sábado, 10 de agosto de 2013

1718-(4) - IN MEMORIAM do Pde Mário Salgueirinho - 10 de Agosto de 2013

Nº 1718-4
(Post para publicação em 10 de Agosto de 2013 – 10,30 h).
(Pde Mário Salgueirinho Barbosa)
Padre Mário Salgueirinho foi para todos nós um ser humano exemplar, uma pessoa marcante e ficam definitivamente as nossas vidas mais pobres sem o seu carácter, bondade e sabedoria.
Que descanse em paz com as honras do Senhor.
18\06\1927 - 29\10\2011

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Do livro “Caminhos da Felicidade”
SONHO DE BAILARINA
Nesta manhã, vamos saborear a mensagem de um interessante texto que acabo de encontrar.
- Mãe, agora eu era uma bailarina!... declarou Marta, após um dos seus longos silêncios...
- Bailarina?
- Sim, Dava passinhos em bicos de pés e esticava os dedos das mãos assim, olha! - até chegar ao tecto.
E rebolava no chão, como uma bola de algodão ou um gato.
E continuava a descrever os movimentos que executaria como bailarina: E Marta voava muito tempo até as luzes se apagarem... e ficava pendurada no céu como as estrelas.
Finalmente o silêncio. Marta viu então o seu corpo de menina sobre a cadeira de rodas, que agora era um palco, onde em sonho tudo podia começar a acontecer.
Há por aí tantos palcos de sofrimento onde o sonho pode fazer esquecer, por algum tempo, martírios longos...
Aquela moça, presa à sua cadeira de rodas,  procurava uma réstia de felicidade divagando através de um sonho de bailarina.
Outros sonham correr, nadar, jogar, voar, casar,  viver como os outros. O sonho embeleza e transforma a vida, ainda que por pouco tempo.
Tem de ser grande o nosso respeito pelo deficiente; pelas suas limitações, quaisquer que sejam, e pelos seus sonhos; por aquilo que gostariam de ser e não podem.
Sempre que me cruzo com um deficiente, ocorre-me uma bela palavra que uma mãe dizia ao filho, em criança  quando passavam por algum deficiente ou pobre: «Lembra-te filho, que podias ser tu...»
E esta palavra fez dele um homem apaixonado pelo serviço dos outros.
Aquele sonho de bailarina pode ajudar-nos a respeitar e a atenuar as limitações dolorosas dos outros; quer por deficiência física, quer por carência de saúde, ou de dinheiro ou de amor...
Porto, Dezembro de 1998
Mário Salgueirinho
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Do livro “Dar é receber”
A MÃE DO SACERDOTE (*)
Participei há semanas no funeral da Mãe de um padre, companheiro e amigo, Director da "Voz Portucalense".
Foi uma partilha da dor desses dez filhos, pois, por maior que seja o conforto da nossa fé e da nossa esperança, é sempre dolorosa a hora da partida de quem amamos e de quem nos amou.
E foi também um momento de reflexão sobre a importância da mãe dos sacerdotes.
A mãe é colaboradora directa de Deus na criação humana; concebe, aconchega ternamente no seu seio nove meses e oferece ao mundo uma vida criada por Deus.
Depois acompanha - numa caminhada de desvelo, de generosidade e sacrifício - o crescimento daquela obra-prima de Deus: maravilhosa, irrepetível.
Todas as mães, por mais humildes ou simples que sejam, são uma patena viva de oferta do amor de Deus à Humanidade. Mas a mãe de um padre oferece mais; oferece um ser que vai ser "pontífice" - que vai ser ponte vive entre Deus e os seres humanos: que vai apresentar a Deus os problemas dos homens, que vai oferecer a deus o louvor e acção e graças da Humanidade, que vai implorar misericórdia e perdão para as infidelidades humanas.
Por detrás da actividade pastoral de um sacerdote está sensivelmente presente a sua Mãe que aconselhou atentamente, que orientou, que amparou, que rezou ao  amor veemente e mãe.
Antes do sepultamento, o filho sacerdote, citando o bispo D. Domingos Pinho Brandão, disse esta palavra: "Nesta hora, glorifiquemos!" 
Glorifiquemos a Deus por uma Mãe heróica de dez filhos, que fez da sua maternidade uma "glorificação" ao Divino Criador.
  (*)  EMBORA EU JÁ TENHA PUBLICADO ESTE MESMO TEXTO, EM JUNHO ÚLTIMO e, pelo facto de no passado Domingo, dia 4 de Agosto ter ocorrido o 50º aniversário (Bodas de Ouro) da Ordenação como Sacerdote, do Dr. Manuel Correia Fernandes - Pároco da SENHORA DO PORTO e da COMUNIDADE DE SÃO PAULO DO VISO, e, ainda porque não me foi possível referir-me a essa efeméride, dado ter o computador avariado precisamente na altura em que tal sucedeu, resolvi repetir este texto que o Dr. Mário Salgueirinho escreveu em homenagem à mãe do referido Pároco. António Fonseca.- 10-8-13
Porto, Dezembro/2003
Mário Salgueirinho
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http://es.catholic.net; http://santiebeati.it; http://jesuitas.pt; http://bibliaonline.com.br/acf
A publicar em:
10-Agosto-2013 - 10,30 horas
António Fonseca

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