Desenvolvimento da Igreja, Doutrina, História
O caráter divino da Igreja
Posted by Doutrina Católica ⋅ 27/10/2011 ⋅ Deixe um comentário
Filed Under apresentações, Desenvolvimento da Igreja, História da Igreja, Igreja Católica Apostólica Romana
Prof. Felipe Aquino
‘Onde está a Igreja aí está o Espírito Santo’
Pela vida da Igreja, e sua história, podemos ver com clareza a sua transcendência e divindade. Nenhuma instituição humana sobreviveu a tantos golpes, perseguições, martírios e massacres. A sua divindade provém, antes de tudo, d’Aquele que é a sua Cabeça, Jesus Cristo. Ele fez da Igreja o Seu próprio Corpo (cf. Cl 1,18).
Podemos dizer que, humanamente falando, a Igreja, como começou, tinha tudo para não dar certo. Em vez de escolher os “melhores” homens do Seu tempo: generais, filósofos gregos e romanos, entre outros, Jesus preferiu escolher doze homens simples da Galileia, naquela região desacreditada pelos próprios judeus. “Será que pode sair alguma coisa boa da Galileia?” (Jo 1,46).
Para deixar claro a todos os homens de todos os tempos e lugares, o Senhor preferiu “escolher os fracos para confundir os fortes” (I Cor 1, 27), e também para mostrar que “todo este poder extraordinário provém de Deus e não de nós” (II Cor 4,7); para que ninguém se vanglorie do serviço de Deus.
Aqueles doze homens simples, pescadores na maioria, “ganharam o mundo para Deus” na força do Espírito Santo, que o Senhor lhes deu no dia de Pentecostes. “Sereis minhas testemunhas… até os confins do mundo”(At 1, 8). Pedro e Paulo, depois de levarem a Boa Nova da salvação aos judeus e aos gentios da Ásia e Oriente Próximo, chegaram a Roma, a capital do mundo na época, e ali implantaram o Cristianismo. Pagaram com suas vidas sob a mão criminosa de Nero, no ano 64, juntamente com tantos outros mártires, que fizeram o escritor cristão Tertuliano (220) dizer que: “o sangue dos mártires era semente de novos cristãos”. Estimam os historiadores da Igreja em cem mil mártires nos três primeiros séculos. Talvez isso tenha feito os Padres da Igreja dizerem que “christianus alter Christus” (o cristão é um outro Cristo).
Mas esses homens simples venceram o maior império que até hoje o mundo já conheceu. Aquele que conquistou todo o mundo civilizado da época, não conseguiu dominar a força da fé. As perseguições se sucederam com os Césares romanos, até que Constantino, cuja mãe se tornara cristã, Santa Helena, se converteu ao Cristianismo. No ano 313 ele assinava o edito de Milão, proibindo a perseguição aos cristãos, depois de três séculos de sangue.
Mesmo depois disso surgiu um outro imperador que quis acabar com o Cristianismo, Juliano, mas deu-se por vencido, e no leito de morte exclamou: “Tu venceste, ó galileu!”. Por fim, por volta do ano 380, o imperador Teodósio tornava o Cristianismo a religião do Império. Roma fora vencida pela força da fé.
“Tu és Pedro; e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja [...] e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela” (Mt 16,18). Depois da perseguição romana, vieram as terríveis heresias. Já que o demônio não conseguiu destruir a Igreja, a partir de fora, tentava agora fazê-lo a partir de dentro. De alguns patriarcas das grandes sedes da Igreja, Constantinopla, Alexandria, etc., surgiam as falsas doutrinas, ameaçando dilacerar a Igreja por dentro. Mas, ao mesmo tempo, o Espírito Santo suscitava os grandes defensores da fé e da sã doutrina, os Padres da Igreja: Inácio de Antioquia (†107), Clemente de Roma (102), Ireneu de Lião (202), Cipriano de Cartago (258), Hilário de Poitiers (367), Cirilo de Jerusalém (386), Anastácio de Alexandria (373), Basílio (379), Gregório de Nazianzo (394), Gregório de Nissa (394), João Crisóstomo de Constantinopla (407), Ambrósio de Milão (397), Agostinho de Hipona (430), Jerônimo (420), Éfrem (373), Paulino de Nola (431), Cirilo de Alexandria (444), Leão Magno (461) e tantos outros que o Espírito Santo usou para derrotar as heresias nos diversos Concílios dos primeiros séculos.
Assim, foi vencido o perigo do arianismo de Ário, o macedonismo de Macedônio, o monofisismo de Êutiques, o monotelitismo de Sérgio, o novacionismo de Novaciano, o nestorianismo de Nestório, além de muitos erros de doutrina.
E assim, guiada pelo Espírito da Verdade (cf. Jo 16,13), que haveria de conduzi-la “a toda a verdade”, infalível e invencível, a Igreja foi caminhando até nossos dias. Entre tantos outros combates, venceu a própria miséria dos seus filhos, muitas vezes, mergulhados nas trevas do pecado; venceu os bárbaros que queriam destruir Roma e a fé; venceu os iconoclastas que queriam suprimir as imagens sagradas; venceu os déspotas e reis que queriam tomar as suas rédeas sagradas; venceu o nazismo, venceu a força diabólica do comunismo que fez tantos mártires; enfim, venceu… venceu… e venceu…., não com a força das armas e do ódio, mas com a força invencível da fé e do amor.
Certa vez Stalin, ditador soviético, para desafiar a Igreja, perguntou quantas legiões de soldados tinha o Papa; é pena que não sobrevivesse até hoje para ver o que aconteceu com o comunismo. Jesus deixou a Sua Igreja na terra, como “Lumen Gentium”, a luz do mundo, até que Ele volte. Todas as outras igrejas cristãs são derivadas da Igreja Católica; as ortodoxas romperam com ela em 1050; as protestantes em 1517; a anglicana, em 1534, entre outras. Só a Igreja Católica existia no século I, no século V, no século X, no século XX; só ela tem uma história ininterrupta de 20 séculos; ensinando, sem erro, o que Cristo entregou aos Apóstolos, sem omitir nada. A sucessão dos Papas é ininterrupta desde São Pedro. Isso é um fato inigualado por qualquer outra instituição humana em toda a história. Por isso, nenhuma outra igreja pode pretender ser a Igreja que Jesus fundou. Só ela é como Jesus quis: una, santa, católica e apostólica.
A Igreja, portanto, é mais do que uma simples instituição humana, é divina; por isso, ela é como afirmou São Paulo: “A coluna e o sustentáculo da verdade” (cf. I Tm 3, 15). Assim como aquela coluna de fogo guiou os israelitas no deserto, a Igreja nos guia até o céu. Os Padres da Igreja cunharam aquela frase que ficou marcada: “Ubi Petrus, ibi ecclesia; ubi ecclesia ibi Christus” (Onde está Pedro, está a Igreja; onde está a Igreja está Cristo).
Santo Ireneu (140-202) dizia que “onde está a Igreja aí está o Espírito Santo”. E Santo Inácio de Antioquia (†107), já no primeiro século, ensinava: “Onde está Cristo Jesus, aí está a Igreja Católica”. No século IV, Santo Agostinho repetia que: “Onde está a Igreja, aí está o Espírito de Deus. Na medida que alguém ama a Igreja é que possui o Espírito Santo [...]. Fazei-vos Corpo de Cristo se quereis viver do Espírito de Cristo. Somente o Corpo de Cristo vive do seu Espírito”.
Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/category/historia-da-igreja/
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NEWSLETTER 27/10/2011
NOTÍCIAS
AGENDA
TUNÍSIA: Extremistas são os vencedores da Primavera Árabe?
O mundo segue com atenção a evolução política na Tunísia e o resultado das primeiras eleições livres, em 23 anos...
BRAGA: Jovens bracarenses reafirmam "Hi God"
A Fundação AIS, em parceria com a Comissão Arquidiocesana de Justiça e Paz (Braga), irá dinamizar uma parte deste encontro, cujo tema é a Liberdade Religiosa...
CATÁLOGO
ORAÇÃO
OFERTA DE MISSA
Há inúmeras razões para oferecer a alguém próximo de si, este presente espiritual...
ADOPTE UM SACERDOTE
Reze pelas vocações sacerdotais e pela santificação dos sacerdotes...
© Fundação AIS, 2011
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LEITURA ORANTE
Lc 6,12-19 - Entre os apóstolos, Simão e Judas Tadeu
Posted: 27 Oct 2011 07:01 PM PDT
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na minha Bíblia, o texto: Lc 6,12-19 e observo pessoas e as atitudes de Jesus.
Naquela ocasião Jesus subiu um monte para orar e passou a noite orando a Deus. Quando amanheceu, chamou os seus discípulos e escolheu doze deles. E deu o nome de apóstolos a estes doze: Simão, em quem pôs o nome de Pedro, e o seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu; Simão, o nacionalista; Judas, filho de Tiago; e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
Jesus desceu do monte com eles e parou com muitos dos seus seguidores num lugar plano. Uma grande multidão estava ali. Era gente de toda a Judeia, de Jerusalém e das cidades de Tiro e Sidom, que ficam na beira do mar. Eles tinham vindo para ouvir Jesus e para serem curados das suas doenças. Os que estavam atormentados por espíritos maus também vieram e foram curados. Todos queriam tocar em Jesus porque dele saía um poder que curava todas as pessoas.
Lucas registra a oração de Jesus durante toda a noite. Afasta-se da multidão e dos opositores hostis, subindo à montanha para a oração. De manhã, chama seus discípulos escolhendo entre eles doze a quem chamou apóstolos. Jesus não chamou para seu grupo os mais preparados do seu tempo, mas, os mais disponíveis. Chamou simples pescadores – Pedro, André, Tiago, João. Chamou o cobrador de impostos. Chamou gente simples. Não significa que discriminou. Apenas, significa que o coração mais simples está livre de muitas preocupações e têm espaço para acolher. E os chamados receberam a missão de enviados – “apóstolos” - para anunciar o Reino, expulsar os espíritos maus e curar todas as doenças, uma missão de libertar as pessoas de todos os males.
2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo? Pelo Batismo recebi a missão de discípulo e de missionário de Jesus. Os bispos da América Latina disseram em Aparecida: “Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir “à outra margem”, àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente”. (DAp 376). Cristo me chama também pelo nome. Como é a minha disponibilidade?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? Sendo o dia do apóstolo Judas Tadeu, faço minha oração com todo o povo que o recorda hoje:
Oração a São Judas Tadeu
São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo,
eu vos saúdo e louvo pela fidelidade e amor
com que cumpristes vossa missão.
Chamado e enviado por Jesus,
sois uma das doze colunas que sustentam
a verdadeira Igreja, fundada por Cristo.
Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo
e auxiliadas por vossa oração,
encontram o caminho para o Pai,
abrem o coração aos irmãos
e descobrem forças para vencer o pecado
e superar todo o mal.
Quero imitar-vos, comprometendo- me
com Cristo e com sua Igreja,
por uma decidida conversão a Deus e ao próximo,
especialmente o mais pobre.
E, assim convertido, assumirei a missão de viver
e anunciar o Evangelho,
como membro ativo de minha comunidade.
Espero, então, alcançar de Deus a graça que imploro
confiando na vossa poderosa intercessão.
(Faça o pedido da graça a ser alcançada…)
São Judas Tadeu, rogai por nós!
Amém!
4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou demonstrar pela vida que caminho com Jesus Mestre para anunciar onde vivo, trabalho, estudo; por onde passo deixo os sinais da proposta de Jesus Cristo.
Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.
AGORA, um gesto concreto:
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O QUE É INTERCESSÃO?
COMO OS SANTOS CONSEGUEM OUVIR NOSSAS ORAÇÕES?
É PECADO PEDIR SUAS INTERCESSÕES?
É PECADO MANTER A RELÍQUIA DOS SANTOS?
http://jesusecatolico.blogspot.com/2011/10/intercessao-dos-santos.html
INTERCESSÃO DOS SANTOS
Dowgllazz Silva pergunta:
Porque os católicos rezam para santos além de rezar para Deus ? muitos deles nem estão na bíblia, só foram criados pela mente humana...
Caro Douglas:
Em nenhum lugar a Sagrada Escritura condena a veneração (coisa diferente de adoração, algo reservado somente a Deus) aos homens e mulheres de Deus, aliás, a Bíblia até incentiva a honra aos santos (santo não significa que seja santo como Deus, mas que é uma pessoa temente a Deus, que se salvou - no Novo Testamento vemos essa palavra muitas vezes empregada aos que se converteram).
Veja em segundo Reis 13, 20-21, o caso de Eliseu em que Deus cura através de suas relíquias (o que sempre acontece na Igreja de Jesus Cristo).
Em Eclesiástico 48,12, vemos a veneração do nome de Elias pelos judeus, um santo profeta de Deus:
"Quando Elias foi envolvido pelo turbilhão, Eliseu ficou repleto do espírito dele. Durante a vida, Eliseu não tremeu diante dos poderosos, e ninguém conseguiu dominá-lo. Nada era difícil demais para ele e, mesmo morto, ainda profetizou. Durante a vida realizou prodígios e, depois de morto, suas obras foram maravilhosas”.
No segundo livro dos Reis capítulo 2 vemos Eliseu utilizando uma relíquia de Elias:
"Então Elias pegou o manto, o enrolou e
bateu com ele na água. A água se dividiu em duas partes, de tal modo que os dois passaram o rio sem molhar os pés. [...] Pegou o manto de Elias, que havia caído, e voltou para a margem do Jordão. Segurando o manto de Elias, bateu com ele na água, dizendo: “Onde está Javé, o Deus de Elias?”Bateu na água, que se dividiu em duas partes. E ele atravessou o rio.”
Usava-se as relíquias de Paulo para realizar milagres:
"Deus fazia milagres extraordinários por INTERMÉDIO de Paulo, a tal ponto que bastava aplicar aos doentes os lenços e as roupas que tinham estado em contato com o seu corpo, para que as doenças e os espíritos malignos os deixassem.” (Atos 19,1).
Por intermédio de são Paulo, por sua intercessão Deus realizava vários e vários milagres.
Em Atos 5,12-13 vemos o povo venerando e honrando os Apóstolos:
“Muitos sinais e prodígios eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se congregavam, bem unidos, no Pórtico de Salomão. Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito.”
Vemos o povo de Israel honrando e venerando o patriarca Abraão
(São João 8 e Gálatas 3, 7).
Paulo considera Estevão mártir santo (cf. At 22, 20).
Deus mesmo honra seus santos, os ama e lhes aceita os pedidos, mesmo em vida, imagine depois de estarem com o Senhor!
Veja os mortos santos (= salvos) intercedendo diante de Deus:
“E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?” (Apocalipse 6).
E a Sagrada Escritura é clara a respeito da intercessão dos salvos (isto é, dos santos):
“E veio um outro anjo que se colocou perto do altar, com um turíbulo de ouro. Ele recebeu uma grande quantidade de incenso, para oferecê-lo com as orações de todos os santos, no altar de ouro que está diante do trono. E da mão do anjo subia até Deus a fumaça do incenso com as orações dos santos.” (Apocalipse 8, 3-4)
A Igreja, desde os primórdios, e vê-se isso nos escritos do século I e II, que acreditava na intercessão dos mortos que foram salvos. Pelos méritos de Cristo, essas pessoas que foram salvas e já estão junto com o Senhor após sua morte, podem interceder pelos que ainda estão vivos.
A Igreja crê na Comunhão dos santos, isto é, a Igreja não é mutilada quando os seus fiéis morrem, mas a Comunhão da oração e dos seus dons se mantém.
A Igreja na eternidade e a Igreja na Terra é a mesma e única Igreja de Cristo, essa Comunhão não se acaba após a morte, muito pelo contrário, se intensifica. Os mortos estão vivos em Cristo e mantém contato através das orações e das bênçãos que recebem através de suas orações.
“E ele (Deus) nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez sentar nos céus, em virtude de nossa união com Cristo Jesus!” (Efésios 2, 6)
Por estarem os salvos (= santos) nos Céus, como se viu no Apocalipse 6 e 8, estão mais intimamente ligados ao Senhor, e pelos méritos de Cristo Jesus, conseguem de Deus graças para os que estão aqui neste mundo em busca de Deus.
E podemos pedir a eles graças, curas e milagres. Por que não? Não existe uma só proibição bíblica ou na Tradição da Igreja que nos motive a não pedir a um salvo no Céu, pela sua oração, alguma graça específica. Se em vida podemos pedir a intercessão dos que estão no caminho de Deus, por que não podemos pedir a eles depois que já estão nos Céus, assentados com Cristo à direita de Deus?
E como eles saberiam de nossas orações se não são oniscientes? Na onisciência de Deus, pela revelação de Deus a eles, os santos assistem os caminhos dos homens e da Igreja na Terra, veja em Apocalipse 6 que os santos mortos intercedem para que Deus faça justiça por aqueles que no mundo são perseguidos e até mortos pelo Reino de Deus.
Nós vemos também isto na parábola do Lázaro e do rico em que o rico assiste, mesmo depois de morto, e ainda estando no inferno, os seus parentes que ainda não se converteram dos seus caminhos errados e até intercede por eles, mas sem sucesso porque ele não está salvo (São Lucas 16). Imagine os santos que estão em completa comunhão com Deus!
Vemos isto até pela Palavra de Nosso Deus Jesus Cristo. No evangelho de S. Mateus (22, 30), Jesus Cristo ensina que os "santos são como os anjos de Deus no céu". Zacarias diz: "que o anjo intercedeu por Jerusalém ao Senhor dos exércitos" (1, 12 -13).
No Livro de Jeremias vemos:
"E o Senhor disse-me: ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, a minha alma não se inclinaria para este povo; tira-os da minha face e retirem-se."
(Jeremias 15, 1 ss).
No tempo de Jeremias, estavam mortos Moisés e Samuel, mas sua possível intercessão é confirmada pelas palavras do próprio Deus: "ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim...", quer dizer que eles poderiam se colocar diante de Deus para pedir clemência para com aquele povo. Em outras palavras, Deus deixa clara a possibilidade da intercessão após a morte.
Algumas vezes nem recebemos algumas graças porque não as pedimos pela intercessão de nossos irmãos, mostrando assim nossa humildade em recorrer a outra pessoa mais próxima da Majestade Divina de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Vemos no Livro de Jó:
"Tomai sete touros... e ide a meu servo Job... o meu servo Job... orará por vós e admitirei propício a sua face" (Jo 42, 8).
Deus somente “reconciliou” Consigo os amigos de Jó após a intercessão de seu servo Jó. Não adiantava eles orarem por eles mesmos.
No capítulo 12 de Números vemos que Miriam e Arão, irmãos de Moisés, foram punidos por Deus porque falaram mal de Moisés. Mas, por suas próprias orações não puderam ser curados de suas punições, e só foram curados mediante a intercessão de Moisés.
No capítulo 15 do Evangelho de São Mateus vemos que o Senhor Jesus não ouve as orações da Cananeia, porém, quando os Apóstolos intercedem por ela, Ele se digna ouvi-la. Eis aí o poder de intercessão da Igreja e dos santos (=salvos).
Jesus é o Sumo Sacerdote diante do Pai (isto é, o Grande Intercessor, o Grande Mediador), mas em Cristo também somos sacerdotes (sacerdote é aquele que intercede, oferece sacrifícios e media), veja:
‘‘Aquele que nos ama, que nos lavou de nossos pecados no seu sangue, e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e Seu Pai.” (Apocalipse 1,9)
‘‘Cantavam um cântico novo, dizendo: Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhes os selos, porque foste imolado , e resgataste para Deus, ao preço de Seu Sangue, homens de toda tribo, língua, povo e raça; e deles fizeste para nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinam sobre a terra’‘ (Apocalipse 5,9-10)
“Vos tornais os materiais desse edifício espiritual, um sacerdócio santo para oferecer vítimas espirituais a Deus, por Jesus Cristo.” (1 Pedro 2,4-5)
Então interceder a Deus não é errado, e pode-se pedir oração aos santos que habitam os céus para que orem por nós ao Senhor, por meio dos méritos infinitos de nosso Senhor Jesus Cristo, para nossas necessidades espirituais e humanas. Eles as ouvem pelo poder de Deus e podem interceder por nós diante do Trono do Altíssimo, porque eles O estão contemplando face a face.
Espero ter sido claro a respeito dessa Verdade bíblica.
A Jesus a glória e a nós a Misericórdia!
tt
Postado por TT Anderson às 08:38
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