terça-feira, 26 de janeiro de 2010

26 de JANEIRO de 2010 – SANTOS DO DIA

 

SANTOS DO DIA DE HOJE  - 26 de Janeiro de 2010

Timóteo e Tito, Santos
Janeiro 26   -  Bispos

Timoteo y Tito, Santos

Timóteo e Tito, Santos

Bispos e Discípulos de São Paulo

Martirológio Romano: Memória dos santos Timóteo e Tito, bispos e discípulos do apóstolo são Paulo, que o ajudaram em seu ministério e presidiram às Igrejas de Éfeso e de Creta, respectivamente. Lhes foram dirigidas cartas por seu mestre que contêm sábias advertências para os pastores, com vista da formação dos fieis (s. I).
Etimologia: Timóteo = Aquele que sente amor ou adoração a Deus, é de origem grega.
Tito = Aquele que é protegido e honrado, é de origem latina.

São Paulo nomeou bispos a Timóteo e Tito, seus discípulos e colaboradores.
Os Santos Timóteo e Tito viveram na órbita do grande apóstolo das Gentes, e o novo calendário os coloca depois da festa da “conversão” de São Paulo.
Timóteo á a imagem do discípulo exemplar: obediente, discreto, eficaz, valente. Por estas qualidades Paulo quis que fosse seu companheiro de apostolado, em vez de João Marcos, durante a segunda viagem missionária no ano 50.
Havia nascido em Listra, onde Paulo o encontrou durante a primeira viagem, e foi dos primeiros convertidos ao Evangelho; havia sido educado na religião hebraica pela avó Loida e pela mãe Eunice. Desde seu encontro com Paulo, seguiu seu itinerário apostólico; o acompanha a Filipos e a Tessalónica.
Depois os encontramos juntos em Atenas, em Corinto, em Éfeso e finalmente em Roma durante o primeiro cativeiro de Paulo. Foi um infatigável “viajante enviado” pelo apóstolo das Gentes, e manteve os contactos entre Paulo e as jovens comunidades cristãs fundadas por ele.
A miúdo lhe levava as cartas e lhe dava notícias respeito das mesmas comunidades. Entre  63 e 66, quando recebeu a primeira carta que lhe enviou Paulo, Timóteo era o chefe da Igreja de Éfeso. Desde Roma Paulo lhe escreveu uma segunda carta, convidando-o a visitá-lo antes do inverno. É comovedora a petição do ancião apóstolo ao “filho Timóteo, para que lhe levasse o abrigo que havia deixado em Tróade, pois lhe servia para o frio na cadeia de Roma. Timóteo esteve presente no martírio de Paulo; depois regressou definitivamente à sede de Éfeso, onde, segundo uma antiga tradição, morreu mártir no ano 97. 
O segundo fiel colaborador de Paulo foi São Tito, de origem pagã. Convertido e baptizado pelo próprio apóstolo, que o chama “filho meu”, se encontra em companhia de Paulo em Jerusalém, no ano 49. Fez com ele a terceira viagem missionária e foi Tito que levou a “carta das lágrimas” de Paulo aos fieis de Corinto, entre os quais restabeleceu a harmonia e organizou a colecta para os pobres de Jerusalém.
Depois do cativeiro de Roma, Paulo, de passagem por Creta, deixou aí a Tito com a missão de organizar a primeira comunidade cristã. Aqui recebeu a carta de Paulo. É um documento muito importante, porque nos informa sobre a vida interna da Igreja apostólica. Depois Tito foi a Roma onde seu Mestre, que o mandou provavelmente a evangelizar a Dalmácia, onde ainda hoje está muito difundido seu culto. Uma antiga tradição, historicamente não confirmada, diz que Tito morreu em Creta, de idade muito avançada.

A título informativo, poderão consultar o meu blogue de 28-01-2009 (curiosamente há quase um ano…)– que nessa data se intitulava CONFERÊNCIA VICENTINA DE SÃO PAULO no qual foram publicadas as Cartas de S. Paulo a Timóteo (2) e a Tito (1) – com transcrição através do site de www.ecclesia.pt . António Fonseca

Miguel Kozal, Beato
Janeiro 26    -  Bispo e Mártir

Miguel Kozal, Beato

Miguel Kozal, Beato

Bispo e Mártir

Martirológio Romano: Perto da cidade de Munich, na Alemanha, beato Miguel Kozal, bispo auxiliar de Wloclawek, na Polónia, e mártir, que sob o regime nazi, por defender a fé e a liberdade da Igreja, passou com grande paciência três anos no campo de concentração de Dachau, até consumar seu martírio (1943).
Etimologia: Miguel = Deus é justo, é de origem hebraica. 
O Beato Miguel Kozal é um dos muitos filhos de Polónia, que testemunharam com sua fé forte, sua identidade de católicos, morrendo por milhares nos tristemente célebres campos alemães de concentração e de extermínio. O Papa João Paulo II o beatificou em Varsóvia em 14 de Junho de 1987, durante uma de suas primeiras peregrinações a sua pátria: Polónia.
Michael Kozal nasceu em 25 de Setembro de 1893 num pequeno povo chamado Nowy Folwark, da paróquia de Krotoszyn, na arquidiocese de Poznan na Polónia. Seus pais foram John Kozal e Marianna Placzek.
Cresceu e foi educado numa família numerosa que era pobre mas muito religiosa. Foi un aluno exemplar na escola elementar, demonstrando uma afeição inata para todo aquilo que era sagrado. Em 27 de Abril de 1905 entrou para o ginásio Krotoszyn em que assistiu por nove anos, sendo sempre o primeiro da classe.
Neste período conheceu a organização católica clandestina denominada “Associação Tomás Zen”, a mesma que se opunha à política de “’alemanhização’ ou ‘germanização’” da educação nas escolas e da qual nos últimos anos de estudo chegou a ser seu presidente.
Depois de sua graduação em 1914, Michael Kozal ingressou no seminário Leonium de Poznan, seus estudos foram afectados por causa da Primeira Guerra Mundial, pelo que os terminou em Gniezno, sendo então ordenado como presbítero em 23 de Fevereiro de 1918 em cerimónia realizada na catedral.
Nos anos seguintes ele teve várias saídas pastorais para alguns povos, cujos nomes são muito difíceis de pronunciar e ler para nós, sendo muito reconhecido pelo zelo e dedicação com que efectuava seu labor, enquanto completava seus estudos teológicos com excelentes resultados. 
O Cardeal Edmundo Dalbor arcebispo de Gniezno, em 29 de Setembro de 1922 o nomeou prefeito da escola católica feminina de humanidades de Bydgoszcz, e em 1927 nomeou-o director espiritual do Seminário Maior de Gniezno.
Sua obra sacerdotal e seu guia espiritual, teve tanto êxito que em 25 de Setembro de 1929 foi nomeado reitor do seminário, apesar do facto que entre todos os mestres ele era o único que não tinha um título académico.
Haviam transcorrido quase dez anos, marcados por uma direcção prudente e exemplar aos estudantes, quando em 12 de Junho de 1939 o Papa Pío XII o nomeou bispo auxiliar de Wloclawek com o título de bispo titular de Lappa, foi consagrado na Catedral da cidade em 13 de Agosto de 1939.
Uns dias depois, em 1 de Setembro, as tropas nazis invadiram Polónia e rebentou a Segunda Guerra Mundial, que tantos horrores e devastação trouxe ao mundo inteiro. O Bispo Kozal voltou a ser um ponto de referência e de esperança para as assustadas pessoas de Wloclawek, e pese o insistente convite das autoridades a que se marchasse, ele decidiu permanecer junto aos fregueses e administrar a diocese, dado que em 6 de Setembro Monsenhor Radonski, bispo titular, abandonara a cidade.
Seu serviço pastoral durou apenas 22 meses; os alemães entraram na cidade em 14 de Setembro, e imediatamente iniciaram um sistemático desmantelamento da actividade eclesial, as publicações católicas foram suprimidas, confiscaram-se edifícios que pertenciam a igrejas e instituições religiosas, e prendeu-se muito do clero.
Enfrentando o terror liberado pelos nazis, o bispo Kozal apresentou às autoridades invasoras um vigoroso protesto por abuso contra a Igreja, o que caiu em ouvidos surdos. Isto trouxe como consequência uma ordem para se apresentar perante a Gestapo. Nesta reunião lhe indicaram, entre outras coisas, que suas homilias deviam ser em alemão, e dado que ele não esteve de acordo se ordenou sua prisão.
De facto, em 7 de Novembro de 1939, foi preso junto a outros sacerdotes, e levado à cadeia da cidade onde foi torturado e isolado. Em 16 de Janeiro de 1940, junto a outros sacerdotes e seminaristas do instituto Salesiano, foi transferido a Lad sob prisão domiciliária, onde ele poderá secretamente contactar com a diocese e poderá reorganizar o seminário.
Desde sua janela, ele podia ver passar a multidão de desportistas, mas não tinha ilusões sobre seu destino, inclusive decidiu oferecer sua vida a Deus para a salvação da Igreja e de sua querida Polónia.
Outros clérigos eram deportados a vários campos de concentração, mas Monsenhor Miguel Kozal, junto com sete sacerdotes e um diácono, permanecia todavia em Lad, até que, pese os esforços da Santa Sede por os salvar, em 3 de Abril de 1941, foram levados ao campo de concentração de Inowroclaw, onde o obispo reportou lesões em suas pernas e toda a orelha esquerda, pela tortura infligida pelos nazis.
Em 25 de Abril de 1941, eles foram transferidos ao famoso campo de Dachau em que o bispo Kozal recebeu o número 24544; ali as torturas eram uma constante periódica, especialmente para os sacerdotes católicos, além disso houve uma epidemia de tifo que caiu sobre grande parte dos deportados.
Mons. Kozal foi ferido pela enfermidade em forma severa, 25 de Janeiro de 1943, junto com um primo de seu pai Ceslao Kozal, foi transferido a uma cabana chamada “Revier”, ao dia seguinte foi visitado por um grupo de doutores, seu líder lhe aplicou uma injecção no braço direito e aos poucos minutos Mons. Kozal expirou. O testemunho de sua parente seria crucial, já que este alcançou a ouvir que alguém do grupo de médicos dizia: “Assim será mais fácil o caminho à eternidade”. Se desconhece o veneno que lhe foi injectado, seu corpo foi incinerado no crematório de Dachau em 30 de Janeiro de 1943.
Na catedral de Wloclawek foi colocada em 1954 uma lápida monumental que comemora o martírio de Bispo Miguel Kozal e outros 220 sacerdotes da diocese que morreram em Dachau. O dia da celebração litúrgica do Beato Miguel Kozal é em 26 de Janeiro.


Se alguém tiver alguma informação relevante para a canonização do Beato Miguel, contacte a:
Kuria Diecezjalna
ul. Gdanska 2, 87-800
Wloclawek, POLAND

Paula, Santa
Janeiro 26   -  Padroeira das Viúvas

Paula, Santa

Paula, Santa

Padroeira das Viúvas

Martirológio Romano: Em Belém, de Judeia, morte de santa Paula, viúva, a qual pertencia a uma nobre família senatorial e, renunciando a todo, distribuiu seus bens entre os pobres, retirando-se com sua filha, a beata virgem Eustochio, junto ao presépio do Senhor (404).
Santa Paula nasceu em 5 de Maio de 347. Por parte de sua mãe, tinha parentesco com os Escipiones, com os Gracos e Paulo Emílio. Seu pai pretendia ser descendente de Agamenón. Paula teve um filho, chamado Toxocio como seu marido e quatro filhas: Blesila, Paulina, Eustochio e Rufina.
Paula era muito virtuosa como mulher casada e com seu marido edificaram em Roma com seu exemplo. Sem embargo ela tinha seus defeitos, particularmente o de certo amor à vida mundana, o qual era difícil de evitar por sua alta posição social. Ao princípio Paula não se dava conta desta secreta tendência de seu coração, mas a morte de seu esposo, ocorrida quando ela tinha 33 anos, lhe abriu os olhos. Sua pena foi imoderada até ao momento em que sua amiga Santa Marcela, uma viúva romana que assombrava com suas penitências, a persuadiu de que se entregasse totalmente a Deus. A partir de então, Paula viveu na maior austeridade.
Sua comida era muito simples, e não bebia vinho; dormia no chão, sobre um saco; renunciou por completo às diversões e à vida social; e repartiu entre os pobres tudo aquilo que lhe pertencia e evitou o que pudesse distraí-la de suas boas obras. 
Numa ocasião ofereceu hospitalidade a Santo Epifânio de Salamis e a São Paulino de Antioquia, quando foram a Roma. Eles lhe apresentaram a São Jerónimo, com quem a santa esteve estreitamente associada no serviço de Deus enquanto viveu em Roma, sob o Papa São Dâmaso.
Santa Blesila, a filha mais velha de Santa Paula, morreu subitamente, coisa que fez sofrer muito a piedosa viúva. São Jerónimo, que acabava de voltar de Belém, lhe escreveu uma carta de consolo, em que não deixava de repreendê-la pela pena excessiva que manifestava sem pensar que sua filha havia ido a receber o prémio celestial. Paulina, sua segunda filha, estava casada com São Pamáquio, e morreu sete anos antes que sua mãe. Santa Eustóquio, sua terceira filha, foi sua inseparável companheira. Rufina morreu sendo ainda jovem.
Quanto mais progredia Santa Paula no gosto das coisas divinas, mais insuportável se lhe fazia a tumultuosa vida da cidade. A santa suspirava pelo deserto, e desejava viver numa ermida, sem ter outra coisa em que se ocupar mais que pensar em Deus. Determinou, pois, deixar sua casa, sua família e seus amigos e partir de Roma. Ainda que era a mais amante das mães, as lágrimas de Toxócio e Rufina não lograram desviá-la de seu propósito. Santa Paula embarcou com sua filha Eustóquio, o ano 385; visitou a Santo Epifânio em Chipre, e se reuniu com São Jerónimo e outros peregrinos em Antioquia. Os peregrinos visitaram os Santos Lugares de Palestina e foram ao Egipto a ver os monges e anacoretas do deserto. Um ano mais tarde chegaram a Belém, onde Santa Paula e Santa Eustóquio ficaram sob a direcção de São Jerónimo.
As duas santas viveram numa choça, até que se acabou de construir o mosteiro para homens e os três mosteiros para mulheres. Estes últimos constituíam propriamente uma só casa, já que as três comunidades se reuniam noite e dia na capela para o ofício divino, e aos domingos na Igreja próxima. A alimentação era escassa e má, os jejuns frequentes e severos.
Todas as religiosas exerciam algum ofício e teciam vestidos para si e para os demais. Todos vestiam um hábito idêntico. Nenhum homem podia entrar no recinto dos mosteiros. Paula governava com grande caridade e discrição. Era a primeira a cumprir as regras, e participava, como Eustóquio, nos trabalhos da casa. Se alguma religiosa se mostrava loquaz ou airada, sua penitência consistia em isolar-se da comunidade, colocar-se em última nas filas, orar fora das portas e comer aparte, durante algum tempo. Paula queria que o amor à pobreza se manifestasse também nos edifícios e igrejas, que eram construções baixas e sem nenhum adorno caro. Segundo a santa, era preferível repartir o dinheiro entre os pobres, membros vivos de Cristo.
Paládio afirma que Santa Paula se ocupava em atender a São Jerónimo, e foi a este de grande utilidade em seus trabalhos bíblicos, pois seu pai lhe havia ensinado o grego e na Palestina havia aprendido suficiente hebreu para cantar os salmos na língua original. Ademais, São Jerónimo a havia iniciado nas questões exegéticas o bastante para que Paula pudesse seguir com interesse sua desagradável discussão com o bispo João de Jerusalém sobre o origenismo. Os últimos anos da santa se viram ensombrados por esta disputa e pelas preocupações económicas que sua generosidade havia produzido. Toxócio, o filho de Santa Paula, se casou com Leta, a filha de um sacerdote pagão, que era cristã. Ambos foram fieis imitadores da vida de sua mãe e enviaram a sua filha Paula a educar-se em Jerusalém ao cuidado de sua avó. Paula, a jovem, sucedeu a Santa Paula no governo dos mosteiros. São Jerónimo enviou a Leta alguns conselhos para a educação de sua filha, que todos os pais deveriam ler. Deus chamou a si a Santa Paula aos 56 anos de idade. Durante sua última enfermidade, a santa repetia incansavelmente os versos dos salmos que expressavam o desejo de alma de ver a Jerusalém celestial e de unir-se com Deus.
Quando perdeu a fala, Santa Paula fazia o sinal da cruz sobre seus lábios. Morreu na paz do senhor, em 26 de Janeiro do ano 404.
Santa Paula, roga por nós.

Albérico, Santo
Janeiro 26   -  Abade

Alberico, Santo

Albérico, Santo

Abade

Martirológio Romano: No mosteiro de Cister, na Borgonha (hoje França), santo Albérico, abade, que, sendo monge em Molesmes, foi um dos primeiros religiosos que fundaram o novo mosteiro e, havendo sido eleito abade, dirigiu o cenóbio sobressaindo por seu zelo em procurar a formação de seus monges, como verdadeiro amante da Regra e dos irmãos (1109).
Os esforços de Santo Albérico por encontrar um instituto religioso que correspondesse a suas aspirações de grande perfeição arrojam uma luz que nos faz tremular, sobre o temperamento de aço dos monges do século XII. Não sabemos nada da meninice de Albérico. Quando ouvimos falar dele por primeira vez, formava parte de um grupo de sete ermitãos que viviam no bosque de Collan, não longe de Chatillon-sur-Seine. Aí habitava certo abade Roberto, homem de boa família e muito reputado por sua virtude. Apesar de que havia fracassado anteriormente no governo de uma comunidade de monges revoltosos, os ermitãos lograram com certa dificuldade que Roberto aceitasse ser seu superior, e em 1075, emigraram para as cercanias de Molesmes, onde construíram um mosteiro. Roberto era o abade e Albérico o prior. Cedo começaram a chover regalos no mosteiro; a comunidade aumentou, mas o fervor decaiu. Durante certa época, um grupo de monges se rebelou contra a disciplina religiosa. Roberto, desalentado, se retirou do mosteiro. Albérico ocupou seu lugar e intentou restabelecer a ordem; mas os monges o feriram e o encerraram finalmente. Albérico e um inglês chamado Esteban Harding, não podendo já suportar tal estado de coisas, abandonaram também o mosteiro. Provavelmente quando o povo se inteirou da rebelião, as esmolas começaram a escassear e então os rebeldes prometeram emenda. Roberto, Albérico e Esteban retornaram ao mosteiro. Mas cedo reapareceram os sintomas da relaxação, e Albérico parece haver lançado a ideia de partir com um grupo dos mais fervorosos a fundar aparte uma comunidade mais observante.
Assim se fez e, em 1098, vinte e um monges se estabeleceram em Cister, um pouco ao sul de Dijon, a uns cem kilómetros de Molesmes. Tais foram os princípios da grande Ordem Cisterciense. Roberto, Albérico e Esteban foram eleitos abade, prior, e sub-prior, respectivamente. Mas pouco depois, São Roberto retornou à comunidade de Molesmes, e Albérico lhe sucedeu no cargo de abade, de maneira que a ele devem atribuir-se com toda probabilidade, algumas das principais características da reforma cisterciense. Se tratava de uma restauração da primitiva observância beneditina, mas com muito mais austeridade. Uma das manifestações externas da mudança foi a adopção do hábito branco, com escapulário negro e capucho, para os monges de coro. Segundo a lenda, esta mudança se deve a um desejo que comunicou a Santíssima Virgem a Santo Albérico numa aparição. Uma modificação mais profunda foi a instituição de uma aula especial de "fratres conversi" ou irmãos leigos, aos que se confiou o trabalho caseiro e, sobretudo, a exploração das granjas distantes do convento. Sem embargo, todos os monges estavam obrigados em alguma forma ao trabalho manual. O coro foi simplificado e abreviado; e se deixou mais tempo para a oração privada.
Albérico não governou durante muito tempo, e provavelmente muitos dos rasgos característicos na organização definitiva de Cister se devem a seu sucessor, Santo Esteban. Foi ele quem nos deixou a notícia mais pessoal sobre Santo Albérico, numa exortação que pronunciou com motivo da morte deste, ocorrida em 26 de Janeiro de 1109: "A todos nos afecta igualmente esta grande perda -disse-, e dificilmente poderei consolar-vos eu, que necessito de consolo tanto como vós. Vós haveis perdido a um pai e a um director de vossas almas; eu não só perdi a um pai e um guia, mas também a um amigo, a um companheiro de armas, a um valente soldado do Senhor, a quem nosso venerável padre Roberto havia educado com ciência e piedade admiráveis, desde os primeiros dias de nosso instituto monástico... Há ficado entre nós o corpo de nosso amado padre como uma forma de sua presença, e ele nos há levado consigo o céu em seu coração... O guerreiro há triunfado, o atleta há recebido o prémio merecido, o vencedor há ganho sua coroa; dono já do triunfo, pede que também a nós nos seja concedida a palma dos vencedores... Não choremos pelo soldado que descansa já; choremos mais por nós que seguimos em frente de batalha, e transformemos em oracões nossas palavras de tristeza, rogando a nosso padre triunfante que não permita que o leão e o feroz inimigo nos derrotem".

Outros Santos e Beatos
Janeiro 26    -  Completando o santoral deste dia

Otros Santos y Beatos

Outros Santos e Beatos

SAN JENOFONTE Y 
SU FAMILIA

Santos Jenofonte e Maria, João e Arcádio, monges


Em Jerusalém, santos Jenofonte e Maria, com seus filhos João e Arcádio, os quais, renunciando à dignidade senatorial e a todas as posses, abraçaram a vida monástica na Cidade Santa com grande devoção (s. VI).

São Teógenes, mártir

Na cidade de Hipona, na Numídia (hoje Argélia), são Teógenes, mártir, acerca do qual santo Agostinho pregou um sermão (c. 257).


SAN AGUSTÍN ERLANDSÖN

Santo Agostinho (Eystein) Erlandsön, bispo

Na cidade de Nidaros (Trondheim), na Noruega, santo Agostinho (Eystein) Erlandsön, bispo, que regeu a Igreja que lhe havia sido encomendada como primeiro bispo, procurando seu crescimento e defendendo-a ante os príncipes (1188).


Beata María de la Dive, mártir


Na região de Anjou, em França, beata María de la Dive, mártir, que, sendo viúva, foi degolada por sua fidelidade à Igreja durante a Revolução Francesa (1794).

BEATA MARÍA DE LA DIVE

 

http://es.catholic.net/santoral

Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português, por António Fonseca

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