domingo, 10 de janeiro de 2010

9 de JANEIRO de 2010

SANTOS DO DIA DE HOJE
9 de JANEIRO de 2010

Júlia de la Rena de Certaldo, Beata
Janeiro 9   -  Reclusa Agostinha
Julia de la Rena de Certaldo, Beata
Rena Júlia de Certaldo, Beata
Reclusa Agostinha
Martirológio Romano: Em Certaldo, lugar da Toscana (hoje Itália), beata Júlia de la Rena, da Terceira Ordem de Santo Agostinho, que permaneceu encerrada numa pequena cela junto à igreja, em que viveu só para Deus (1367).
Etimologia: Júlia = Nascida no sétimo mês. É de origem latina.
Nasce em Toscana (Itália), não distante de Certaldo, em torno ao ano 1320, de pais de nobres vindos a menos. Órfã em sua juventude, passa ao serviço da família Tinolfi, na vizinha cidade de Florença. Após entrar em contacto com os agostinhos e conhecida sua espiritualizar, sem contar vinte anos de idade, solicita e recebe o hábito de agostinha secular.
Sentindo-se chamada a uma forma de vida mais radical e austera, em plena flor de sua existência, decide abandonar a cidade e recolher-se num lugar solitário. Volta a Certaldo se aloja num pequeno local contíguo à igreja agostiniana de São Miguel e Santiago, no qual fez abrir duas minúsculas janelas, uma que dava para a igreja para poder assistir às sagradas funções, e a outra para o exterior, por onde receber o alimento que a piedade popular pudesse proporcionar-lhe. E uma vez colocado sobre a parede um grande crucifixo, com solenidade e em presença de numeroso público entre devoto e incrédulo, desde o exterior um mestre pedreiro tapou a entrada.
Desde este momento nunca sairá de sua pequena reclusão. Como uma emparedada, viverá segregada do mundo por um período de aproximadamente trinta anos, percorrendo até ao fundo o longo caminho da ascética e da mística. Penitência e oração foram suas ocupações quotidianas. De sua manutenção se encarregavam os habitantes de Certaldo e seus arredores. Tradições populares referem que até os meninos, privando-se de alimentos e guloseimas, corriam em sua ajuda levando-lhe algo de comer, e que Júlia, agradecida e sorridente, em troca, até no inverno os obsequiava com flores frescas. Nada mais se sabe desta intrépida mulher, a não ser a grande veneração para com ela de seus concidadãos por semelhante vida de piedade vivida ante seus próprios olhos.
Júlia morre em torno a 1370. Seu culto se iniciou imediatamente depois de sua morte, pois já em 1372 consta a dedicação de um altar na igreja junto à qual havia transcorrido a maior parte de sua vida e onde ao falecer havia sido sepultado seu corpo. Desde 1506 o alcaide concorre com os gastos da festa em honra da beata, a cujo favor várias vezes foi atribuída a libertação de pestes e contágios em toda a comarca.
O culto ab immemorabili foi confirmado por Pio VII em 1819.

Lucrécia de Córdoba, Santa
Janeiro 9  -  Mártir
Lucrecia de Córdoba, Santa
Lucrécia de Córdoba, Santa
Mártir
Martirológio Romano: Na cidade de Córdoba, na região hispânica de Andaluzia, memória de santa Lucrécia, virgem e mártir, baptizada por santo Eulógio, presbítero e mártir (859).
Santa Lucrécia, foi uma donzela cordobesa, filha de pais muçulmanos.
Habitava por então em Córdoba Santo Eulógio, varão famoso por sua sabedoria, seus dotes de prudência, e quando era preciso seu arrojo e valentia. A Lucrécia lhe fascinava a ideia de um Deus entregue inteiramente aos homens por amor, com um amor de benevolência, quer dizer, amor de gratuidade absoluta. Querendo instruir-se no cristianismo, acudiu ao santo.
Mas nunca teve medo em seu coração. Era consciente de que os pais de Lucrécia se opunham a que deixasse a religião muçulmana.
Quando Lucrécia viu que não podia viver com seus pais porque estes lhe faziam a vida impossível, foi para casa de santo Eulógio, que a recebeu com grande caridade, e como tinha muitas ocupações pastorais, a entregou a sua irmã Amilona.
Os pais de Lucrécia começaram a buscar a sua filha, cuja desaparição já haviam denunciado aos juízes. Ao encontrá-la, como ela se negasse a abjurar do cristianismo, lhe deram morte decapitando-a e a atiraram ao rio Guadalquivir. Os cristãos, inteirados de sua execução, recolheram seus restos e os enviaram a Oviedo.

Adrián (Adriano) de Canterbury, Santo
Adrián (Adriano) de Canterbury, Santo
Abade
Martirológio Romano: Na cidade de Canterbury, em Inglaterra, santo Adriano, abade, o qual, nascido em África, chegou a Inglaterra desde a cidade de Nápoles, da Campânia, e muito preparado em ciências eclesiásticas e civis, educou egregiamente a grande número de discípulos (710).
Etimologia: Adrián = Adriano = Aquele que vem do mar, é de origem latino.
Santo Adrián havia nascido em África. Era abade de Nérida, perto de Nápoles, quando o Papa São Vitaliano, à morte de Santo Adeodato, arcebispo de Canterbury, o escolheu por sua ciência e virtude para instruir a nação inglesa, ainda jovem na fé. O humilde servo de Deus tratou de declinar a eleição, recomendando a São Teodoro para o cargo, mas mostrou-se disposto a compartilhar os trabalhos da missão. O Papa acedeu a suas súplicas e o nomeou assistente e conselheiro do novo bispo, no qual Santo Adriano conveio gostosamente.
São Teodoro o nomeou abade do mosteiro de São Pedro e São Paulo de Canterbury, que mais tarde havia de chamar-se Santo Agostinho, onde nosso santo ensinou o grego, o latim, a ciência dos Padres e, sobretudo, a virtude. Sob Adrián e Teodoro, a influência da escola monástica de Canterbury se estendeu enormemente. Santo Aldelmo acudiu a ela desde Wessex, Oftforo desde Whitby, e outros estudantes desde Irlanda. Era uma escola de Direito Romano e de Ciências eclesiásticas. Beda refere que os discípulos de Santo Adrián conheciam bastante bem o grego e falavam o latim como o inglês. Santo Adrián ilustrou o país com sua doutrina e o exemplo de sua vida, durante trinta e nove anos. Morreu em 9 de Janeiro do ano 710.
Goscelino de Canterbury nos deixou uma narração muito interessante da descoberta dos restos de Santo Adrián, que se achavam incorruptos e despediam uma suave fragrância. As recentes escavações confirmam este relato.
O túmulo de Santo Adrián se fez famosa pelos milagres nele operados, segundo nos diz Goscelino, citado por Guillermo de Malmesbury.

Alexia (Alicia) le Clerc (María Teresa de Jesús), Beata
Alexia (Alicia) le Clerc (María Teresa de Jesús), Beata
Co-fundadora da Congregação de Canonesas Regulares de Nossa Senhora
Martirológio Romano: Na cidade de Nancy, em França, beata María Teresa de Jesús (Alexia) Le Clerc, virgem, que, junto com são Pedro Fourier, fundou a Congregação de Canonesas Regulares de Nossa Senhora, sob a Regra de santo Agostinho, para a educação das jovens (1622).
Nasceu em 2 de Fevereiro de 1576 em Remiremont (França), ducado de Lorena.
Sua família ocupava uma posição destacada; mas é pouco o que sabemos da vida de Alexia até aos dezassete anos.
A essa idade era uma jovem alta e formosa, ruiva, de constituição delicada, atractiva e inteligente; numa palavra, como o faz notar Mons. Francis Gonne, Alexia era uma jovem sumamente espiritual.
Ela mesma, num de seus escritos, nos informa que se distinguia na música e na dança, que era muito popular e que tinha muitos admiradores. Alexia deixa entender que se desvanecia de tudo isto.
Aos dezanove anos teve o primeiro dos sonhos que haviam de marcar sua vida. Se viu numa igreja, perto do altar; a seu lado se achava Nossa Senhora, vestida com um hábito religioso desconhecido, falando-lhe: "Vem, filha minha, que eu mesma vou dar-te as boas vindas", lhe dizia. Pouco depois, a família Le Clerc foi a habitar a Hymont.
Aí encontrou Alexia a São Pedro Fourier, que era vigário de uma paróquia de Mattaincourt, nas cercanias.
Um dia que assistia a  missa nessa paróquia, Alexia ouviu um ruído de tambor e viu o demónio que fazia bailar aos jovens "ébrios de alegria". Nesse instante se operou a conversão de Alexia, que nos diz: "Aí mesmo resolvi não me misturar com semelhante companhia".
Na Missa de Natal de 1597, Alexia Le Clerc, Ganthe André, Isabel e Juana de Louvroir se consagraram publicamente a Deus, fundando, sob a Regra de santo Agostinho, a Congregação de Canonesas Regulares de Nossa Senhora.
Em 1621, Alexia obteve permissão de renunciar ao cargo de superiora local de Nancy, e entrou num curto período de extraordinária paz, que foi o prelúdio de sua morte. Estava enferma desde tempo atrás. Os médicos a declararam incurável, diagnóstico que desconsolou a toda a Nancy, desde o duque e a duquesa de Lorena até as colegiais e os mendigos.
São Pedro Fournier acudiu a toda pressa a Nancy, mas não pôde penetrar na clausura, até que o bispo o autorizou a isso. A ouviu em confissão e a preparou para a passagem "da morte à vida". 
A beata se despediu solenemente da comunidade no dia da Epifania, exortando a suas religiosas ao amor e à união. 
O  fim chegou em 9 de Janeiro, depois de uma longa agonia. A beata não havia cumprido ainda os quarenta e seis anos.
O Papa Pio XII a beatificou em 4 de Maio de 1947.

Marcelino de Ancona, Santo
Janeiro 9  -  Bispo
Marcelino de Ancona, Santo
Marcelino de Ancona, Santo
Bispo
Martirológio Romano: Na cidade de Ancona, no Piceno (hoje Itália), são Marcelino, bispo, que, segundo escreveu o papa são Gregório I Magno, por graça de Deus livrou a cidade de um incêndio (s. VI).
Etimologia: Marcelino = Aquele que procede de Marte (Deus romano da guerra).
Nascido na cidade italiana de Ancona, foi consagrado bispo dessa diocese em redor do ano 550. 
Dele escreveu São Gregório Magno referendo que livrou milagrosamente a cidade de Ancona de um grande incêndio.
Quando o santo foi levado na sua cadeira, por não poder caminhar, até onde chegava o fogo, as chamas retrocederam e todo o incêndio se consumiu.
Faleceu pelo ano 566
Outros Santos e Beatos
Janeiro 9   -  Completando o Santoral deste dia
Otros Santos y Beatos
Outros santos e beatos

São Felan, abade
Na Escócia, São Felan, abade do mosteiro de Santo André, notável por sua vida austera e por ter vivido na solidão (c. 710).

Santo Eustratius "Taumaturgo",  Abade

No Monte Olimpo, na Bitínia (actual Turquia), Santo Eustratius, apelidado "Taumaturgo”, abade de Abgar (século IX).

Santo Honoré de Buzançais, secular
Em Thenezay na região de Poitiers, Aquitânia (actual França), Saint Honore de Buzançais, que, como concessionário, dividia seu dinheiro entre os pobres e foi morto por ladrões que repreendeu (1250).

Santo António Fatati, bispo


Em Ancona, na região Piceno (hoje Itália), Santo Anthony Fatati, Bispo, que em todas as missões confiadas ao Romano Pontífice se manteve cauteloso e equilibrado, austero para si próprio e generoso para com os pobres e necessitados (1484) .
 
Santa Ágata e Santa Teresa Yi Kim, mártires


Em Seul, uma cidade da Coreia, santas mártires Agatha, virgem, cujos pais também morreram mártires, e Yi Kim Teresa, viúva, que, enquanto estavam presas, foram agredidas primeiro e depois decapitadas (1840).
 
Beato José Pawlowski e Casimiro Grelewski, presbíteros e mártires

No campo de concentração de Dachau, perto de Munique, Baviera, Alemanha, beato José Pawlowski e Casimiro Grelewski, presbíteros e mártires, por ser invadida a Polónia durante a guerra foram deportados, e consumaram o seu martírio por enforcamento (1942) .

Santo André Corsini, religioso e bispo
André Corsini nasceu em Florença no final do século XIV. Ingressou na ordem carmelita em 1349 e tornou-se bispo de Fiesole. Entregue inteiramente ao serviço da Igreja, morreu em 1629
http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português, por António Fonseca

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