SANTOS DO DIAS DE HOJE
QUARTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2010
Sebastián, Santo
Mártir
Martirológio Romano: São Sebastián, mártir, oriundo de Milão, que, como narra santo Ambrósio, dirigiu-se a Roma no tempo de cruéis perseguições, sofrendo ali o martírio. Na cidade a que havia chegado como hóspede, obteve o domicilio da eterna imortalidade. Foi enterrado neste dia nas catacumbas de Roma (s. IV in.)
Etimologia: Sebastián = Aquele que é digno de respeito.
Sebastián, filho de família militar e nobre, era oriundo de Narbona, mas se havia educado em Milão. Chegou a ser capitão da primeira corte da guarda pretoriana. Era respeitado por todos e apreciado pelo imperador, que desconhecia sua qualidade de cristão. Cumpria com a disciplina militar, mas não participava nos sacrifícios idolátricos. Ademais, como bom cristão, exercitava o apostolado entre seus companheiros, visitava e alentava aos cristãos encarcerados por causa de Cristo. Esta situação não podia durar muito, e foi denunciado ao imperador Maximino que o obrigou a escolher entre ser seu soldado ou seguir a Jesus Cristo.
O santo escolheu a milícia de Cristo; Irado o Imperador, o ameaçou de morte, mas São Sebastián, convertido em soldado de Cristo pela confirmação, se manteve firme em sua fé. Enfurecido Maximino, o condenou a morrer crivado de flechas: os soldados do imperador o levaram ao estádio, desnudaram-no, o ataram a um poste e lançaram sobre ele uma chuva de setas, dando-o por morto. Sem embargo, seus amigos que estavam à espreita, se acercaram, e ao vê-lo ainda com vida, o levaram a casa de uma nobre cristã romana, chamada Irene, que o manteve escondido em sua casa e lhe curou as feridas até que ficou restabelecido.
Seus amigos o aconselharam que se ausentasse de Roma, mas o santo se negou rotundamente pois seu coração ardente de amor de Cristo, impedia que ele não continuasse anunciando a seu Senhor. Se apresentou com valentia ante o Imperador, desconcertado porque o tinha como morto, e o santo lhe reprovou com energia sua conduta por perseguir aos cristãos. Maximino mandou que o açoitassem até morrer, e os soldados cumpriram desta vez sem erros a missão e atiraram seu corpo num lodaçal. Os cristãos o recolheram e o enterraram na Via Ápia, na célebre catacumba que leva o nome de São Sebastião.
O culto a São Sebastião é muito antigo; é invocado contra a peste e contra os inimigos da religião, e além disso é chamado por Apolo cristão já que é um dos santos mais reproduzidos pela arte em geral.
Etimologia: Sebastián = Aquele que é digno de respeito.
Sebastián, filho de família militar e nobre, era oriundo de Narbona, mas se havia educado em Milão. Chegou a ser capitão da primeira corte da guarda pretoriana. Era respeitado por todos e apreciado pelo imperador, que desconhecia sua qualidade de cristão. Cumpria com a disciplina militar, mas não participava nos sacrifícios idolátricos. Ademais, como bom cristão, exercitava o apostolado entre seus companheiros, visitava e alentava aos cristãos encarcerados por causa de Cristo. Esta situação não podia durar muito, e foi denunciado ao imperador Maximino que o obrigou a escolher entre ser seu soldado ou seguir a Jesus Cristo.
O santo escolheu a milícia de Cristo; Irado o Imperador, o ameaçou de morte, mas São Sebastián, convertido em soldado de Cristo pela confirmação, se manteve firme em sua fé. Enfurecido Maximino, o condenou a morrer crivado de flechas: os soldados do imperador o levaram ao estádio, desnudaram-no, o ataram a um poste e lançaram sobre ele uma chuva de setas, dando-o por morto. Sem embargo, seus amigos que estavam à espreita, se acercaram, e ao vê-lo ainda com vida, o levaram a casa de uma nobre cristã romana, chamada Irene, que o manteve escondido em sua casa e lhe curou as feridas até que ficou restabelecido.
Seus amigos o aconselharam que se ausentasse de Roma, mas o santo se negou rotundamente pois seu coração ardente de amor de Cristo, impedia que ele não continuasse anunciando a seu Senhor. Se apresentou com valentia ante o Imperador, desconcertado porque o tinha como morto, e o santo lhe reprovou com energia sua conduta por perseguir aos cristãos. Maximino mandou que o açoitassem até morrer, e os soldados cumpriram desta vez sem erros a missão e atiraram seu corpo num lodaçal. Os cristãos o recolheram e o enterraram na Via Ápia, na célebre catacumba que leva o nome de São Sebastião.
O culto a São Sebastião é muito antigo; é invocado contra a peste e contra os inimigos da religião, e além disso é chamado por Apolo cristão já que é um dos santos mais reproduzidos pela arte em geral.
<div align=center><a href="http://quiosqueazul.blogspot.com/2010/01/viva-sao-sebastiao.html%22 title="Viva São Sebastião! Padroeiro e defensor da cidade do Rio de Janeiro, Rogai por Nós." target="_blank"><img style="width:400px;height:310px" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEituZCRweWTv9XCDQVgLB6xhsBg-Sj4lLdQ0rwtsDYA_82T-bV3CKC59fH_UqNd-pBwPUNZs4RFNYqxZY9_DGvVCKnWzIn4SKw5CFwXq6i64180rMdcujc7IWGO4DcmP4Z6AlMLgNGLxIPN/></a></div>
~ Orações a São Sebastião ~
Glorioso mártir São Sebastião, valoroso padroeiro e defensor da cidade do Rio de Janeiro, vós que derramastes vosso sangue e destes vossa vida em testemunho da Fé em Nosso Senhor Jesus Cristo, alcançai-nos do mesmo Senhor, a graça de sermos vencedores dos nossos verdadeiros inimigos: o ter, o poder e o prazer, que fazem viver sem Fé, sem Esperança e sem Caridade. Protegei, com a vossa poderosa intercessão, os filhos desta Terra. Livrai-nos de toda Epidemia Corporal, Moral e Espiritual. Fazei que se convertam aqueles que, por querer ou sem querer, são instrumentos de infelicidade para os outros. E que o justo persevere na sua Fé e propague o Amor de Deus, até o triunfo final. São Sebastião, Advogado contra a Epidemia, a Fome e a Guerra, rogai por nós.
- Rezar o Pai Nosso, Ave Maria e Glória ao Pai -
Glorioso mártir São Sebastião, soldado de Cristo e exemplo de cristão, hoje vimos pedir a vossa intercessão junto ao trono do Senhor Jesus, nosso Salvador, por Quem destes a Vida. Vós que vivestes a Fé e perseverastes até o fim, pedi a Jesus por nós para que sejamos testemunhas do Amor de Deus. Vós que esperastes com firmeza nas palavras de Jesus, pedi-Lhe por nós, para que aumente a nossa Esperança na ressurreição. Vós que vivestes a Caridade para com os irmãos, pedi a Jesus para que aumente o nosso Amor para com todos. Enfim, glorioso mártir São Sebastião, protegei-nos contra a peste, a fome e a guerra; defendei as nossas plantações e os nossos rebanhos, que são dons de Deus para o nosso bem e para o bem de todos. E defendei-nos do pecado, que é o maior de todos os males. Assim seja.
20 de janeiro (Ano 288) - *
A reprodução do martírio de São Sebastião, amarrado a uma árvore e atravessado por flechas é uma imagem milhares de vezes retratada em quadros, pinturas e esculturas, por artistas de todos os tempos. Entretanto, nem todos sabem que o destemido Santo não morreu daquela maneira. O suplício das flechas não lhe tirou a vida, resguardada pela fé em Cristo. Vejamos como tudo aconteceu. [Leia mais...]
* Estas orações e os gifts foram retirados do site www.quiosqueazul. por António Fonseca
Eustóquia (Esmeralda) Calafato de Mesina, Santa
Abadessa
Martirológio Romano: Na cidade de Messina, na Sicília (hoje Itália), santa Eustóquia Calafato, virgem, abadessa da Ordem de Santa Clara, que se dedicou com todas suas forças a restaurar a primitiva disciplina da vida regular, no seguimento de Cristo segundo o exemplo de são Francisco (1485)
Eustóquia Calafato (de secular, Esmeralda) nasceu em Messina em 25 de Março de 1434, sendo a sexta dos seis filhos de Bernardo Cofino aliás Calafato e Mascalda Romano, nobres e acomodados. O pai tinha uma embarcação com la que exercia o comércio por conta alheia, segundo os usos daquele tempo e de Messina em particular.
A pequena Esmeralda passou os primeiros anos de sua infância sem sobressaltos nem acontecimentos notáveis, em sua casa paterna, confiada aos cuidados da mãe, fervente cristã e admiradora entusiasta do Franciscanismo na sua reforma peculiar da Observância que precisamente então se ia afiançando na Ordem dos Frades Menores. O principal animador e expoente daquele movimento em Itália foi São Bernardino de Siena ( 1444), junto ao qual, e seguindo seu exemplo, floresceu todo um conjunto de espíritos selectos, insignes por sua santidade, doutrina e actividade social, entre os que destacam o Beato Alberto de Sarteano ( 1450), São João de Capistrano ( 1456) e São Jaime de la Marca ( 1476). O novo espírito de reforma, que se propunha à estrita observância da Regra de São Francisco especialmente em matéria de pobreza, invadiu também a II Ordem franciscana, quer dizer, a das Clarissas, em cujo seio muitos mosteiros antigos eram reconduzidos a uma observância mais estrita e a uma vida religiosa mais ajustada à Regra, enquanto se fundavam outros novos que adoptavam a Regra própria de Santa Clara e se punham sob a guia dos Irmãos Menores da Observância.
Em Sicília apareceu o movimento observante em 1421, mas oficialmente pode datar-se desde 1425, quando o Beato Mateo de Agrigento, que foi seu eficaz organizador, obteve do papa Martín V a faculdade de fundar três novos conventos para os frades que desejavam viver segundo o espírito da nova reforma. O primeiro destes conventos se abriu precisamente em Messina, onde o Beato Mateo, pregador afamado e admirado, havia suscitado entre o povo com sua palavra ardente um grande entusiasmo e uma viva participação na reforma espiritual que ele propugnava.
Aos sermões daquele fervoroso franciscano assistiu também Mascalda Romano, então jovem esposa de dezoito anos, e, conquistada pelas palavras do pregador, se inscreveu nas filhas da Terceira Ordem Franciscana, consagrando-se a uma vida de oração intensa e de ásperas penitências, e dedicando parte de seu tempo e de seus haveres ao próximo necessitado. Mascalda infundiu seus sentimentos e aspirações à pequena Esmeralda, iniciando-a desde menina na piedade e no exercício das virtudes cristãs, obtendo disso frutos que superaram as mais nobres expectativas da virtuosa mãe.
A rapariga, com efeito, não só entesourou os ensinos maternos esforçando-se, segundo sua capacidade, em imitar os exemplos de sua progenitora e em orientar sua vida religiosa segundo o espírito franciscano, mas que, aspirando a metas mais altas, se consagrou a Deus entre as Clarissas e mais tarde fundou um novo mosteiro para poder seguir mais intensa e profundamente seu ideal de perfeição cristã.
Mas antes de iniciar e dar cumprimento a suas aspirações, a pequena Esmeralda teve que sofrer a prova de um triste mas providencial acontecimento, o único de um certo relevo acontecido em sua infância. Em Dezembro de 1444, com efeito, quando Esmeralda apenas tinha onze anos, seu pai, sem lhe pedir sequer seu parecer e segundo os costumes daquele tempo, a prometeu em matrimónio a um viúvo maduro de sua mesma condição social e económica; mas o conveniente matrimónio se esfumou pela morte imprevista e repentina do prometido esposo em Julho de 1446.
Ainda que não fora plenamente consciente do que havia sucedido, o acontecimento teve que provocar na pequena Esmeralda um tremendo e compreensível trauma; mas a divina Providência, que tinha uns desígnios muito outros sobre ela, se serviu do ocorrido para atrair até si os bens celestiais seu coração, pelo demais já bem disposto para as decisões mais intrépidas e sublimes. E assim a morte de seu prometido impulsionou suave mas fortemente a Esmeralda a considerar em sua verdadeira realidade e à luz do sobrenatural a vaidade das coisas terrenas e dos prazeres mundanos, pelo que, não obstante as reiteradas pressões dos familiares e as óptimas ocasiões que se apresentavam para um novo noivado, permaneceu firme em sua decisão de renunciar a tais ofertas, decidindo por sua vez consagrar-se a Deus na vida religiosa, decisão amadurecida com a idade de catorze anos aproximadamente.
Os familiares, sem embargo, e especialmente o pai, não estavam dispostos em absoluto a secundar as aspirações daquela jovenzita, pelo que se originou um inevitável conflito familiar, que a empurrou inclusivamente a intentar uma fuga inútil da casa paterna, mas que se resolveu finalmente a seu favor quando, se fazia a metade de 1448, durante uma de suas costumadas viagens comerciais, o pai faleceu de repente na Sardenha.
A espera se prolongou todavia um ano, já que só em finais de 1449 pôde Esmeralda saciar sua ardente sede entrando no mosteiro das Clarissas de Santa María de Basicó em Messina, onde lhe foi imposto o nome de Soror Eustóquia. Tinha cerca de 15 anos e meio.
Desde o noviciado a jovem irmã se distinguiu por sua piedade e virtudes salientes. Era, com efeito, incrível o empenho, ímpeto e entusiasmo com que soror Eustóquia se aplicou a viver sua vocação dedicando-se à oração, à meditação assídua da Paixão de Cristo, à mortificação, ao serviço das enfermas; seus progressos na vida de perfeição foram tão conspícuos e evidentes, que lhe atraíram a admiração, estima e veneração das irmãs.
Não contente, embora, com atender a sua perfeição pessoal, soror Eustóquia desejava ardentemente que todo o mosteiro resplandecesse pela observância exemplar da Regra. Por desgraça, naqueles anos precisamente, a abadessa, soror Flos Milloso, com uma acção progressiva e tenaz e com fins no del todo laudables, había sustraído al monasterio de la dirección espiritual de los franciscanos Observantes, y, aunque no desatendiera las necesidades espirituales de las monjas, estaba demasiado inmiscuida e inmersa en asuntos terrenos y temporales. Todo eso había creado un cierto malestar y contrariedad profunda en las hermanas más sensibles y fervorosas, entre las que destacaba sor Eustoquia, y como no sirvieron de nada los esfuerzos e intentos de reconducir a una disciplina más severa la vida regular del monasterio, nuestra Santa y algunas otras hermanas decidieron buscar en otra parte lo que faltaba en Basicó; así maduró en ellas el propósito de fundar un nuevo monasterio según el genuino espíritu de la pobreza franciscana y bajo la dirección espiritual de los Hermanos Menores de la Observancia.
Obtenida la necesaria autorización pontificia, con los medios que le proporcionaron su madre y su hermana y la eficaz colaboración del noble de Mesina Bartolomé Ansalone, apoyada moralmente por una monja del monasterio de Basicó, sor Jacoba Pollicino, la única que la siguió en la difícil empresa y que permaneció fielmente junto a ella hasta la muerte, superando inmensos obstáculos, soportando violentas adversidades y contradicciones internas y externas, en 1460 sor Eustoquia se trasladó a los locales de un viejo hospital adaptados para monasterio. Allí la siguieron su hermana carnal Mita (Margarita) y una joven sobrina.
Muy pronto se unieron otras mujeres al pequeño grupo. Pero se les fueron acumulando dificultades materiales y morales, por lo que las monjas tuvieron que dejar el viejo hospital a la vez que encontraron generosa hospitalidad en la casa de una congregación de la Tercera Orden Franciscana, situada en el barrio Montevergine de Mesina, adonde se trasladaron a comienzos de 1464.
Con la ayuda de bienhechores, la nueva residencia pudo ser convenientemente ampliada y adaptada para monasterio. Y así tuvo su origen el monasterio de Montevergine, en el que muy pronto una multitud de almas nobles y generosas, entre ellas la madre misma de Eustoquia, solicitaron el ingreso para compartir allí la vida pobre y evangélica.
Convertida en madre espiritual de sus hijas, Eustoquia las instruyó, educó y formó en la vida franciscana, estimulándolas a la meditación de la Pasión de Cristo, comunicándoles los frutos de sus propias experiencias ascéticas, infundiendo en sus corazones el amor a las virtudes que ella misma practicaba con admirable constancia y heroísmo, empapando sus vidas en la espiritualidad simple y generosa del franciscanismo, espiritualidad que descansaba en el cristocentrismo, es decir en Cristo amante y sufriente, y en la devoción a la Eucaristía, sacando de una vida litúrgica intensa y sentida el alimento para las meditaciones diarias.
Sor Eustoquia murió en el monasterio de Montevergine (Mesina) el 20 de enero de 1485, dejando una ferviente y acreditada comunidad religiosa de cerca de 50 monjas, el perfume de sus virtudes y la fama de su santidad.
Días después de la sepultura se manifestaron en su sepulcro y en su cuerpo fenómenos extraordinarios que dieron origen a una popular y vasta devoción hacia ella. Impulsadas por aquellos acontecimientos y ante los ruegos de personalidades eclesiásticas y civiles, las monjas de Montevergine escribieron una biografía de su venerada madre y fundadora, mientras la fiel compañera de Eustoquia, sor Jacoba Pollicino, en dos cartas dirigidas a sor Cecilia Coppoli, abadesa del monasterio de Santa Lucía de Foligno, describía rasgos conmovedores y admirables de la Santa, en los que confirmaba o completaba cuanto de más interesante y virtuoso había notado en ella.
Por su parte, el pueblo de Dios experimentaba de diversos modos y en variadas circunstancias que sor Eustoquia tenía ante el Altísimo un eficaz poder de intercesión. El año 1782, Pío VI aprobó el culto inmemorial que se tributaba a la bendita monja. Y Juan Pablo II la canonizó en Mesina el 11 de junio de 1988.
Eustóquia Calafato (de secular, Esmeralda) nasceu em Messina em 25 de Março de 1434, sendo a sexta dos seis filhos de Bernardo Cofino aliás Calafato e Mascalda Romano, nobres e acomodados. O pai tinha uma embarcação com la que exercia o comércio por conta alheia, segundo os usos daquele tempo e de Messina em particular.
A pequena Esmeralda passou os primeiros anos de sua infância sem sobressaltos nem acontecimentos notáveis, em sua casa paterna, confiada aos cuidados da mãe, fervente cristã e admiradora entusiasta do Franciscanismo na sua reforma peculiar da Observância que precisamente então se ia afiançando na Ordem dos Frades Menores. O principal animador e expoente daquele movimento em Itália foi São Bernardino de Siena ( 1444), junto ao qual, e seguindo seu exemplo, floresceu todo um conjunto de espíritos selectos, insignes por sua santidade, doutrina e actividade social, entre os que destacam o Beato Alberto de Sarteano ( 1450), São João de Capistrano ( 1456) e São Jaime de la Marca ( 1476). O novo espírito de reforma, que se propunha à estrita observância da Regra de São Francisco especialmente em matéria de pobreza, invadiu também a II Ordem franciscana, quer dizer, a das Clarissas, em cujo seio muitos mosteiros antigos eram reconduzidos a uma observância mais estrita e a uma vida religiosa mais ajustada à Regra, enquanto se fundavam outros novos que adoptavam a Regra própria de Santa Clara e se punham sob a guia dos Irmãos Menores da Observância.
Em Sicília apareceu o movimento observante em 1421, mas oficialmente pode datar-se desde 1425, quando o Beato Mateo de Agrigento, que foi seu eficaz organizador, obteve do papa Martín V a faculdade de fundar três novos conventos para os frades que desejavam viver segundo o espírito da nova reforma. O primeiro destes conventos se abriu precisamente em Messina, onde o Beato Mateo, pregador afamado e admirado, havia suscitado entre o povo com sua palavra ardente um grande entusiasmo e uma viva participação na reforma espiritual que ele propugnava.
Aos sermões daquele fervoroso franciscano assistiu também Mascalda Romano, então jovem esposa de dezoito anos, e, conquistada pelas palavras do pregador, se inscreveu nas filhas da Terceira Ordem Franciscana, consagrando-se a uma vida de oração intensa e de ásperas penitências, e dedicando parte de seu tempo e de seus haveres ao próximo necessitado. Mascalda infundiu seus sentimentos e aspirações à pequena Esmeralda, iniciando-a desde menina na piedade e no exercício das virtudes cristãs, obtendo disso frutos que superaram as mais nobres expectativas da virtuosa mãe.
A rapariga, com efeito, não só entesourou os ensinos maternos esforçando-se, segundo sua capacidade, em imitar os exemplos de sua progenitora e em orientar sua vida religiosa segundo o espírito franciscano, mas que, aspirando a metas mais altas, se consagrou a Deus entre as Clarissas e mais tarde fundou um novo mosteiro para poder seguir mais intensa e profundamente seu ideal de perfeição cristã.
Mas antes de iniciar e dar cumprimento a suas aspirações, a pequena Esmeralda teve que sofrer a prova de um triste mas providencial acontecimento, o único de um certo relevo acontecido em sua infância. Em Dezembro de 1444, com efeito, quando Esmeralda apenas tinha onze anos, seu pai, sem lhe pedir sequer seu parecer e segundo os costumes daquele tempo, a prometeu em matrimónio a um viúvo maduro de sua mesma condição social e económica; mas o conveniente matrimónio se esfumou pela morte imprevista e repentina do prometido esposo em Julho de 1446.
Ainda que não fora plenamente consciente do que havia sucedido, o acontecimento teve que provocar na pequena Esmeralda um tremendo e compreensível trauma; mas a divina Providência, que tinha uns desígnios muito outros sobre ela, se serviu do ocorrido para atrair até si os bens celestiais seu coração, pelo demais já bem disposto para as decisões mais intrépidas e sublimes. E assim a morte de seu prometido impulsionou suave mas fortemente a Esmeralda a considerar em sua verdadeira realidade e à luz do sobrenatural a vaidade das coisas terrenas e dos prazeres mundanos, pelo que, não obstante as reiteradas pressões dos familiares e as óptimas ocasiões que se apresentavam para um novo noivado, permaneceu firme em sua decisão de renunciar a tais ofertas, decidindo por sua vez consagrar-se a Deus na vida religiosa, decisão amadurecida com a idade de catorze anos aproximadamente.
Os familiares, sem embargo, e especialmente o pai, não estavam dispostos em absoluto a secundar as aspirações daquela jovenzita, pelo que se originou um inevitável conflito familiar, que a empurrou inclusivamente a intentar uma fuga inútil da casa paterna, mas que se resolveu finalmente a seu favor quando, se fazia a metade de 1448, durante uma de suas costumadas viagens comerciais, o pai faleceu de repente na Sardenha.
A espera se prolongou todavia um ano, já que só em finais de 1449 pôde Esmeralda saciar sua ardente sede entrando no mosteiro das Clarissas de Santa María de Basicó em Messina, onde lhe foi imposto o nome de Soror Eustóquia. Tinha cerca de 15 anos e meio.
Desde o noviciado a jovem irmã se distinguiu por sua piedade e virtudes salientes. Era, com efeito, incrível o empenho, ímpeto e entusiasmo com que soror Eustóquia se aplicou a viver sua vocação dedicando-se à oração, à meditação assídua da Paixão de Cristo, à mortificação, ao serviço das enfermas; seus progressos na vida de perfeição foram tão conspícuos e evidentes, que lhe atraíram a admiração, estima e veneração das irmãs.
Não contente, embora, com atender a sua perfeição pessoal, soror Eustóquia desejava ardentemente que todo o mosteiro resplandecesse pela observância exemplar da Regra. Por desgraça, naqueles anos precisamente, a abadessa, soror Flos Milloso, com uma acção progressiva e tenaz e com fins no del todo laudables, había sustraído al monasterio de la dirección espiritual de los franciscanos Observantes, y, aunque no desatendiera las necesidades espirituales de las monjas, estaba demasiado inmiscuida e inmersa en asuntos terrenos y temporales. Todo eso había creado un cierto malestar y contrariedad profunda en las hermanas más sensibles y fervorosas, entre las que destacaba sor Eustoquia, y como no sirvieron de nada los esfuerzos e intentos de reconducir a una disciplina más severa la vida regular del monasterio, nuestra Santa y algunas otras hermanas decidieron buscar en otra parte lo que faltaba en Basicó; así maduró en ellas el propósito de fundar un nuevo monasterio según el genuino espíritu de la pobreza franciscana y bajo la dirección espiritual de los Hermanos Menores de la Observancia.
Obtenida la necesaria autorización pontificia, con los medios que le proporcionaron su madre y su hermana y la eficaz colaboración del noble de Mesina Bartolomé Ansalone, apoyada moralmente por una monja del monasterio de Basicó, sor Jacoba Pollicino, la única que la siguió en la difícil empresa y que permaneció fielmente junto a ella hasta la muerte, superando inmensos obstáculos, soportando violentas adversidades y contradicciones internas y externas, en 1460 sor Eustoquia se trasladó a los locales de un viejo hospital adaptados para monasterio. Allí la siguieron su hermana carnal Mita (Margarita) y una joven sobrina.
Muy pronto se unieron otras mujeres al pequeño grupo. Pero se les fueron acumulando dificultades materiales y morales, por lo que las monjas tuvieron que dejar el viejo hospital a la vez que encontraron generosa hospitalidad en la casa de una congregación de la Tercera Orden Franciscana, situada en el barrio Montevergine de Mesina, adonde se trasladaron a comienzos de 1464.
Con la ayuda de bienhechores, la nueva residencia pudo ser convenientemente ampliada y adaptada para monasterio. Y así tuvo su origen el monasterio de Montevergine, en el que muy pronto una multitud de almas nobles y generosas, entre ellas la madre misma de Eustoquia, solicitaron el ingreso para compartir allí la vida pobre y evangélica.
Convertida en madre espiritual de sus hijas, Eustoquia las instruyó, educó y formó en la vida franciscana, estimulándolas a la meditación de la Pasión de Cristo, comunicándoles los frutos de sus propias experiencias ascéticas, infundiendo en sus corazones el amor a las virtudes que ella misma practicaba con admirable constancia y heroísmo, empapando sus vidas en la espiritualidad simple y generosa del franciscanismo, espiritualidad que descansaba en el cristocentrismo, es decir en Cristo amante y sufriente, y en la devoción a la Eucaristía, sacando de una vida litúrgica intensa y sentida el alimento para las meditaciones diarias.
Sor Eustoquia murió en el monasterio de Montevergine (Mesina) el 20 de enero de 1485, dejando una ferviente y acreditada comunidad religiosa de cerca de 50 monjas, el perfume de sus virtudes y la fama de su santidad.
Días después de la sepultura se manifestaron en su sepulcro y en su cuerpo fenómenos extraordinarios que dieron origen a una popular y vasta devoción hacia ella. Impulsadas por aquellos acontecimientos y ante los ruegos de personalidades eclesiásticas y civiles, las monjas de Montevergine escribieron una biografía de su venerada madre y fundadora, mientras la fiel compañera de Eustoquia, sor Jacoba Pollicino, en dos cartas dirigidas a sor Cecilia Coppoli, abadesa del monasterio de Santa Lucía de Foligno, describía rasgos conmovedores y admirables de la Santa, en los que confirmaba o completaba cuanto de más interesante y virtuoso había notado en ella.
Por su parte, el pueblo de Dios experimentaba de diversos modos y en variadas circunstancias que sor Eustoquia tenía ante el Altísimo un eficaz poder de intercesión. El año 1782, Pío VI aprobó el culto inmemorial que se tributaba a la bendita monja. Y Juan Pablo II la canonizó en Mesina el 11 de junio de 1988.
Fabião, Santo
Papa e Mártir
Martirológio Romano: São Fabião, papa e mártir, que, sendo simples laico, foi chamado ao pontificado por indicação divina e, depois de dar exemplo de fé e virtude, sofreu o martírio na perseguição sob o imperador Décio. São Cipriano, ao fazer o elogio de seu combate, afirma que deixou o testemunho de haver regido a Igreja de modo irrepreensível e ilustre. Seu corpo foi sepultado neste dia no cemitério de Calixto, na via Ápia de Roma (250).
Etimologia: Fabião = Aquele que pertence à família de Fábio, é de origem latina.
Sucedeu no papado a Santo Antero e governou a Igreja uns quinze anos (236-250), até à perseguição de Décio, durante a qual sofreu o martírio. Foi sepultado no cemitério de São Calixto, onde se lê seu epitáfio. — Festa: em 20 de Janeiro, junto com a de São Sebastião. Missa própria.
Sabemos muito pouca coisa deste pontífice. Mas figura no Catálogo Liberiano e no Liber Pontificalis, e nos falam dele São Cipriano de África, São Jerónimo e o historiador Eusébio de Cesareia. Este último refere que numa ocasião em que Fabião regressava do campo com alguns amigos, a multidão dos cristãos se achava congregada para a eleição de novo Papa. Ninguém pensava nele, quando uma pomba veio a pousar sobre sua cabeça. A multidão, comovida pelo formoso espectáculo, começou a gritar e repetir: «¡Fabião, pontífice!». E ele não teve mais remédio senão aceder.
O Liber Pontificalis o faz natural de Roma, ainda que alguma lenda lhe atribui procedência estrangeira. É também legendária a atribuição que se lhe adjudica de três cartas da colecção chamada de Seudo-Isidoro e do decreto 21 do Código de Graciano.
De seu pontificado, podem resumir-se várias coisas formosas e notáveis. Mencionam-se alguns edifícios mandados erigir por ele por cima dos cemitérios ou catacumbas, aproveitando, por certo, um período de tranquilidade que gozou a Igreja depois da perseguição de Maximino Trácio.
Distribuiu os distritos urbanos aos sete diáconos, para que fosse melhor atendida a beneficência e estivessem bem administrados os fundos da Igreja. Medida que esteve em vigor durante muitos séculos e que assinala os começos das regiões eclesiásticas e de a administração religiosa.
Instituiu também sete sub-diáconos, para que recolhessem e arquivassem as actas e gestas dos mártires, redigidas assim mesmo por sete notários. Em toda essa organização podemos ver um esquema oficial do clero, necessário para o ordenado exercício de culto e da caridade cristã.
Foi o seu um tempo de controvérsias teológicas, especialmente em Roma. Um dos efeitos que as ocasionaram foi o cisma chamado de Novaciano, que estalou no pontificado seguinte (o de São Cornélio), mas se havia incubado durante o do Papa Fabião, graças talvez à bondade e doçura do Pontífice.
Com efeito, Novaciano, de Roma, e Novato, de Cartago, íntimos amigos, defenderam um erro de tipo puritanista, enfrentando-se com o critério do Papa Cornélio. Seus numerosos adeptos elegeram Papa a Novaciano.
Durou o cisma pouco tempo. Consistia o erro em acusar de indulgente ao Papa com respeito aos lapsos, quer dizer aos caídos em apostasía ou outro pecado enorme, e em propugnar que a Igreja não havia de estar integrada mais que por pessoas puras (cátaros), não devendo nem podendo ser readmitidos em seu seio os que pecavam depois do Baptismo, pois o poder de perdoar não pertencia mais que a Deus.
Agora bem: a rebelião de Novaciano não obedecia a uma razão doutrinal, mas a uma razão moral e psíquica. Novaciano era um escritor brilhante, que no tempo de São Fabião havia dado à luz um tratado sobre a Trindade — não de grande valor teológico, por certo —, com o qual quis refutar doutrinas heréticas gnósticas; mas, apesar de seu magnífico estilo e de sua boa intenção neste caso, se caracterizava por sua índole altaneira.
O Papa Fabião, prendado de seu engenho, deixou que fosse ordenado presbítero, confiando nos bons serviços que podia prestar a Igreja. Não pensou que seus defeitos pudessem fazer dele um anti-papa. Assim foi, sem embargo. Seu espírito soberbo e ambicioso o converteram em tal, quando, em 251, em vez de sua própria eleição, viu que era elevado ao solio pontifício São Cornélio.
Fora do âmbito de Roma, interveio Fabião na deposição do bispo africano Privato, e manteve correspondência com Orígenes, o grande pensador e exegeta de Alexandria, que queria justificar alguns pontos controvertidos de sua doutrina.
Atribui-se-lhe assim mesmo o primeiro envio de missionários às Gálias.
Na ordem litúrgico-sacramental, foi Fabião o pontífice que mandou fosse queimado e renovado todos os anos, em Quinta-feira Santa, o santo crisma. Ademais, fez cinco ordenações, todas no mês de Dezembro, nas quais criou vinte e dois presbíteros, sete diáconos e onze bispos para diversas dioceses.
A efígie de São Fabião aparece nos plafões pictóricos da Capela Sistina, e a antiga cristandade lhe tributou uma veneração saturada de simpatia.
Etimologia: Fabião = Aquele que pertence à família de Fábio, é de origem latina.
Sucedeu no papado a Santo Antero e governou a Igreja uns quinze anos (236-250), até à perseguição de Décio, durante a qual sofreu o martírio. Foi sepultado no cemitério de São Calixto, onde se lê seu epitáfio. — Festa: em 20 de Janeiro, junto com a de São Sebastião. Missa própria.
Sabemos muito pouca coisa deste pontífice. Mas figura no Catálogo Liberiano e no Liber Pontificalis, e nos falam dele São Cipriano de África, São Jerónimo e o historiador Eusébio de Cesareia. Este último refere que numa ocasião em que Fabião regressava do campo com alguns amigos, a multidão dos cristãos se achava congregada para a eleição de novo Papa. Ninguém pensava nele, quando uma pomba veio a pousar sobre sua cabeça. A multidão, comovida pelo formoso espectáculo, começou a gritar e repetir: «¡Fabião, pontífice!». E ele não teve mais remédio senão aceder.
O Liber Pontificalis o faz natural de Roma, ainda que alguma lenda lhe atribui procedência estrangeira. É também legendária a atribuição que se lhe adjudica de três cartas da colecção chamada de Seudo-Isidoro e do decreto 21 do Código de Graciano.
De seu pontificado, podem resumir-se várias coisas formosas e notáveis. Mencionam-se alguns edifícios mandados erigir por ele por cima dos cemitérios ou catacumbas, aproveitando, por certo, um período de tranquilidade que gozou a Igreja depois da perseguição de Maximino Trácio.
Distribuiu os distritos urbanos aos sete diáconos, para que fosse melhor atendida a beneficência e estivessem bem administrados os fundos da Igreja. Medida que esteve em vigor durante muitos séculos e que assinala os começos das regiões eclesiásticas e de a administração religiosa.
Instituiu também sete sub-diáconos, para que recolhessem e arquivassem as actas e gestas dos mártires, redigidas assim mesmo por sete notários. Em toda essa organização podemos ver um esquema oficial do clero, necessário para o ordenado exercício de culto e da caridade cristã.
Foi o seu um tempo de controvérsias teológicas, especialmente em Roma. Um dos efeitos que as ocasionaram foi o cisma chamado de Novaciano, que estalou no pontificado seguinte (o de São Cornélio), mas se havia incubado durante o do Papa Fabião, graças talvez à bondade e doçura do Pontífice.
Com efeito, Novaciano, de Roma, e Novato, de Cartago, íntimos amigos, defenderam um erro de tipo puritanista, enfrentando-se com o critério do Papa Cornélio. Seus numerosos adeptos elegeram Papa a Novaciano.
Durou o cisma pouco tempo. Consistia o erro em acusar de indulgente ao Papa com respeito aos lapsos, quer dizer aos caídos em apostasía ou outro pecado enorme, e em propugnar que a Igreja não havia de estar integrada mais que por pessoas puras (cátaros), não devendo nem podendo ser readmitidos em seu seio os que pecavam depois do Baptismo, pois o poder de perdoar não pertencia mais que a Deus.
Agora bem: a rebelião de Novaciano não obedecia a uma razão doutrinal, mas a uma razão moral e psíquica. Novaciano era um escritor brilhante, que no tempo de São Fabião havia dado à luz um tratado sobre a Trindade — não de grande valor teológico, por certo —, com o qual quis refutar doutrinas heréticas gnósticas; mas, apesar de seu magnífico estilo e de sua boa intenção neste caso, se caracterizava por sua índole altaneira.
O Papa Fabião, prendado de seu engenho, deixou que fosse ordenado presbítero, confiando nos bons serviços que podia prestar a Igreja. Não pensou que seus defeitos pudessem fazer dele um anti-papa. Assim foi, sem embargo. Seu espírito soberbo e ambicioso o converteram em tal, quando, em 251, em vez de sua própria eleição, viu que era elevado ao solio pontifício São Cornélio.
Fora do âmbito de Roma, interveio Fabião na deposição do bispo africano Privato, e manteve correspondência com Orígenes, o grande pensador e exegeta de Alexandria, que queria justificar alguns pontos controvertidos de sua doutrina.
Atribui-se-lhe assim mesmo o primeiro envio de missionários às Gálias.
Na ordem litúrgico-sacramental, foi Fabião o pontífice que mandou fosse queimado e renovado todos os anos, em Quinta-feira Santa, o santo crisma. Ademais, fez cinco ordenações, todas no mês de Dezembro, nas quais criou vinte e dois presbíteros, sete diáconos e onze bispos para diversas dioceses.
A efígie de São Fabião aparece nos plafões pictóricos da Capela Sistina, e a antiga cristandade lhe tributou uma veneração saturada de simpatia.
Basílio António María Moreau, Beato
Sacerdote e Fundador
da Congregação da Santa Cruz
O Beato Basílio António Maria Moreau nasceu em Laigné-en-Bélin, distrito de Le Mans (França), em 11 de Fevereiro de 1799. Foi o oitavo de catorze filhos de uma família piedosa. Com seu pároco, o p. Julián Le Provost, aprendeu as primeiras noções de latim. Prosseguiu os estudos no colégio de Château-Gontier, e os terminou no seminário maior de Le Mans. Em 12 de Agosto de 1821 recebeu a ordenação sacerdotal. Em seu coração ardia o zelo pelas missões, mas seu bispo, mons. De la Myre, que o queria para professor no seminário diocesano, o enviou a realizar estudos superiores, primeiro em São Sulpicio, em Paris, e depois na "Solitude D´Issy", dirigida também pelos sulpicianos. Ali permaneceu de 1822 a 1823, e encontrou a quem seria seu pai espiritual, o p. Gabriel Mollevaut. Ao voltar a Le Mans, ensinou filosofia, teologia dogmática e sagrada Escritura desde 1823 até 1836. Ao mesmo tempo, desenvolveu com fruto uma intensa actividade pastoral.
Em 1833 participou na fundação do Bom Pastor de Le Mans, instituição destinada à reeducação de delinquentes juvenis. Em 1835 seu bispo, mons. Bouvier, o encarregou a guia espiritual da congregação dos Irmãos de São José, constituída por laicos fervorosos que tinham como missão instruir a gente do campo de Le Mans.Nesse mesmo ano fundou a sociedade de Sacerdotes Auxiliares, com a finalidade de ajudar aos párocos mediante retiros espirituais, pregações de missões populares e cursillos. Em 1 de Março de 1837 o p. Basílio uniu os Sacerdotes Auxiliares com os Irmãos de São José numa única comunidade, que tomou o nome de Congregação da Santa Cruz.
Completou sua obra em 1841, fundando o ramo feminino das Marianitas de la Santa Cruz. Desse modo, realizou seu ideal de uma única congregação religiosa com três secções, seguindo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré: aos sacerdotes lhes deu o nome de Salvatoristas; aos irmãos, o de Josefinos; e as religiosas, o de Marianitas.
A finalidade da Congregação era: a educação, a pregação, sobretudo nas zonas rurais e nas missões estrangeiras, o ministério paroquial, a difusão da boa imprensa, assim como a direcção de casas destinadas à acolhida de delinquentes jovens ou de pessoas abandonadas.
Entre os anos 1840 e 1847 a Congregação, respondendo ao impulso missionário de seu fundador, enviou a alguns de seus membros a Argélia, Estados Unidos e Canadá para estabelecer novas casas. Por desejo expresso do Papa Pío IX, o p. Basílio fundou na Argélia as primeiras escolas cristãs do país e contribuiu para a introdução e ao progresso da Igreja católica nos Estados Unidos. Em 1853 a Congregação assumiu a responsabilidade da missão em Bengala (actualmente Bangladesh).
A vida do p. Basílio, como a vida de quase todos os fundadores, esteve marcada pelo sofrimento e a incompreensão, mas ele se sentiu sempre um simples instrumento nas mãos de Deus: "A obra da Santa Cruz — escreveu a seus filhos espirituais — não é obra do homem, mas sim obra de Deus mesmo. (...) Por isso os exorto a renovar o espírito de vossa vocação, que é um espírito de pobreza, castidade e obediência".
Ainda que o nome eleito para a Congregação não foi fruto de sua devoção particular à cruz de Cristo, esta esteve muito presente em sua vida, e insistiu a miúdo nela para formar a vida espiritual de seus membros. Por isso deu como lema a sua comunidade o verso de um hino litúrgico: "Salve, oh cruz, nossa única esperança".
O Beato viveu retirado durante seus últimos anos numa casita junto ao Instituto da Santa Cruz; pregava nas paróquias dos arredores de Le Mans, onde morreu em 20 de Janeiro de 1873.
Os três ramos da Congregação, que têm vindo a crescer e estendendo-se pelo mundo, estão presentes em França, África e Ásia. Desempenham sua missão em escolas e universidades, na pastoral e serviços sociais. A fase diocesana da causa de beatificação do Beato começou em Le Mans em 1948; em 1994 prosseguiu em Roma, na Congregação para as causas dos santos. Em 12 de Abril de 2003 o Santo Padre João Paulo II declarou ao p. Basílio António Maria Moreau "venerável", reconhecendo suas virtudes heróicas e S.S. Bento XVI o declarou beato em 15 de Setembro de 2007 em cerimónia realizada em Le Mans (França).
Reproduzido com autorização de Vatican.va
Se tiverem informação relevante para a canonização do Beato Basílio, contacte a:
Congregazione di S. Croce
via Framura, 85
00168 Roma, ITALY
- o -
Soeurs de Sainte-Croix
905, rue Basile-Moreau
Saint-Laurent, QC H4L 4A1, CANADA
- o -
Sisters of the Holy Cross
Saint Mary’s
Bertrand Hall, Notre Dame, IN 46556, USA
- o -
Marianites of the Holy Cross
1011 Gallier Street
New Orleans, LA 70117, USA
Em 1833 participou na fundação do Bom Pastor de Le Mans, instituição destinada à reeducação de delinquentes juvenis. Em 1835 seu bispo, mons. Bouvier, o encarregou a guia espiritual da congregação dos Irmãos de São José, constituída por laicos fervorosos que tinham como missão instruir a gente do campo de Le Mans.Nesse mesmo ano fundou a sociedade de Sacerdotes Auxiliares, com a finalidade de ajudar aos párocos mediante retiros espirituais, pregações de missões populares e cursillos. Em 1 de Março de 1837 o p. Basílio uniu os Sacerdotes Auxiliares com os Irmãos de São José numa única comunidade, que tomou o nome de Congregação da Santa Cruz.
Completou sua obra em 1841, fundando o ramo feminino das Marianitas de la Santa Cruz. Desse modo, realizou seu ideal de uma única congregação religiosa com três secções, seguindo o exemplo da Sagrada Família de Nazaré: aos sacerdotes lhes deu o nome de Salvatoristas; aos irmãos, o de Josefinos; e as religiosas, o de Marianitas.
A finalidade da Congregação era: a educação, a pregação, sobretudo nas zonas rurais e nas missões estrangeiras, o ministério paroquial, a difusão da boa imprensa, assim como a direcção de casas destinadas à acolhida de delinquentes jovens ou de pessoas abandonadas.
Entre os anos 1840 e 1847 a Congregação, respondendo ao impulso missionário de seu fundador, enviou a alguns de seus membros a Argélia, Estados Unidos e Canadá para estabelecer novas casas. Por desejo expresso do Papa Pío IX, o p. Basílio fundou na Argélia as primeiras escolas cristãs do país e contribuiu para a introdução e ao progresso da Igreja católica nos Estados Unidos. Em 1853 a Congregação assumiu a responsabilidade da missão em Bengala (actualmente Bangladesh).
A vida do p. Basílio, como a vida de quase todos os fundadores, esteve marcada pelo sofrimento e a incompreensão, mas ele se sentiu sempre um simples instrumento nas mãos de Deus: "A obra da Santa Cruz — escreveu a seus filhos espirituais — não é obra do homem, mas sim obra de Deus mesmo. (...) Por isso os exorto a renovar o espírito de vossa vocação, que é um espírito de pobreza, castidade e obediência".
Ainda que o nome eleito para a Congregação não foi fruto de sua devoção particular à cruz de Cristo, esta esteve muito presente em sua vida, e insistiu a miúdo nela para formar a vida espiritual de seus membros. Por isso deu como lema a sua comunidade o verso de um hino litúrgico: "Salve, oh cruz, nossa única esperança".
O Beato viveu retirado durante seus últimos anos numa casita junto ao Instituto da Santa Cruz; pregava nas paróquias dos arredores de Le Mans, onde morreu em 20 de Janeiro de 1873.
Os três ramos da Congregação, que têm vindo a crescer e estendendo-se pelo mundo, estão presentes em França, África e Ásia. Desempenham sua missão em escolas e universidades, na pastoral e serviços sociais. A fase diocesana da causa de beatificação do Beato começou em Le Mans em 1948; em 1994 prosseguiu em Roma, na Congregação para as causas dos santos. Em 12 de Abril de 2003 o Santo Padre João Paulo II declarou ao p. Basílio António Maria Moreau "venerável", reconhecendo suas virtudes heróicas e S.S. Bento XVI o declarou beato em 15 de Setembro de 2007 em cerimónia realizada em Le Mans (França).
Reproduzido com autorização de Vatican.va
Se tiverem informação relevante para a canonização do Beato Basílio, contacte a:
Congregazione di S. Croce
via Framura, 85
00168 Roma, ITALY
- o -
Soeurs de Sainte-Croix
905, rue Basile-Moreau
Saint-Laurent, QC H4L 4A1, CANADA
- o -
Sisters of the Holy Cross
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Bertrand Hall, Notre Dame, IN 46556, USA
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1011 Gallier Street
New Orleans, LA 70117, USA
María Cristina da Imaculada Conceição (Adelaida) Brando,
Virgem e Fundadora
da Congregação das Irmãs Vítimas Expiatórias de Jesus Sacramentado
Martirológio Romano: Na cidade de Casoria, perto de Nápoles, em Itália, beata María Cristina de la Imaculada (Adelaida) Brando, virgem, que dedicou sua existência à formação cristã das crianças e fundou a Congregação das Irmãs Vítimas Expiatórias de Jesus Sacramentado, com a qual promoveu em grande maneira a adoração à Sagrada Eucaristia (1906).
Etimologia: Adelaida = aquela que é de nobre berço, é de origem germânica
Nasceu em Nápoles em 1 de Maio de 1856. Sua mãe morreu poucos dias depois. De carácter amável e dócil, recebeu uma boa educação religiosa. Pronto deu sinais de uma clara inclinação à oração e a a virgindade. Atraída pelas coisas de Deus, fugia das Costumava repetir: "Devo ser santa; quero ser santa". Aos doze anos fez voto de castidade perpétua ante uma imagem do Menino Jesus.
Em 1876 ingressou na congregação das Sacramentinas de Nápoles, tomando o nome de María Cristina de la Inmaculada Concepción. Por motivos de saúde teve que abandonar esse caminho que havia iniciado com tanto fervor.
Então compreendeu que havia chegado o momento de dar vida a um instituto, missão a que se sentia chamada. Em 1878 fundou as Religiosas Vítimas Expiadoras de Jesus Sacramentado, congregação que cresceu rapidamente, apesar das estreitezas económicas, as oposições e a saúde precária da fundadora. Depois de mudar de sede várias vezes, a comunidade, por conselho do servo de Deus Michelangelo da Marigliano e do beato Ludovico de Casoria, se estabeleceu em Casoria, perto de Nápoles. O novo instituto enfrentou numerosas e sérias dificuldades, mas sempre experimentou a ajuda da divina Providência, e pôde contar com o apoio de muitos benfeitores e amigos eclesiásticos. A congregação se incrementou com novos membros e casas, mostrando grande solicitude pela educação de meninos e meninas. Em 1897 a serva de Deus emitiu os votos temporais. Em 20 de Julho de 1903 a congregação obteve a aprovação canónica por parte da Santa Sede, e em 2 de Novembro desse mesmo ano a fundadora, juntamente com muitas irmãs, emitiu a profissão perpétua.
Viveu sua consagração com generosidade, com perseverança e gozo espiritual, e desempenhou o cargo de superiora geral com humildade, prudência e amabilidade, dando às irmãs contínuos exemplos de fidelidade a Deus e à vocação.
Sua vida sempre esteve iluminada por uma fé simples, firme e viva, que alimentou com a escuta da palavra de Deus, com a frutuosa participação nos sacramentos, com a assídua meditação das verdades eternas e com a oração fervorosa. Cultivou particularmente a devoção à Encarnação, à paixão e morte de Cristo, e à Eucaristia. Para estar mais perto do Sacrário, com o espírito e com o corpo, mandou construir uma cela contígua à igreja.
Foi muito intensa sua espiritualidade reparadora, até ao ponto de que se converteu no carisma de sua congregação. "O fim principal da Obra – afirma - é a reparação dos ultrajes que recebe o Sagrado Coração de Jesus no Santíssimo Sacramento, especialmente as muitas irreverências e descuidos, comunhões sacrílegas, sacramentos recebidos indignamente, missas mal escutadas, e o que amargamente trespassa aquele Coração Santíssimo, é que muitos de seus ministros e muitas almas consagradas a ele se unem a esses ingratos (...). As Adoratrices perpétuas ao divino Coração de Jesus há querido encomendar-lhes o doce e sublime ofício de vítimas de perpétua adoração e reparação a seu divino Coração horrivelmente ofendido e ultrajado no Sacramento do amor".
Percorreu com grande empenho o caminho da santidade e progrediu ininterruptamente na imitação do Senhor, na obediência ao Evangelho e na perfeição cristã. Morreu em 20 de Janeiro de 1906.
Foi beatificada por S.S. João Paulo II em 27 de Abril de 2003.
Etimologia: Adelaida = aquela que é de nobre berço, é de origem germânica
Nasceu em Nápoles em 1 de Maio de 1856. Sua mãe morreu poucos dias depois. De carácter amável e dócil, recebeu uma boa educação religiosa. Pronto deu sinais de uma clara inclinação à oração e a a virgindade. Atraída pelas coisas de Deus, fugia das Costumava repetir: "Devo ser santa; quero ser santa". Aos doze anos fez voto de castidade perpétua ante uma imagem do Menino Jesus.
Em 1876 ingressou na congregação das Sacramentinas de Nápoles, tomando o nome de María Cristina de la Inmaculada Concepción. Por motivos de saúde teve que abandonar esse caminho que havia iniciado com tanto fervor.
Então compreendeu que havia chegado o momento de dar vida a um instituto, missão a que se sentia chamada. Em 1878 fundou as Religiosas Vítimas Expiadoras de Jesus Sacramentado, congregação que cresceu rapidamente, apesar das estreitezas económicas, as oposições e a saúde precária da fundadora. Depois de mudar de sede várias vezes, a comunidade, por conselho do servo de Deus Michelangelo da Marigliano e do beato Ludovico de Casoria, se estabeleceu em Casoria, perto de Nápoles. O novo instituto enfrentou numerosas e sérias dificuldades, mas sempre experimentou a ajuda da divina Providência, e pôde contar com o apoio de muitos benfeitores e amigos eclesiásticos. A congregação se incrementou com novos membros e casas, mostrando grande solicitude pela educação de meninos e meninas. Em 1897 a serva de Deus emitiu os votos temporais. Em 20 de Julho de 1903 a congregação obteve a aprovação canónica por parte da Santa Sede, e em 2 de Novembro desse mesmo ano a fundadora, juntamente com muitas irmãs, emitiu a profissão perpétua.
Viveu sua consagração com generosidade, com perseverança e gozo espiritual, e desempenhou o cargo de superiora geral com humildade, prudência e amabilidade, dando às irmãs contínuos exemplos de fidelidade a Deus e à vocação.
Sua vida sempre esteve iluminada por uma fé simples, firme e viva, que alimentou com a escuta da palavra de Deus, com a frutuosa participação nos sacramentos, com a assídua meditação das verdades eternas e com a oração fervorosa. Cultivou particularmente a devoção à Encarnação, à paixão e morte de Cristo, e à Eucaristia. Para estar mais perto do Sacrário, com o espírito e com o corpo, mandou construir uma cela contígua à igreja.
Foi muito intensa sua espiritualidade reparadora, até ao ponto de que se converteu no carisma de sua congregação. "O fim principal da Obra – afirma - é a reparação dos ultrajes que recebe o Sagrado Coração de Jesus no Santíssimo Sacramento, especialmente as muitas irreverências e descuidos, comunhões sacrílegas, sacramentos recebidos indignamente, missas mal escutadas, e o que amargamente trespassa aquele Coração Santíssimo, é que muitos de seus ministros e muitas almas consagradas a ele se unem a esses ingratos (...). As Adoratrices perpétuas ao divino Coração de Jesus há querido encomendar-lhes o doce e sublime ofício de vítimas de perpétua adoração e reparação a seu divino Coração horrivelmente ofendido e ultrajado no Sacramento do amor".
Percorreu com grande empenho o caminho da santidade e progrediu ininterruptamente na imitação do Senhor, na obediência ao Evangelho e na perfeição cristã. Morreu em 20 de Janeiro de 1906.
Foi beatificada por S.S. João Paulo II em 27 de Abril de 2003.
Cipriano (Miguel) Iwene Tansi, Beato
Monge e Presbítero
Martirológio Romano: No mosteiro de Mount Saint Bernard, perto de Leicester, em Inglaterra, beato Cipriano (Miguel) Iwene Tansi, presbítero, da Ordem Cisterciense, que nasceu no território de Onitsha, na Nigéria, e sendo ainda menino, e contra sua família, abraçou a fé cristã. Foi ordenado sacerdote, dedicando-se com grande diligência à cura pastoral até que, feito monge, mereceu coroar com uma santa morte uma vida santa (1964).
Iwene Tansi nasceu em Aguleri, perto de Onitsha, Nigéria, no ano 1903. Foi baptizado com a idade de 9 anos com o nome cristão de Miguel. Seu baptismo o afectou profundamente apesar de seus poucos anos, e chocou com seus pais não-cristãos, ao atrever-se a destruir seu ídolo pessoal, dado tradicionalmente aos meninos varões no momento de nascer.
Depois de trabalhar por vários anos como mestre e catequista, entrou no seminário em 1925, onde deixou uma impressão perdurável por sua entrega, por seu zelo pelo Reino de Deus e por seu intenso espírito de oração. Foi ordenado sacerdote em 1937 para a diocese de Onitsha.
Como sacerdote, trabalhou sem repouso e com toda sua alma durante 13 anos para aliviar as necessidades espirituais e materiais de seu povo. Tinha que caminhar a pé para visitar as aldeias e as capelas de sua grande paróquia. Logo passava dias inteiros no confessionário. Prestava atenção especial à preparação adequada para o matrimónio, contra a tradição, muito difundida entre os pagãos de aquele então, de "matrimónios provisórios". A grande quantidade actual de cristãos em muitas aldeias da tribo igbo testemunha seu zelo sacerdotal.
Sem embargo e apesar de tudo o que fazia, o P. Tansi sentia a chamada a servir a Deus de uma maneira mais directa numa vida de oração e contemplação, com o desejo também de trazer a Nigéria a vida monástico- contemplativa. Assim, no ano 1950, seu bispo o deixou livre para provar sua vocação cisterciense na abadia de Mount Saint Bernard,perto de Nottingham em Inglaterra. No mosteiro se chamava "Padre Cipriano". A mudança total de vida, especialmente o viver sob a obediência depois de haver sido um líder de seu povo, a mudança de clima, de comida e, sobretudo, a mudança brutal de cultura punham à prova sua vocação, mas estava No ano 1962 Mount Saint Bernard decidiu fazer uma fundação em África, haja sido nomeado mestre de noviços para a fundação, Padre Cipriano, já muito enfermo, não pôde ir. Morreu em 20 de Janeiro de 1964, poucos meses depois da saída dos fundadores.
A reputação de santidade que havia deixado em Nigéria antes de ir a Inglaterra não deixou de crescer. Muitas pessoas afirmaram haver recebido favores por meio de sua intercessão, de tal maneira que a causa de sua beatificação, aberta na diocese de Nottingham, foi transferida em 1986 à arquidiocese de Onitsha. O arcebispo de Onitsha era então Monsenhor (logo Cardeal) Francis Arinze, que havia sido entre os primeiros meninos baptizados pelo Padre Tansi quando era um jovem pároco.
Em 22 de Março de 1998, em Onitsha, durante uma viagem a Nigéria feito precisamente para este fim, o Santo Padre João Paulo II beatificou ao Padre Cipriano Miguel Tansi, ao propô-lo como modelo de zelo e de oração sacerdotais.
Iwene Tansi nasceu em Aguleri, perto de Onitsha, Nigéria, no ano 1903. Foi baptizado com a idade de 9 anos com o nome cristão de Miguel. Seu baptismo o afectou profundamente apesar de seus poucos anos, e chocou com seus pais não-cristãos, ao atrever-se a destruir seu ídolo pessoal, dado tradicionalmente aos meninos varões no momento de nascer.
Depois de trabalhar por vários anos como mestre e catequista, entrou no seminário em 1925, onde deixou uma impressão perdurável por sua entrega, por seu zelo pelo Reino de Deus e por seu intenso espírito de oração. Foi ordenado sacerdote em 1937 para a diocese de Onitsha.
Como sacerdote, trabalhou sem repouso e com toda sua alma durante 13 anos para aliviar as necessidades espirituais e materiais de seu povo. Tinha que caminhar a pé para visitar as aldeias e as capelas de sua grande paróquia. Logo passava dias inteiros no confessionário. Prestava atenção especial à preparação adequada para o matrimónio, contra a tradição, muito difundida entre os pagãos de aquele então, de "matrimónios provisórios". A grande quantidade actual de cristãos em muitas aldeias da tribo igbo testemunha seu zelo sacerdotal.
Sem embargo e apesar de tudo o que fazia, o P. Tansi sentia a chamada a servir a Deus de uma maneira mais directa numa vida de oração e contemplação, com o desejo também de trazer a Nigéria a vida monástico- contemplativa. Assim, no ano 1950, seu bispo o deixou livre para provar sua vocação cisterciense na abadia de Mount Saint Bernard,perto de Nottingham em Inglaterra. No mosteiro se chamava "Padre Cipriano". A mudança total de vida, especialmente o viver sob a obediência depois de haver sido um líder de seu povo, a mudança de clima, de comida e, sobretudo, a mudança brutal de cultura punham à prova sua vocação, mas estava No ano 1962 Mount Saint Bernard decidiu fazer uma fundação em África, haja sido nomeado mestre de noviços para a fundação, Padre Cipriano, já muito enfermo, não pôde ir. Morreu em 20 de Janeiro de 1964, poucos meses depois da saída dos fundadores.
A reputação de santidade que havia deixado em Nigéria antes de ir a Inglaterra não deixou de crescer. Muitas pessoas afirmaram haver recebido favores por meio de sua intercessão, de tal maneira que a causa de sua beatificação, aberta na diocese de Nottingham, foi transferida em 1986 à arquidiocese de Onitsha. O arcebispo de Onitsha era então Monsenhor (logo Cardeal) Francis Arinze, que havia sido entre os primeiros meninos baptizados pelo Padre Tansi quando era um jovem pároco.
Em 22 de Março de 1998, em Onitsha, durante uma viagem a Nigéria feito precisamente para este fim, o Santo Padre João Paulo II beatificou ao Padre Cipriano Miguel Tansi, ao propô-lo como modelo de zelo e de oração sacerdotais.
Neófito, Santo
Mártir
Martirológio Romano: Em Nicea, cidade de Bitinia (hoje Turquia), são Neófito, mártir (s. IV).
Foi um jovem cristão de Nicea, em Bitinia. Seus pais foram cristãos, desde a época em que Diocleciano governava o Império.
Como dado prodigioso de sua vida, se conta que, aos nove anos, era capaz de instruir aos companheiros de sua idade e que aos dez, se retirou para uma gruta do monte Olimpo. Uma estranha besta vermelha saiu da sua cova para o sitiar. Quando tinha quinze anos, ena altura em que a perseguição ardia com mais fúria, foi detido por cristão, em Nicea de Bitinia. Recusou sacrificar aos ídolos e por este motivo foi açoitado com varas e atirado a um braseiro ardente. Como estes suplícios não fizeram nenhum efeito nele foi decapitado.
Baronio nas suas Notas sobre o martyrologe romain o há inscrito no dia 20 de Janeiro, segundo o que disse dele o monológico grego.
Foi um jovem cristão de Nicea, em Bitinia. Seus pais foram cristãos, desde a época em que Diocleciano governava o Império.
Como dado prodigioso de sua vida, se conta que, aos nove anos, era capaz de instruir aos companheiros de sua idade e que aos dez, se retirou para uma gruta do monte Olimpo. Uma estranha besta vermelha saiu da sua cova para o sitiar. Quando tinha quinze anos, ena altura em que a perseguição ardia com mais fúria, foi detido por cristão, em Nicea de Bitinia. Recusou sacrificar aos ídolos e por este motivo foi açoitado com varas e atirado a um braseiro ardente. Como estes suplícios não fizeram nenhum efeito nele foi decapitado.
Baronio nas suas Notas sobre o martyrologe romain o há inscrito no dia 20 de Janeiro, segundo o que disse dele o monológico grego.
Enrique de Upsala, Santo
Bispo e Mártir
Martirológio Romano: Em Finlândia, santo Enrique, bispo e mártir, nascido em Inglaterra, a que se confiou a igreja de Upsala, onde se dedicou com empenho à evangelização dos finlandeses, sendo ferido de morte por um homicida, a que havia tratado de corrigir com a disciplina eclesiástica (c. 1157).Etimologia: Enrique = Aquele que é chefe de lar, é de origem germânica.
Por falta de documentos contemporâneos de valor, só podemos dar um breve resumo da vida de Santo Enrique. Se bem tenha nascido em Inglaterra, é possível que residisse em Roma, quando o cardeal Nicolás Breakspear, que foi posteriormente Papa com o nome de Adriano IV, tenha partido como legado pontifício a Escandinávia, em 1151. Enrique parece haver formado parte de sua comitiva, e não faltam razões para crer que o próprio legado pontifício o consagrou bispo de Upsala, em 1152. O novo bispo ganhou a benevolência do rei São Erico de Suécia. Quando o monarca empreendeu uma espécie de cruzada contra os pagãos de Finlândia, o bispo o acompanhou nela. Os suecos obtiveram uma assinalada vitória, a qual teve como efeito a conversão de alguns finlandeses. Erico retornou a Suécia, mas o bispo ficou na Finlândia para continuar o trabalho das conversões "com zelo apostólico, ainda que em algumas ocasiões, com pouca prudência apostólica".
Santo Enrique impôs penitência a um convertido, chamado Lali, que havia cometido um assassinato. Considerando-a este como uma humilhação, se pôs à espreita do bispo e o assassinou. O santo realizou algumas curas e outros milagres. Ainda que a afirmação de que o mártir foi canonizado pelo Papa Adriano não descansa sobre nenhuma prova, o certo é que os holandeses o consideram como seu santo patrono, desde épocas muito remotas.
Segundo se depreende de uma carta de Bonifácio VIII, escrita em 1296, a catedral de Abo estava já dedicada a Santo Enrique; e quando, no século XVI, a série de pinturas dos mártires ingleses foi colocada no Colégio Inglês de Roma, o patrono de Finlândia figurava nela.
De maior interesse e mérito artístico é o extraordinário baixo relevo de bronze (c. 1440), todavia existente, que cobria as relíquias de Santo Enrique em Nousis, com nove placas secundárias em que estavam gravados os milagres e episódios de sua vida. As relíquias de Santo Enrique foram trasladadas em 1300 para a catedral de Abo (actualmente Turku).
Wulfstano (Wolstan) de Worcester, Santo
Bispo e Monge
Martirológio Romano: Na cidade de Worcester, em Inglaterra, são Wulfstano, bispo, que, passando do claustro à sede, manteve os costumes monásticos junto ao zelo pastoral. Visitou incansavelmente as paróquias de sua diocese, ocupando-se em erigir igrejas, fomentar os estudos e condenar a venda de escravos (1095).
Beneditino e bispo de Worcester; nasceu em Long Itchington, Warwickshire, Inglaterra, aproximadamente em 1008; morreu em Worcester, em 19 de Janeiro de 1095.
Foi educado nas grandes escolas monásticas de Evesham e Pterborough. Resolutamente combateu e superou as tentações de sua juventude, e ingressou ao serviço de Brithege, Bispo de Worcester, que o ordenou como sacerdote aproximadamente em 1038.
Recusando todas as prerrogativas eclesiásticas, chegou a ser noviço no grande priorado de Worcester, e logo de ocupar posições em várias oficinas no mosteiro chegou a ser prior da catedral. Manteve esta posição de maneira edificante, guiado por seu sentido de caridade, santidade em sua forma de vida, e estrita observância das normas,até 1062, quando a Sede de Worcester teve como vacante o cargo de Bispo, devido a que quem o ocupava, o Bispo Aldred, foi para ser Arcebispo de York.
Dois cardeais romanos, recomendaram a Wolstan ante o Rei Eduardo para que preenchesse esta vaga. Estes dois cardeais haviam sido hóspedes de nosso personagem com anterioridade. O rei acedeu e o consagrou em 8 de Setembro de 1062. Não foi exactamente um homem de aprendizagem especial, nem de grande intelecto, sem embargo se dedicou com devoção durante sua vida completa ao cuidado de sua diocese, visitando, pregando, e confirmando. Sem intermediários, reconstruiu sua catedral no mais puro estilo saxão, além de estabelecer igrejas em muitos lugares. Em tudo isso manteve sua atitude e forma de vida caracterizada pelos hábitos ascéticos que havia adquirido em sua vida enclaustrada.
Não obstante isso, sua vida esteve cheia de assíduas actividades, além de estar dedicada à oração e meditação. Os Salmos estiveram sempre em seus lábios, e recitava o Divino Ofício em voz alta, com os assistentes no que ia até à área rural a fim de cumprir com seus deveres episcopais.
Wolstan foi o último bispo inglês que foi nomeado por um rei saxão, o último representante episcopal representante da Igreja de Bede e de Cuthbert, e o enlace entre estas igrejas e a Igreja de Lanfranc e Anselmo. Logo da conquista, quando quase todos os saxões nobres e o clero foi despojado de suas oficinas e honras a favor dos normandos, Wolstan reteve sua sede, e gradualmente foi ganhando a estima e a confiança tanto de Lanfranc e do próprio conquistador.
Aelred de Rievaulx conta a lenda de quando se lhe pediu que renunciasse a ser bispo, e de como colocou sua cruz frente ao túmulo de Eduardo o Confessor em Westminster. A cruz se manteve fixa, como um símbolo do céu de que o santo bispo devia permanecer em seu cargo. Sobreviveu tanto a Guillermo o Conquistador, como a Lanfranc, e foi um dos que consagrou a Santo Anselmo.
Beneditino e bispo de Worcester; nasceu em Long Itchington, Warwickshire, Inglaterra, aproximadamente em 1008; morreu em Worcester, em 19 de Janeiro de 1095.
Foi educado nas grandes escolas monásticas de Evesham e Pterborough. Resolutamente combateu e superou as tentações de sua juventude, e ingressou ao serviço de Brithege, Bispo de Worcester, que o ordenou como sacerdote aproximadamente em 1038.
Recusando todas as prerrogativas eclesiásticas, chegou a ser noviço no grande priorado de Worcester, e logo de ocupar posições em várias oficinas no mosteiro chegou a ser prior da catedral. Manteve esta posição de maneira edificante, guiado por seu sentido de caridade, santidade em sua forma de vida, e estrita observância das normas,até 1062, quando a Sede de Worcester teve como vacante o cargo de Bispo, devido a que quem o ocupava, o Bispo Aldred, foi para ser Arcebispo de York.
Dois cardeais romanos, recomendaram a Wolstan ante o Rei Eduardo para que preenchesse esta vaga. Estes dois cardeais haviam sido hóspedes de nosso personagem com anterioridade. O rei acedeu e o consagrou em 8 de Setembro de 1062. Não foi exactamente um homem de aprendizagem especial, nem de grande intelecto, sem embargo se dedicou com devoção durante sua vida completa ao cuidado de sua diocese, visitando, pregando, e confirmando. Sem intermediários, reconstruiu sua catedral no mais puro estilo saxão, além de estabelecer igrejas em muitos lugares. Em tudo isso manteve sua atitude e forma de vida caracterizada pelos hábitos ascéticos que havia adquirido em sua vida enclaustrada.
Não obstante isso, sua vida esteve cheia de assíduas actividades, além de estar dedicada à oração e meditação. Os Salmos estiveram sempre em seus lábios, e recitava o Divino Ofício em voz alta, com os assistentes no que ia até à área rural a fim de cumprir com seus deveres episcopais.
Wolstan foi o último bispo inglês que foi nomeado por um rei saxão, o último representante episcopal representante da Igreja de Bede e de Cuthbert, e o enlace entre estas igrejas e a Igreja de Lanfranc e Anselmo. Logo da conquista, quando quase todos os saxões nobres e o clero foi despojado de suas oficinas e honras a favor dos normandos, Wolstan reteve sua sede, e gradualmente foi ganhando a estima e a confiança tanto de Lanfranc e do próprio conquistador.
Aelred de Rievaulx conta a lenda de quando se lhe pediu que renunciasse a ser bispo, e de como colocou sua cruz frente ao túmulo de Eduardo o Confessor em Westminster. A cruz se manteve fixa, como um símbolo do céu de que o santo bispo devia permanecer em seu cargo. Sobreviveu tanto a Guillermo o Conquistador, como a Lanfranc, e foi um dos que consagrou a Santo Anselmo.
Outros Santos e Beatos
Santa Ascla, mártir
Na cidade de Antinoe, na Tebaida (hoje Egipto), santa Ascla, mártir, que não temeu as ameaças do juiz, dado que lhe causava muito mais temor renegar de Cristo, e depois de variados tormentos, foi atirado ao rio (s. IV) Santo Esteban Min Kuk-ka, mártir
Santo Eutímio, abade
Na Palestina, santo Eutímio, abade, que, nascido na Arménia e consagrado a Deus desde a infância, foi a Jerusalém e, depois muitos anos passados na solidão, no final de sua vida, fiel e esforçado na humildade e na caridade, morreu deixando exemplo de observância e disciplina (473).
Beato Benito Ricasoli, monge eremita
No mosteiro de Coltibuono, na Toscana (hoje Itália), beato Benito Ricasoli, eremita da Congregação de Valumbrosa (c. 1107).
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português por António Fonseca
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