito longe daquí [Vale de Aosta]. Que María ajude a cada cristão a encontrar a Deus no silêncio da oração. A estrela do Mar e os Carmelitas Os marinheiros, antes da idade da electrónica, dependiam das estrelas para marcar seu rumo no imenso oceano. Daquí a analogía com a Virgem María que como, estrela do mar, nos guía pelas águas difíceis da vida até ao porto seguro que é Cristo. Pela invasão dos sarracenos, os Carmelitas se viram obrigados a abandonar o Monte Carmelo. Uma antiga tradição nos diz que antes de partir lhes apareceu a Virgem enquanto cantavam a Salvé Rainha e ela prometeu ser para eles sua Estrela do Mar. Por esse belo nome conhecíam também a Virgem porque o Monte Carmelo se eleva como uma estrela junto ao mar. Os Carmelitas e a devoção à Virgem do Carmo se difunde pelo mundo A Virgem Imaculada, Estrela do Mar, é a Virgem do Carmo, quer dizer a que desde tempos remotos se venera no Carmelo. Ela acompanhou os Carmelitas à medida que a ordem se propagou pelo mundo. Aos Carmelitas se lhes conhece por sua devoção à Mãe de Deus, já que nela se vê o cumprimento do ideal de Elías. Incluso se lhe chamou: "Os irmãos de Nossa Senhora do Monte Carmelo". Na sua profissão religiosa se consagravam a Deus e a María, e tomavam o hábito em honra dela, como uma recordação de que suas vidas lhe pertenciam a ela, e por ela, a Cristo. A devoção à Virgem do Carmo se propagou particularmente nos lugares onde os carmelitas se estabeleceram. Espanha Entre os lugares em que se venera em Espanha, a Virgem de Espanha como padroeira está Beniaján, Múrcia. Veja aí mais imágens. América É padroeira de Chile; no Equador é rainha da região de Cuenca e do Azuay, recebendo a coroação pontificia em 16 de Julho de 2002. Na igreja do mosteiro da Assunção em Cuenca se venera há mais de 300 anos. É além disso venerada por muitos em todo o continente. ¿Queres saber mais? Consulta Nossa Senhora do Carmo. http://es.catholic.net/santoral Recolha e transcrição António Fonseca Nossa Senhora de Carmen (do Carmo)
Invocação Mariana, Julho 16
Virgem do Carmo, rogai por nós
O escapulário é sinal da Maternidade Espiritual de María e devemos recordar que ela é Mãe de todos. Virgem do Carmo, rogai por nós.
Os carmelitas têm, entre otros, o mérito de haver levado esta invocãção mariana a todos os extractos do povo cristão. No século XII alguns eremitas se retiraram para o Monte Carmelo, com São Simón Stock. A Virgem Santíssima prometeu a este santo um auxilio especial na hora da morte aos membros da ordem carmelitana e a quantos participaram de seu patrocínio levando seu santo escapulário.
¿Que é o Escapulário carmelita?
Os seres humanos comunicam-se por símbolos. Assim como temos bandeiras, escudos e também uniformes que nos identificam. As comunidades religiosas levam seu hábito como sinal de sua consagração a Deus. Os laicos não podem levar hábito, mas os que desejam associar-se aos religiosos em sua procura da santidade podem usar o escapulário. A Virgem deu aos Carmelitas o escapulário como um hábito miniatura que todos os devotos podem levar para significar sua consagração a ela. Consiste num cordão que se leva ao pescoço com duas peças pequenas de tela cor de café, uma sobre o peito e a outra sobre as costas. Se usa sob a roupa. Junto com o rosário e a medalha milagrosa, o escapulário é um dos mais importantes sacramentais marianos. Disse São Afonso Ligório, doutor da Igreja: "Assim como os homens se orgulham de que outros usem seu uniforme, assim Nossa Senhora Mãe María está satisfeita quando seus servidores usam seu escapulário como prova de que se dedicam a seu serviço, e são membros da família da Mãe de Deus."O escapulário é um sacramental. Um sacramental é um objecto religioso que a Igreja aprovou como sinal que nos ajuda a viver santamente e a aumentar nossa devoção. Os sacramentais devem mover nossos corações a renunciar a todo o pecado, incluso ao venial. O escapulário, ao ser um sacramental, não nos comunica graças como fazem os sacramentos. As graças nos vêem por nossa resposta de amor a Deus e de verdadeira contrição do pecado, o qual o sacramental deve motivar.
¿Como surgiu o escapulário?
A palavra escapulário vem do Latim "scapulae" que significa "ombros". Originalmente era um vestido sobreposto que cai dos ombros e o levavam os monges durante seu trabalho. Com o tempo se lhe deu o sentido de ser a cruz de cada día que, como discípulos de Cristo levamos sobre nossos ombros. Para os Carmelitas particularmente, passou a expressar a dedicação especial à Virgem Santíssima e o desejo de imitar sua vida de entrega a Cristo e aos demais.
A Virgem María entrega o escapulário em 16 de Julho de 1251. No ano 1246 nomearam a São Simón Stock geral da Ordem Carmelita. Este compreendeu que, sem uma intervenção da Virgem, à Orden restava pouco tempo. Simón recorreu a María pondo a Ordem sob seu amparo, já que eles lhe pertenciam. Na sua oração a chamou "A flor do Carmelo" e a "Estrela do Mar" e lhe suplicou a protecção para toda a comunidade. Em resposta a esta fervente oração, em 16 de Julho de 1251 aparece a Virgem a São Simón Stock e lhe dá o escapulário para a ordem com a seguinte promesa: "Este deve ser um sinal e privilégio para ti e para todos os Carmelitas: quem morra usando o escapulário não sofrerá o fogo eterno". Assim que o escapulário foi dado aos Carmelitas, muitos laicos com o tempo foram sentindo o chamado de viver uma vida mais comprometida com a espiritualidade carmelita e assim se começou a confraria do escapulário, onde se agregavam muitos laicos por meio da devoção à Virgem e ao uso do escapulário. A Igreja estendeu o privilégio do escapulário aos laicos.
Explicação da Promessa:
Muitos Papas, santos como Santo Afonso Ligório, São João Bosco, Santo Cláudio de la Colombiere, e São Pedro Poveda, tinham uma especial devoção à Virgem do Carmo e levavam o escapulário. Santos e teólogos católicos explicaram que, segundo esta promessa, quem tenha a devoção ao escapulário e o use, receberá de María Santíssima à hora da morte, a graça da perseverança em estado de graça (sem pecado mortal) ou a graça da contrição (arrependimento). Por parte do devoto, o escapulário é um sinal de seu compromisso a viver a vida cristã seguindo o exemplo perfeito da Virgem Santíssima.
O escapulário tem 3 significados:
O amor e a protecção maternal de María: O sinal é uma tela ou manto pequeno. Vemos como María quando nasce Jesús o envolve num manto. A Mãe sempre trata de cobrir a seus filhos. Envolver em seu manto é um sinal muito maternal de protecção e cuidado. Sinal de que nos envolve em seu amor maternal. Nos faz seus. Nos cobre da ignomínia de nossa nudez espiritual. Vemos na Bíblia:- Deus cobriu com um manto a Adão e Eva depois de que pecaram. (manto - sinal de perdão)-Jonas deu seu manto a David: símbolo de amizade - Elías deu seu manto a Eliseo e o encheu de seu espírito na sua partida.- S. Paulo: revistam-se de Cristo: vistamo-nos com o manto de suas virtudes. Pertença a María: Levamos uma marca que nos distingue como seus filhos escolhidos. O escapulário se converte no símbolo de nossa consagração a María. Consagração: ´pertencer a María´ é reconhecer sua missão maternal sobre nós e entregar-nos a ela para deixar-nos guiar, ensinar, moldar por Ela e em seu coração. Assim poderemos ser usados por Ela para a extensão do Reino de seu Filho.
Em 1950 o Papa Pío XII escreveu acerca do escapulário: "que o escapulário seja teu sinal de consagração ao Imaculado Coração de María, o qual estamos particularmente necessitando nestes tempos tão perigosos". Quem usa o escapulário deve ser consciente de sua consagração a Deus e à Virgem e ser consequente em seus pensamentos, palavras e obras. Disse Jesús: "Carregai com meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e encontraréis descanso. Porque meu jugo é suave e minha carga ligeira". (Mt 11:29). O escapulário simboliza esse jugo que Jesus nos convida a carregar, mas que María nos ajuda a levar. O escapulário é um sinal de nuossa identidade como cristãos, vinculados íntimamente à Virgem María com o propósito de viver plenamente nosso baptismo. Representa nossa decisão de seguir a Jesús por María no espírito dos religiosos mas adaptado à própria vocação, o que exige que sejamos pobres, castos e obedientes por amor. Ao usar o escapulário constantemente estamos fazendo silencioso pedido de assistencia à Mãe, e ela nos ensina e intercede para conseguirmos as graças para viver como ela, abertos de coração ao Senhor, escutando sua Palavra, orando, descobrindo a Deus na vida diária e aproxima-nos às necessidades de nossos irmãos, e nos está recordando que nossa meta é o céu e que tudo deste mundo passará. Na tentação, tomamos o escapulário em nossas mãos e invocamos a assistência da Mãe.
Kilian Lynch, antigo geral da Ordem disse: "Não cheguemos à conclusão de que o escapulário está dotado de alguma classe de poder sobrenatural que nos salvará apesar apesar do que façamos ou de quanto pequemos... Uma vontade pecadora e perversa pode derrotar a omnipotência suplicante da Mãe da Misericórdia." O suave jugo de Cristo: "Carreguem sobre vós o meu jugo e aprendam de mim, porque sou paciente e humilde de coração, e assim encontrarão alívio. Porque meu jugo é suave e minha carga ligeira". (Mt 11:29-30)-O escapulário simboliza esse jugo que Jesus nos convida a carregar mas que Maria nos ajuda a levar. Quem leva o escapulário deve identificar-se como católico sem temor às recusas e dificuldades que esse jugo lhe traga. Se deve viver o que significa. O escapulário é um sinal de nossa identidade como católicos, vinculados íntimamente à Virgem Maria com o propósito de viver plenamente segundo nosso baptismo. Representa nossa decisão de seguir a Jesus por María no espírito dos religiosos mas adaptado à própria vocação. Isto requere que sejamos pobres (um estilo de vida simples sem apegos materiais), castos e obedientes por amor a Deus. Em momentos de tentação, tomamos o escapulário em nossas mãos e invocamos a assistência da Mãe, resolvidos a ser fieis ao Senhor. Ela nos dirige até ao Sagrado Coração de seu Filho Divino e o demónio é forçado a retroceder vencido.
Imposição do Escapulário:
O primeiro escapulário deve ser benzido por um sacerdote e imposto por ele enquanto diz:
"Recebe este escapulário bendito e pede à Virgem Santíssima que por seus méritos, o leves sem nenhuma mancha de pecado e que te proteja de todo mal e te leve à vida eterna"
¿Pode dar-se o escapulário a quem não é católico?
Sim. O escapulário é sinal da Maternidade Espiritual de Maria e devemos recordar que ela é mãe de todos. Muitos milagres de conversão se hão realizado em favor de bons não-católicos que se decidiram a praticar a devoção ao escapulário.
Conversões.
Um ancião foi levado ao Hospital de São Simón Stock na cidade de Nova York, inconsciente e moribundo. A enfermeira ao ver o paciente com o Escapulário Carmelita chamou a um sacerdote. Quando rezava as orações pelo moribundo, este recobrou o conhecimento e disse: "Padre, eu não sou católico". "¿Então, ¿porque está usando o Escapulário Carmelita?", perguntou o sacerdote. "Prometi a meus amigos usá-lo", explicou o paciente. "Além disso rezo uma Avé María diariamente." "Você está morrendo" replicou o sacerdote. "¿Quer fazer-se católico?" ´Toda a minha vida o desejei", respondeu o moribundo. Foi baptizado, recebeu a Unção dos Enfermos antes de falecer em paz.
Alerta contra abusos:
O escapulário não salva por sí só como se fosse algo mágico ou de boa sorte, nem é uma desculpa para fugir às exigências da vida cristã. Mons. Kilian Lynch, antigo geral da Ordem Carmelita nos diz: "Não cheguemos à conclusão que o escapulário está dotado de alguma classe de poder sobrenatural que nos salvará apesar do que façamos ou de quanto pequemos... Uma vontade pecadora e perversa pode derrotar a ´omnipotência suplicante´ da mãe da misericórdia."Os Papas e Santos têm muitas vezes alertado acerca de não abusar da promessa de nossa mãe como sie nos pudéssemos salvar levando o escapulário sem conversão. O Papa Pío XI nos adverte: "ainda que é certo que a Virgem María ama de maneira especial a quem é devoto dela, aqueles que desejam tê-la como auxilio à hora de la morte, devem en vida ganhar o dito privilégio com uma vida de recusa ao pecado e vivendo para dar-lhe honra."Viver em pecado e usar o escapulário como tábua de salvação é cometer pecado de presunção já que a fé e a fidelidade aos mandamentos é necessária para todos os que buscam o amor e a protecção de Nossa Senhora. São Claude de la Colombiere adverte: "Tu perguntas: ¿e se eu quiser morrer com meus pecados?, eu te respondo, então morrerás em pecado, mas não morrerás com teu escapulário."
Oração à Virgem do Carmo
Súplica para tempos difíceis
Tenho mil dificuldades: ajudai-me. Dos inimigos da alma: salvai-me.
Em meus erros, iluminai-me. Em minhas dúvidas e penas: confortai-me.
Em minhas enfermidades: fortalecei-me.
Quando me desprezem: anima-me. Nas tentações: defendei-me.
Nas horas difíceis: consolai-me. Com teu coração maternal: amai-me.
Com teu imenso poder: protegei-me.
E em teus braços ao expirar: recebei-me.
Virgem do Carmo, rogai por nós. Amén."
Bartolomé (Bartolomeu) dos Mártires Fernandes, Beato
Arcebispo de Braga, Julho 16
Martirológio Romano:
No mosteiro da Santa Cruz de Viana do Castelo, em Portugal, beato Bartolomé (Bartolomeu) dos Mártires Fernandes, bispo de Braga, que exímio pela integridade de sua vida, se distinguiu pela caridade no cuidado pastoral de sua grei, deixando muitos escritos de sólida doutrina.
Seu nome vem do arameu, significa "abundante en sulcos (regos)". Viu a primeira luz em Lisboa (Portugal) em 3 de Maio de 1514. Foi baptizado na Igreja dos Mártires, daí seu nome. Sua família era endinheirada e generosa com os pobres. Nasceu com um sinal particular: tinha uma cruz bem delineada no exterior de sua mão direita, com uma flor de lis em cada ponta. Cursou estudos elementares e depois gramática e latim; entretanto, a pregação dos padres dominicanos inspiraram sua vocação para o sacerdócio. Ingressou na dita ordem (1528), onde praticou a penitência e a mortificação que o caracterizaram. Depois de sua ordenação sacerdotal continuou estudos na Batalha. Em 1551 assistiu com seu provincial ao Capítulo Geral em Salamanca (Espanha), onde recebeu o doutorado em sagrada teología.
Desempenhou o cargo de prior no convento de Benfica (Lisboa) e anos depois, por obediência, foi bispo em Braga (1559). Seu zelo pastoral infundiu nos paroquianos o amor a Deus, por meio da oração e a contemplação; assim mesmo, corrigiu com firmeza, os costumes incorrectos do clero e do povo. Participou no concilio de Trento (1561) e, ao regressar a Braga, convocou o IV Concilio Provincial (1564) para dar a conhecer os decretos de Trento.
Renunciou ao arcebispado (1581) e fez vida de retiro no convento de Viana do Castelo (Portugal) até à sua morte acontecida em 16 de Julho de 1590. Foi sepultado neste lugar, onde em 1609 colocaram suas reliquias num mausoleu. S.S. Juan Pablo II o beatificou em 4 de Novembro de 2001.
Se alguém tiver informação relevante para a canonização do Beato Bartolomé contacte a:
Dominicanos - Casa Provincial - Travessa do Corpo Santo, 32 - 1200-131 Lisboa, PORTUGAL
Fundadora, Julho 16
Fundadora da Congregação de Filhas da Misericórdia (1756-1846) Martirologio Romano: Em Saint-Sauveur-le-Vicomte, pueblo de Normandía, en Francia, santa María Magdalena Postel, virgen, la cual, durante la misma revolución, al haber sido expulsados todos los sacerdotes, prestó toda clase de servicios a los enfermos y, en general, a todos los fieles. Vuelta la paz, fundó en la más completa pobreza la Congregación de las Hijas de la Misericordia, para la formación de las jóvenes pobres. Nació en Barfleur, en la Normandía francesa, el 28 de noviembre de 1756. A los nueve años tomó la Primera Comunión; pocos años después murieron sus padres. Estudió en la abadía benedictina de Valognes, la cual abandonó para dedicarse a la educación y formación cristiana de mujeres sin recursos. A los dieciocho años fundó su primera escuela. Al estallar la Revolución y ser disueltas las órdenes religiosas, le fue encomendada la misión de custodiar y administrar el Pan Eucarístico y guardar los vasos y ornamentos sagrados (1789). Durante más de diez años dio asilo a sacerdotes perseguidos y continuó en la clandestinidad su labor catequística; por ello, debido a su caridad y por los dones especiales que en ella radicaban, fue nombrada «la Virgen sacerdote». Cuando estaba en presencia del Santísimo Sacramento, se dice que «ni siquiera un rayo podría distraerla». En 1798 ingresó como terciaria franciscana. En 1807 fundó en Cherburgo el Instituto de las Hermanas de las Escuelas Cristianas de la Misericordia, de regla severa y vida muy austera. En este lugar murió el 16 de julio de 1846. Durante su fecunda vida fundó más de treinta y siete conventos e iglesias. Fue canonizada por Pío XI el 24 de mayo de 1926
Abadessa, Julho 16
Martirologio Romano: En el monasterio de Frauenwörth, junto al lago Chiemsee, en Baviera, beata Irmengard, abadesa, que desde su más tierna infancia, despreciando el esplendor de la corte, se entregó al servicio de Dios, consiguiendo que otras muchas vírgenes siguieran al Cordero.Las siguientes consideranciones sobre la Beata Ermengarda (Irmengard, en alemán), están tomadas de J. Ratzinger, De la mano de Cristo. Homilías sobre la Virgen y algunos Santos, Eunsa, Pamplona 1997, pp. 69-76.La Beata Ermengarda, fundadora del monasterio de Frauenwörth, junto al Chiemsee, nació en Ratisbona (Regensburg) el año 833 y murió a los 33 años de edad, el 866. Fue hija de Luis II "el Germánico" y Emma von Altdorf. Bisabuelos suyos fueron: Carlomagno, Hildegarda de Vintzgau, el duque Ingerman de Hesbaye, el duque Isembart II von Altdorf, Ermengarda de Francia (hermana de Carlomagno), el duque Widukind "el Grande" de Sajonia y Svetana de Sajonia.Ermengarda tuvo tres hermanas y dos hermanos. Junto con sus hermanas, fue educada en el monastrio de Buchau (Suabia). Mas tarde, se hizo benedictina y se fue a vivir a la abadía de Frauenwörth, situada en una isla en el lago de Chiemsee (Baviera, cerca de Salzburgo). Fue la primera abadesa y se distinguió por su piedad de vida. Sus restos reposan en la capilla del monasterio. Fue beatificada por Pio XI en 1928. La pequeña isla llamada Fraueninsel ("isla de las mujeres") es un lugar de peregrinación al que acude toda Alemania. Se invoca a Ermengarda para superar la esterilidad y también como protectora en los partos múltiples. Se celebra el día de la Virgen del Carmen, 16 de julio. Gisela, una de sus hermanas, casó con el duque Bertoldo de Suabia y tuvo dos hijas antepasadas nuestras: Bertilde de Suabia y Cunegunda de Suabia (ver descedencia de Luis "el Germánico").El 18 de julio de 1993, el Card. Ratzinger pronunció una homilía en el monasterio de la abadía de Frauenwörth, comentando el texto de Mt 13, 24-33 (parábolas del Reino de los Cielos).Jesús dice que "los justos brillarán como estrellas en el Reino de mi Padre. "Son los santos, personas que habiendo abierto sus ojos a la luz de Dios, despiden a su vez destellos luminosos. A la manera de estrellas suspendidas en el horizonte de la Historia, penetran con sus rayos los nubarrones y oscuridades de los tiempos, e inciden sobre el mundo para dejarnos ver algo de la santidad de Dios" (p. 69). Hay que fijarse en ellos, en los tiempos de crisis. Ellos nos darán luces nuevas para conocer mejor a Dios y a su Iglesia.La Beata Ermengarda ha dejado en el curso de los siglos una estela continua que las múltiples tinieblas de las épocas no han podido sofocar. Durante la secularización, cuando las puertas del convento se cerraron, las gentes de Chiemgau creyeron ver luces que se movían por las inmediaciones del lugar. Decían que fue una procesión de la Beata Ermengarda. Actualmente, sólo se conserva de una parte la portada de doble planta de el convento que ella fundo, con sus pinturas de ángeles y, de otra, los huesos de la Beata. Esas dos cosas tangibles que nos quedan nos dicen muchas otras."Coram angelis psallam tibi"Ermengarda, al fundar su convento, lo dispuso como un lugar al servicio de la fe. Quería que se extendiera el Reino de Dios por el mundo.Los frescos de los ángeles nos recuerdan que desde sus mismos orígenes remotos, la vida monacal ha respondido a la idea del angelikos bios, la vida de los ángeles como modelo: mirar la faz de Dios, , estar en diálogo con Él y glorificarle con cantos armoniosos de alabanza. Los ángeles se distinguen porque vuelan y porque cantan.Vuelan porque son ágiles y pueden alcanzar las alturas porque están desentendidos de su peso y su importancia. Y cantan porque de suyo son diáfanos y rebosan de una alegría que, al integrarse en toda la armonía de la Creación, es un reflejo de la belleza de su Autor."Coram angelis psallam tibi, Domine" (Ps 138,1). Ante la faz de tus ángeles he de alabarte, Señor. "Esto nos dice que, en la Liturgia, no sólo estamos reunidos unos con otros, sino que hay alguien más. Nos encontramos asociados a los ángeles mirando la faz de Dios. Con nuestras voces nos unimos a sus coros, y las suyas se juntan con los nuestros. De aquí viene la grandeza de la Liturgia: porque en ésta elevamos nuestros ojos hacia los ángeles y, con ellos, nos ponemos ante la faz del Creador. Si comprendemos esto significa que la Liturgia será para nosotros una fuente de alegría que jamás podrá ser parangonada con todas esas fiestas que nosotros hemos inventado, y en las cuales no se hermanan los Cielos y la tierra. Y, al tener la certeza de que estamos ante los ángeles de Dios, y que ellos mismos están entre nosotros, brotará con nuestro gozo el espíritu de adoración hacia la inmensa Presencia que nos envuelve" (p. 71-72)."A la vista de este sitio y del estilo de vida que la Beata Ermengarda implantara en esta isla, nos viene a la memoria la frase en que San Benito condensó la quintaesencia de su Regla: «Operi Dei nihil praeponatur» (Antepóngase a todas las cosas, el servicio de Dios). Ha de ser siempre lo principalísimo. A ello se suma lo mismo que el Señor nos ha dejado dicho: «Buscad primeramente el Reino de Dios, y lo demás se os dará por añadidura» (Mt 6, 33). En el espíritu de San Benito, la idea es además una idea completamente práctica para los casos en que puedan surgir dudas. Podríamos preguntarnos: ¿No habrá acaso algo que sea más prioritario? Su respuesta será siempre: no. Jamás podrá surgir alguna cosa que sea más urgente que dedicar tiempo a Dios y disponerse para servirle. Lo demás tomará de ahí su ritmo justo. Tener tiempo para Dios ha de ser siempre criterio de preferencia frente a todo lo restante.La regla de este mundo es la opuesta: «Operi Dei quaecumque res praeponatur» (Todas las otras cosas son más importantes, y se han de hacer primero: los pendientes, los apuros, etc.; luego viene Dios). El problema es que siempre se va relegando a Dios al final y nunca tenemos tiempo para Él. "Nuestro tiempo, al quedar huero de Dios, se ha convertido sin más en tiempo vano. Con él vamos flotando en el vacío y, al perder la noción de nuestro fin, ya no sabemos el sentido, la magnitud y la densidad de nuestra vida: porque hemos invertido el orden de las cosas al estimar superfluo lo importante, y hacer de nosotros mismos lo primero sin caer en cuenta de que nuestra importancia verdadera viene sólo de Dios. Busquemos pues su Reino con total preferencia. Dios primero: tal es el llamamiento que esta obra de Irmengarda, su convento y su monasterio, continúan dirigiendo a nuestro mundo" (p. 73).Los restos de Ermengarda"¿Y qué nos dicen los restos de Ermengarda? Que murió a los 34 años, y que según han declarado los expertos tras haber analizado los huesos, padecía de artritis, a pesar de su juventud, como la mayoría de sus parientes. Al saber de una muerte tan temprana, y de aquella enfermedad que había venido soportando, nos hacemos cierta idea de su vida, sus fatigas y sus dolores. Nos podemos imaginar cuánto debió de sufrir entre unos muros tan fríos, y en el coro de las horas nocturnas durante unos inviernos largos, oscuros, gélidos y húmedos".Sus dolores fueron también morales. Supo de la sublevación de su hermano Carlomán contra el padre (Luis "el Germánico"), en 862, que se unió al dux eslavo Ratislav (846-869), guía de checos y moravos y constructor del gran imperio eslavo.El movimiento coincidió con una nueva agitación de los abodritas (eslavos) y una incursión normanda en Sajonia, a las que se debió hacer frente, así como a la primera aparición de jinetes magiares en los confines de Baviera, que será asolada por las sagitae hungarorum entre 910 y 955 (resonante triunfo de Otón I en Lechfeld, sobre los magiares).En consecuencia, si fue una mujer de amor, fue al mismo tiempo una mujer de sufrimiento. Ambas cosas van unidas en la vida. "Podemos afirmar que quien se niega a sufrir no puede amar de verdad, pues el amor implica siempre alguna forma de morir a sí mismo, de sentirse arrancado y, con ello, liberado de sí mismo" (p. 74).Nuestro tiempo ignora la idea de sufrimiento. Queremos "hacer", pero no "padecer". Nuestra vida no es únicamente actividad, sino también "pasividad", estado de pasión. Hemos nacido, y tendremos que morir. Entre la hora del nacimiento y esa otra en la que seremos despojados de la vida, nuestros días son un continuo decaer hacia la muerte. Sólo si unos y otros acertamos a entenderlo y asumirlo, volveremos a comprender la forma verdadera de amarnos mutuamente: porque esto implica siempre que sepamos aceptarnos y sobrellevarnos unos a otros, aunque a veces los demás no sean «de nuestro agrado», nos fastidien y nos «alteren los nervios». Y sólo cuando aceptemos hondamente lo pasivo de nuestra existencia y sus padecimientos, podremos recobrar el sentimiento de la alegría de vivir" (p.74).Las parábolas del Reino de los CielosLas parábolas del Reino es precisamente lo que nos enseñan:a) la parábola del trigo y la cizaña: que tenemos que soportar el crecimiento de la cizaña en nosotros y en los demás,b) la parábola del grano de mostaza: que tenemos que soportar que la Iglesia (la Obra) parezca sólo un grano pequeño de mostaza,c) la parábola de la levadura: que debemos contentarnos con creer que el Reino de los Cielos actúa como la levadura, sigilosa en los adentros, y cuya fuerza somos incapaces de apreciar."Esto nos dice que necesitamos tener fe, dejarnos fermentar por la levadura del Evangelio: porque así seremos buenos y el mundo podrá serlo igualmente" (p. 74).El abad Gerhard von Seeon puso una leyenda en unas tablillas de plomo, 150 años después de la muerte de Ermengarda: "virgo beata nimis, ora pro nobis". Irmengarda continuaba cerca de ellos para escucharles y ayudarles."El amor hacia el prójimo no mengua entre los santos cuando se hallan en el otro mundo" (Orígenes). Habiéndose abismado en el amor a Dios, están presentes con Él para nosotros, dispuestos a escucharnos y acompañarnos.En la tablilla de von Seeon aparecen otras palabras: un texto de la Escritura que nos es bien conocido por la liturgia de Adviento: "Alegraos siempre en el Señor, os lo repito, alegraos. Que los hombres conozcan vuestra amabilidad. El Señor está cercano" (Fil 4,4).Ermengarda sabía que el Señor está cercano. De aquí vino su bondad y su alegría, una alegría contagiosa. "Pienso, pues, que su legado a nuestro favor en este día se resume en las siguientes palabras: «El Señor está cerca. Manteneos a su lado. Si sois buenos por Él, podréis estar alegres también por Él»" (p. 76).
Andrés de Soveral e 29 Mártires de Brasil, Beatos
Mártires de Brasil, Julho 16
Andrés de Soveral y 29 Mártires de Brasil, Beatos
Mártires de brasilMartirologio Romano: En la ciudad de Cunhaú, cerca de Natal, en Brasil, beatos Andrés de Soveral, presbítero de la Compañia de Jesús, y Domingo Carvalho, mártires, que dolosamente encerrados en la iglesia cuando celebraban la Misa, tanto ellos como un grupo de fieles fueron cruelmente asesinados por unos soldados (1645).Junto al río Uruaçu, cerca de Natal, en Brasil, beatos Ambrosio Francisco Ferro, presbítero, y compañeros, mártires, que dieron la vida víctimas de la opresión que se desencadenó contra la fe católica (1645). Sus nombres son: beatos Antonio Baracho, Antonio Vilela Cid, Antonio Vilela hijo y su hija, Diego Pereira, Manuel Rodrigues Moura y su esposa, hija de Francisco Dias hijo, Francisco de Bastos, Francisco Mendes Pereira, Juan da Silveira, Juan Lostau Navarro, Juan Martins y siete jóvenes, José do Porto, Mateo Moreira, Simón Correia, Esteban Machado de Miranda y dos hijas suyas, Vicente de Souza Pereira. Martirio de CunhaúEl 16 de julio de 1645, los holandeses que ocupaban el nordeste de Brasil, llegaron a Cunhaú, en Río Grande del Norte, donde varios colonos residían en los alrededores del Molino, ocupados en la plantación de la caña de azúcar. Era un domingo. La hora de la misa, 69 personas se reunieron en la capilla Nuestro Señora de Candeias. La capilla fue rodeada e invadida por soldados e indios que eliminaron a todos los que allí estaban, incluyendo al párroco sacerdote Andrés de Soveral que celebraba la misa. Ellos no opusieron resistencia a los agresores y entregando sus almas piadosamente al Creador.
Martirio de UruaçuAterrorizados por lo acontecido en Cunhaú, muchos habitantes pidieron asilo en el Fuerte Reis Magos (“Reyes Magos”), o se refugiaban en lugares improvisados. El 3 de octubre, cerca de 80 fueron llevados a los márgenes de Río Uruaçu, donde los esperaban soldados holandeses e indios armados. Los holandeses, calvinistas de religión, que eran acompañados por un pastor protestante, les ofrecieron a quienes apostataban el perdonarles la vida, todos los que se resistieron a esta oferta fueron bárbaramente sacrificados. Entre ellos estaba Mateo Moreira que, cuando le arrancaban el corazón por la espalda, murió exclamando: "Alabó es Sagrado Sacramento". Beato Andrés de SoveralNacido en São Vicente, hoy el Estado de São Paulo, alrededor del año 1572. Ingresó en la Compañía de Jesús el 6 de agosto de 1593, en Bahia; estudió latín y Teología Moral. Sabiendo muy bien el idioma indígena, estaba a cargo de de la conversión del Indios en los territorios dependientes de la escuela de Pernambuco, en la ciudad de Olinda. En 1606 viaja a Río Grande en una misión. Probablemente entre 1607 y 1610 pasó al clero diocesano, regresando a Rio Grande en 1614 ya como sacerdote secular y quedándose esta vez como parroco de Cunhaú. El tendría 73 años cuando fue martirizado mientras celebraba la misa en su iglesia parroquial.: “La figura del P. Andrés de Soveral, el pastor del pequeño rebaño de Cunhaú, despunta como el gran héroe que, no sólo ofreció su vida por la fe en el momento sublime del sacrificio eucarístico, sino que también exhorto a sus feligreses a que hicieran lo mismo, aceptando voluntariamente el martirio” (PEREIRA, F. de Assis. Protomártires de Brasil, p. 17) Beato Domingo CarvalhoAdemás del Beato Andrés, Domingo es el único nombre conocido de entre todas las víctimas de la masacre de Cunhaú. Después de la matanza, los asesinos empezaron a hacer fiesta y a robar las pertenencias de los cadáveres. Se dice que en uno de los cuerpos, el de Domingo Carvalho, quien era uno de los principales del lugar, encontraron cierta cantidad de oro que fue distribuido entre en los asesinos. Beato Ambrosio Francisco
FerroLa primera información que se tiene del P. Ambrosio data de 1636, consistiendo aquella en que él era el vicario de Río Grande. Aparentemente mantenía una relación amistosa con los holandeses, ya que les pidió asilo en la Fortaleza. Otro mártir, el Beato Antonio Vilela Cid, estaba casado con la hermana de P. Ambrósio, Inés Duarte, “açoriana”. Se deduce por lo tanto que él era “açoriano” que es decir portugués.La lista de los demás beatificados es la siguiente:Beato Juan Lostau Navarro;Beato Antonio Vilela Cid;
Beatos Antonio Vilela hijo y su pequeña hija;Beatos Estaban Machado de Miranda y sus dos pequeñas hijas;Beatos Manuel Rodrigues de Moura y su esposa;Beato José do Porto;Beato Francisco de Bastos;Beato Diego Pereira;Beato Vicente de Souza Pereira;Beato Francisco Mendes Pereira;Beato Juan de Silveira;Beato Simón Correia;Beatos Juan Martins y siete compañeros;La Beata hija de Francisco Días;Beato Antonio Barrocho;Beato Mateo Morreira.A estos mártires se los recuerda en las dos fechas de sus martirios: 16 de julio y 3 de octubre. HTTP://es.catholic.net/santoral Recolha, transcrição e tradução
(apenas dos dois primeiros, porque não houve tempo para mais...)
António Fonseca
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