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Nº 1088-2
Do livro , A RELIGIÃO DE JESUS, de José Mª Castillo – Comentário ao Evangelho do dia – Ciclo A (2010-2011) – Edição de Desclée De Brouwer – Henao, 6 – 48009 Bilbao – www.edesclee.com – info@edesclee.com:
tradução de espanhol para português, por António Fonseca
O texto dos Evangelhos, que inicialmente estavam a ser transcritos e traduzidos de espanhol para português, diretamente através do livro acima citado, são agora copiados mediante a 12ª edição do Novo Testamento, da Difusora Bíblica dos Missionários Capuchinhos, (de 1982, salvo erro..). No que se refere às Notas de Comentários continuam a ser traduzidas como anteriormente. AF.
30 de Outubro de 2011
31º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Mt 23, 1-12
Condenação do Farisaísmo: – Então Jesus falou assim à multidão e aos Seus discípulos: «Os escribas e os fariseus instalaram-se na cátedra de Moisés. Fazei, pois, e observai tudo o que eles disserem mas não imiteis as suas obras, pois eles dizem e não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de transportar e põem-nos aos ombros dos homens, mas eles não põem nem um dedo para os deslocar. Tudo o que fazem é com o fim de se tornarem notados pelos homens. Por isso alargam as filactérias e alongam as borlas dos seus mantos. Gostam de ocupar o primeiro lugar nos banquetes e nos primeiros assentos nas sinagogas. Gostam das saudações nas praças públicas e de serem chamados “Rabbi” pelos homens. Quanto a vós, não vos deixeis tratar por “Rabbi”, pois um só é o vosso Mestre, e vós sois todos irmãos. E, na terra, a ninguém chameis pai, porque um só é o vosso Pai, Aquele que está nos céus. Nem permitais que vos tratem por doutores, porque um só é o vosso doutor: Cristo. O maior de entre vós será o vosso servo. Quem se exaltar será humilhado e quem se humilhar será exaltado».
1. Três coisas diz aqui Jesus que, em qualquer caso, devem reter a nossa atenção. O primeiro que Jesus censura, na forma de vida daqueles dirigentes religiosos, é que «não fazem o que dizem”. E não o fazem porque aos outros impõem cargas insuportáveis, enquanto que eles não movem nem um dedo. Na atualidade, isto se cumpre ao pé da letra com demasiada frequência: se os pregadores cumprissem tudo o que dizem, seriam santos. Se fizessem tudo o que impõem aos outros, seriam herois. Há casos em que o são. Mas abundam demasiado os que impõem cargas que os clérigos nem suspeitam o que custa levá-las.
2. Segunda coisa: “tudo o que fazem é para que a gente os veja”. Exatamente o que agora verificamos quando vemos como se preparam as concentrações papais ou episcopais, para reunir muita gente. Porque se tem a impressão de que o que interessa é que a gente os receba com todas as honras, os veja, os admire, os aplauda. Como se com isso mudasse o mundo e a gente se fizesse melhor. A pena é que, com essas coisas, a gente da Igreja se dá por satisfeita e se imagina que as coisas não vão tão mal como alguns dizem.
3. Terceira coisa: o que Jesus proíbe é usar vestimentas para se distinguir do resto da gente, pôr-se nos primeiros lugares, que lhes façam reverências, e que os reconheçam em sua dignidade utilizando títulos de poder, honra e dignidade. É importante tomar em conta o que Jesus nunca proibiu e do que certamente proibiu com severidade. O que proibiu, já está dito. O que nunca proibiu foi a liberdade para pensar e dizer o que se pensa. Jesus nunca fez problema das ideias que cada um tinha. Quando Jesus morreu, os seus próprios discípulos não tinham claro quem ele era; nem estavam seguros da sua ressurreição, nem de tantas coisas que agora se vêem como intocáveis. Sem embargo, o que Jesus deixou claro é que não podiam ir pela vida como iam os escribas e fariseus. E menos ainda como os sumos sacerdotes, a que sempre apresenta como agentes de sofrimento e morte. Por tudo isto, não nos caberá pensar que temos mudado as coisas, de forma que colocamos toda a importância em coisas a que Jesus não parece ter dado especial importância, enquanto que vemos com toda a naturalidade e até como um dever o que Jesus proibiu severamente? Em nossa religiosidade há alguma coisa muito séria que não funciona.
Compilação (e tradução dos comentários) por
António Fonseca
NOTA FINAL:
Desejo esclarecer que os comentários aos textos do Evangelho, aqui expressos, são de inteira responsabilidade do autor do livro A RELIGIÃO DE JESUS e, creio eu… apenas retratam a sua opinião – e não a minha ou de qualquer dos meus leitores, que eventualmente possam não estar de acordo com ela. Eu apenas me limito a traduzir de espanhol para português os Comentários e NEM EU NEM NINGUÉM ESTÁ OBRIGADO A ESTAR DE ACORDO. Desculpem e obrigado. AF.
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