sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Notícias de blogs Católicos - 21-Outubro-2011

Transcrição de textos de vários blogs católicos que eu subscrevo: Fratres in Unum; Cefascast; Telefone Esperança Portugal – Leitura Orante; Biblía Católica News;

 

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Desmitificando o Concílio: enfrentar a realidade para acordar a Bela Adormecida. Franciscanos da Imaculada promovem livro sobre Vaticano II.

by G. M. Ferretti

 

Na Idade da confusão [1], um livro que esclarece

Por Cristina Siccardi - Approfondimenti di “Fides Catholica”

Tradução: Giulia D'Amore, a quem agradecemos a gentileza.

A primeira apresentação do livro de Gnocchi-Palmaro [2], A Bela Adormecida. Porque depois do Vaticano II a Igreja entrou em crise. Porque despertará (Ed. Vallecchi), despertou um vivíssimo interesse entre as pessoas reunidas sábado, 15 de outubro, na maravilhosa e antiga Igreja de Todos os Santos dos Franciscanos da Imaculada, de Florença, onde foi celebrada, antes da conferência, a Santa Missa no rito tridentino oficiada pelo Pe. Serafino Lanzetta [Franciscano da Imaculada].

Estavam presentes, à mesa dos palestrantes, o próprio Pe. Lanzetta, o Prof. Pucci Cipriani, o Prof. Mario Palmaro e o Dr. Paolo Deotto, diretor de Riscossa Cristiana [3]. Este encontro foi melhor resposta para o artigo que Alberto Melloni [4] havia escrito no ‘Corriere fiorentino’ [5] um dia antes; jornal que dedicou, no dia da reunião, uma página inteira ao evento. O expoente da Escola de Bologna [6], que fez do Concílio Vaticano II um mito intocável, usou em seu artigo tons insolentes e rudes contra quem sustenta que a Igreja sofreu um trauma com seu XXI Concílio. A medicina nos ensina que dos traumas se consegue muitas vezes sarar somente descobrindo as causas que os geraram... Tampar o sol com a peneira [7] ou repetir enfurecidamente que o Concílio não é o problema, mas que, quando muito, os problemas surgiram porque as directrizes conciliares não foram executadas suficientemente (os progressistas) ou porque houve más interpretações deles (os neoconservadores) não é certamente um bom serviço à Igreja.

Melloni considera os católicos que amam toda a Igreja, portanto sua Tradição, como nostálgicos que ‘comovem’. Tem dó deles e deles se compadece como se se tratasse de frustrados que esperam uma revanche: “esperam uma desforra ao invés de compreender a sua posição por aquilo que é: um movimento que chama tradição e hábitos de sua própria juventude”; e, no entanto, a Igreja de Todos os Santos estava cheia de jovens e de estudantes, assim como esses mesmos jovens se interessam pela Tradição da Igreja através das ideias que livremente circulam na Internet. Não se trata absolutamente de nostálgicos. As estatísticas, por outro lado, falam por si. Melloni não sabe que nestas reuniões e nas missas tridentinas os mais velhos são sempre o percentual menor. Na realidade, todos estes católicos querem entender o que realmente aconteceu naquele Concílio Vaticano II que tantos problemas tem criado.

Ninguém, desprovido de má-fé, pode afirmar que a Igreja tenha se beneficiado das decisões pastorais do Concílio Vaticano II. Ninguém pode dizer que tenham aumentado as vocações, que tenha aumentado o zelo, que tenham se ampliado a Fé, a Esperança e a Caridade, que haja uma boa preparação catequética nas crianças e adolescentes, que a prática religiosa tenha aumentado, que as famílias tenham sido beneficiadas, que as leis dos Países ocidentais sejam respeitosas em relação à vida humana desde a sua concepção, que a evangelização, ordenada por Jesus Cristo aos seus Apóstolos, tenha assimilado linfa nova e vital... Nada disso. Então, realmente, como disse Ralph McInerny [8], no Vaticano II algo deu errado, mas não deu errado porque, como argumentou o estudioso americano, os documentos não foram acolhidos correctamente e sua interpretação foi falsificada, mas porque o Concílio, seguindo a cultura da época, quis se desfazer, disse o padre Serafino Lanzetta, do princípio da Cruz e do sacrifício, sustentando uma tese heterodoxa “em nome da pastoralidade. Isso originou a ambiguidade, e, portanto, o Concílio se submeteu, por sua própria natureza, a múltiplas interpretações. Muitos, como resulta da análise de Melloni, pensaram que a doutrina deva adaptar-se aos tempos e não vice-versa. Hans Küng [9] sustenta, em seu livro ‘Salvemos a Igreja’, que a Igreja está em crise não for falta de Fé e de correcta pregação, mas deriva de um problema de carácter político dentro da Cúria romana, portanto da teologia romana, da teologia metafísica. Küng, como Alberigo e Melloni, argumenta que o Vaticano II queria recuperar a Igreja do primeiro milénio, considerando-o um período ideal porque a Igreja era unida e compacta: Ocidente e Oriente juntos, sem cismas, sem Protestantismo. Mas como é possível, na Igreja, não considerar o segundo milénio? Benvinda seja, então, a análise divulgadora de Gnocchi e Palmaro, que esclarece muitos pontos, gerando, no entanto, em alguns, turbamento, irritação, nervosismo”, e, sem argumentações sérias, procuram desacreditar com irreverência aqueles que consideram ‘inimigos’.

Pe. Lanzetta, que aprecia neste livro o agradabilíssimo italiano, lembrou, como bem enfatizaram Gnocchi e Palmaro em seu livro, a formidável incidência da mídia sobre o mito do Vaticano II, e isto deriva de uma filosofia de matriz kantiana: a coisa existe se aparece. O ‘Avvenire d’Italia’ [10], no período do Concílio, registrava a crónica das assembleias conciliares: as realidades sagradas eram colocadas em praça pública, em uma espécie de mentalidade ‘democrática’ que satisfazia as necessidades liberais da cultura da época. E tais crónicas relatavam tudo o que parecia ‘novo’ e ‘revolucionário’, e não a essência da Fé. Emblemático resulta o fato de que o arcebispo brasileiro Helder Pessoa Câmara [11] (conhecido como Dom Helder, 1909-1999) preferisse realizar colectivas de imprensa a falar no Concílio, pois o reputava, justamente, mais eficaz, uma vez que os Padres Conciliares se deixavam influenciar por tudo que aparecia nos meios de comunicação de massa, mais do que por aquilo que haviam ouvido nas Sessões.

“O livro de Gnocchi e Palmaro”, afirmou Pe. Lanzetta, “não é uma inquisição, um processo a Galileu [12], mas simplesmente uma análise dos fatos; é tomar consciência de um problema real. Ocorre tomar consciência de que o Concílio não é o todo, não é o divisor de águas. A Fé católica não se origina em um Concílio”. A Fé não depende da adesão ao Concílio Vaticano II, porque este não é um dogma de Fé. A Bela Adormecida ajuda a perceber um problema que não pode mais ser negligenciado.

Paolo Deotto, então, declarou que ficou satisfeito de ler o livro de Gnocchi-Palmaro, porque há muito tempo recebe, em um ritmo insistente, correspondência dos leitores de Riscossa Cristiana, na qual se percebe o desejo de compreender as questões controversas do Concílio e “o desejo de ter uma Igreja próxima e respeitada”, que não se confunde com as outras realidades terrenas de consistência líquida ou gasosa. O fiel da primeira hora conciliar restava assombrado diante dos novos eventos eclesiásticos: padres trabalhadores, padres sindicalistas, padres sociólogos, padres politiqueiros, padres guerrilheiros... quando pelo contrário, ontem como hoje, precisamos de sacerdotes que sejam sacerdotes, “necessitamos deles”, afirmou Deotto, “como do ar que respiramos”.

A comunicação da época se apropriou da temática religiosa: o Concílio Vaticano II era uma grande novidade, e jornais e TV colocaram sob os holofotes uma Igreja que, através de alguns teólogos e alguns pastores, queria emancipar-se e estar nos salões [13] da sociedade. “A Igreja queria manter-se actualizada com os tempos”; sem antagonizar ninguém, quis agradar a todos para ser amiga de todos, não olhando mais para erros e heresias, mas apenas para as coisas que unem e não dividem, “bem distante de um santo Atanásio que permaneceu firme na Fé Católica e no Deus encarnado com todas as consequências que este Credo comporta”.

A intervenção do Prof. Palmaro foi, então, cheia de significado. Ele lembrou, antes de tudo, de ter nascido em 1968, e daqueles anos lembra, em particular, uma palavra que era sempre pronunciada e praticada: ‘debate’, continuamente invocado e reclamado. Desde então, se fazem debates sobre tudo e todos. “Todavia, hoje, há quem não queira mais os debates, embora os tenha apoiado muito. Daqui nasce a intolerância, a qual esconde uma grande fraqueza: não enfrentar a realidade. Eis, então, a idade do paradoxo: onde eu e Gnocchi pudemos expressar o nosso pensamento católico? Em jornais seculares e, em particular, no ‘Il Foglio’ [14], de Giuliano Ferrara. Aqui pudemos dar espaço a uma hermenêutica de fatos católicos. Estamos dentro do que, muito provavelmente, os historiadores do futuro definirão a ‘Idade da confusão’.

Nos acusam de fazer recair todas as culpas sobre o Vaticano II, e que procuramos todas as causas dos males neste particular Concílio. Não é verdade, porque dizemos que muitos problemas doutrinais precederam o Vaticano II, como bem destaca o Prof. Roberto de Mattei [15]. De fato, aos meus alunos faço ler a encíclica de São Pio X, a Pascendi Dominici Gregis [16], onde são evidenciados e condenados os erros dos modernistas. Esta tem um carácter de definição e jurídico, e há nela uma metafísica sólida, onde a teologia é acompanhada por um pragmatismo são, que não deixa espaço à imaginação ou às fantasias utópicas.

O católico é chamado a reagir: não pode salvaguardar o que a Igreja sempre renegou. No entanto, Melloni e alguns conservadores não querem que se fale. A acusação deles é forte, usam as armas da excomunhão, ou nos consideram pobres marinheiros que discutem em uma taberna. Outro paradoxo: não podemos mais dizer a alguém que é um herético, mas, contra os católicos que instauram um ‘debate’ sério, então se diz que eles são heréticos...”. Estamos diante do paradoxo de Epiménides [17], que afirmou: ‘Todos os cretenses são mentirosos’. Mas os cretenses eram muitos, supondo que todos fossem mentirosos: como Epiménides era um cretense, então Epiménides era um mentiroso. Sua afirmação era então verdadeira, mas isto é impossível porque um mentiroso não diz a verdade. Portanto, Epiménides é um mentiroso, e sua afirmação não é verdadeira. Negar uma asserção universal como ‘Todos os cretenses são mentirosos’ equivale a dizer que há pelo menos um cretense que diz a verdade. Da mesma forma, esses escritores e estudiosos católico têm que viver, portanto, o paradoxo de Epiménides.

Palmaro ressaltou, em fim, a importância da mudança da linguagem ocorrida durante o Concílio, e os documentos da Sessão estão embebidos de novas caracterizações linguísticas. Três foram as colunas da comunicação católica:

1. A língua latina. Esta deu uniformidade à linguagem e ao sentido das palavras. Tudo era definido em latim para evitar ambiguidades de expressão, oferecendo uma solidez sã ao longo do tempo.

2. A linguagem apologética. O latim não era compreendido por todos, por isso devia haver a transferência da comunicação por um clero preparado ao povo dos fiéis: narravam-se as vidas dos santos com os livros e com as homilias, defendiam-se as razões da Igreja, e nos sermões não se usavam as citações de um Rahner [18], mas de São Jerónimo, de São Francisco... Em suma, alimentava-se a Fé.

3. A linguagem jurídica. Os conceitos eram expressos em modo de definição.

Tais cânones, no Concílio Vaticano II não os encontramos mais. De fato, explicou Palmaro, os esquemas conciliares preparados pela Cúria de Roma que contemplavam ainda estas três colunas foram descartados.

Muitos aspectos, então, presentes nos documentos conciliares são a esta altura antiquados e ultrapassados; por exemplo, a relação entre o homem e o ambiente ou o homem e a técnica, ambos caracterizados pelo irracional optimismo dos anos Sessenta. Portanto, estamos diante de outro paradoxo: há muito mais novidade em levantar tais questões do que em quem, pelo contrário, está ancorado ao ‘moderno’ de então. Portanto, enfrentar essas temáticas resulta um drama psicológico para aquela geração que cresceu no mito do Concílio. Estamos diante de um novo Muro de Berlim que cairá, inexoravelmente, como acontece com as ideologias. A Igreja não nasceu de novo com uma fictícia e almejada Pentecostes, porque a Igreja teve e tem uma única Pentecostes, não decidida pelos homens. Então, de vemos nos armar de santa paciência. Os tempos da Igreja são longos: levou quase 50 anos para levantar questões como as de hoje, e o encantamento da Bela Adormecida será quebrado também graças a obras como a de Gnocchi e Palmaro, que, como muitos outros católicos que amam a Igreja, se colocam interrogações lícitas para as quais desejam ter respostas não vagas, ambíguas, ou fugazes, mas resolutivas, e operam com o espírito de quem não quer servir-se da Igreja, mas deseja servi-la.

Cristina Siccardi


[1] NdTª.: No original: Evo confusionale.

[2] NdTª.: Alessandro Gnocchi e Mario Palmaro.

[3] NdTª.: Riscossa Cristiana (Revanche Cristã): site católico de actualidades e cultura.

[4] NdTª.: Alberto Melloni é um histórico italiano, dedicando-se à História da Igreja, em particular ao Concilio Vaticano II.

[5] NdTª.: Corriere Fiorentino (Correio de Florença): jornal italiano online de crônica local, da cidade de Florença. Pertence ao célebre Corriere della Sera (Correio da Tarde), fundado em 1876.

[6] NdTª.: A chamada Escola de Bologna ‘congrega’ os defensores da Hermenêutica da Ruptura: Giuseppe Alberigo, Giuseppe Ruggieri, Maria Teresa Fattori, Alberto Melloni, Yves Chiron, David Berger, John O'Malley, Gilles Routhier e Cristoph Theobald, entre os principais expoentes.

[7] NdTª.: Foderarsi gli occhi: expressão que – originada da frase: ‘É inutile foderarsi gli occhi con la pancetta’, ou seja: ‘é inútil forrar os olhos com o bacon’ – quer dizer: fazer de conta que não é verdade. O nosso ‘tapar o sol com a peneira’.

[8] NdTª.: Ralph M. McInerny. What Went Wrong with Vatican II?: The Catholic Crisis Explained (Vaticano II. O que deu errado?: A Crise Católica Explicada).

[9] NdTª.: Hans Küng. é um teólogo suíço, filósofo, professor de teologia, escritor e sacerdote católico romano. No final da década de 1960, Küng iniciou uma reflexão rejeitando o dogma da Infalibilidade Papal, publicada no livro ‘Infallible? An Inquiry’ (‘Infalibilidade? Um inquérito’), em 18 de janeiro de 1970. Em consequência disso, em 18 de dezembro de 1979, foi revogada a sua licença pela Igreja Católica Apostólica Romana de oficialmente ensinar teologia em nome dela, mas permaneceu como sacerdote e professor em Tübingen até a sua aposentadoria em 1996. Küng defende o fim da obrigatoriedade do celibato clerical, maior participação laica e feminina na Igreja Católica, retorno da teologia baseada na mensagem da Bíblia.

[10] NdTª.: Avvenire d’Italia (Porvir da Itália): foi o primeiro jornal diário nacional de inspiração católica que apareceu no Reino da Itália. Foi publicado de 1896 a 1968. Em 1961, o novo diretor, Raniero La Valle, lhe deu uma direção progressista, contra a Igreja Tradicional. No plano internacional, tornou-se um jornal pacifista e antiamericano. La Valle era ligado ao card. Giacomo Lercaro, de Bologna. O jornal pertencia à Santa Sé, à Democrazia Cristiana (partido italiano de centro) e a algumas dioceses da Toscana e de Emília-Romanha. Foi fechado por questões económicas, não doutrinárias.

[11] NdTª.: Helder Pessoa Câmara, OFS. Foi um bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife. Foi um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil e defensor dos direitos humanos durante o regime militar brasileiro. A Permanência faz uma boa e substancial biografia de dom Helder.

[12] NdTª.: Sic. Esta colocação é estranha, tendo em vista que a ‘perseguição a Galileu’ é um mito.

[13] NdTª.: no original ‘salotti buoni’. Ou seja os salões da burguesia. Que todos, afinal, querem frequentar. Até os comunistas.

[14] NdTª.: Il Foglio Quotidiano (conhecido como Il Foglio) é um jornal diário italiano de difusão nacional fundando em 1996 por Giuliano Ferrara. Este, em 2007, fez uma campanha por uma moratória contra o aborto, porque “Os mais de um bilhão de abortos praticados desde que as leis permitem a famosa interrupção voluntária da gravidez diz respeito a pessoas legalmente inocentes, criadas e destruídas pelo mero poder do desejo, desejo de não tê-los e de odiar-se até o ponto de amputar-se do amor. É o escândalo supremo do nosso tempo, é uma ferida catastrófica que lacera em profundidade as fibras e o possível encanto da sociedade moderna. É, além de tudo, em muitas partes do mundo onde o aborto é seletivo por sexo, e torna-se seletivo por perfil genético, uma obra de arte ideológica de racismo em marcha com a força da eugenética. Alegremo-nos, portanto, para o alto os corações, e depois de termos promovido a Pequena Moratória, promovamos a Grande Moratória do massacre dos inocentes. Aceitam-se zombarias, porque as boas consciências sabem usar a arma do sarcasmo melhor que as más, mas também a adesão a um apelo que fala por si, iluministicamente, com a evidência absoluta e verídica dos fatos de experiência e de razão”. (Giuliano Ferrara, Il Foglio, 19 dezembro de 2007).

[15] NdTª.: Roberto de Mattei. autor e historiados católico italiano, escreveu o ‘Il Concilio Vaticano II. Una storia mai scritta (‘Concílio Vaticano II. Uma história nunca escrita’), que ganhou a indicação a dois prémios: ‘Pen Club Italiano’ e ‘XLIV Premio Acqui Storia’, sendo que ganhou este último.

[16] NdTª.: Pascendi Dominici Gregis. É uma encíclica papal promulgada pelo Papa Pio X em Setembro de 1907. Seu subtítulo diz: Carta Encíclica do Papa Pio X sobre os erros do modernismo. O documento, assim, condena o modernismo católico, considerado uma “síntese de todas as heresias”, com sua junção de evolucionismo, relativismo, cripto-marxismo, cientificismo e psicologismo. Como consequência da Encíclica, o papa formulou o ‘juramento antimodernista’, obrigatório para todos os padres, bispos e catequistas e que foi abolido em 1967, pelo Papa Paulo VI. Este fato levou os católicos tradicionalistas a acusarem que o outrora combatido modernismo tornou-se na doutrina subjacente da ‘nova Igreja’. Um dos mais influentes filósofos modernistas foi Teilhard de Chardin, que pretendia reunir catolicismo com darwinismo e marxismo. Os católicos tradicionais vêem este documento como evidência de que a Igreja Católica e os papas anteriores ao Concílio Vaticano II já estavam atentos para a infiltração de inimigos da Tradição no seio da instituição. Muitos tradicionalistas consideram o Papa Paulo VI um modernista, como o norte-americano Rama Coomaraswamy, em ‘Ensaios sobre a Destruição da Tradição Cristã’ (São Paulo, 1990).

[17] NdTª.: Trata-se do ‘Paradoxo do Mentiroso’.

[18] NdTª.: Karl Rahner foi um sacerdote católico jesuíta de origem germânica e um dos mais influentes teólogos do século XX. Participou – a pedido de Papa João XXIII – como teólogo consultor do Concílio Vaticano II. Entrou na Comissão teológica e se tornou um personagem chave do Concílio, promovendo a “nova visão de uma ‘Igreja de todo o mundo’, não mais ‘fechada em trincheira’, mas activa e positivamente aberta ao diálogo com as outras confissões cristãs e com as grandes religiões do mundo; Rahner contribuiu a transportar a teologia católica para o fim da neoescolástica, com a valorização do laicato na Igreja e com a concessão, aos bispos de todo o mundo, de uma maior liberdade de iniciativa dentro da própria Igreja� ��. [La fatica di credere (A fadiga de crer). 1986.] Criou a revista Concilium.

G. M. Ferretti | outubro 20, 2011 at 3:28 pm | Categorias: Franciscanos da Imaculada, Vaticano II | Categories: Actualidades, Igreja, Vaticano II | URL: http://wp.me/pgELf-4du

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CEFAScast


75 Pregações do Padre Jonas!!!

Posted: 20 Oct 2011 10:50 AM PDT

Irmãos esta notícia recebi pela Juliana do Blog Caminhar Católico:


No próximo dia 21 de dezembro, o monsenhor Jonas Abib comemora seus 75 anos de vida.

Para celebrar essa data tão importante o Portal Canção Nova disponibiliza, desde o dia 7 de outubro, uma nova pregação por dia com o fundador da Comunidade Canção Nova para todos os internautas.

Assim, no dia 2 de dezembro você terá um arquivo pessoal com 75 palestras desse provecto símbolo de amor. Os arquivos estão em formato mp3.

Certamente é uma excelente oportunidade para você evangelizar e aproveitar para fazer importantes reflexões sobre a fé e a vida em Cristo. Aproveite.

Clique aqui e acesse a página de downloads no Portal Canção Nova.

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LEITURA ORANTE


Lc 12,54-59 - Os sinais de Deus

Posted: 20 Oct 2011 07:01 PM PDT

Saudação

- A nós todos que navegamos por este espaço virtual,

a paz de Deus, nosso Pai,

a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,

no amor e na comunhão do Espírito Santo.

- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes:

"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,

eu aí estarei no meio deles",

ficai connosco,

aqui reunidos (pela grande rede da internet),

para melhor meditar

e comungar com a vossa Palavra.

Sois o Mestre e a Verdade:

iluminai-nos, para que melhor compreendamos

as Sagradas Escrituras.

Sois o Guia e o Caminho:

fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.

Sois a Vida:

transformai nosso coração em terra boa,

onde a Palavra de Deus produza frutos

abundantes de santidade e missão.

(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)

O que diz o texto do dia?

Leio, atentamente, o texto, na Bíblia: Lc 12,54-59, e observo as palavras de Jesus ao povo.

Jesus disse também ao povo: - Quando vocês vêem uma nuvem subindo no oeste, dizem logo: "Vai chover." E, de fato, chove. E, quando sentem o vento sul soprando, dizem: "Vai fazer calor." E faz mesmo. Hipócritas! Vocês sabem explicar os sinais da terra e do céu. Então por que não sabem explicar o que querem dizer os sinais desta época? E Jesus terminou, dizendo: - Por que é que vocês mesmos não decidem qual é a maneira certa de agir? Se alguém fizer uma acusação contra você e levá-lo ao tribunal, faça o possível para resolver a questão enquanto ainda está no caminho com essa pessoa. Isso para que ela não o leve ao juiz, o juiz o entregue ao guarda, e o guarda ponha você na cadeia. Eu lhe afirmo que você não sairá dali enquanto não pagar a multa toda.

Jesus faz alusão à experiência dos lavradores que de acordo com o tempo distinguem se vai chover, fazer calor. Da mesma forma o tempo histórico tem seus sinais. Aqueles que sabem distinguir as intempéries e não sabem ler os sinais da sua época, com referência ao transcendente, são hipócritas. Jesus está ali, no meio deles, demonstra com inúmeros sinais o Reino de Deus e muitos ignoram, fecham os olhos e os ouvidos à verdade revelada. Ouvem, mas não escutam, vêem e não enxergam. O exemplo da acusação perante o tribunal é um convite à reconciliação enquanto é tempo.

2. Meditação (Caminho)

O que o texto diz para mim, hoje?

Entro em diálogo com o texto. Reflicto e actualizo.

Os bispos, na Conferência de Aparecida fizeram esta reflexão: “Jesus, o Bom Pastor, quer nos comunicar a sua vida e se colocar a serviço da vida. Vemos como ele se aproxima do cego no caminho (cf. Mc 10,46-52), quando dignifica a samaritana (cf. Jo 4,7-26), quando cura os enfermos (cf. Mt 11,2-6), quando alimenta o povo faminto (cf. Mc 6,30-44), quando liberta os endemoninhados (cf. Mc 5,1-20). Em seu Reino de vida Jesus inclui a todos: come e bebe com os pecadores (cf. Mc 2,16), sem se importar que o tratem como comilão e bêbado (cf. Mt 11,19); toca leprosos (cf. Lc 5,13), deixa que uma prostituta unja seus pés (cf. Lc 7,36-50) e, de noite, recebe Nicodemos para convidá-lo a nascer de novo (cf. Jo 3,1-15). Igualmente, convida a seus discípulos à reconciliação (cf. Mt 5,24), ao amor pelos inimigos (cf. Mt 5,44) e a optarem pelos mais pobres (cf. Lc 14,15-24).” (DAp 353).

Minha vida reflecte o que o texto diz? Prefiro não ouvir ou perceber as propostas e apelos de Deus? Fico adiando a minha reconciliação com Deus? Tenho inúmeros argumentos para “deixar pra depois”?

3.Oração (Vida)

Rezo com toda a Igreja a
Oração Missionária 2011
Deus Pai,
Criador do céu e da terra,
Enviai, por meio do vosso Filho,
O Espírito que renova todas as coisas,
Para que, no respeito e cuidado com a natureza,
Possamos recriar novos céus e nova terra,
E a Boa-Nova, que brilhou na Criação,
Seja conhecida até os confins do universo.
Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
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Mês das Missões - 2011.
Tema: "Missões na Ecologia"
Veja mais sobre o tema e sugestões de reflexão em DVDs,
no blog: http://comunicacatequese.blogspot.com/
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4.Contemplação (Vida e Missão)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus.
Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projecto de Jesus Mestre. Bênção - Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

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Biblia Catolica News


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Se hoje estamos na noite escura, amanhã Ele nos liberta”

Posted: 20 Oct 2011 07:54 AM PDT

Papa recorda misericórdia infinita de Deus CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 19 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – Na catequese de hoje, o Papa Bento XVI meditou sobre o Salmo 136, “um solene hino de louvor que celebra as inúmeras manifestações de bondade do Senhor para com os homens”. Partindo das tradições judaicas, o Pontífice explicou [...]


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Padre cearense diz estar de luto pela morte de Kadafi.

by G. M. Ferretti

O Povo Online - “Mataram Kadafi, mas não poderão matar jamais a luta pela liberdade e pela vida… O Império americano e os países europeus mais uma vez cometem um grande crime, não somente contra o povo líbio, mas contra a humanidade. Kadafi morre como mártir”, disse para o Blog do Eliomar, nesta tarde de quinta-feira, 20, o padre Haroldo Coelho, ex-militante do PT e hoje membro do PSol cearense.

Ele culpou o “imperialismo norte-americano” pelo assassinato do ditador líbio e disse que o interesse dos EUA é no petróleo desse País. “Descanse em paz, Muammar Kadafi, a sua luta jamais será esquecida”, reiterou padre Haroldo, avisando estar de luto e prometendo celebrar missa em memória do ditador.

Agradecimento ao leitor Saulo M. Filho pelo envio da notícia

G. M. Ferretti | outubro 21, 2011 at 11:27 am | Categorias: Atualidades | Categories: Atualidades | URL:

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Gherardini: “Com o novo Ordo, algo de intimamente ligado ao essencial e enraizado na Tradição foi diminuído”.

by G. M. Ferretti

Cônego da Basílica de São Pedro e postulante da causa de canonização do Beato Pio IX, Mons. Gherardini é padre da diocese de Prato (Itália) e está a serviço da Santa Sé desde 1965, especialmente como professor de eclesiologia e ecumenismo na Pontifícia Universidade Lateranense até 1995.

Cônego da Basílica de São Pedro e postulante da causa de canonização do Beato Pio IX, Mons. Gherardini é padre da diocese de Prato (Itália) e está a serviço da Santa Sé desde 1965, especialmente como professor de eclesiologia e ecumenismo na Pontifícia Universidade Lateranense até 1995.

Bento XVI, dando legitimidade ao uso do Ordo antigo, confirmou a unidade do Rito distinguindo "forma ordinária" e "forma extraordinária". Que as coisas fiquem claras: é um pouco difícil considerar como "extraordinária" a forma clássica com a qual, durante séculos, a Igreja expressou seu culto público. Mas isso não se opõe à doutrina sobre a unidade de ritos e a duplicidade de formas... A pessoa que se lançasse a uma análise rigorosamente crítica das duas formas normalmente não teria dificuldade em demonstrar que a forma dita "extraordinária" se distingue substancialmente, ao menos em algumas passagens, da forma dita "ordinária"... Sabemos que o ofertório é uma parte integrante do Sacrifício... E, no entanto, sob o pretexto não demonstrado e historicamente infundado de que se tratava d e fórmulas recentes, novas, individualistas e liturgicamente aberrantes, a Missa "de Paulo VI" aboliu o Ofertório. A ciência litúrgica tratou de demonstrar o contrário; todavia dispomos de manuscritos que provam o erro da análise: o "Suscipe Sancte Pater", o "Deus, qui humanae substantiae", o "Offerimus tibi Domine", o texto "In spititu humilitatis", o "Veni sanctificator", o "Suscipe sancta Trinitas", são orações atestadas por manuscritos do século IX. Não é necessário escrever muitas páginas, portanto, para demonstrar que com o novo Ordo algo de intimamente ligado ao essencial e enraizado na Tradição foi diminuído.

Palavras de Monsenhor Brunero Gherardini à Revista Catholica, nº 113.

 

G. M. Ferretti | outubro 21, 2011 at 4:00 pm | Categorias: Novus Ordo Missae, Summorum Pontificum | Categories: Atualidades, Igreja, Novus Ordo Missae, Summorum Pontificum | URL: http://wp.me/pgELf-4dQ

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CEFAScast


115P7 - Cristofobia - Parte 2

Posted: 21 Oct 2011 12:46 AM PDT

Trazemos então a parte 2 da palestra sobre a Cristofobia no mundo atual moderno.
Se você ainda não escutou a parte 1,
CLIQUE AQUI e ouça a primeira parte antes desta.
É impressionante constatar que o cristianismo é a religião, o grupo mais perseguido da história, principalmente a moderna, e todas estas informações sobre isso são acobertadas ou ignoradas... E a perseguição continua crescendo assustadoramente em várias áreas do nosso mundo moderno...

CLIQUE AQUI PARA BAIXAR O ÁUDIO DA PALESTRA

Renomear mp3 para:
115P7 - Cristofobia - Parte 2.mp3
As palavras de Cristo são cada vez mais atuais:
(
Livro de Mateus, capítulo 10:)

17.
Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas.

18.
Sereis por minha causa levados diante dos governadores e dos reis: servireis assim de testemunho para eles e para os pagãos.

19.
Quando fordes presos, não vos preocupeis nem pela maneira com que haveis de falar, nem pelo que haveis de dizer: naquele momento ser-vos-á inspirado o que haveis de dizer.

20.
Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós.

21.
O irmão entregará seu irmão à morte. O pai, seu filho. Os filhos levantar-se-ão contra seus pais e os matarão.

22.
Sereis odiados de todos por causa de meu nome, mas aquele que perseverar até o fim será salvo.

24.
O discípulo não é mais que o mestre, o servidor não é mais que o patrão.

25.
Basta ao discípulo ser tratado como seu mestre, e ao servidor como seu patrão. Se chamaram de Beelzebul ao pai de família, quanto mais o farão às pessoas de sua casa!

26.
Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber.

27.
O que vos digo na escuridão, dizei-o às claras. O que vos é dito ao ouvido, publicai-o de cima dos telhados.

28.
Não temais aqueles que matam o corpo, mas não podem matar a alma; temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo na geena.

29.
Não se vendem dois passarinhos por um asse? No entanto, nenhum cai por terra sem a vontade de vosso Pai.

30.
Até os cabelos de vossa cabeça estão todos contados.

31.
Não temais, pois! Bem mais que os pássaros valeis vós.

32.
Portanto, quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus.

33.
Aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.

37.
Quem ama seu pai ou sua mãe mais que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho mais que a mim, não é digno de mim.

38.
Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.

39.
Aquele que tentar salvar a sua vida, perdê-la-á. Aquele que a perder, por minha causa, reencontrá-la-á.

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Todas estas notícias foram postadas por

António Fonseca, em exclusivo para este blogue: SÃO PAULO (e Vidas de Santos)

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