terça-feira, 12 de abril de 2011

Nº 887-2 (100) - 12 DE ABRIL DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

37 Santos e beatos

Nº 887-2

• Julio I, Santo
Papa

Julio I, Santo

Julio I, Santo

Os cristãos de então dividiam-se em ortodoxos, arianos e semi-arianos. (Tomam-se aqui como ortodoxos os seguidores da verdadeira fé, e não os cristãos orientais separados de Roma que para si tomam esta designação honrosa). Os ortodoxos do século IV professavam o Credo de Niceia (325); um só Deus em três pessoas consubstanciais e incriadas. Os discípulos de Ário I (336) defendiam que Jesus (o Verbo) é o primogénito do Pai, mas que foi tirado do nada e portanto não é Deus. E os semi-arianos moviam-se entre os dois grupos, elaborando credos de compromisso. O mérito de Júlio I (337-352) esteve em manter o mistério da Santíssima Trindade contra os que tentavam fazer do Evangelho um monoteísmo racionalista a meias, aceitável para todos. Foram precisos uns dez concílios falhados para se chegar ao I Concílio ecuménico de Constantinopla (381), representando este uma vitória em que todas as Igrejas cristãs foram unânimes em rejeitar o arianismo e os movimentos que lhe tomaram o lugar. Como preparação da assembleia de 381 devemos assinalar principalmente o concílio que S. Júlio I conseguiu reunir em Sárdica (Sófia, Bulgária) em 344; este reabilitou Santo Atanásio, que os arianos tinham expulsado cinco vezes de Alexandria, sua sé episcopal ; renovou a adesão ao texto exato do Credo de Niceia; e proclamou a primazia da sé episcopal de Roma. Mas como afirmava recentemente o cardeal Séper, muitos anos secretário da Congregação da Doutrina da Fé (antigo santo Ofício), foi ao credo simples do povo que se deveu a vitória prática sobre o arianismo. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

• Teresa de Jesús dos Andes
Monja Carmelita

Teresa de Jesús de los Andes

Teresa de Jesús de los Andes

João Paulo II, durante  a sua visita ao Chile, em Abril de 1987, beatificou Joana Fernandéz Solar ou Irmã Teresa de Jesus, que veio ao mundito na capital daquele país, no dia 13 de Julho de 1900. Seus pais, Miguel Fernandéz Jaraquemada e Lúcia Solar Amstrong, eram pessoas abastadas de bens materiais e cristãos exemplares. No baptismo, que recebeu dois dias depois, deram-lhe os nomes de Joana, Henrica e Josefa dos Sagrados Corações. A mãe educou a filha com esmero, inculcando-lhe a prática das virtudes cristãs. Aos sete anos acercou-se ao sacramento da Penitência. No dia 11 de Setembro de 1910, depois de longa e fervorosa preparação, teve a feliz dita de comungar pela primeira vez. desde esse dia e sobretudo depois da Confirmação, que recebeu no mesmo ano, a menina crescia a olhos vistos na prática das virtudes. Tornou-se mais amável, mais calma, mais serviçal e condescendente, mais piedosa. Fez os estudos no Colégio de Santiago das Irmãs do Sagrado Coração, ao princípio como externa e depois em regime de internato. Foi aluna verdadeiramente exemplar, que conquistou a admiração das colegas e professoras. Na festa da Imaculada Conceição de 1915, com licença do confessor, fez voto de castidade. Esse gesto era fruto de uma vida espiritual intensa, alimentada com o exercício da presença de Deus, meditação diária, leitura da Sagrada Escritura, devoção ardente à Eucaristia, ao Sagrado Coração de Jesus e a Maria Santíssima. Isto significa que Joana vivia no mundo, mas não pertencia ao mundo. O seu coração era totalmente de Deus. E porque ardia no amor divino, esforçava-se quanto podia por levar almas a Deus. Ensinava catecismo em Santiago e em todos os lugares frequentados pela família. Ajudava os padres nas missões ao povo. Cuidava dos criados e caseiros com alegria, procurando instrui-los nas verdades da religião, dando-lhes ao mesmo tempo exemplo de caridade humilde. A ninguém causou estranheza quando Joana declarou que desejava fazer-se carmelita. De facto, entrou no Carmelo dos Andes nomo dia 7 de maio de 1919, tomando o nome de Irmã Teresa de Jesus. Foi o meio de que Se serviu o Divino Artista para dar a última pincelada à alma daquele anjo que passou pela terra do Chile. Com  efeito, a Irmã Teresa não chegou a viver um ano no Carmelo. Aproveitou o tempo para se imolar pela santificação do clero e pela conversão dos pecadores, “para completar em si o que falta à paixão de Cristo”. Esta disposição de espírito já vinha de longe, pois quando era aluna do colégio já se havia oferecido ao Senhor como hóstia expiatória. No Carmelo não lhe faltaram angústias, inquietações e enfermidades, mas até ao fim ela permaneceu no seu propósito: “Não só Vos ofereço a minha vida, mas aceitarei com alegria a morte na solidão e desolação do Calvário ou no paraíso da casa de Nazaré. se me quereis cheia de dores a carregar a cruz, a sofrer humilhações e até a ser calcada aos pés de todos, faça-se a Vossa Vontade”. O Senhor aceitou o seu oferecimento de subir ao Calvário, exatamente na Sexta-feira Santa de 1920, em que foi atacada de tifo. Era o dia 2 de Abril. No dia 6, recebeu os Sacramentos e fez a profissão religiosa. Na tarde do dia 12, placidamente, partiu para os braços do Pai a receber a coroa eterna. Na homilia da beatificação, João Paulo II disse entre outras coisas: “Nos seus breves escritos autobiográficos ela deixou-nos o testamento de uma santidade simples e acessível, centrada no essencial do Evangelho: amar, sofrer, orar e servir. O segredo da sua vida, voltada toda para a santidade, está contido numa familiaridade com Cristo, presente a e amigo, e com a Virgem Maria, Mãe próxima e amorosa. Teresa dos Andes experimentou desde a mais tenra idade a graça da comunhão com Cristo, a qual se foi desenvolvendo progressivamente nela com o encanto da sua juventude, cheia de vitalidade e de jovialidade, na qual não faltou, como filha do seu tempo, o sentido do sadio entretenimento e do desporto, o contacto com a natureza. Era uma jovem alegre e dinâmica; uma jovem aberta a Deus. E Deus fez florescer nela o amor cristão, aberto e profundamente sensível aos problemas da sua pátria e às aspirações da Igreja. O segredo da sua perfeição, como não podia deixar de ser, é o amor. Um grande amor a Cristo, por quem ela se sente fascinada e que a leva a consagrar-se a Ele para sempre, e a participar no mistério da sua Paixão e da sua ressurreição. Ao mesmo tempo, sente um amor filial à Virgem Maria que a estimula a imitar as suas virtudes…”. Tendo sido aprovado um milagre atribuído à sua valiosa intercessão, foi solenemente canonizada no dia 21 de Março de 1923.  AAS 78 (1986) 798-803; L’OSS. ROM. 124.1987. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt. Ver também www.es.catholic e www.santiebeati.it

 


• José Moscati, Santo
O médico santo

José Moscati, San

José Moscati, Santo

O doutor José Moscati nasceu em Benevento (Itália), em 25 de julho de 1880. Ingressou na universidade para estudar medicina e aos 22 anos de idade se graduou com as melhores qualificações de sua geração. Se levantava diariamente muito cedo para ir a missa e receber a comunhão. Depois dirigia-se às colónias pobres para ver alguns enfermos e às oito e trinta da manhã iniciava o trabalho no hospital. Seus pacientes prediletos eram os pobres. Basta narrar um episódio que sucedeu nos últimos anos de sua vida. Desde há algum tempo atendia a um ancião pobre. Já que não podia visitá-lo em sua casa com a frequência desejada, pediu-lhe que todos os dias fosse tomar o pequeno almoço ao café situado junto à igreja onde acudia diariamente à missa e assim o podia ver. No dia em que o ancião não ia a almoçar, o doutor acudia a seu domicilio para o assistir. Dos pobres nunca aceitava honorários, antes os curava a suas expensas ou os ajudava sem se fazer notar. Depois da morte do doutor, sua irmã Ana assegurou que durante sua vida, dedicou todos os seus ganhos - que não eram poucos - aos pobres, sem ficar com nada. Quando sucedeu a erupção do Vesúvio em 1906, foi como voluntário a Torre del Greco onde havia um grande hospital, com a ordem de o desalojar. Durante mais de vinte horas ajudou a trasladar enfermos para um lugar seguro. Quando todos estavam a salvo, o tecto do edifício caiu com o peso das cinzas. Durante a epidemia de cólera de 1911 em Nápoles, se manteve em seu posto apesar de os outros médicos se ausentarem, sustendo com abnegação heroica as tarefas mais difíceis nas zonas mais afectadas da cidade. Em 1911 foi nomeado diretor do Hospital de Incuráveis e foi-lhe recomendada formação dos estudantes de medicina. São suas estas palavras dirigidas a um deles: “Ama a verdade; mostra-te como és, sem fingimentos, sem medos, sem lamentos. E se a verdade te custa perseguição, aceita-a; e se tormento, suporta-o. E se pela verdade tiveres que sacrificar-te a ti mesmo e a tua vida, sê forte no sacrifício”. Sua densa jornada, cheia de ocupações no hospital, na universidade, no consultório e nas visitas domiciliárias, quebrantaram sua saúde. Morreu em 12 de abril de 1927. Naquela manhã, como sempre, assistiu no hospital, visitando a numerosos enfermos. Pelas três da tarde se sentou numa cadeira, onde morreu. Entre os primeiros que acudiram a rezar ante seu cadáver esteve o cardeal Ascalesi, que ante os presentes, pronunciou estas comovedoras palavras: “O doutor pertencia a Igreja; não àquela de quem sarou o corpo, mas à de quem salvou a alma e que saíram ao seu encontro quando subia ao céu”. Foi beatificado em 1975 pelo papa Paulo VI e canonizado em 25 de outubro de 1987 pelo papa João Paulo II.

• Zenón (ou Zenão) de Verona, Santo
Bispo

Zenón de Verona, Santo

Zenón de Verona, Santo

Etimologicamente significa “relativo ao deus Zeus”. Vem do grego e do latim. Quando se visita a preciosa cidade de Verona, acode à mente a imagem deste santo. Os olhos não só contemplam o anfiteatro – bem conservado – ou a casa de Julieta, mas que também se dá uma volta para visitar a igreja de são Zenón. Ele morreu no ano 380. Se o conhecia somente graças aos cem sermões que se lhe atribuem.  Se sabe que foi bispo de Verona, perto de Veneza em 362. O primeiro que aparece de sua figura , está em Juliano o Apóstata (361-363). É o caso de um clérigo pagão restabelecido em seu cargo durante o império, mas a que se lhe proibiu que fizesse proselitismo entre os cristãos. Outro dado é o que provém de Teodósia. Foi ela quem proclamou o cristianismo como religião do Estado.  O bispo Zenón vivia ao modo, ao estilo próprio que levavam os apóstolos.  É representado na arte e iconografia como o santo que leva um peixe para recordar-nos que, se não queres estar a cargo de ninguém, deves ir a pescar ao rio ou ao mar para comer o necessário. Boa ideia e magnífica lição a que nos deixa sua simbologia que, como sempre, transcende o olhar para diante e nunca para atrás. Se visitas Verona, além do típico nos guias turísticos, aproxima-te um pouco a contemplar o templo de santo Zenón. ¡Felicidades a quem leve este nome!

• David Uribe Velasco, Santo
Mártir

David Uribe Velasco, Santo

David Uribe Velasco, Santo

Nasceu em Buenavista de Cuéllar, Gro. (Diocese de Chilapa), em 29 de dezembro de 1889. Pároco de Iguala, Gro. (Diocese de Chilapa). Exerceu exemplarmente seu ministério numa região atacada pela maçonaria, o protestantismo e um grupo de cismáticos. O militar que o prendeu propôs-lhe toda classe de garantias é liberdade se aceitasse as leis e ele ser bispo da Igreja cismática criada pelo Governo da República, mas o Padre David reafirmou o que havia escrito um mês antes, e que revela toda a força de sua fé e de sua fidelidade: «Se fui ungido com o óleo santo que me faz ministro do Altíssimo, ¿porquê não ser ungido com meu sangue em defesa das almas redimidas com o sangue de Cristo? !Que felicidade morrer em defesa dos direitos de Deus! ¡Morrer antes que desconhecer o Vigário de Cristo!» Já na prisão escreveu suas últimas palavras: «Declaro que sou inocente dos delitos que se me acusa. Estou nas mãos de Deus e da Virgem de Guadalupe. Peço perdão a Deus e perdoo a meus inimigos; peço perdão aos que haja ofendido».  Chegado a um lugar próximo da estação de São José Vistahermosa, Mor. (Diocese de Cuernavaca). Apenas pisou terra, se pôs de joelhos e desde o mais profundo de sua alma implorou de Deus o perdão de seus pecados e a salvação de México e de sua Igreja.Se levantou tranquilo e dirigindo-se aos soldados com paternal acento, lhes disse: «Irmãos, parem que lhes vou a dar a bênção. De coração lhes perdoo e só lhes suplico que peçam a Deus por minha alma. Eu, em troca, não os olvidarei diante d’Ele». Levantou firme sua mão direita e traçou no ar o sinal luminoso da Cruz; depois repartiu entre os mesmos seu relógio, seu rosário, um crucifixo e outros objetos.  Seus restos descansam na igreja de Santo António de Pádua em seu povo natal de Buenavista de Cuéllar. Foi sacrificado com um tiro na nuca em 12 de abril de 1927.


Os 25 santos canonizados em 21 de Maio de 2000 foram:

1 - Cristobal Magallanes Jara, Sacerdote; 2 - Roman Adame Rosales, Sacerdote; 3 - Rodrigo Aguilar Aleman, Sacerdote; 4 - Julio Alvarez Mendoza, Sacerdote; 5 - Luis Batis Sainz, Sacerdote; 6 - Agustin Caloca Cortés, Sacerdote; 7 - Mateo Correa Magallanes, Sacerdote; 8 - Atilano Cruz Alvarado, Sacerdote; 9 - Miguel De La Mora De La Mora, Sacerdote; 10 - Pedro Esqueda Ramirez, Sacerdote; 11 - Margarito Flores Garcia, Sacerdote; 12 - José Isabel Flores Varela, Sacerdote; 13 - David Galvan Bermudez, Sacerdote; 14 - Salvador Lara Puente, Laico; 15 - Pedro de Jesús Maldonado Lucero, Sacerdote; 16 - Jesus Mendez Montoya, Sacerdote; 17 - Manuel Morales, Laico; 18 - Justino Orona Madrigal, Sacerdote; 19 - Sabas Reyes Salazar, Sacerdote; 20 - José Maria Robles Hurtado, Sacerdote; 21 - David Roldan Lara, Laico; 22 - Toribio Romo Gonzalez, Sacerdote; 23 - Jenaro Sanchez Delgadillo; 24 - David Uribe Velasco, Sacerdote; 25 - Tranquilino Ubiarco Robles, Sacerdote

Para ver as biografias dos Mártires Mexicanos do século XX. Faz Click AQUI
Reproduzido com autorização de Vatican.va

• Alfério, Santo
Abade

Alferio, Santo

Alfério, Santo

Nascido em Salerno, Itália, no ano 930. Membro da nobre familia Pappacarbone. Era embaixador para o Duque Gisulf de Salerno, quando caiu gravemente enfermo na abadia de Chiusa, Itália, ele prometeu a Deus que se sobrevivesse, lhe entregaria sua vida a Ele assumindo uma vida religiosa. Quando se recuperou, fez-se monge em Cluny, França, ensinado por Santo Odilio. O Duque Gisulf o chamou novamente a Salerno para reformar os mosteiros nessa região. Alfério teve êxito moderado nesta tarefa. Voltou a ser ermitão na Montaña Fenestra perto de Salerno no ano 1011.
Sua reputação de santidade e sabedoria se estendeu por toda a região, pelo que muitos estudantes se acercavam dele, de entre eles selecionou doze, e fundou a abadia Beneditina da Santíssima Trindade de La Cava sob a regra de Cluniac. A abadia foi o modelo a seguir para outras fundações na zona; esta rede de casas foi uma força poderosa para a civilização e religião na Sicilia e Itália do sul. Viveu até aos 120 anos de idade, e governou a abadia até ao dia de sua morte; nesse dia celebrou Missa e lavou os pés de seus irmãos, inclusive do futuro Papa Victor III. Era Sexta-feira Santa do ano 1050. Seu culto foi confirmado no ano 1893 por S.S. Leão XIII

• Sabas Godo, Santo
Mártir,

Sabas Godo, Santo

Sabas Godo, Santo

Martirológio Romano: Em Capadócia, hoje Turquia, são Sabas Godo, mártir, que durante a perseguição contra os cristãos sob Atanarico, rei dos godos, por haver recusado três dias depois da celebração da Páscoa os alimentos imolados aos ídolos, foi arrojado a um rio após cruéis tormentos. ( 372) Uma carta sobre seu martírio escrita muito pouco depois de sua morte encerra com notável exatidão os sucessos, que deviam de ter por cenário as terras do norte do Danúbio, possivelmente Tirgoviste, na actual Roménia.Sabas, ao que parece leitor na igreja, não devia de ser considerado como uma luminária, e é significativo que dele se nos diga que «não era eloquente nas palavras»; cantava e dizia os ofícios do culto divino, mas sua eloquência para incitar a todos a viver bem residia muito mais no exemplo que na voz. No curso de uma perseguição foi preso e solto ao fim de pouco tempo por ser julgado pessoa insignificante; não valia a pena assanhar-se com um infeliz como ele, talvez de curtas luzes ou de muito escassa instrução, em qualquer caso um dom ninguém na comunidade cristã daquela turbulenta Gotlândia. Preso por segunda vez, «levaram-no desnudo por lugares ásperos e espinhosos, dando-lhe muitas pauladas e açoites», e ao ver que sua atitude era de mansidão e de alegria, uma fé tão eloquente exasperou a seus verdugos, que o torturaram até o deixar por morto. Uma piedosa mulher desatou-o de noite e levou-o a sua casa, mas voltou a cair em mãos de seus perseguidores. Então se lhe exigiu que comesse manjares sacrificados aos ídolos, dando assim um testemunho público de apostasia. É improvável, como sugere algum hagiógrafo, que nesta ocasião se lhe desatara a língua, não era homem de grandes discursos. Talvez só tenha dito ou feito algum gesto negativo com a cabeça, aceitando o martírio. Foi atado a um tronco e morreu afogado no rio Buzau.
Nota: Não se nos há escapado, ao ler o texto antes de o publicar, que existe uma incompatibilidade entre o exposto no elogio do Martirológio Romano, que fala de Capadócia como lugar do martírio, e o escrito na breve biografia, que fala de Tirgoviste, na actual Roménia. Não hemos encontrado o porquê desta diferença, mas hemos preferido apresentá-los tal como as encontramos, antes de alterar os textos pondo-nos a favor de uma ou outra versão.

 

• Erkembodone, Santo
Bispo e Abade

Erkembodone, Santo

Erkembodone, Santo

Martirológio Romano: Na região de Calais, na Gália, santo Erkembodone, abade de Sithiu e, também, bispo de Thérouanne. ( 742) Santo Erkembodone entrou como monge na abadia de Sithiu,próximo a Saint-Omer, depois de 707 e transcorridos dez anos foi elevado à dignidade abacial, levando assim a termo a reforma columbiana da Regra beneditina. Os soberanos Chilperico II e Tierrico IV lhe confirmaram os privilégios de imunidade acordados com a abadia por Clodoveo e seus sucesores. Erkembodone demonstrou ser um administrador astuto e aumentou sensivelmente as possessões de terra da abadia. Em 723 foi chamado a suceder ao defunto Ravangerio, bispo de Thérouanne, mas manteve os dois cargos: o de bispo e o de abade. Morreu finalmente em 12 de abril de 742. Desde a morte vemos que o santo bispo e abade foi objeto de culto popular, e em 1052 teve sua “elevação aos altares”. Sua tumba, situada hoje na catedral de Saint-Omer, é uma arca monolítica posta sob uma coberta em forma de tecto a duas águas, que no passado era sustentada por quatro leões de mármore, dos que agora restam tão só dois. Entre 1152 e 1250 os canónicos de Saint-Omer fizeram edificar uma igreja sobre sua tumba, substituída depois pela actual catedral. O santo é invocado em especial para a cura de enfermidades das pernas. Sua Vita foi redigida no século XIV por João Lelong, abade de São Bertin. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it  responsável da tradução: Xavier Villalta

• Vissia de Fermo, Santa
Virgem e Mártir

Vissia de Fermo, Santa

Vissia de Fermo, Santa

Martirológio Romano: Em Fermo, no Piceno, Itália, santa Visia, virgem e mártir. ( c.250) Também é conhecida como Santa Visia de Fermo  Uma coisa está segura, a Igreja por seu texto oficial, o ´Martirológio Romano´ recorda em 12 de abril as santas Vissia e Sofia, virgens e mártires de Fermo, no Piceno, Itália; logo depois disto, não se sabe nada mais, nem de suas vidas, nem do porquê são mencionadas juntas. Além disso, se conta com alguma que outra noticia espalhada em distintos documentos. O historiador Ughelli, na sua «Itália Sacra», vol. II, falando da diocese de Fermo, menciona que o corpo de santa Vissia repousa na catedral, e com efeito, na igreja metropolitana da cidade (o Domo) há alguns relicários, entre os quais, numa chamativa urna de ébano, com ornamentos em metal dourado de estilo barroco, se conserva a cabeça de santa Vissia, mártir; estranhamente noutra urna se conserva a cabeça de santa Sofia, também mártir. Esta coincidência de ter dois crânios faz supor que teriam sido martirizadas ao mesmo tempo, ainda que não necessariamente juntas, e provavelmente foram decapitadas. Segundo tradições locais, Sofia e Vissia sofreram o martírio em 250, sob o império de Décio (249-251), durante a sétima perseguição ordenada por ele. Há na catedral uma lápida que indica que santa Vissia enobrece sua cidade natal com seu martírio; seu nome se encontra numa lista de santos venerados em Fermo, transmitida em 5 de agosto de 1581 por um prelado local a um sacerdote oratoriano, amigo do Cardeal Barónio que foi, como se sabe, quem compilou o primeiro Martirológio Romano, e inseriu as duas virgens e mártires juntas no mesmo dia 12 de abril. Segundo alguns documentos locais a santa Sofia também é celebrada em 30 de abril, talvez a ele se deve que na atualidade se as recorde em datas separadas. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it responsável da tradução: Xavier Villalta

• Constantino de Gap, Santo
Bispo,

Constantino de Gap, Santo

Constantino de Gap, Santo

Martirológio Romano: Perto de Gap, Provença, França, santo Constantino, bispo. ( meados do s.V) O nobre nome de Constantino é portado por não poucos santos, mas os mais conhecidos são sem dúvida um rei e mártir Inglês na Escócia, que se comemora em 11 de março no Martirológio Romano, assim como os imperadores de Constantino o Grande, Constantino VI e Constantino XI o Paleólogo, venerados especialmente pelas Igrejas Orientais. Mas não tão só augustos soberanos de nome Constantino alcançaram a meta da santidade: o santo de hoje é um bispo da cidade francesa de Gap, no coração do Delfinado. Esta histórica região alpina, situada entre Saboya e Provença, foi parte do reino de Provença, e logo de Arles, do Sacro Imperio Romano, para finalmente ser adquirido em 1349 pelo rei Felipe VI de França, sempre e quando se mantenha a autonomia do feudo a respeito a outros domínios da coroa e fosse assinado ao filho mais velho e herdeiro ao trono de França com a obrigação de que ostentasse o título de "Delfim". O santo Constantino bispo viveu muito antes dos acontecimentos que acabamos de descrever, quase contemporâneo com São Cesáreo de Arles. De acordo com a história da diocese de Gap, Constantino foi o quarto bispo a ocupar a sede episcopal. Antes dele estiveram: o legendário São Demétrio confundido a miúdo com seu homónimo mártir muito venerado no Oriente, e os Santos Teridio e Remedio, que se celebram em 3 de fevereiro. Constantino deu corpo e alma em revitalizar a diocese confiada a seu cuidado pastoral e deu um grande impulso à criação de novas paróquias rurais. Sua rúbrica se encontra nos documentos do Concilio de Riez. O Papa São Leão Magno o menciona numa de suas cartas como celebrante da consagração do bispo que sucedeu a santo Hilário de Arles. Desgraçadamente não é possível proporcionar mais dados e detalhes de sua vida, salvo que morreu em meados do século V. A diocese de Gap foi fusionada com a de Digne em 1801, logo depois da concordata napoleónica, mas foi restaurada em 1822 acrescentando parte do território da antiga diocese de Embrun. Reproduzido com autorização de Santiebeati.it - responsável da tradução: Xavier Villalta

• Outros Santos e Beatos
Completando el santoral deste dia

Otros Santos y Beatos

Otros Santos y Beatos

São Damião de Pavía, bispo
Em Pavía, cidade de Lombardia, Itália, são Damião bispo, cuja carta sobre a recta fé, referente à vontade e ao obrar de Cristo, foi lida no III Concilio de Constantinopla. († 697)


São Basilio de Pario, bispo e confessor
Em Pario, no Helesponto, hoje Turquia, são Basilio, bispo, que, por defender o culto das sagradas imagens, padeceu açoites, cadeias e exílio. († 735)

Beato Lorenzo, monge e presbítero
No mosteiro de Belém, perto de Lisboa, em Portugal, beato Lourenço, presbítero da Ordem de São Jerónimo, cuja eximia piedade atraiu a muitíssimos penitentes a este cenóbio. († s. XIV)

90560 > Sant' Alferio Abate MR
49260 > San Basilio di Pario Vescovo MR
92859 > San Costantino di Gap Vescovo  MR
91281 > San Damiano di Pavia Vescovo MR
90134 > San David Uribe Velasco Martire Messicano  MR
93041 > Sant’ Erchembodone Vescovo di Therouanne  MR
93902 > Santi Ferdinando da Portalegre ed Eleuterio de Platea Martiri mercedari
49250 > San Giulio I Papa  MR
77850 > San Giuseppe Moscati Laico   MR
49270 > Beato Lorenzo Sacerdote  MR
92722 > San Saba il Goto Martire MR
62425 > Santa Teresa di Gesù delle Ande (Giovanna Fernandez Solar) Monaca carmelitana  MR
91652 > Santa Vissia di Fermo Vergine e martire  MR
49300 > San Zeno (Zenone) di Verona Vescovo  MR

http://es.catholic.net/santoral  -  www.santiebeati.it  -  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução

por António Fonseca

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Igreja da Comunidade de São Paulo do Viso

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