NOTA PRÉVIA
Ontem tive aqui uma edição bastante longa de 40 biografias de Santos e beatos, mas hoje, o recorde foi batido, pois constam aqui 45 nomes, que provavelmente será superado dentro de algum tempo, quase de certeza. – Porém, além disso, sucede que decorre o sexto aniversário sobre a morte de João Paulo II, que será beatificado no próximo dia 1 de Maio. Por isso resolvi colocar aqui devidamente traduzida uma versão bastante completa e longa, que inclui, também 2 notas sobre a referida beatificação, que recolhi do site http://BIBLIACATOLICANEWS - Embora me tenha esforçado para traduzir todas as biografias, não o consegui fazer relativamente às 4 últimas: • Leopoldo de Gaiche, Beato, • Juan Payne, Santo • Nicécio de Lyon, Santo • e Nicécio de Lyon, Santo , pelo que solicito as minhas desculpas.
Obrigado. António Fonseca
Nº 877-2
JOÃO PAULO II, Servo de Deus
CCLXIV Papa
João Paulo II, Servo de Deus
Karol Wojtyla nasce em 18 de Maio de 1920, em Wadowice, a uns poucos quilómetros de Cracóvia, uma importante cidade e centro industrial ao norte da Polónia. Seu pai, um homem profundamente religioso, era militar de profissão. Enviuvou quando Karol contava apenas com nove anos. Dele - segundo seu próprio testemunho - recebeu a melhor formação: «Bastava o seu exemplo para inculcar disciplina e sentido do dever. Era uma pessoa excepcional». De jovem o interesse de Karol dirigiu-se para o estudo dos clássicos, gregos e latinos. Com o tempo foi crescendo nele um singular amor à filologia: em princípios de 1938 muda-se com seu pai para Cracóvia, para matricular-se na universidade Jaghellonica e cursar ali estudos de filologia polaca. Sem embargo, com a ocupação da Polónia por parte das tropas de Hitler, facto acontecido em 1 de Setembro de 1939, seus planos de estudar filologia se veriam definitivamente truncados. Nesta difícil situação, e com o fim de evitar a deportação para a Alemanha, Karol busca um trabalho. É contratado como operário numa pedreira, vinculada a uma fábrica química, de nome Solvay. Também naquela difícil época Karol iniciava-se no "teatro da palavra viva", uma forma muito singela de fazer teatro: a atuação consistia essencialmente na recitação de um texto poético. As representações realizavam-se na clandestinidade, num círculo muito íntimo, pelo risco de ver-se submetidos a graves sanções por parte dos nazis. Outra importante ocupação de Karol por aquela época era a ajuda eficaz que prestava às famílias judias para que pudessem escapar da perseguição decretada pelo regime nacional-socialista. Pondo em risco sua própria vida, salvaria a vida de muitos judeus. A princípios de 1941 morre seu pai. Karol contava por então com 21 anos de idade. Este doloroso acontecimento marcará um hiato importante no caminho de sua própria vocação: «depois da morte de meu pai - dirá o Santo Padre em diálogo com André Frossard -, pouco a pouco fui tomando consciência de meu verdadeiro caminho. Eu trabalhava na fábrica e, na medida em que o permitia o terror da ocupação, cultivava o meu gosto às letras e à arte dramática. Minha vocação sacerdotal tomou corpo no meio de tudo isto, como um facto interior duma transparência indiscutível e absoluta. No ano seguinte, no Outono, sabia já que havia sido chamado. Via claramente que era o que devia abandonar e o objectivo que devia alcançar "sem olhar para trás". Seria sacerdote». Havendo escutado e identificado com claridade o chamado do Senhor, Karol empreende o caminho de sua preparação para o sacerdócio, ingressando ao seminário clandestino de Cracóvia, em 1942. Dadas as sempre difíceis circunstâncias, o facto de seu ingresso no seminário - que se havia estabelecido clandestinamente na residência do Arcebispo Metropolitano, futuro Cardeal Adam Stepan Sapieha - devia ficar na mais absoluta reserva, pelo que não deixou de trabalhar como operário em Solvay. Anos de intensa formação transcorreram na clandestinidade até 18 de Janeiro de 1945, quando os alemães abandonaram a cidade ante a chegada da "armada vermelha". Em 1 de Novembro de 1946, festa de Todos os Santos, chegou o dia ansiado: pela imposição das mãos de seu Bispo, Karol participava desde então - e para sempre - do sacerdócio do Senhor. De imediato o padre Wojtyla foi enviado a Roma para continuar no Angelicum seus estudos teológicos. Dois anos mais tarde, culminados excelentemente os estudos previstos, volve à sua terra natal: «Regressava de Roma a Cracóvia - disse o Santo Padre em Dom e Mistério - com o sentido da universalidade da missão sacerdotal, que seria magistralmente expresso pelo Concílio Vaticano II, sobretudo na Constituição dogmática sobre a Igreja, Lumen gentium. Não só o Bispo, mas também cada sacerdote deve viver a solicitude por toda a Igreja e sentir-se, de algum modo, responsável dela». Como Vigário foi destinado à paróquia de Niegowic, onde além de cumprir com as obrigações pastorais próprias da paróquia, assumiu o ensino do curso de religião en cinco escolas elementares.Passado um ano foi transferido para a paróquia de S. Florián. Entre seus novos trabalhos pastorais lhe tocou fazer-se encarregado da pastoral universitária de Cracóvia. Semanalmente ia dissertando - para a juventude universitária - sobre temas básicos que tocavam os problemas fundamentais sobre a existência de Deus e a espiritualidade do ser humano, temas que eram necessários aprofundar junto com a juventude no contexto do ateísmo militante, imposto pelo regime comunista de turno no governo de Polónia. Dois anos depois, em 1951, o novo Arcebispo de Cracóvia, Mons. Eugeniusz Baziak, quis orientar o labor do padre Wojtyla mais além da investigação e da docência. Não sem um grande sacrifício de sua parte, o padre Karol teve de reduzir notavelmente o seu trabalho pastoral para dedicar-se ao ensino de Ética e Teología Moral na Universidade Católica de Lublín. A ele se encomendou a cátedra de Ética. Seu labor docente o exerceu posteriormente também na Faculdade de Teologia da Universidade Estatal de Cracóvia. Nomeado Bispo pelo Papa Pío XII, foi consagrado em 23 de Setembro de 1958. Foi então destinado como Bispo auxiliar na diocese de Cracóvia, ficando a cargo da mesma em 1964. Dois anos depois, a diocese de Cracóvia seria elevada ao grau de Arquidiocese pelo Papa Paulo VI. Seu labor pastoral como Bispo esteve marcado por sua preocupação e cuidado para com as vocações sacerdotais. Neste sentido, seu infatigável labor apostólico e seu intenso testemunho sacerdotal deram lugar a uma abundante resposta de muitos jovens que descobriram o seu chamado ao sacerdócio e tiveram a coragem de segui-lo. Assim mesmo, já desde então destacava entre suas grandes preocupações a integração dos laicos nas tarefas pastorais. Mons. Wojtyla terá uma ativa participação no Concilio Vaticano II. Além de suas intervenções, que foram numerosas, foi eleito para formar parte de três comissões: Sacramentos e Culto Divino, Clero e Educação Católica. Assim mesmo formou parte do comité de redação que teve a seu cargo a elaboração da Constituição Pastoral Gaudium et spes. É criado Cardeal pelo Papa Paulo VI em 1967, um ano chave para a Igreja peregrina em terras polacas. Foi então que a Sede Apostólica pôs em marcha sua conhecida Ostpolitik, dando início a um importante "degelo" a nível das frias relações entre a Igreja e o Estado comunista. O flamante Cardeal Wojtyla assumiria um importante papel neste diálogo, e sem dúvida respondeu a esta difícil e delicada tarefa com muita coragem e habilidade. Sua postura - a postura em representação da Igreja - era a mesma que havia sido tomada também por seus exemplares predecessores: a defesa da dignidade e direitos de toda a pessoa humana, assim como a defesa do direito dos fieis a professar livremente a sua fé. Sua sagacidade e tenacidade lhe permitiram obter também outras significativas vitórias: após largos anos de esforços, contra a persistente oposição das autoridades, teve o grande gozo de inaugurar uma igreja em Nowa Huta, uma "cidade piloto" comunista. Os muros desta igreja, qual símbolo silencioso e eloquente da vitória da Igreja sobre o regime comunista, haviam sido levantados com mais de dois milhões de pedras talhadas voluntariamente pelos cristãos de Cracóvia. Enquanto a pastoral de sua arquidiocese, em contínuo crescimento de cuidado apresentava ao Cardeal muitos direitos. Ele motivou a que com habitual frequência reunisse o seu presbitério para analisar as diversas situações, com o objecto de responder adequada e eficazmente aos desafios que se iam apresentando. Em 1975 assiste ao III Simpósio de Bispos Europeus. Ali é nele que se confia a colocação introdutória: «O Bispo como servidor da fé». Esse mesmo ano dirige os exercícios espirituais para Sua Santidade Paulo VI e para a Cúria vaticana. As práticas que deu naquela ocasião foram publicadas num livro intitulado Sinal de contradição.
João Paulo II. Sucessor de Pedro
Eleito pontífice em 16 de Outubro de 1978, escolheu os mesmos nomes que havia tomado o seu predecessor: João Paulo. Numa formosa e profunda reflexão, deixa pública em sua primeira encíclica (Redemptor hominis), dirá o mesmo sobre o significado deste nome: «era o dia 26 de Agosto de 1978, quando ele (o então eleito Cardeal Albino Luciani) declarou ao Sacro Colégio que queria chamar-se João Paulo - um binómio deste género não tinha precedentes na história do Papado - divisei nele um auspício eloquente da graça para o novo pontificado. Dado que aquele pontificado durou apenas 33 dias, me toca a mim não só continuá-lo mas também, em certo modo, assumi-lo desde o seu mesmo ponto de partida. Isto precisamente ficou corroborado pela minha eleição daqueles dois nomes. Com esta eleição, seguindo o exemplo de meu venerado Predecessor, desejo igualmente expressar meu amor pela singular herança deixada à Igreja pelos Pontífices João XXIII e Paulo VI e ao mesmo tempo minha pessoal disponibilidade a desenvolvê-la com a ajuda de Deus. Através destes dois nomes e dois pontificados ligados com toda a tradição desta Sede Apostólica, com todos os Predecessores do século XX e dos séculos anteriores, enlaçando sucessivamente, ao largo das distintas épocas até as mais remotas, com a linha da missão e do ministério que confere a Sede de Pedro um posto absolutamente singular na Igreja. João XXIII e Paulo VI constituem uma etapa, a que desejo referir-me directamente como a umbral, a partir do qual quero, em certo modo em união com João Paulo I, prosseguir até ao futuro, deixando-me guiar pela confiança ilimitada e pela obediência ao Espírito que Cristo há prometido e enviado a sua Igreja (...). Com plena confiança no Espírito de Verdade entro pois na rica herança dos recentes pontificados. Esta herança está vigorosamente enraizada na consciência da Igreja de um modo totalmente novo, jamais conhecido anteriormente, graças ao Concílio Vaticano II».
"Não tenhais medo"
Foram estas as primeiras palavras que S.S. João Paulo II lançou ao mundo inteiro desde a Praça de S. Pedro, naquela memorável homília celebrada com ocasião da inauguração oficial de seu pontificado, em 22 de Outubro de 1978. E são certamente estas mesmas palavras as que há feito ressoar uma e outra vez nos corações de inumeráveis homens e mulheres de nosso tempo, alentando-nos - sem cair em pessimismos nem ingenuidades - a não ter medo "a verdade de nós mesmos", medo "do homem nem do que ele há criado": «"não tenhais medo de vós mesmos"». Desde o início de seu pontificado há sido esta sua firme exortação a confiar no homem, desde a humilde aceitação de sua contingência e também de seu ser pecador, mas dirigindo desde ali o olhar ao único horizonte de esperança que é o Senhor Jesus, vencedor do mal e do pecado, autor de uma nova criação, de uma humanidade reconciliada por sua morte e ressurreição. Seu chamado é, por isso mesmo, um chamado a não ter medo a abrir de par em par as portas ao Redentor, tanto dos próprios corações como também das diversas culturas e sociedades humanas. Este chamado que há dirigido a todos os homens deste tempo, é por sua vez uma enorme exigência que ele mesmo se impôs amorosamente. Com efeito, «o Papa - disse ele de si mesmo -, que começou Seu pontificado com as palavras "Não tenhais medo", procura ser plenamente fiel a tal exortação, e está sempre disposto a servir o homem, as nações, e a humanidade inteira no espírito desta verdade evangélica».
Desde "um país longínquo"
«Chamaram-me de uma terra distante, distante mas sempre próxima na comunhão da Fé e Tradição cristãs». Foram estas, no início de seu pontificado, as palavras do primeiro Papa não italiano desde Adriano VI (1522). João Paulo II nasceu na Polónia, uma extraordinária nação que por sua fidelidade à fé, posta no crisol da prova muitas vezes, chegou a ser considerada como um "baluarte da cristandade", do "Semper fidelis" com que orgulhosamente qualificam os católicos polacos a sua pátria. A personalidade de S.S. João Paulo II está selada pela identidade e cultura próprias de sua Polónia natal: uma nação com raízes profundamente católicas, cuja unidade e identidade, mais que em seus limites territoriais, se encontra em sua história comum, em sua língua e na fé católica. Sua origem, ao mesmo tempo, o une aos povos eslavos, evangelizados faz onze séculos pelos santos irmãos Cirílo e Metódio. Será casualmente «recordando a inestimável contribuição dada por eles à obra do anúncio do Evangelho naqueles povos e, ao mesmo tempo, a causa da reconciliação, da convivência amistosa, do desenvolvimento humano e do respeito à dignidade intrínseca de cada nação», que sua S.S. João Paulo II proclamou os santos Cirílo e Metódio co-patronos de Europa, junto a São Bento. A eles, está dedicada sua formosa encíclica Slavorum apostoli, em que faz explícita esta gratidão: «se sente particularmente obrigado a ele o primeiro Papa chamado à sede de Pedro desde Polónia e, portanto, de entre as nações eslavas».
Uma nação provada na sua fé
O novo Papa era um homem que havia podido conhecer «desde dentro, os dois sistemas totalitários que hão marcado tragicamente nosso século: o nazismo de uma parte, com os horrores da guerra e dos campos de concentração, e o comunismo, de outra, com seu regime de opressão e de terror». Ao largo daqueles anos de prova, a personalidade de Karol foi forjada no crisol da dor e do sofrimento, sem perder jamais a esperança, nutrida na fé. Esta experiência vivida em sua juventude nos permite compreender sua grande «sensibilidade pela dignidade de toda pessoa humana e pelo respeito de seus direitos, começando pelo direito à vida». Sua encíclica Evangelium vitae é a expressão magisterial mais firme e acabada desta profunda sensibilidade humana e pastoral. Graças àquelas dramáticas experiências que viveu naqueles tempos terríveis «é fácil entender também minha preocupação pela família e pela juventude». Esta preocupação, por sua parte, teve a sua mais ampla expressão magisterial na encíclica Familiaris consortio.
Importância do pontificado de João Paulo II
A vida cristã e a Trindade: Deus é Pai, Filho e Espírito Santo
O Papa João Paulo II quis fazer evidente desde o início do seu pontificado a relação existente - ainda que talvez tantas vezes esquecida ou relegada - da vida da Igreja (e de cada um de seus filhos) com a Trindade, dedicando suas primeiras encíclicas a aprofundar em cada uma das três pessoas da Trindade: uma a Deus Pai, rico em misericórdia (1980); outra ao Filho, Redentor do mundo (1979); e outra ao Espírito Santo, Senhor e dador de vida (1986). Este é o mistério central da fé cristã: Deus é um só, mas à vez três Pessoas. Recorda assim as bases da verdadeira fé, e com ela o fundamento da autêntica vida da Igreja e de cada um de seus filhos: com efeito, não se entende a vida do cristão se não é em relação com Deus Pai, Filho e Espírito Santo, Comunhão de Amor.
"Totus Tuus"... um Papa selado pelo amor à Mãe
Totus Tuus, o Todo teu (com evidente referência a Maria), foi o lema eleito por Sua Santidade João Paulo II ao assumir o leme da barca de Pedro. Deste modo se consagrava a Ela, se acolhia a seu terno cuidado e intercessão, convidando-a a selar com sua amorosa presença maternal a inteira trajectória de seu pontificado. Por ocasião da Eucaristia celebrada em 18 de Outubro de 1998, aos vinte anos de sua eleição e aos 40 anos de haver sido nomeado bispo, reiterará na Praça de S. Pedro esse "Totus Tuus" ante o mundo católico. Em outra ocasião havia dito o mesmo com respeito a esta frase: «Totus Tuus”. Esta fórmula não tem somente um carácter piedoso, não é uma simples expressão de devoção: é algo mais. A orientação até uma devoção tal se afirmou em mim no período em que, durante a Segunda Guerra Mundial, trabalhava como operário em uma fábrica. Num primeiro momento me havia parecido que devia afastar-me um pouco da devoção mariana da infância, em benefício de um cristianismo Cristo cêntrico. Graças a S. Luis Grignon de Montfort compreendi que a verdadeira devoção à Mãe de Deus é, sem embargo, Cristo cêntrica, mais ainda, que está profundamente radicada no Mistério trinitário de Deus, e nos mistérios da Encarnação e a Redenção. Assim pois, redescobri com conhecimento de causa a nova piedade mariana, e esta forma madura de devoção à Mãe de Deus me há seguido através dos anos: seus frutos são a Redemptoris Mater e a Mulieris dignitatem». Outro sinal de seu amor filial a Santa María é seu escudo pontifício: sobre um fundo azul, uma cruz amarela, e sob o madeiro horizontal direito, uma "M", também amarela, representando a Mãe que estava "ao pé da cruz", onde - no dizer de S. Paulo - em Cristo estava Deus reconciliando o mundo consigo. Em sua surpreendente simplicidade, seu escudo é, pois, uma clara expressão da importância que o Santo Padre lhe reconhece a Santa María como eminente cooperadora na obra da reconciliação realizada por seu Filho. Seu escudo se alça ante todos como uma perene e silenciosa profissão de um amor terno e filial à Mãe do Senhor Jesus, e por sua vez, é um constante convite a todos os filhos da Igreja para que reconheçamos seu papel de cooperadora na obra da reconciliação, assim como sua dinâmica função maternal para com cada um de nós. Com efeito, «entregando-se filialmente a Maria", o cristão, como o apóstolo João, "acolhe entre suas coisas próprias" a Mãe de Cristo e a introduz em todo o espaço de sua vida interior, é dizer, no seu "eu" humano e cristão: "A acolheu em sua casa". Assim o cristão, trata de entrar no raio de acção daquela "caridade materna", com que a Mãe do Redentor "cuida dos irmãos de seu Filho", "a cuja geração e educação coopera" segundo a medida do dom, própria de cada um pela virtude do Espírito de Cristo. Assim se manifesta também aquela maternidade segundo o espírito, que há chegado a ser a função de Maria aos pés da Cruz e no cenáculo». O aprofundamento da teologia e da devoção mariana - em fiel continuidade com a ininterrupta tradição católica - é uma impronta muito especial da pessoa e pontificado do Santo Padre.
Homem do perdão; apóstolo da reconciliação
Talvez muitos jovens desconheçam o atentado que o Santo Padre sofreu naquele já longínquo 13 de Maio de 1981, às mãos de um jovem turco, de nome Ali Agca (libertado há poucas semanas… (2010). Então, guardando-o milagrosamente da morte, se manifestou a Providência divina que concedia a seu eleito uma invalorizável ocasião para experimentar en si mesmo a dor e sofrimento humano - físico, psicológico e também espiritual - para poder melhor associar-se à cruz do Senhor Jesus e solidarizar-se mais ainda com tantos irmãos doentes. Fruto desta experiência vivida com um profundo horizonte sobrenatural será sua formosa Carta Apostólica Salvifici doloris. Aquele facto foi também uma magnífica oportunidade para mostrar ao mundo inteiro que ele, fiel discípulo o Mestre, é um homem que não só chama a viver o perdão e a reconciliação, mas que ele mesmo o vive: uma vez recuperado, num gesto autenticamente cristão e de enorme grandeza de espírito, o Santo Padre aproximou-se de seu agressor - recluso na prisão - para oferecer-lhe o perdão e constituir-se ele mesmo num testemunho vivo de que o amor cristão é maior que o ódio, de que a reconciliação - ainda que exigente - pode ser vivida, e de que este é o único caminho capaz de converter os corações humanos e de trazer-lhes a paz tão ansiada.
Servidor da comunhão e da reconciliação
O desejo de convidar a todos os homens a viver um processo de reconciliação com Deus, com os irmãos humanos, consigo mesmos e com a inteira obra da criação deu pé a numerosas exortações neste sentido. Ocupa um singular lugar sua Exortação Apostólica Post-Sinodal Reconciliatio et paenitentiae - sobre a reconciliação e a penitência na missão da Igreja hoje (se nutre da reflexão conjunta que fizeram os bispos do mundo reunidos en Roma no ano 1982 para a VI Assembleia Geral do Sínodo de Bispos)-, e tem um peso singularmente importante a declaração que fizera no Congresso Eucarístico de Téramo, a 30 de Junho de 1985: «Pondo-me à escuta do grito do homem e vendo como manifesta nas circunstâncias da vida uma nostalgia de unidade com Deus, consigo mesmo e com o próximo, hei pensado, por graça e inspiração do Senhor, propor com força esse dom original da Igreja que é a reconciliação».
A preocupação social de S.S. João Paulo II
A encíclica Centessimus annus, que comemora o centésimo ano desde o início formal do Magistério Social Pontifício com a publicação de encíclica Rerum novarum de S.S. León XIII, se há constituído no último grande aporte de S.S. João Paulo II no que toca ao dito Magistério. Nela escrevia: «... desejo antes de tudo satisfazer a divida de gratidão que a Igreja inteira h contraído com o grande Papa (León XIII) e com seu "imortal Documento". É também meu desejo mostrar como a rica seiva, que sobe desde aquela raiz, não se esgotou com o passo dos anos, mas que, pelo contrário,se fez mais fecunda». Indubitavelmente enriquecido por sua própria experiência como operário, e em sua particular cercania com seus companheiros de labuta, a grande preocupação social do actual Pontífice já havia encontrado outras duas ocasiões para manifestar-se ao mundo inteiro no que toca ao magistério: a encíclica Laborem exercens, sobre o trabalho humano, e a encíclica Sollicitudo rei socialis, sobre os problemas atuais do desenvolvimento dos homens e dos povos.
A nova evangelização: tarefa principal da Igreja
Desde o início de seu pontificado o Papa João Paulo II tem estado empenhado em chamar e comprometer a todos os filhos da Igreja na tarefa de uma nova evangelização: «nova em seu ardor, em seus métodos, em sua expressão». Mas, como recorda o Santo Padre, «se a partir da Evangelii nuntiandi se repete a expressão nova evangelização, isso é somente no sentido dos novos reptos que o mundo contemporâneo apresenta à missão da Igreja» ... «Há que estudar a fundo - disse o Santo Padre - em que consiste esta Nova Evangelização, ver seu alcance, seu conteúdo doutrinal e implicações pastorais; determinar os "métodos" mais apropriados para os tempos en que vivemos; buscar uma "expressão" que a acerque mais à vida e às necessidades dos homens de hoje, sem que por ele perca nada de sua autenticidade e fidelidade à doutrina de Jesus e à tradição da Igreja». Nesta tarefa o Papa João Paulo II tem uma profunda consciência da necessidade urgente do apostolado dos laicos na Igreja, preocupação que se reflete claramente na sua Encíclica Christifideles laici e no impulso que surgiu dando ao desenvolvimento dos diversos Movimentos eclesiais. Por isso mesmo, na tarefa da nova evangelização «a Igreja trata de tomar uma consciência mais viva da presença do Espírito que atua nela (...) Um dos dons do Espírito a nosso tempo é, certamente, o florescimento dos movimentos eclesiais, que desde o início de meu pontificado hei assinalado e sigo assinalando como motivo de esperança para a Igreja e para os homens». Mas S.S. João Paulo II não entende a nova evangelização simplesmente como uma "missão para fora": a missão para dentro (quer dizer, a reconciliação vivida no âmbito interno da mesma Igreja) há sido também destacada pelo Santo Padre como uma urgente necessidade e tarefa, pois ela é um sinal de credibilidade para o mundo inteiro. Desde esta perspectiva há que compreender também o forte empenho ecuménico alentado pelo Santo Padre, muito na linha.
"Que todos sejam um"
O Santo Padre, como Cristo o Senhor faz dois mil anos, segue elevando também hoje ao Padre esta fervente súplica: «¡Que todos sejam um (Ut unum sint)… para que o mundo creia!». Como incansável artesão da reconciliação, o actual Sucessor de Pedro há vindo trabalhado desde o início de seu pontificado por lograr a unidade e reconciliação de todos os cristãos entre si, sem que ele signifique de nenhum modo claudicar a Verdade: «O diálogo - disse Sua Santidade aos bispos austríacos, em 1998 -, a diferença de uma conversação superficial, tem como objectivo o descobrimento e o reconhecimento comum da verdade. (…) A fé viva, transmitida pela Igreja universal, representa o fundamento do diálogo para todas as partes. Quem abandona esta base comum elimina de todo diálogo na Igreja a possibilidade de converter-se em diálogo de salvação. (…) ninguém pode desempenhar sinceramente um papel num processo de diálogo se não está disposto a expor-se à verdade e a crescer nela».
Renovado impulso à catequese
Como diz o Santo Padre, na Encíclica Redemptoris missio quer ser - depois da Evangelii nuntiandi- «uma nova síntese do ensino sobre a evangelização do mundo contemporâneo». Por outro lado, a Exhortación Apostólica Catechesi tredendae é uma tentativa -já desde o inicio de seu pontificado- de dar um novo impulso ao trabalho pastoral da catequese. O Santo Padre, desde que assumiu seu pontificado, tem mantido as catequeses das quartas-feiras iniciadas por seu predecessor Paulo VI. Nelas tem desenvolvido principalmente o conteúdo do "Credo". Neste mesmo sentido o Catecismo da Igreja Católica -aprovado pelo Santo Padre em 1992- tem querido ser «o melhor dom que a Igreja pode fazer a seus Bispos e a todo o Povo de Deus», tendo em conta que é um «valioso instrumento para a nova evangelização, onde se compendia toda a doutrina que a Igreja há-de ensinar».
O Papa peregrino
Talvez muitos de nós terá perguntado sobre o sentido das numerosas viagens apostólicos que realizou o Santo Padre (mais de duzentas, contando suas viagens ao exterior como ao interior de Itália): «Em nome de toda a Igreja, sinto imperioso o dever de repetir este grito de são Paulo («Pregar o Evangelho não é para mim nenhum motivo de glória;é mais um dever que me incumbe: E ¡ai de mim se não pregar o Evangelho!»). Desde o começo de meu pontificado tomei a decisão de viajar até aos últimos confins da terra para pôr de manifesto a solicitude missionária; e precisamente o contacto direto com os povos que desconhecem a Cristo me convenceu ainda mais da urgência de tal atividade à qual dedico a presente Encíclica (Redemptoris missio)». Assim mesmo dirá o Papa de suas numerosas visitas às diversas paróquias: «a experiência adquirida em Cracóvia me ensinou que convém visitar pessoalmente as comunidades e, antes de tudo, as paróquias. Este não é um dever exclusivo, desde logo, mas eu lhe concedo uma importância primordial. Vinte anos de experiência fizeram-me compreender que, graças às visitas paroquiais do bispo, cada paróquia se inscreve com mais força na mais vasta arquitetura da Igreja e, deste modo, se adere mais intimamente a Cristo».
S.S. João Paulo II e os jovens
Desde 1985 a Igreja viu surgir as Jornadas Mundiais dos Jovens. Sua génese - recorda o Santo Padre - foi o Ano Jubilar da Redenção e o Ano Internacional da Juventude, convocado pela Organização das Nações Unidas naquele mesmo ano: «Os jovens foram convidados a Roma. E este foi o começo. (...) O dia da inauguração do pontificado, em 22 de Outubro de 1978, depois da conclusão da liturgia, disse aos jovens na praça de São Pedro: "Vós sois a esperança da Igreja e do mundo. Vós sois minha esperança"».
Mestre de ética e valores
Também no nosso século, e com suas particulares notas de gravidade, o Santo Padre notou com paternal preocupação como o homem tem "mudado a verdade pela mentira". Consequência desta triste "mudança" é que o homem tem visto ofuscada sua capacidade para conhecer a verdade e para viver de acordo a essa verdade, em ordem a encontrar sua felicidade na plena realização como pessoa humana. A publicação da Encíclica Veritatis splendor constitui a plasmação de um testemunho ante o mundo do esplendor da Verdade. Nela se descobrem os ensinamentos de quem fora um notável professor de ética, que na sua qualidade de Sumo Pontífice sai ao encontro do relativismo moral a que há chegado a cultura de hoje: «Nenhum homem pode iludir as perguntas fundamentais: ¿que devo fazer?, ¿como posso discernir o bem do mal? A resposta só é possível graças ao esplendor da verdade que brilha no mais íntimo do espírito humano… A luz do rosto de Deus resplandece com toda sua beleza no rosto de Jesus Cristo… Ele é "o Caminho, a Verdade e a Vida". Por isto a resposta decisiva de cada interrogação do homem, em particular de suas interrogações religiosas e morais, a da Jesus Cristo; mais ainda, como recorda o Concilio Vaticano II, a resposta é a pessoa mesma de Jesus Cristo: "Realmente, o mistério do homem só se esclarece no mistério do Verbo encarnado…"». Ao longo de toda sua encíclica, o Santo Padre, com desenvolvimentos magistrais, se ocupa de apresentar um horizonte ético - em íntima conexão com a verdade sobre o homem - para o pleno desenvolvimento da pessoa humana em resposta ao desígnio divino.
Incansável Servidor da fé e da Verdade
Aos vinte anos de sua elevação ao Sólio Pontifício, o Papa João Paulo II - como um incansável Mestre da Verdade - deu a conhecer ao mundo inteiro sua décima terceira encíclica: Fides et ratio, fé e razón. Nela apresenta em forma positiva a busca da verdade que nasce da natureza profunda do ser humano. Sai à passagem de múltiplos erros que actualmente obstaculizam o acesso à verdade, e mais ainda à Verdade última sobre Deus e sobre o homem que como dom gratuito Deus mesmo ofereceu à humanidade inteira através da revelação. A verdade, a possibilidade de a conhecer, a relação entre razão e fé, entre filosofia e teologia são temas que vai tocando em resposta à situação de enorme confusão, de relativismo e subjectivismo em que se encontra imersa nossa cultura de hoje.
Trabalhando pela consolidação dos frutos do Concílio Vaticano II
O Santo Padre há sido um incansável artesão que há trabalhado, ao longo dos já vinte anos de seu fecundo pontificado, em favor do aprofundamento e consolidação dos abundantíssimos frutos suscitados pelo Espírito Santo no Concilio Vaticano segundo. A respeito disse ele mesmo: «É indispensável este trabalho da Igreja orientado à verificação e consolidação dos frutos salvíficos do Espírito, outorgados no Concilio. A este respeito convém saber "discerni-los" atentamente de tudo o que contrariamente pode provir sobretudo do "príncipe deste mundo". Este discernimento é tanto mais necessário na realização da obra do Concilio já que se há aberto amplamente ao mundo actual, como aparece claramente nas importantes Constituições conciliares Gaudium et spes e Lumen gentium».
Com S.S. João Paulo II até ao terceiro milénio
O Papa João Paulo II, mediante sua Carta apostólica Tertio millenio adveniente, convidou a toda cristandade a preparar-se para o que será uma grande celebração e comemoração: três anos hão sido dedicados por desejo explícito do Sumo Pontífice à reflexão e aprofundamento em torno a cada uma das Pessoas divinas do Mistério da Santíssima Trindade: 1997 foi dedicado ao Filho, 1998 ao Espírito Santo e 1999 ao Pai. Deste modo a Igreja se prepara a celebrar com um grande Jubileu os dois mil anos do nascimento de Jesus Cristo, o Filho eterno do Pai que - de Maria Virgem e por obra do Espírito Santo - «nasceu do Povo eleito, em cumprimento da promessa feita a Abraão e recordada constantemente pelos profetas». Dele, e do cristianismo, nos recordamos na sua mesma Carta ao Papa: «Estes (os profetas de Israel) falavam em nome e em lugar de Deus. (…) Os livros da Antiga Aliança são assim testemunhas permanentes de uma atenta pedagogia divina. Em Cristo esta pedagogia alcança sua meta: Ele não se limita a falar "em nome de Deus" como os profetas, mas que é Deus mesmo quem fala no seu Verbo eterno feito carne. Encontramos aqui o ponto essencial pelo que o cristianismo se diferencia das outras religiões, nas que desde o princípio se expressou a busca de Deus por parte do homem. O cristianismo começa com a Encarnação do Verbo. Aqui não é só o homem quem busca a Deus, mas que é Deus quem vem em Pessoa a falar de si ao homem e a mostrar-lhe o caminho pelo qual é possível alcançá-lo. (…) O Verbo Encarnado é, pois, o cumprimento do anseio presente em todas as religiões da humanidade: este cumprimento é obra de Deus e vai mais além de toda a expectativa humana». Este acontecimento histórico central para a humanidade inteira, acontecimento porque Deus que se faz homem para dizer «a palavra definitiva sobre o homem e sobre a história», é o que a Igreja se prepara a celebrar com um grande Jubileu, e deste modo se prepara a transpor o umbral do novo milénio. Sua Santidade, o "doce Cristo sobre a terra", como ícone visível do Bom Pastor vai à cabeça da Igreja que peregrina neste tempo de profundas transformações, constituindo-se para todos seus filhos e filhas que com valor querem escuta-lo e segui-lo, em rocha segura e guia firme … "¡Não tenhais medo!"… são as palavras que também hoje brotam com insistência dos lábios de Pedro, homem de frágil figura, mas eleito e fortalecido por Deus para suster o edifício da Igreja toda com uma fé firme e uma esperança invencível. (O que se segue é um artigo intitulado «S.S. João Paulo II: "Profeta do sofrimento"», cujo autor é Mons. Cipriano Calderón Polo) «S.S. João Paulo II, é nesta etapa final do segundo milénio, o Pastor universal do povo de Deus, guia segura para atravessar o "umbral da esperança" que nos introduzirá no terceiro milénio da evangelização... «¿Como se apresenta ao mundo de hoje o Papa esta encruzilhada decisiva da história? «Sua imagem característica é agora a de profeta do sofrimento, um sacerdote, um evangelizador que realiza em sua amável pessoa a doutrina que ele mesmo explicou na carta apostólica Salvifici doloris (11 de Fevereiro de 1984) e em tantos discursos sobre o significado da dor humana. «João Paulo II, nas celebrações litúrgicas, nas audiências, nas viagens apostólicas, em todas as suas actividades, aparece como um ícone de sofrimento, dando à Igreja um testemunho formidável da força evangelizadora da dor física e moral. «Em sua pessoa de Vigário de Cristo se cruzam as debilidades físicas: essas "debilidades do Papa" as que ele mesmo se referiu no dia de Natal de 1995 desde a janela de seu despacho; as penas e dores cada vez mais crescentes dos homens e mulheres de nosso tempo, de todos os povos, especialmente daqueles mais pobres de América Latina, África e Ásia; os sofrimentos de toda a Igreja, que naturalmente se acumulam no vértice da mesma. E a tudo ele se une a fadiga pastoral produzida por uma entrega sem reservas ao ministério Petrino, ao que o Papa Wojtyla segue oferecendo generosamente todas as suas energias, sem deixar-se render pela idade ou pelos quebrantos de saúde. «O Santo Padre caminha até ao ano 2000, à frente da humanidade, levando a cruz de Jesus. Assim se parece mais com o divino Redentor. «Ele mesmo fez notar numa alocução dominical -Ángelus- pronunciada desde o seu quarto do hospital Gemelli: "¿Como me apresentarei eu agora - comentava - aos poderosos do mundo e a todo o povo de Deus? Me apresentarei com o que tenho e posso oferecer: com o sofrimento. Compreendi - dizia - que devo conduzir a Igreja de Cristo até ao terceiro milénio, com a oração, com múltiplas iniciativas (como a que actualmente está vivendo toda a Igreja: um triénio de preparação proposto em sua carta (Tertium millenium adveniente); mas vi que isto não basta: necessito levá-la também com o sofrimento"».
Nasceu para o Reino de Deus, em 2 de Abril de 2005, Em 28 de Junho do mesmo ano iniciou-se a sua causa para a beatificação.
Oração para implorar favores por intercessão do Servo de Deus João Paulo II
Oh Trindade Santa, Te damos graças por ter concedido à Igreja o Papa João Paulo II e porque nele hás reflectido a ternura de Tua paternidade, a glória da cruz de Cristo e o esplendor do Espírito de amor. Ele, confiando totalmente em tua infinita misericórdia e na maternal intercessão de Maria, nos há mostrado uma imagem viva de Jesus Bom Pastor, indicando-nos a santidade, alto grau da vida cristã ordinária, como caminho para alcançar a comunhão eterna Contigo. Concede-nos, por sua intercessão, e se é Tua vontade, o favor que imploramos, com a esperança de que seja pronto incluído no número de teus santos. Ámen.
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17 janeiro 2011 Autor: admin | Postado em: Igreja
Domingo da Divina Misericórdia é uma festa instituída e era fundamental para João Paulo II
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 14-01-2011, Gaudium Press) Após a confirmação da beatificação de João Paulo II, com a assinatura do Papa Bento XVI ratificando o decreto sobre milagre atribuído a seu antecessor, o Vaticano anunciou a data da cerimônia: 1º de maio, domingo da Divina Misericórdia.
O anúncio foi feito nesta manhã, em uma concorrida coletiva de imprensa, pelo porta-voz do Vaticano, Padre Federico Lombardi. O 2º Domingo de Páscoa, a Divina Misericórdia é uma festa instituída e “fundamental” para João Paulo II, daí a escolha da data para a cerimônia de beatificação.
“O rito de beatificação do Venerável Servo de Deus João Paulo II – declara o Padre Lombardi – terá lugar no Vaticano, no dia 1º de maio de 2011, II Domingo de Páscoa, da Divina Misericórdia, presidido pelo Sumo Pontífice Bento XVI”.
A Divina Misericórdia foi um período central e fundamental do pontificado wojtylniano. João Paulo II, em 1980, escreveu uma encíclica sobre a Divina Misericórdia, “Dives in Misericordia”. Durante a canonização de Faustina Kowalska, João Paulo II instituiu que o primeiro domingo após a Páscoa será celebrado como Domingo da Divina Misericórdia. Em sua última viagem a sua terra natal, a Polônia, em 17 de agosto de 2002, quando visitou o santuário de Lagiewniki, João Paulo II confiou todo o mundo em oração à Divina Misericórdia.
Ainda não foi estabelecida a data de sua memória litúrgica. O corpo também não será exposto ao público durante a cerimônia de beatificação; será, como já noticiado, disposto sob o altar da Capela de São Sebastião, com uma simples lápide de mármore com as palavras “o beato João Paulo II”. A Capela de São Sebastião é a segunda à direita à entrada da Basílica Vaticana.
Padre Lombardi ressaltou na coletiva que, até o momento, não se cogita a exposição do corpo de João Paulo II. Tampouco foram confirmadas informações sobre as relíquias que serão usadas na cerimônia.
O processo de beatificação de João Paulo II, aberto em 28 de junho de 2005 – apenas três meses após sua morte – durou cinco anos e seis meses.
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João Paulo II foi o “amigo da humanidade”, recorda seu mestre de cerimônias
29 março 2011 Autor: admin | Postado em: IgrejaRoma, 29 Mar. 11 / 01:39 pm (ACI)
A beatificação do Servo de Deus João Paulo II “é para todos a ocasião de nos reencontrarmos com este amigo da humanidade”, explicou Dom Piero Marini, quem fora Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias do defunto Papa.
Em uma entrevista concedida à Rádio Vaticano no dia 27 de março, Dom Marini afirmou que todos devemos “encontrar de novo a João Paulo II, escutá-lo falar de novo, interpretar de novo seus gestos, ser de novo tomados por seu amor para a evangelização”, já perto da grande festa eclesiástica de sua beatificação no 1º de maio.
O Arcebispo Marini, atual Presidente do Pontifício Conselho para os Congressos Eucarísticos Internacionais, animou os leigos e sacerdotes a “construir a santidade respondendo à vocação que o Senhor lhes deu em sua vida com humildade, com simplicidade, como fez João Paulo II que dedicou toda sua vida a anunciar o Evangelho”.
“Conseguiu através do anúncio da Palavra, através da celebração da Eucaristia, dos Sacramentos, criar ao seu redor, em torno da figura do Papa, realmente a unidade da Igreja“, recordou.
Dom Marini explicou que a proximidade de Karol Wojtyla “ao povo santo de Deus”, foi o sinal emblemático de todo seu Pontificado, “aproximar-se às pessoas, aproximar-se das comunidades, inclusive às mais pequeninas, ver todos os pobres que quase queriam debruçar-se sobre ele…recordava as cenas evangélicas”.
O Prelado deseja que tanto crentes, como não crentes “considerem João Paulo II “um amigo, o queria ser amigo de todos”, para “encontrá-lo de novo, voltar a escutar suas palavras, voltar a ver seus gestos e poder entender, até o último ponto, seu modo de atuar a favor da Igreja”.
S. FRANCISCO DE PAULA
Confessor (1416-1508)
Francisco de Paula, Santo
O Fundador da Ordem dos Mínimos nasceu em Paula, cidadezinha da Calábria, em 1416. Fruto da bênção e de orações, deram-lhe os pais o nome de Francisco, por devoção ao grande Patriarca de Assis, a cuja intercessão atribuíram a sua vinda ao mundo. A valiosa protecção do seu santo Patrono fez-se de novo sentir numa doença que ameaçava fazer-lhe perder um dos olhos. Os pais prometeram, conservá-lo um ano no convento duma Ordem, caso ele se curasse. Em obediência ao voto, o jovenzinho viveu dos 13 para os 14 anos no convento de S. Marcos que havia em Paula. Depois retirou-se para uma das propriedades do pai, que era simples lavrador, e viveu numa cova, como se fosse solitário da Tebaida, sem outro vestuário que não fosse uma túnica de cilicio, com cinto. Não tardou que se lhe juntassem outros dois jovens imitadores da sua santa loucura. Em 1435 foi levantada, junto das celas dos três primeiros Mínimos, uma capela aonde vinha um sacerdote celebrar e dar-lhes a sagrada comunhão. S. Francisco, por humildade e a exemplo do seu Santo Patrono, não quis nunca ser padre. O número dos discípulos foi aumentado e, em 1454, Pirro, arcebispo de Cosenza, permitiu que se levantasse um mosteiro com igreja. Nesta construção trabalharam, com as mãos e com dinheiro, mesmo os mais distintos senhores e nobres damas, não faltando a intervenção divina com manifestos milagres. Sisto IV aprovou a ereção do mosteiro com bula de 23 de Maio de 1474 e nomeou Francisco superior. O povo chamava-lhes eremitas de S. Francisco, mas eles preferiam o nome evangélico de Mínimos, quer dizer, ainda menos que os frades menores do pobrezinho de Assis. As fundações foram-se estendendo pelo Sul de Itália até à ilha da Sicília. A fama da santidade e milagres do Santo ultrapassou as fronteiras italianas e chegou á corte de Luis XII de França, que estava doente no castelo de Plessis, perto de Tours. O Rei quis que Francisco viesse curá-lo. O Santo resistiu até que o papa lhe impôs preceito de obediência. Ao atravessar Roma, em princípios do ano de 1483, recebeu toda a espécie de honras. Três vezes foi admitido à presença do papa, que se deteve com ele da maneira mais amistosa três ou quatro horas. Sisto IV tanto gostou do Santo que deu toda a espécie de favores à nova Ordem dos Mínimos. de Roma dirigiu-se à corte de Luis XI. “Senhor, disse ao rei, logo desde o primeiro momento pedirei a Deus pela vossa saúde, mas o que mais importa é a saúde da alma”. “Não há remédio, uma vez que amais a vida; o que importa é assegurar a posse da verdadeira vida”. O Santo ficou na França, donde dirigiu a propagação da Ordem naquele Reino e na Espanha. Retocou as Regras, que foram aprovadas por Alexandre VI e confirmadas mais tarde por Julio II. Morreu em Plessis, a 2 de Abril de 1508, e foi canonizado por Leão X em 1519. É um dos Santos de quem se contam milagres em maior número , devidos à sua fé e confiança em Deus. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt ¿Queres saber mais? Consulta ewtn
• María Egipcíaca, Santa
Eremita Penitente
María Egipcíaca, Santa
Martirológio Romano: Em Palestina, santa María Egipcíaca, célebre pecadora de Alexandria, que pela intercessão da Bem-aventurada Virgem se converteu a Deus na Cidade Santa, e levou uma vida penitente e solitária na outra margem do Jordão (s. V). Etimologicamente: María = eminência, excelsa. É de origem hebraica. Uma formosa tradição muito antiga conta que no século V um santo sacerdote chamado Zósimo depois de haver passado muitos anos de monge num convento de Palestina dispôs ir-se a terminar seus dias no deserto de Judá, junto ao rio Jordão. E que um dia viu por ali uma figura humana, que mais parecia um esqueleto que uma pessoa robusta. Se acercou e lhe perguntou se era um monge e recebeu esta resposta: "Eu sou uma mulher que vim para o deserto a fazer penitência de meus pecados". Segundo a tradição aquela mulher lhe narrou a seguinte história: Seu nome era Maria. Era de Egipto. Desde os 12 anos levada por suas paixões sensuais e seu exagerado amor à liberdade fugiu de casa. Cometeu toda classe de impurezas e até se dedicou a corromper a outras pessoas. Depois se uniu a um grupo de peregrinos que de Egipto iam ao Santo Sepulcro de Jerusalém. Mas ela não ia a rezar mas a divertir-se e a passear. E sucedeu que ao chegar ao Santo Sepulcro, enquanto os demais entravam fervorosos a rezar, ela sentiu ali na porta do templo que uma mão a detinha com grande força a puxava para o lado. E isto lhe sucedeu por três vezes, cada vez que ela tratava de entrar ao santo templo. E uma voz lhe disse: "Tu não és digna de entrar neste sitio sagrado, porque vives escravizada ao pecado". Ela se pôs a chorar, mas cedo levantou os olhos e viu ali perto da entrada uma imagem da Santíssima Virgem que parecia fitá-la com grande carinho e compaixão. Então a pecadora se ajoelhou chorando e lhe disse: "Mãe, se me é permitido entrar no templo santo, eu te prometo que deixarei esta vida de pecado e me dedicarei a uma vida de oração e penitência. E lhe pareceu que a Virgem Santíssima lhe aceitava sua proposta. Tratou de entrar de novo no templo e desta vez lhe foi permitido. Ali chorou largamente e pediu por muitas horas o perdão de seus pecados. Estando em oração lhe pareceu que uma voz lhe dizia: "No deserto mais além do Jordão encontrarás tua paz". María Egipcíaca foi para o deserto e ali esteve por 40 anos rezando, meditando e fazendo penitência.
María Egipcíaca, Santa
Alimentava-se de pétalas, de raízes, de lagostas e às vezes baixava a tomar água no rio. No verão o terrível calor a fazia sofrer muitíssimo e a sede a atormentava. No inverno o frio era seu martírio. Durante 17 anos viveu atormentada pela tentação de voltar outra vez ao Egipto a dedicar-se à sua vida anterior de sensualidade, mas um grande amor à Santíssima Virgem lhe obtinha fortaleza para resistir às tentações. E Deus lhe revelava muitas verdades sobrenaturais quando ela estava dedicada à oração e à meditação. A penitente fez prometer ao santo ancião que não contaria nada desta história enquanto ela não tivesse morrido. E pediu-lhe que lhe trouxesse a Sagrada Comunhão. Era Quinta-feira Santa e Santo Zósimo levou-lhe a Sagrada Eucaristia. Ficaram de se encontrar no Dia de Páscoa, mas quando o santo voltou encontrou-a morta, sobre a areia, com esta inscrição num pergaminho: "Padre Zósimo, passei à eternidade em Sexta-feira Santa dia da morte do Senhor, contente por ter recebido seu santo corpo na Eucaristia. Rogue por esta pobre pecadora, e devolva à terra este corpo que é pó e em pó tem de converter-se". O monge não tinha ferramentas para fazer a sepultura,mas então chegou um leão e com suas garras abriu uma sepultura na areia e se foi. Zósimo ao voltar dali narrou a outros monges a emocionante história, e cedo junto àquela tumba começaram a operar-se milagres e prodígios e a fama da santa penitente se estendeu por muitos países. Santo Afonso de Ligório e muitos outros pregadores narraram muitas vezes e deixaram escrita em seus livros a história de María Egipcíaca, como um exemplo do que obra numa alma pecadora, a intercessão da Santíssima Mãe do Salvador, a qual se digne também interceder por nós pecadores para que abandonemos nossa vida de maldade e comecemos já desde agora uma vida de penitência e santidade.
Penitente (343-422) Esta biografia (que repito aqui)foi publicada ontem sob texto de www.es.catholic.
• Eustásio de Luxeuil, Santo
Abade
Eustásio de Luxeuil, Santo Esta biografia foi publicada (em 29/3) sob texto de Livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt, que transcrevo novamente
Santo Eustásio, discípulo de S. Columbano, e seu imediato sucessor na famosa abadia de Luxeuil, nasceu nos fins do século VI. O seu tio S. Mieto, bispo de Langres, encarregou-se de o educar. Descobrindo cada dia novos perigos no século, resolveu Eustáquio buscar no deserto o que não achava no tumulto do mundo. Havia dois ou três anos que S. Columbano, monge irlandês, viera procurar na França um deserto próprio para lhe satisfazer o desejo que tinha de passar os dias nos rigores da mais austera penitência. Tendo-se retirado para um ermo, situado no Franco Condado, fundou o famoso mosteiro de Luxeuil, que por muitos séculos foi seminário de santos, e onde logo desde o princípio se contaram uns 600 religiosos. Eustásio foi um dos primeiros que se alistaram sob a disciplina de S. Columbano. Em pouco tempo, causou viva admiração, copiando no novo mosteiro a santidade dos monges do Oriente. Mas não durou muito a calma. Vendo o mosteiro exposto às violências dos ministros régios, Eustásio retirou-se, com S. Gal, para os estados de Teodeberto, que os tomou debaixo da sua protecção. E S. Columbano, que havia já embarcado no porto de Nantes, foi arrojado por uma tempestade às costas da Bretanha. Por este facto conheceu não ser vontade de Deus que tornasse a passar o mar; e tendo notícia da boa recepção encontrada pelos discípulos, tomou o caminho da Austrásia. O príncipe deu as escolher a Columbano o lugar que quisesse dentro dos seus domínios. Aceitou o santo a oferta; e levando consigo Eustásio e Gal, subiu até às últimas extremidades do lago de Constança, entrou no país dos suíços e, pregando em todas as partes a fé de Jesus Cristo, parou no território de Bregentz , onde fundou novo mosteiro. Tendo aqui notícia de que alguns seculares se haviam apoderado duma parte do convento de Luxeuil, e ameaçavam expulsar dele todos os monges, enviou-lhes Santo Eustásio na qualidade de abade. Custou muito ao mestre e ao discípulo esta separação; mas era indispensável o sacrifício. Eustásio, em Luxeuil, de tal modo soube ganhar os corações dos usurpadores que o deixaram senhor de todo o mosteiro. E o novo abade dedicou logo todos os cuidados ao restabelecimento da disciplina monástica. Havendo Clotário II reunido em uma só monarquia a Borgonha, a Austrásia e a França, por morte dos reis Teodeberto e Thierry, desejou ter dentro do seu reino S. Columbano. Com este intento, enviou Santo Eustásio a convidá-lo a voltar para Luxeuil; porém, Columbano entendeu que Deus não queria a sua saída de Itália; e mandou ao santo abade que voltasse ao governo do seu mosteiro. O vasto zelo de Eustásio não podia estar circunscrito às paredes monásticas; levou a,.luz do Evangelho até aos bávaros, fazendo em toda a parte muitas conversões Mas o demónio, para contrabalançar a guerra que Eustásio lhe fazia, empreendeu quebrantar a ordem e a disciplina no mosteiro de Luxeuil, valendo-se para isso dum falso monge. Agréstio, ou Agrestino, que tinha sido secretário do rei Thierry e havia tomado o hábito em Luxeuil, deixou o deserto, de que já estava enfastiado e, sem qualquer missão legítima, saiu a pregar aos gentios. Como porém o fruto e o aplauso não correspondessem ao que se lhe havia figurado, precipitou-se no cisma dos habitantes de Aquileia. Intentou Eustásio fazê-lo reentrar nos seus deveres, mas encontrou um espírito rebelde, cuja pretensão não era menos que fazer condenar pelo concílio de Macon a Regra de S. Columbano, e que se extinguisse o mosteiro de Luxeuil. Com efeito, apresentou ao concílio muitos capítulos de acusação contra a nova regra. Eustásio refutou vigorosamente no concílio as calúnias de Agrestino e defendeu o seu santo instituto; mas Agrestino, cerrando os ouvidos aos amorosos conselhos do seu abade, morreu desgraçadamente às mãos dum seu criado. Santo Eustásio chorou-o , assim como o fim desventurado de alguns outros que este cismático havia seduzido; mas o Senhor consolou-o abundantemente pela insigne virtude doutros discípulos. E teve o conforto de ver estabelecido no seu mosteiro de Luxeuil o coro perpétuo, de dia e noite, com mais de 600 monges, que, sucedendo-se continuamente uns aos outros, cantavam sem cessar louvores ao Senhor. No meio de exercícios de mortificação, assaltou Eustásio uma violenta e dolorosa enfermidade. Tendo passado trinta dias crucificado pelas mais vivas dores, cheio de merecimentos e favorecido com o dom dos milagres, morreu em Luxeuil, no ano 629, com cerca de sessenta anos de idade e mais de trinta no referido mosteiro. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt
• Mykola (Nicolás) Charneckyj, Beato
Bispo e Mártir
Mykola (Nicolás) Charneckyj, Beato
Martirológio Romano: Em Lwiw, em Ucrânia, beato Nicolás Carneckyj, bispo, que exercendo como exarca apostólico de Volyn’ y Pidljashja em tempo de perseguição contra a fé, seguiu como pastor fiel as pegadas de Cristo e, por sua graça, chegou ao reino dos céus (1959) Etimologicamente: Nicolás = Aquele que é o vencedor, é de origem grego. Nasceu em 14 de Dezembro de 1884 em Semakivtsi (Ucrânia ocidental). Prosseguiu os estudos em Roma, cidade em que durante sete anos frequentou o Colégio Ucraniano (se licenciou em sagrada teologia en 1910). Recebeu a ordenação sacerdotal em 1909; realizou seu apostolado na diocese de Stanislaviv (actualmente Ivano-Frankivsk, Ucrânia). Em 1919 entrou no noviciado da Congregação do Santíssimo Redentor, e em 16 de dezembro de 1920 emitiu a profissão religiosa. Pío XII nomeou-o bispo titular de Lebed e visitador apostólico para os ucranianos da região de Volyn´ y Pidljasja. Em 8 de fevereiro de 1931 foi ordenado bispo em Roma. Durante a primeira ocupação soviética de Ucrânia ocidental (1939-1941), o metropolita Septyckyj o nomeou exarca apostólico para os ucranianos da mesma região. Expulso de Volyn´ pelos comunistas em 1939, se estabeleceu em Lvov. Em 11 de abril de 1945 as autoridades comunistas prenderam-no junto com outros bispos da Igreja greco-católica. Começaram em seguida as torturas, tanto físicas como morais. Foi declarado culpável de colaboração "com o regime nazi" e de ser "agente do Vaticano". O condenaram a seis anos de cadeia pela primeira acusação e a dez pela segunda. Cumpriu a pena em diversos campos de concentração siberianos. As autoridades, convencidas de que morreria de um momento a outro por sua grave enfermidade, o deixaram livre em 1956, ao cabo de onze anos de prisão. Morreu em 2 de abril de 1959, aos 74 anos de idade, em Lvov.
Foi beatificado por S.S. João Paulo II em 27 de Junho de 2001 com um grupo de mártires conformado por:
1 - Mykolay Charneckyj, Bispo, 2 Abril; 2 - Josafat Kocylovskyj, Bispo, 17 Novembro; 3 - Symeon Lukac, Bispo, 22 agosto; 4 - Basílio Velyckovskyj, Bispo, 30 Junho; 5 - Ivan Slezyuk, Bispo, 2 Dezembro; 6 - Mykyta Budka, Bispo, 28 Setembro; 7 - Gregorio (Hryhorij) Lakota, Bispo, 5 Novembro; 8 - Gregorio (Hryhorij) Khomysyn, Bispo, 28 Dezembro; 9 - Leonid Fedorov, Sacerdote, 7 marzo; 10 - Mykola Konrad, Sacerdote, 26 Junho; 11 - Andrij Iscak, Sacerdote, 26 Junho; 12 - Román Lysko, Sacerdote, 14 Outubro; 13 - Mykola Cehelskyj, Sacerdote, 25 Maio; 14 - Petro Verhun, Sacerdote, 7 Fevereiro; 15 - Alejandro (Oleksa) Zaryckyj, Sacerdote, 30 Outubro; 16 - Klymentij Septyckyj, Sacerdote, 1 Maio; 17 - Severijan Baranyk, Sacerdote, 28 Junho; 18 - Jakym Senkivskyj, Sacerdote, 28 Junho; 19 - Zynovij (Zenón) Kovalyk, Sacerdote, 30 Junho; 20 - Vidal Vladimir (Vitalij Volodymyr) Bajrak, Sacerdote, 16 Maio; 21 - Ivan Ziatyk, Sacerdote, 17 Maio; 22 - Tarsicia (Olga) Mackiv, Monja, 18 Julho; 23 - Olympia (Olha) Bidà, Soror, 28 Janeiro; 24 - Laurentia (Leukadia) Harasymiv, Monja, 26 agosto; 25 - Volodymyr Pryjma, Laico, 26 Junho.
(as datas indicadas correspondem às de seu martírio)
• Guillermo (Vilmos) Apor, Beato
Bispo e Mártir
Guillermo (Vilmos) Apor, Beato
Martirológio Romano: Em Györ, en Hungría, beato Guillermo Apor, bispo e mártir, que em plena guerra abriu sua casa a uns trezentos prófugos e, por defender a umas raparigas de mãos dos soldados, na tarde de Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor foi ferido, falecendo três dias mais tarde (1945). Etimologicamente: Guillermo = Aquele que é um protetor decidido, é de origem germânico. Vilmos Apor nasceu em 29 de Fevereiro de 1892 em Segesvár (Hungría). Era o sexto filho de uma família nobre. Seu pai morreu quando ele ainda era menino; sua mãe o educou num profundo fervor religioso. Foi acólito. Estudou com os jesuítas e, ao terminar os estudos secundários, ingressou no seminário. Seu bispo o enviou à universidade de Innsbruck, dirigida pelos jesuítas, onde obteve o doutorado em teologia. Recebeu a ordenação sacerdotal em 24 de agosto de 1915, sendo indicado para a diocese de Nagyvárad. Exerceu primeiro seu ministério como vice pároco em Gyula e, durante a guerra, por pouco tempo, como capelão militar. Trabalhou um ano como prefeito no seminário de Nagyvárad e logo voltou a Gyula como pároco. Se distinguiu por seu amor aos pobres. Para favorecer a educação religiosa dos jovens fundou um colégio e chamou para a cidade a congregações religiosas, com a finalidade de intensificar a vida de piedade dos fieis. Na sua paróquia se formou uma verdadeira comunidade sacerdotal. Se esforçou por criar boas relações com os pastores e fieis de outras confissões. O Papa Pío XII nomeou-o bispo de Gyor em 21 de Janeiro de 1941. Recebeu a consagração episcopal em 24 de fevereiro do mesmo ano e tomou posse de sua sede episcopal em 2 de março sucessivo. O lema de seu escudo episcopal era: «A cruz fortalece ao fraco e faz humilde ao forte». Apesar das dificuldades que supunha a segunda guerra mundial, desempenhou sua missão com grande entusiasmo. Amava muito a seus sacerdotes, aos fracos e necessitados. Dedicou-se com energia a fomentar a educação moral e religiosa da juventude. Quando na Hungría se introduziram as leis raciais, defendeu as vítimas da injustiça, elevando sua voz inclusive contra os mesmos políticos que estavam no poder. Condenou as ações inumanas e a perseguição em vários escritos e nas pregações, com o que pôs em perigo inclusive sua segurança pessoal. Durante os bombardeamentos não duvidou em acudir a socorrer as vítimas. Quando os combates afetaram o território de sua diocese, pôs à disposição dos refugiados o palácio episcopal e ele retirou-se para uma habitação pequena. Ao ter conhecimento do perigo que corriam as mulheres, declarou que estava disposto a defendê-las inclusive à custa de sua vida. Isto o demonstrou quando na tarde de Sexta-feira Santa chegaram ao palácio episcopal alguns soldados russos, borrachos, para levar para o quartel numerosas mulheres, que se haviam refugiado no sótão do bispado. O bispo recusou categoricamente o pedido. Depois de uma longa luta, quando um oficial começou a ameaçá-lo com sua pistola, ele foi avançando a pouco e pouco tratando de o tirar para fora. Mas o oficial se voltou de repente e disparou, ficando ferido na testa na mão e no estômago. Os soldados, assustados, fugiram, e o bispo caiu em terra. Foi levado ao hospital, onde o operaram. Ao voltar em si, deu graças a Deus porque nenhuma das mulheres havia sofrido violência e por ter aceitado seu sacrifício. Se preparou para bem morrer; orou por seus sacerdotes, pelos fieis, pelo povoo húngaro, pelos dirigentes do Estado e por seu país. Morreu em Segunda-feira de Páscoa, 2 de abril de 1945. Foi sepultado na igreja dos carmelitas. Na basílica de Gyor se construiu um sarcófago de mármore para trasladar a ele os restos mortais do bispo em 24 de novembro de 1948, mas as autoridades estatais o impediram. Houve que esperar até 23 de maio de 1986. A tumba do bispo Vilmos Apor se acha actualmente na capela Hédervári na nave lateral de dita basílica. Em 7 de setembro de 1996, por ocasião de sua segunda visita pastoral à Hungría, João Paulo II acudiu também a essa capela e orou ante a tumba de monsenhor Apor. Sua beatificação se realizou na Basílica de São Pedro, em 9 de Novembro de 1997, em cerimónia presidida por S.S. João Paulo II - Reproduzido com autorização de Vatican.va
• María de São José (Laura Alvarado Cardozo), Beata
Fundadora
María de San José (Laura Alvarado Cardozo), Beata
Martirológio Romano: Em Maracay, na Venezuela, beata María de San José (Laura) Alvarado, virgem, que fundou as Agostinhas Recoletas do Sagrado Coração, sempre solícita em sua caridade a favor das jovens órfãs, dos anciãos e pobres abandonados (1967). Etimologicamente: María = eminência, excelsa, é de origem hebraica.Etimologicamente: Laura = Aquela que triunfa, é de origem latina. Primogénita de quatro irmãos, Laura Elena Alvarado Cardozo nasceu em Choroní, Aragua, Venezuela, em 25 de Abril de 1875. Inclinada desde menina à piedade e a servir aos pobres, na idade de 17 anos fez voto de virgindade e dedicou-se ao serviço dos enfermos num hospital fundado em Maracay pelo pároco Vicente López uma congregação religiosa que mais tarde tomaria o nome de Agostinhas Recoletas do Coração de Jesús. Preocupada pela pobreza e o abandono da gente simples, abriu na Venezuela centros de acolhida para órfãs e anciãos abandonados. "Os desditados de todos – dizia a suas religiosas – esses são os nossos". Regeu a congregação como superiora geral até 1960. Morreu com fama de santidade em 2 de abril de 1967. Foi beatificada em 7 de maio de 1995 por João Paulo II.
ORAÇÃO
Deus omnipotente e eterno que nos deste na beata Maria de san José um modelo de amor faz que, seguindo seu exemplo, reconheçamos nos pobres e marginados a teu filho Jesus Cristo e logremos servi-los com o mesmo amor com que ela os serviu. Por Cristo Nosso Senhor, Ámen.
Esta e muitas orações as encontrarão em
• Diego Luis de San Vitores, Beato
Missionário Mártir
Diego Luis de San Vitores, Beato
Martirológio Romano: No povo de Tomhom, da ilha de Guam, na Oceânia, beatos mártires Diego Luis de San Vitores, presbítero da Companhia de Jesús, e Pedro Calungsod, ( VER BIOGRAFIA A SEGUIR) catequista, que foram cruelmente precipitados ao mar, em ódio à fé cristã, por alguns apóstatas e nativos seguidores do paganismo (1672). Etimologicamente: Diego = Aquele que é instruído, é de origem grego. Foi filho de um fidalgo cavaleiro, nasceu na cidade de Burgos, Castela a Velha, em 12 de Novembro de 1627, e foi batizado como Diego Jerónimo de San Vitores e Alonso de Maluendo na Igreja de San Gil. Seus pais trataram de o persuadir a seguir uma carreira militar, mas em lugar de isso Diego optou por seguir sua vocação religiosa. Em 1640, ingressa no noviciado da Companhia de Jesús, sendo ordenado sacerdote em 1651. Convencido de que sua vocação era servir como missionário aos não cristãos, Diego foi para uma missão em Manila, Filipinas. Em 1662, São Vitores, fez escala na ilha Guaján (Guam)1 no caminho para Filipinas, prometendo regressar algum dia. Três anos mais tarde, através de sua estreita vinculação à corte real, persuadiu a Felipe IV de Espanha e a à Rainha Ana Maria de Áustria a fim de que se estabelecesse a missão em Guaján . Enquanto estava no México em caminho a Guam, teve problemas para convencer ao Vice-rei espanhol de realizar sua missão. Sem embargo, em 1668, o Padre Diego Luis de San Vitores partiu de Acapulco a Guam. São Vitores nomeou o arquipélago de Chamorro, "Islas Marianas" em honra da Rainha Regente de Espanha, María Ana de Austria, e da Santíssima Virgem María.
O missionário chegou a Guam a um povo chamado Hagåtña e foi saudado pelo chefe Kepuha. A familia de Kepuha doou terra para estabelecer a primeira missão católica em Guam. Em 2 de fevereiro de 1669 o Padre San Vitores estabeleceu a primeira Igreja católica em Hagåtña e o dedicou ao "Doce Nome de María". Depois da morte do chefe Kepuha em 1669, as relações entre os chefes locais e Espanha pioraram, iniciando-se uma guerra no ano 1671 que foi liderada pelo chefe Hurao. Depois de vários ataques à chegou-se a um acordo de paz. O Padre San Vitores havia escolhido imitar a São Francisco Javier, que não usou militares em seus afãs missionários na Índia, mas, se deu conta que uma presença militar era necessária para proteger aos sacerdotes que serviam em Guam. Em 1672 o Padre San Vitores consagrou igrejas construídas em quatro povos, incluindo Merizo. Logo, a resistência aumentou, liderada por Makahnas e Kakahnas (sacerdote e sacerdotisa indígenas) que perderiam sua importante posição Chamorri pela conversão ao catolicismo de seu povo. Em 2 de Abril de 1672, Mata´pang e Hirao mataram o Padre San Vitores e a seu ajudante Pedro Calungsod porque o Padre havia batizado a filha de Mata´pang sem autorização do chefe. Segundo alguns relatos a esposa de Mata´pang havia autorizado o baptismo, mas seu esposo cria que a água usada no baptismo era a causa de morte de alguns bebés desde a chegada dos espanhóis.
1Guaján (Guam), é uma ilha no Pacífico ocidental, pertencente aos Estados Unidos como território não incorporado. Se trata da maior e meridional das Ilhas Marianas. A capital é Agaña.
• Pedro Calungsod, Beato
Catequista Mártir
Pedro Calungsod, Beato
Martirológio Romano: No povo de Tomhom, da ilha de Guam, na Oceânia, beatos mártires Diego Luis de San Vitores, (VER BIOGRAFIA ANTERIOR) presbítero da Companhia de Jesús, e Pedro Calungsod, catequista, que foram cruelmente precipitados ao mar, em ódio à fé cristã, por alguns apóstatas e nativos seguidores do paganismo (1672). Pedro Calungsod era um adolescente quando saiu das Filipinas para as ilhas Ladrones no Pacífico Oriental em 1668. O jovem catequista fazia parte de um grupo de missionários jesuítas que haviam ido a levar Cristo ao povo Chamarro. A vida era dura nas ilhas. Os víveres frequentemente tardavam em chegar-lhes e eram sujeitos a tufões. Apesar das privações, Pedro e os missionários tiveram êxito evangelizando a gente. As ilhas mudaram de nome para Las Marianas em honra à Virgem María. Não tardaram em circular rumores acerca da água que usavam os missionários para batizar aos conversos. Diziam que era venenosa, e como alguns bebes morriam depois de seu batismo, muitos creram nos rumores. Em 2 de Abril de 1672, Pedro e um sacerdote jesuíta, o Padre Diego, batizaram a um bebé sem o consentimento do pai. O pai se enfureceu e começou a atirar lanças a Pedro. O Padre Diego não permitia a seus companheiros carregar armas assim é que não puderam defender-se. Pedro foi ferido no peito e na cabeça. O Padre Diego lhe deu uma absolvição sacramental e depois a ele mesmo lhe deram morte. Os assassinos deitaram os cadáveres ao mar e os restos destes mártires nunca se recobraram. Ao receber as noticias, os companheiros de Pedro disseram: "¡Jovem afortunado! ¡Que bem recompensados foram seus quatro anos de serviço constante a Deus nesta missão tão difícil: ganhou a primeira entrada no céu a nosso superior, Padre Diego!". Pedro era um bom jovem, um catequista virtuoso, um assistente constante e um bom Católico cuja perseverança na fé até ao martírio comprovou que era um bom soldado de Cristo. O Padre Diego Luis de San Vitores foi beatificado em 1985. Quinze anos depois, em 5 de março de 2000, seu companheiro Pedro Calungsod foi também beatificado por S.S. João Paulo II.
Oração
Beato Pedro Calungsod, jovem imigrante, estudante, catequista, missionário, amigo fiel, mártir, nos inspiras com tua fidelidade em tempos de adversidade, com a valentia com que ensinaste no meio de hostilidades e com teu amor ao dar tua vida pelo evangelho. Faz teus nossos problemas, e intercede por nós ante o trono de graça e misericórdia para que ao receber a ajuda do céu sejamos alentados a proclamar e viver o evangelho aqui na terra. Ámen.
• Isabel Vendramini, Beata
Fundadora
Isabel Vendramini, Beata
Martirológio Romano: Em Pádua, no território de Veneza, beata Isabel Vendramini, virgem, que dedicou sua vida aos pobres e, após superar muitas adversidades, fundou o Instituto de Irmãs Isabelas da Terceira Ordem de São Francisco (1860).Etimologicamente: Isabel = Aquela a quem Deus dá saúde, é de origem hebraica. A beata Isabel, fundadora das Religiosas Terciárias Franciscanas Isabelinas de Pádua, família religiosa consagrada a servir aos pobres, centrou sua vida na contemplação de Cristo pobre e crucificado, a que reconhecia e servia depois nos pobres seus irmãos. Isabel (Elisabetta) Vendramini nasceu em Bassano del Grappa (Itália) em 9 de Abril de 1790. Era de índole dócil e muito caritativa. Nas religiosas agostinhas recebeu a educação própria daquele tempo, com uma intensa vida espiritual. Jovem brilhante, gostava de vestir bem e era centro de interesse. Era amante da solidão e se retirava a miúdo ao campo para orar. Depois de seis anos de noivado, em vésperas da boda, o Senhor lhe deu a conhecer com claridade sua chamada, e para Isabel constituiu uma verdadeira conversão. No ano 1821 vestiu o hábito de Terciaria Franciscana com o nome de Margarita, em Fassano. Logo foi a Pádua e ali fundou, em 4 de outubro de 1830, uma familia religiosa consagrada a Deus na observância da Terceira Ordem Franciscana para servir os pobres. No ano seguinte fizeram a profissão as primeiras religiosas. Se dedicaram à educação da juventude e a atender às senhoras anciãs, sãs e enfermas. Faleceu em Pádua em 2 de abril de 1860. Foi beatificada por João Paulo II em 4 de novembro de 1990.
• Francisco Coll e Guitart, Santo
Presbítero Dominicano
Francisco Coll e Guitart, Santo
Martirológio Romano: Em Vic, de Catalunha, em Espanha, beato Francisco Coll, presbítero da Ordem de Pregadores, que, ao ser injustamente enclaustrado, prosseguiu sua firme vocação e anunciou por toda a região o nome do Senhor Jesus Cristo (1875). Etimologicamente: Francisco = o abandeirado, é de origem germano. Nasceu em Gombrèn, diocese de Vic e província de Gerona (Espanha), em 18 de Maio de 1812 e ao dia seguinte recebeu o baptismo. Era o mais novo de dez irmãos. Em pouco tempo morreu seu pai, e sua mãe se defendeu entre mil dificuldades económicas. Desde a infância se sentiu inclinado ao sacerdócio e em 1823 ingressou no seminário da capital de sua diocese, onde cursou estudos humanísticos e o triénio filosófico. Em 1830 ingressou na Ordem de Pregadores no convento da Anunciação de Gerona. Após o ano de noviciado e a profissão religiosa, se entregou ao estudo da teologia e recebeu as ordens sagradas até ao diaconato inclusive. Em agosto de 1835, quando o Governo central decretou a suspensão das Ordens religiosas, se viu obrigado a abandonar o convento com seus irmãos de comunidade. Viveu com uma fidelidade extraordinária a suas regras, obediência fiel aos superiores e um grande amor a tudo o que constituía sua vocação dominicana, apesar de que ao longo da vida não foi possível restaurar convento algum de frades da Ordem de Pregadores no território da provincia de Aragão, a que pertencia. Recebeu o presbiterado em Solsona em 28 de maio de 1836 e, ao comprovar que não se autorizava a reabertura de conventos, de acordo com os superiores ofereceu seu serviço ministerial ao bispo de Vic. Este o enviou como coadjutor à paróquia de Artés, primeiro, e pouco depois, em dezembro de 1839, à de Moià. Desde o começo de sua entrega ao ministério assumiu tarefas que iam mais além das estritamente paroquiais. O zelo que o devorava salvou-o da inércia da ex-clausura. No principio formou parte a "Irmandade apostólica" que promoveu santo Antonio María Claret, e se entregou a pregar exercícios espirituais e missões populares. Este último, arcebispo e fundador dos Filhos do Coração Imaculado de María, dizia sobre seu companheiro de pregação: "Onde eu prego, ainda pode vir o padre Coll a acrescentar algo; mas onde prega ele, a mim já não me resta nada que fazer". Em 1848 recebeu o título de "missionário apostólico". Vários prelados o chamaram a suas dioceses para que desenvolvesse uma pregação missionária, que foi pacificadora em tempo de frequentes conflitos civis. Seu nome se fez popular nas diferentes comarcas de Catalunha. Reclamavam a porfia sua pregação evangélica orientada a reavivar a fé no meio do povo de Deus e a conseguir o retorno dos afastados às práticas religiosas. Se valeu muito especialmente do rosário, que propagou entre a gente de povos e cidades por meio da renovação de confrarias, estabelecimento do "Rosário perpétuo" a que se apontavam milhares de pessoas, e instruções dirigidas aos fieis para que meditassem com fruto seus mistérios. Com este mesmo objetivo publicou pequenos livros, intitulados "A formosa rosa" e "Escada do céu", dos que se fizeram várias edições com grande número de exemplares em cada uma delas, porque os distribuía abundantemente nas missões. Pregava todos os anos a quaresma e os meses de maio e outubro em honra de María em núcleos importantes por sua população, como Barcelona, Lérida, Vic, Gerona, Solsona, Manresa, Igualada, Tremp, Agramunt e Balaguer... Ao comprovar a ignorância religiosa e a falta de correspondência às normas da vida cristã por parte dos batizados, fundou em 15 de agosto de 1856 a congregação de Irmãs Dominicanas da Anunciata, para a santificação de seus membros e a educação cristã da infância e da juventude, muito afectadas pelo abandono e a ignorância religiosa. Actualmente está presente não só na Europa, mas também na América, África e Ásia. A entrega à pregação, particularmente por meio de exercícios espirituais dirigidos a sacerdotes e religiosas, missões populares, quaresmas, novenas e outros modos de evangelização continuou até ao fim de sua vida, ainda quando nos cinco últimos anos se viu afectado por uma apoplexia progressiva e a conseguinte cegueira, que se lhe declarou o mesmo dia em que os bispos do mundo católico se reuniam em Roma para iniciar os trabalhos do concilio Vaticano I. Faleceu santamente em Vic em 2 de abril de 1875. Foi beatificado pelo servo de Deus João Paulo II em 29 de abril de 1979. Foi canonizado em 11 de Outubro de 2009.
• Juancito (Costa), Beato
Pastor
Juancito (Costa), Beato
O beato Juancito, chamado também Juancito Costa que parece era seu apelido, se venera em Volpedo na província de Alessandria (Itália). Segundo alguns havia nascido em Tortona. Foi um jovem pastor, assassinado por judeus por ódio à fé de Cristo, em 2 de abril de 1468. Inicialmente suas relíquias se dividiram. A cabeça em Volpedo e o corpo foi levado a Tortona, mas em 1820 foram reunidos, e actualmente se encontram em Volpedo. Em 19 de agosto de 1920 se fez um reconhecimento canónico das relíquias; seu culto está em vigor desde o século XV, e foi autorizado pelo bispo de Tortona no século subsequente. Em Volpedo a festa do beato celebra-se na data tradicional de 2 de abril, mas também na segunda-feira depois do segundo domingo depois de Páscoa.
• Leopoldo de Gaiche, Beato
Presbítero Franciscano
Leopoldo de Gaiche, Beato
Martirológio Romano: Em Spoleto, na Umbría, beato Leopoldo de Gaiche, presbítero da Orden de Irmãos Menores, que estabeleceu o santuário de Monte Luco (1815). Etimologicamente: Leopoldo = Aquele que é valente junto ao povo, é de origem germânico. Beatificado por León XIII el 12 de marzo de 1893. Leopoldo, bautizado con el nombre de Giovanni, nació en Gaiche, Perusa, el 30 de octubre de 1732 y murió en Monteluco de Espoleto el 2 de abril de 1815. Sus padres, José Croci y Antonia María Giorgi, eran campesinos acomodados que educaron a su hijo en la vida cristiana con sencillez y profundidad. Deseoso de consagrarse a Dios, escogió la Orden de los Hermanos Menores y vistió el hábito el 19 de marzo de 1751 en el convento de San Bartolomé de Civitola. De 1752 a 1757 se dedicó al estudio de literatura, filosofía y teología. Ordenado sacerdote el 5 de marzo de 1757, enseñó filosofía y teología con gran provecho de los estudiantes. Su constante amor al saber se aprecia por sus manuscritos. El campo de acción a que el Beato Leopoldo ligó principalmente su nombre fue la predicación, a la cual se sentía más atraído por sus excelentes cualidades de orador. Se distinguió sobre todo en los cursos de misiones, que duraban por lo menos 15 días, con 3 o 4 sermones diarios, siguiendo el método de San Leonardo de Puerto Mauricio, cuyo reglamento para las Misiones llevaba siempre consigo y daba a leer al grupo de misioneros que él dirigía. Viajaba siempre a pie.
En todas sus misiones eran característicos los «despertadores», que tenían como misión despertar a los que vivían en pecado. Después de una incisiva predicación, a menudo se flagelaba las espaldas. Durante las misiones predicadas por él se hacían dos procesiones, una penitencial en la cual participaban todos con los pies descalzos y coronas de espinas en la cabeza, y la otra de la Virgen, en la cual intervenían especialmente mujeres y muchachas vestidas de blanco. En 47 años de ininterrumpido apostolado, según un pequeño “Diario de predicaciones”, tuvo 30 cursos de Misiones, de 15 días de duración, predicando varias veces al día, 40 cuaresmas, 14 cursos de adviento, 94 cursos de ejercicios espirituales, muchas otras predicaciones aisladas en variados lugares y circunstancias. Donde predicaba, inculcaba la devoción a la Pasión y muerte de Jesús, por lo cual al terminar las misiones erigía el Via-crucis (erigió 73). levantaba cruces conmemorativas sobre los montes y en las llanuras. Los frutos recogidos de esta intensa predicación fueron copiosísimos. Dentro de la Orden de los Hermanos Menores Fray Leopoldo desempeñó importantes oficios: fue guardián, custodio de Provincia y Ministro provincial de la Umbría. San Leonardo de Puerto Mauricio al morir dejó su espiritualidad a otro gigante de los Retiros, el beato Leopoldo de Gaiche, que en 47 años de predicación, respaldados con una penitencia implacable, evangeliza la Umbría y el Lacio y lo fortalece y defiende contra los errores, oponiéndose con su palabra poderosa a la corrupción de las costumbres. Tiene el dolor de ver suprimido su querido convento de Monteluco, transformado por él en Retiro modelo. Al caer el gobierno napoleónico, Leopoldo pudo retornar a su retiro, pero gozó poco de la paz del retorno: ya enfermo y sin fuerzas por la ancianidad, murió el 2 de abril de 1815, con llanto general de las gentes de Espoleto. Tenía 83 años.
• Juan Payne, Santo
Presbítero e Mártir
Juan Payne, Santo
Martirológio Romano: En Chelmsford, en Inglaterra, san Juan Payne, presbítero y mártir, que en tiempo de la reina Isabel I fue ahorcado, acusado falsamente de sedición (1582).Etimológicamente: Juan = Dios es misericordia, es de origen hebreo.Fecha de canonización: 25 de octubre de 1970 por el Papa Pablo VI como parte del grupo de 40 Mártires de Inglaterra y Gales. Según parece, el San Juan Payne nació en Peterborough. Lo único que sabemos de su familia es que uno de sus hermanos era un protestante muy fervoroso, lo cual permite conjeturar que tal vez Juan Payne se había convertido del protestantismo. La primera noticia cierta que tenemos sobre Juan es que llegó a Douai, en 1574, a estudiar teología en el seminario. Menos de tres semanas después de su ordenación, partió a la misión inglesa. Su sitio de destino era Essex, en tanto que su compañero, San Cutberto Mayne, se dirigía a Devonshire. El P. Juan se alojó en Ingatestone, en casa de lady Petre, como si fuera uno de los criados que estaban a su servicio; pero tenía también un cuarto en Londres.
Juan Payne, Santo
Parece que el San Juan era muy activo; a diferencia de tantos otros mártires, el éxito coronó sensiblemente sus esfuerzos. En una de sus cartas escribe: "En todas partes y cada día más se multiplican las reconciliaciones con la Iglesia católica, con gran asombro de los herejes." A continuación, explica que eso exige que el seminario de Douai envíe más sacerdotes. Menos de un año después de su llegada, fue hecho prisionero en casa de lady Petre; pero cuatro semanas más tarde, le pusieron en libertad. A los nueve meses salió de Inglaterra, aunque ignoramos por qué razón y por cuánto tiempo. Lo cierto es que en la Navidad de 1579 estaba ya de vuelta en Essex, pues el hombre que le traicionó afirmó que le había visto por primera vez, en esa fecha, en casa de lady Petre y no hay razón para dudar de ello. En la casa de lady Petre, llamada "Ingatestone Hall", se refugiaban con frecuencia los sacerdotes que pasaban por el lugar; en 1855 se redescubrió casualmente la covacha en que se ocultaban, que tenía unos cuatro metros de largo por sesenta centímetros de ancho y tres metros de alto. El P. Payne fue arrestado por segunda y última vez en Warwckshire. Aunque estaba acusado de conspiración, el juez Waslsingham, después de interrogarle, declaró a Burleigh que la acusación carecía de fundamento. Pero, como era sacerdote, no pareció prudente dejarle en libertad, aunque todavía no existía ley que consideraba como traición el hecho de recibir la ordenación sacerdotal en el extranjero. Así pues, el hombre que había denunciado a Payne hubo de declarar que éste había tratado de enredarle en una conspiración para asesinar a la reina, al tesorero y a Walsingham. Dicho testigo se llamaba Juan Eliot (más tarde conocido con el sobrenombre de "Judas Eliot"), quien había ocupado puestos de confianza en casa de lady Petre y de otras familias católicas y demostró ser un bribón y un asesino. Para escapar del castigo y ganar dinero, denunció a más de treinta sacerdotes, entre los que se contaba Edmundo Campion. La simple acusación de un testigo tan dudoso, costó al P. Payne ocho meses de prisión en la Torre de Londres, antes de ser juzgado. Fue torturado varias veces. El 31 de agosto se lee en el diario de la Torre de Londres: "Juan Payne, sacerdote, fue sometido a terrible tortura en el potro." La noche del 20 de marzo de 1582, los verdugos despertaron al P. Payne y le condujeron inmediatamente a la prisión de Chelmsford, sin darle tiempo de vestirse y tomar su cartera. Lady Hopton recuperó más tarde la cartera. Ante los jueces, Eliot repitió la acusación. No había ningún otro testigo, cosa que importo bien poco a los jueces. El mártir se declaró inocente y protestó que era contrario a todas las leyes divinas y humanas condenarle por el testimonio de un solo testigo, por añadidura muy sospechoso. A pesar de ello, los jueces le condenarn a muerte. La sentencia se ejecutó el 2 de abril. La multitud, compadecida del mártir, impidió que el verdugo le descuartizase y desentrañase antes de morir. La fiesta del San Juan Payne se celebra en las diócesis de Northampton y Brentwood el 3 de abril. Fue beatificado en 1886 y canonizado por el Papa Pablo VI el año 1970.
• Nicécio de Lyon, Santo
Bispo
Nicécio de Lyon, Santo
Martirologio Romano: Em Lyon, na Galia, são Nicécio, bispo, que se distinguiu por sua dedicação aos pobres e sua benignidade para com os simples, estabelecendo nesta Igreja a norma de cantar salmos (573). São Nicécio, que era tio avô de São Gregório de Tours, descendia de uma família de Borgonha e havia sido destinado ao serviço da Igreja desde muito jovem. Después de su ordenación sacerdotal, siguió viviendo con su madre, que era viuda, obedeciéndola con la sencillez del último de los criados. Nicecio tenía en tan alta estima la instrucción, que insistía en que todos los niños nacidos en sus posesiones aprendiesen a leer y a recitar los salmos; ello no le impedía ayudar personalmente a sus criados y servidores en el trabajo manual para cumplir con el precepto apostólico y tener algo que dar a los pobres. Cuando San Sacerdote, obispo de Lyon, se hallaba en París en su lecho de muerte, el rey Childeberto fue a visitarle y le rogó que nombrase a su sucesor. El anciano prelado nombró a su sobrino Nicecio, quien fue poco después consagrado obispo Era un hombre de vida irreprochable, que combatía con todas sus fuerzas las conversaciones ligeras y poco caritativas, predicando contra ellas siempre que podía. Sus poderes de exorcista le ganaron gran fama. Durante su episcopado, que duró casi veinte años, San Nicecio resucitó y mejoró el canto en las iglesias de su diócesis. San Gregorio de Tours cuenta muchos milagros obrados en su tumba.
Abúndio de Como, Santo
Bispo
Abúndio de Como, Santo
Martirologio Romano: En Como, en la región italiana de Liguria, san Abundio, obispo, que enviado a Constantinopla por san León Magno, con gran celo defendió allí la fe verdadera. San Abundio, obispo de Como, una ciudad que aún conserva sus restos en la basílica que le dedicaron para honrarlo como su patrono. Una tradición dice que era griego, de Tesalónica (la actual Salónica), pero el nombre latino crea dudas sobre su origen. Lo que sí es un hecho es que Abundio conocía la lengua griega, algo poco común en la Iglesia de Occidente a su tiempo. Se desconoce la fecha y lugar de su nacimiento, la primera fecha que consta en su biografía es el 17 de noviembre de 440, día en que Abundio, —quien era asistente de Amancio obispo de Como—, recibe la consagración episcopal como su sucesor. Pero no puede iniciar la labor en su diócesis inmediatamente, el Papa León I “el Magno” (quien está reunido con Atila) lo necesita para que vaya a Constantinopla como legado papal ante el emperador Teodosio II. Abundio debía restaurar la unidad de la fe, luego del largo conflicto doctrinal entre el Obispo Nestorio y el Archimandrita Eutiques. Se trata de dos figuras importantes del cristianismo oriental, sin embargo, mantienen un desacuerdo referente a la doctrina de la Iglesia de Roma y de los concilios sobre las dos naturalezas —humana y divina— en la persona de Cristo, este desacuerdo entre ellos provoca, inevitablemente, divisiones entre los cristianos; además hay conflicto por el nombramiento de obispos, problema que deviene en violencia física, como la sucedida al Patriarca Flaviano de Constantinopla, quien fuera brutalmente atacado, lo que provocaría su muerte al poco tiempo. El emperador Teodosio II murió en 450, y fue ante su sucesor, Marciano, y ante los obispos, sacerdotes, monjes y fieles, que Abundio defendió francamente la doctrina católica sobre las dos naturalezas en Cristo, tal como lo había expresado León Magno en una carta a Flaviano. Tuvo éxito, y el documento pontificio fue aceptado por todos los obispos de oriente Lograda la paz, y ton total éxito en su misión, fue recibido con alegría en Roma por el Papa León I el año 451. Pero tan sólo después de una misión similar al norte de Italia, pudo dedicarse a tiempo completo a su diócesis. Su labor consistió en organizar misiones para anunciar el Evangelio en las reiones montañosas de la zona de Lugano y otros territorios aún no cristianizados. El diplomático se convierte en predicador y teólogo. Murió el día de Pascua, según un texto de la época, justo después de la predicación. Pero no lo sabemos con certeza el año de la muerte, según lo informado por algunos en 469, otros en 488 o 499. El Martirologio Romano lo recuerda el 2 de abril, mientras que la diócesis de cómo lo celebra el 31 de agosto. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução : Xavier Villalta
• Outros Santos e Beatos
Completando santoral deste dia
Outros Santos e Beatos
Santo Affiano ou Anfiano, mártir
Em Cesareia de Palestina, santo Affiano ou Anfiano, mártir, que, como se obrigasse ao povo a sacrificar publicamente aos deuses em tempo do imperador Maximino, se acercou intrépido ao prefeito Urbano e, colhendo-o pelo braço, quis impedir o rito, pelo qual lhe prenderam fogo com os pés envoltos em linho empapado com azeite e, respirando ainda, foi arrojado ao mar pelos soldados (306).
Santa Teodora, mártir
Na mesma cidade, paixão de santa Teodora, virgem, natural de Tiro, que, na mesma perseguição citada, por haver saudado aos confessores da fé que estavam de pé ante o tribunal, rogando-lhes que ao chegar ante o Senhor se recordassem dela, foi detida pelos soldados e levada ao mesmo prefeito, e por mandato deste foi torturada com acervos tormentos e arrojada finalmente ao mar (307).
São Víctor, bispo
Em Capua, da Campania, são Víctor, bispo, conspícuo por sua erudição e sua santidade (554).
Santo Domingo Tuoc, presbítero e mártir
No povo Xuong Dien, em Tonquim, santo Domingo Tuoc, presbítero da Ordem de Pregadores e mártir em tempo do imperador Minh Mang (1839).
http://es.catholic.net/santoral - www.santiebeati.it - www.jesuitas.pt
34400 > Sant' Abbondio Vescovo di Como MR
48210 > Sant' Appiano Martire MR
91573 > Beato Diego Luis de San Vitores Gesuita, martire nelle Marianne MR
48230 > San Domenico Tuoc Martire MR
51050 > Beata Elisabetta Vendramini MR
48225 > Sant' Eustasio di Luxeuil Abate MR
90772 > San Francesco Coll y Guitart Sacerdote domenicano MR
26550 > San Francesco da Paola Eremita e fondatore - Memoria Facoltativa MR
93302 > San Giovanni Payne Sacerdote e martire 2 aprile MR
92105 > Beato Giovannino (Costa) Pastore, martire 2 aprile
91367 > Beato Guglielmo (Vilmos) Apor Vescovo ungherese, martire 2 aprile MR
90693 > Beato Leopoldo da Gaiche 2 aprile MR
92538 > Beata Maria di San Giuseppe Alvarado (Laura Alvarado Cardozo) Fondatrice MR
48220 > San Nicezio di Lione Vescovo MR
90034 > Beato Nicola (Mykolay) Charneckyj Vescovo e martire MR
91569 > Beato Pedro Calungsod Catechista filippino, martire MR
93283 > Santa Teodosia (Teodora) di Cesarea Vergine di Tiro, martire MR
48215 > San Vittore di Capua Vescovo MR
Recolha, transcrição e tradução de espanhol para português,
por António Fonseca
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