quinta-feira, 7 de abril de 2011

Nº 883-2 (96) - 8 DE ABRIL DE 2011 - SANTOS DO DIA - 3º ANO

 

Apenas 19 Santos e beatos, hoje

Nº 883-2

SÃO DIONÍSIO

Bispo (180)

Dionisio de Corinto, Santo

Dionisio de Corinto, Santo

O Martirológio romano dizia neste dia: “Em Corinto, o bem-aventurado Dionísio, bispo, quedevido à ciência e à graça de que foi dotado para anunciar a palavra de Deusilustrou o povo não somente da sua cidade e província, mas com as suas cartas ensinou também aos bispos doutras cidades e províncias. Tinha tanto respeito aos Romanos Pontífices, que nos domingos mandava ler publicamente na Igreja as suas cartas. Floresceu no tempo dos imperadores Marco Antonino e Lúcio Aurélio Cómodo”. Há vários Dionísios ilustres na primitiva Igreja. este, cuja festa celebramos hoje, é um dos mais notáveis prelados do século II. Foi sagrado bispo no ano 170. Teve zelo que abarcou toda a Igreja, como provam os fragmentos das suas cartas, conservados por Eusébio. No século IV conheciam-se dele sete cartas católicas, ou seja, dirigidas aos Lacedemónios, outras aos Atenienses, aos de Nicomédia, aos de Gortina e comunidades de Creta, aos cristãos de Chossos, aos do Ponto e por fim às comunidades de Roma. Estas cartas de S. Dionísio provam a união e comunhão mútua que existia no século II entre os cristãos do Oriente e do Ocidente. A carta aos Romanos, cujo fragmento se tornou célebre na história, é resposta a outra do Papa Sotero à cristandade de Corinto.

Dionisio de Corinto, Santo

S. Dionísio fala-nos nela da caridade que têm os Romanos com os fiéis doutras comunidades, como já antes tinha reconhecido S. Paulo: “Tendes o costume e tradição, que vem do princípio mesmo do Cristianismo, de ajudar com toda a espécie de socorros inúmeras Igrejas espalhadas por cada uma das ciências. Aliviais a indigência de muitíssimos, e em especial dos irmãos condenados às minas, fornecendo-lhes o necessário. Sois ó romanos, a providência de todos os indigentes, por tradição que vem dos vossos primeiros pais, e que presentemente o vosso bem-aventurado bispo Sotero não só mantém mais viva, fornecendo amplamente recursos aos santos e socorrendo os que chegam aí de longe, com dinheiro e com santas exortações de sábio e carinhoso pai”. Nesta mesma carta aos romanos conta-nos como era celebrada naqueles tempos a festa de domingo: “Hoje celebrámos o santo dia de domingo. E nele lemos a vossa carta (a do Papa Sotero), que não deixaremos de ler nunca, do mesmo modo que aquela primeira que nos escreveu Clemente, na qual temos tão sábios e abundantes preceitos”. A união entre Romanos e Coríntios deve inspirar-se na existente entre os Apóstolos Pedro e Paulo. Ambos estiveram em Corinto e lançaram aí a semente do Evangelho, escreve S. Dionísio. Em seguida foram os dois a Itália, para evangelizar os Romanos, e morreram mártires em Roma pelo mesmo tempo. Os Gregos honram S. Dionísio como mártir a 23 de Novembro, mas parece que morreu tranquilamente, pelo ano de 180. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

SÃO GUALTER, Abade

(1099)

Este santo francês, a primeira coisa que realizou ao chegar à abadia de Rebais para lá começar o noviciado, foi dar a chave do portão dos terrenos a um campónio que definhava no cárcere monástico e pedia que o libertassem. E defendeu-se do que fizera alegando o Evangelho: “Dá a todo aquele que te pede”. (Lc 6, 30). Não era capaz de recusar nada. Do mesmo modo, doze anos mais tarde seguiu sem objectar os monges de S. Martinho de Pontoise, que o tinham eleito abade. Depressa se fez amar; mas não se sentiu menos depressa incapaz de ocupar o primeiro lugar, quando o Evangelho recomenda que se tome “o último”. (Lc 14, 10). Por isso, aproveitando uma noite sem lua, saiu às escondidas de Pontoise e foi-se refugiar em Cluny (por 1072). Aqui viveu com nome falso entre os 900 monges que lá se encontravam, até o dia em que os seus filhos  órgãos descobriram onde estava escondido; sem que ele se opusesse, puderam-no reconduzir alegremente a Pontoise. Só lá esteve algumas semanas, pois fugiu de novo para uma ilhota do Rio Loire. Mas um peregrino, que lhe tinha descoberto a identidade e a tornou conhecida aos religiosos de S. Martinho,  pôs termo para ele à vida de ermitão. Os seus religiosos voltaram e Gualter deixou que o reconduzissem uma vez a mais a casa. A única coisa que lhe faltava era recorrer ao Papa. E partiu para Roma, esperando obter de Gregório VII, uma vez devidamente informado da sua indignidade, que lhe aceitasse a demissão. Mas o papa não se deixou persuadir; deu ao santo homem uma especial bênção e recambiou-o para o lugar donde viera, proibindo-lhe daí por diante abandonar o seu posto. Aí morreu em 1099. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATA CONSTANÇA DE ARAGÃO

Rainha (1247-1300)

Foi mãe de Santa Isabel, rainha de Portugal. Viveu de 1247 até 8 de Abril de 1300. Dante coloca-a no Paraíso da sua Divina Comédia. Chama-lhe “boa Constança”. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATA TERESA MARGARIDA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Virgem (1747-1770)

Ana Maria, da ilustre família dos Rédi, nasceu em Arezzo, Itália, a 15 de Julho de 1747. Foi educada no convento de Santa Apolina de Florença, entrou aos dezoito anos no das carmelitas descalças de Santa Teresa na mesma cidade, e recebeu o nome de Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus. Nele fez os votos e os observou com admirável fidelidade. A acta de beatificação chama-lhe “Jovem Flor do Carmelo, a imitar a brancura das açucenas”. Morreu em odor de santidade, a 7 de Abril de 1770, não tendo ainda completado vinte e três anos. A causa foi introduzida em 1807; mas sofreu bastantes delongas, não tendo sido reconhecida a heroicidade das virtudes antes de 1839. Finalmente, depois do exame de dois milagres, o papa Pio XI beatificou-a solenemente a 8 de Junho de 1929. Do livro SANTOS DE CADA DIA, de www.jesuitas.pt

BEATO DOMINGOS DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO (Iturrate Zubero)

Religioso (1901-1927)

Domingo del Santísimo Sacramento (Iturrate Zubero), Beato

Domingo do Santíssimo Sacramento (Iturrate Zubero), Beato

Martirológio Romano: No convento de Belmonte, perto de Cuenca, em Espanha, beato Domingo del Santísimo Sacramento Iturrate, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade, que trabalhou com todas suas forças na salvação das almas e em fomentar a glorificação da Trindade (1927). Nasceu em Dima, Vizcaya, em 26 de Maio de 1901 e morreu de tuberculose no mosteiro trinitário de Belmonte, Múrcia, em 7 de Abril de 1927. Em sua infância define sua vocação e ingressa ao seminário (1914). tomando o nome religioso de Domingo do Santíssimo Sacramento, foi ordenado sacerdote em 1918. Apesar de sua juventude, Deus permitiu que sua entrega fosse definitiva. Destacou por sua extraordinária devoção a Cristo na Eucaristia. Em Roma obteve o grau de doutor em Filosofia e Teología. Para Domingo o importante foi: "...não fazer muitas coisas mas fazer bem tudo o que é do agrado de Deus". Quem o rodeava testemunhou que: "Quando celebrava a Eucaristia, se identificava com a pessoa de Cristo". O conceito de santidade que adquiriu em sua vida, o assistiu na sua enfermidade, já que uma tuberculose acelerou sua entrada na pátria celestial.
Não só se destacou por seu amor a Cristo, a Virgem Maria, e a Eucaristia, também por sua piedade e por sua erudição teológica, como também por seu amor aos enfermos abandonados. Beatificado por S.S. João Paulo II em 30 de Outubro de 1983, que afirmou: "
Tudo o orientava para a Trindade e tudo contemplava desde esse inefável mistério".

• María Rosa Júlia Billiart, Santa
Fundadora

María Rosa Julia Billiart, Santa

María Rosa Júlia Billiart, Santa

Martirológio Romano: Em Namur, junto ao Mosa, em Brabante, santa Júlia Billiart, virgem, que, para assegurar a educação das jovens, fundou o Instituto de Santa María e propagou a devoção ao Sagrado Coração de Jesús (1816). María Rosa Julia Billiart nasceu em 12 de julho de 1752 em Cuvilly (Bélgica), no seio de uma familia de agricultores acomodados proprietários também um pequeno comércio. Havendo aprendido o catecismo de memória, o pároco permitiu-lhe fazer a primeira comunhão aos nove anos. Ainda que Júlia tinha que trabalhar, pois então na familia havia necessidades económicas, sempre buscava tempo para visitar os enfermos, ajudar os outros e fazer oração. Um dia em que se achava sentada junto a seu pai, alguém disparou uma pistola contra este; o atentado a impressionou tanto que perdeu o movimento das pernas. Com frequência a gente a ouvia dizer: ¡Que bom é Deus! Em 1790, durante a revolução francesa e a época napoleónica, teve que fugir a Compregne, perseguida pelas autoridades, devendo trocar de residência constantemente. As penalidades agravaram de tal sorte sua enfermidade que perdeu a fala durante vários meses. Ao fim do tempo do Terror mudou-se para Amiens para casa do visconde Blin de Borbón. Aí recobrou a fala e conheceu a Francisca Blin de Borbón, mulher inteligente e culta, viscondessa de Gézaincourt, que seria sua amiga íntima e colaboradora. A perseguição estalou novamente e Júlia teve que se refugiar em casa da familia Dória, em Bettencourt, onde conheceu o padre José Varin. Em Amiens, Júlia e Francisca fundaram o Instituto de Nossa Senhora com apoio do padre Varin. O fim do instituto era o cuidado espiritual das crianças e a formação de catequistas. Foi a primeira congregação religiosa moderna sem distinções entre as religiosas. Cedo ingressaram no instituto algumas candidatas, abriu-se um orfanato e inauguraram-se aulas noturnas de catecismo. Júlia dizia: “Pensai quão poucos sacerdotes há actualmente e quantas crianças necessitadas se debatem na ignorância. Temos que lutar para os ganhar para Cristo”. Em 1804, no final de uma missão popular, sucedeu um facto extraordinário. O padre Enfantin pediu a  madre Júlia que se unisse a ele numa novena por uma intenção particular. Ao quinto dia da novena, que era dia do Sagrado Coração, o padre aproximou-se da madre, que levava 22 anos paralítica, e disse-lhe: “Madre, se tem fé, dê um passo em honra ao Sagrado Coração de Jesús”. A madre se levantou e começou a caminhar. A saúde permitiu-lhe consolidar e estender sua obra: inauguraram-se os conventos de Namur, Gante e Tournai. O padre Varin foi substituído por outro sacerdote. O novo confessor semeou a discórdia e logrou afastar da madre Júlia a muitas pessoas que até então haviam visto com bons olhos a fundação. O bispo de Amiens exigiu que a madre saísse de sua diocese e se retirou com as religiosas ao convento de Namur onde o bispo as recebeu cordialmente. A madre Júlia passou os sete últimos anos de sua vida formando as religiosas e fundando novas casas. Desde 1816 a saúde da madre decaiu rapidamente. Morreu em 8 de abril desse mesmo ano enquanto recitava o Magnificat; o cardeal Sterckx qualificou a obra da madre como explosão do espírito apostólico no coração de uma mulher que soube crer e amar. Foi beatificada por são Pío X em 1906. Paulo VI a canonizou em 22 de julho de 1969.

• Augusto Czartoryski, Beato
Sacerdote Salesiano

Augusto Czartoryski, Beato

Augusto Czartoryski, Beato

Martirológio Romano: Em Alassio, perto de Albenga, da Ligúria, em Itália, beato Augusto Czartoryski, presbítero da Sociedade Salesiana, cuja saúde enfermiça não o impediu caminhar segundo a chamada de Deus, mostrando exímios exemplos de santidade (1893). Etimologicamente: Augusto = Aquele que é venerado e respeitado, é de origem latino. Príncipe polaco do século XIX, presbítero e religioso da Sociedade Salesiana de São João Bosco (data de beatificação: 25 de abril de 2004). Nasceu em París em 2 de agosto de 1858, no exílio. Desde há  trinta anos sua nobre estirpe, vinculada à história e aos interesses dinásticos de Polónia, havia emigrado a França. O príncipe Adán Czartoryski havia cedido a sucessão da estirpe, assim como da atividade patriótica, ao príncipe Ladislao, unido em matrimónio com a princesa María Amparo (filha da rainha de Espanha María Cristina e do duque Rianzárez). São estes os pais de Augusto, primogénito da familia. Quando tinha seis anos morreu sua mãe, doente de tuberculose, que transmitirá a seu filho. Quando o mal manifestou nele seus primeiros sintomas, começou para Augusto uma longa peregrinação em busca da saúde, que nunca recuperaria: Itália, Suíça, Egipto, Espanha... Mas não era a saúde o principal objetivo de sua busca: coexistia em sua alma juvenil outra busca muito mais preciosa, a de sua vocação. Era consciente de que não estava feito para a vida da corte. Aos vinte anos, numa carta a seu pai dizia-lhe, entre outras coisas, aludindo às festas mundanas, em que se via obrigado a participar: «Lhe confesso que estou cansado de tudo isto. São diversões inúteis, que me angustiam». São José Kalinowski —canonizado por João Paulo II em 1991—, que havia sofrido dez anos de trabalhos forçados na Sibéria, e depois se fez carmelita, foi preceptor de Augusto só durante três anos (1874-1877), mas deixou nele uma profunda marca. Por ele sabemos que quem orientaram o príncipe na sua busca vocacional foram sobre tudo as figuras de são Luis Gonzaga e de santo Estanislau de Kostka. o entusiasmava o lema deste último: «Ad maiora natus sum». «A vida de são Luis, do padre Cepari, que me mandaram de Itáliaescreve Kalinowski— influiu muito no progresso espiritual de Augusto e abriu-lhe o caminho a uma união mais fácil com Deus». Mas o acontecimento decisivo de sua vida foi o encontro com dom Bosco. Augusto tinha 25 anos. Sucedeu em París, precisamente no palácio Lambert, onde o fundador dos salesianos celebrou a missa no oratório da familia. Os acólitos foram o príncipe Ladislao e Augusto. Desde aquele dia Augusto viu no santo educador o padre de sua alma e o árbitro de seu porvir. No jovem a vocação para a vida religiosa se havia ido afirmando cada vez mais. Apesar de ser o primeiro herdeiro, não sentia inclinação a formar uma familia. Depois do encontro com Don Bosco, Augusto não só sentiu que se reforçava sua vocação ao estado religioso, mas que teve a clara convicção de que estava chamado a ser salesiano. Desde então, enquanto seu pai o permitia, ia a Turim para se encontrar com Don Bosco e receber seus conselhos. Fez também várias vezes exercícios espirituais sob a direcção do santo. Don Bosco teve sempre uma atitude de grande cautela sobre a aceitação do príncipe na sua congregação. Foi o Papa Leão XIII, em pessoa, que dissipou toda dúvida. Reconhecendo a vontade de Augusto,o Papa concluiu: «Dizei a dom Bosco que é vontade do Papa que vos receba entre os salesianos». «Muito bem, amigo meu», respondeu imediatamente dom Bosco, «eu o aceito. Desde este instante, você forma parte de nossa Sociedade e desejo que pertença a ela até  morte». Em finais de junho de 1887, após renunciar a todos seus direitos em favor de seus irmãos, foi enviado a San Benigno Canavese para un breve aspirantado, antes do noviciado, que começou nesse mesmo ano. Teve que lutar contra os intentos de sua familia, que não se resignava a essa eleição. Seu pai ia a visitá-lo e tratava de o dissuadir. Emitiu os votos em 24 de novembro de 1887 na basílica de María Auxiliadora ante dom Bosco. «Ânimo, meu príncipe —lhe sussurrou o santo—. Hoje hemos alcançado uma magnífica vitória. Mas posso também dizer-lhe, com grande alegria, que chegará um dia em que você será sacerdote e por vontade de Deus fará muito bem a sua pátria». Don Bosco morreu dois meses depois. Por causa de sua enfermidade o enviaram a estudar a teologia à costa de Ligúria. O decurso de sua enfermidade fez que sua familia renovasse com maior insistência seus intentos de o afastar da vocação. Ao cardeal Parocchi, a quem pediram que influísse para o afastar da vida salesiana, ele lhe escreve: «Em plena liberdade hei querido emitir os votos, e o fiz com grande alegria de meu coração. Desde aquele dia, vivendo na Congregação, disfruto de uma grande paz de espírito, e dou graças ao Senhor que me há permitido conhecer a Sociedade Salesiana e me chamou a viver nela». Foi ordenado sacerdote em 2 de abril de 1892 em São Remo por Mons. Tommaso Reggio, bispo de Ventimiglia. Seu pai, o príncipe Ladislao, e sua tia Isa não assistiram à ordenação, ainda que pouco depois toda a familia aceitou plenamente sua vocação. A vida sacerdotal de Don Augusto durou só um ano, que passou em Alassio, numa habitação que dava ao pátio dos rapazes. O cardeal Cagliero resume assim este último período de sua vida: «Já não era deste mundo. Sua união com Deus, a conformidade perfeita com a divina vontade na enfermidade agravada, o desejo de configurar-se com Jesus Cristo nos sofrimentos e as aflições o faziam heroico na paciência, sereno no espírito, e invencível, mais que na dor, no amor de Deus». Morreu em Alassio na tarde de sábado 8 de abril de 1893, na oitava de Páscoa, sentado na cadeira que havia usado dom Bosco. «¡Que formosa Páscoa!», havia dito na segunda-feira ao irmão que o assistia, sem imaginar que o último dia da oitava o teria celebrado no paraíso. Tinha trinta e cinco anos de idade e cinco de vida salesiana. Em sua recordação de primeira missa havia escrito: «Para mim um dia em teus átrios vale mais que mil fosse. Bem-aventurado quem vive em tua casa: sempre canta teus louvores» (Salmo 83). Seus restos foram trasladados a Polónia e sepultados na cripta paroquial de Sieniawa, junto à tumba de familia. Sucessivamente foram trasladados para a igreja salesiana de Przemysl. (Texto: L’Osservatore romano, edição em língua espanhola, 23 de abril de 2004).

• Julião de Santo Agostinho, Beato
Religioso Franciscano

Julián de San Agustín, Beato

Julián de San Agustín, Beato

Martirológio Romano: Em Alcalá de Henares, em Espanha, beato Julián de Santo Agostinho, religioso da Ordem de Irmãos Menores Descalços, que foi tomado por louco por causa de sua exagerada penitência e várias vezes recusado da vida religiosa, pregando a Cristo mais com o exemplo que com palavras (1606). Etimologicamente: Julián = Aquele que pertence à família Júlia, é de origem latino. Religioso professo da Primeira Ordem franciscana, que nasceu em 1553 e morreu em 1606. Foi beatificado por Leão XII em 23 de maio de 1825. Julián Martinet, nosso beato, nasceu em Medinaceli (Soria), em Castela a Velha, Espanha, filho de Andrés Martinet, francês fugitivo de Toulouse por causa dos calvinistas, e de Catalina Gutiérrez, jovem operária de Aguaviva. Já inteiramente educado, em idade juvenil vestiu o hábito dos Irmãos Menores no Convento-Retiro de La Salceda. Desde o principio se deu a tão exageradas penitências, que seus irmãos de religião o julgaram louco e lhe aconselharam retirar-se. Depois de muita insistência, foi recebido novamente, mas logo foi despedido pelos mesmos motivos. Então passou a viver perto do convento levando uma vida eremítica; cada dia pedia aos frades um bocado de pão, e estes, comovidos por sua vida santa, o aceitaram pela terceira vez no convento e assim finalmente pôde emitir a profissão na Ordem franciscana na qualidade de religioso laico. Depois de uma breve permanência nos conventos de Alcalá e de Ocaña, regressou de novo ao convento de São Diego de Alcalá. Ao ser-lhe encomendado o ofício de pedinte se distinguiu pela rigorosa mortificação, a pobreza e a humildade. Favorecido com o dom de profecia e de ciência infusa, mereceu uma grande veneração de parte do povo, a que edificou com suas virtudes e em que logrou muitas conversões. O amor a Deus lhe inspirava compreensão para com o próximo. A miséria dos pobres despertava nele uma terna compaixão. Se interessava por suas necessidades, os consolava falando-lhes da felicidade do céu; exortava aos ricos a ajudar aos pobres e a dar-lhes trabalho. Dividia seu alimento com os famintos. Era maravilhoso seu apostolado quando de porta em porta pedia a esmola. Por muitos anos exercitou este apostolado com humildade e paciência; tinha para todos uma palavra de alento, para levar almas a Deus, quem glorificava a humildade de seu servo com prodígios: muitos enfermos foram curados, multiplicava os alimentos; professores da universidade de Alcalá a miúdo iam a consultá-lo sobre difíceis assuntos e voltavam maravilhados de suas respostas, convencidos de que Deus lhe havia infundido a ciência. Depois de uma vida pura, inocente, mortificada, plena de obras boas, Frei Julián viu chegar finalmente a hora da recompensa. Recebeu os últimos sacramentos com grande fervor e logo, com o rosto iluminado por uma luz divina, abandonou o desterro para chegar à pátria do céu. Era em 8 de abril de 1606. Tinha 53 anos de idade. A  noticia de sua morte o clero, os professores da universidade, os nobres e sobretudo o povo que ele havia amado tanto, acudiram ao convento dos Irmãos Menores para venerar o servo de Deus, cujo corpo permaneceu exposto por dezoito dias. Numerosos milagres sucederam em sua tumba, que foi colocada numa capela que o povo de imediato chamou de São Julián. Em Alcalá lhe dedicaram uma rua: Calle San Julián

• Clemente de Ósimo, Beato
Presbítero Agostinho

Clemente de Ósimo, Beato

Clemente de Ósimo, Beato

Martirológio Romano: Em Orvieto, da Toscana, em Itália, beato Clemente de Ósimo, presbítero da Ordem de Ermitãos de Santo Agostinho, que dirigiu e promoveu a Ordem com grande eficácia e adaptou sabiamente suas leis (1291). Etimologicamente: Clemente = Aquele que é compreensivo, bondoso e capaz de perdoar, e é de origem grego. Nasceu a primeiros do século XIII na região italiana das Marcas (Itália), muito provavelmente em São Elpidio, se bem os primeiros historiadores o fazem natural de Osimo. De adolescente entrou a formar parte da Congregação eremítica de Bréttino, chegará a ser agostinho em 1256. Em 1269 era provincial da provincia anconitana. A partir de 1271 governou a Ordem por três anos. Depois de haver renunciado a seu oficio, levou uma vida retirada. Ainda assim, teve o cargo de visitador de Provincia Romana. Por segunda vez é eleito Geral, agora por unanimidade, no Capítulo de 1284. Logo, no Capítulo celebrado em Florença em 1287 seria confirmado por outros três anos, e obrigado a aceitar novamente o cargo de Geral no Capítulo de Ratisbona de 1290. A morte o surpreendeu na primavera do ano seguinte. Clemente desenvolveu em seu generalato um grande labor em beneficio da Ordem: intervém em algumas Províncias, potencia os estudos, insiste na observância religiosa, consegue ajudas económicas, dispensas pontifícias, como por exemplo a isenção da jurisdição dos bispos, funda conventos femininos, fomenta a criação de bibliotecas e arquivos provinciais, etc. Seu governo destaca por haver começado na Ordem a tradição mariana (1284) quando fala de Benedicta tu y Vigiliae B. M. Virginis em honra de Nossa Senhora de Graça; pela formulação e promulgação de leis estáveis ou Constituições para toda a Ordem, conhecidas por Constituições de Ratisbona (1290), que permaneceram em vigor, salvo certos retoques, até 1551; e por apostar firmemente pela cultura, criando quatro Estudos Gerais em Itália – Roma, Bolonha, Pádua e Nápoles – e outro mais em París, centro da cultura europeia do tempo.
Quatro vezes Geral, governou a Ordem de forma admirável, labor que lhe foi reconhecido pelos Papas Honório IV e Nicolás IV. Visitou os conventos de França, Alemanha e Itália, e foi confessor do cardeal Gaetani, futuro Bonifácio VIII. Morreu com fama de taumaturgo e de santo em Orvieto em 8 de abril de 1291, sendo enterrado no convento agostinho da cidade. Em épocas sucessivas seus restos foram repartidos entre Orvieto, Ósimo e San Elpidio. A princípios do século XIX grande parte de suas relíquias foram trasladadas para a igreja de Santo Agostinho de Roma, onde permaneceram até que em 1970 passaram à capela da Cúria Geral da Ordem. Clemente XIII confirmou o culto ab immemorabili em 1761
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• Dionisio de Alejandría, Santo
bispo,

Dionisio de Alejandría, Santo

Dionisio de Alejandría, Santo

Martirológio Romano: Em Alexandria, no Egipto, santo Dionisio, bispo, varão de grande erudição, preclaro por sua confissão da fé e pela diversidade de sofrimentos e tormentos, descansando como confessor da fé, já ancião, em tempo dos imperadores Valeriano e Galieno ( c. 265). Também é conhecido como: São Dionisio Magno ou O Grande  Entre os muitos santos que levaram o nome de Dionisio, o santo de hoje foi chamado "O Grande", ou Dionisio Magno. Santo Atanásio o chamou "Mestre da Igreja Católica", por sua grande sabedoria e o notável ascendente que teve entre os católicos de seu tempo. Nasceu e viveu em Alexandria, Egipto. Ao principio era pagão, mas depois de haver tido uma visão, e ao dedicar-se a estudar a Bíblia Sagrada deu-se conta de que a verdadeira religião á a católica  se converteu. Naqueles tempos a escola de teologia mais famosa que tinha nossa Santa Igreja era a de Alexandria. Lá iam a ensinar ou a aprender os mais destacados intelectuais do clero e Dionisio brilhou ali como um aluno especialmente dotado de grande inteligência e de prodigiosa memória, e pouco depois de se graduar foi nomeado como diretor de tão famosa escola, cargo que exerceu durante 15 anos com aplauso de todos. No ano 247 Dionisio foi eleito bispo de Alexandria, mas logo começaram as perseguições. Ao principio eram os sacerdotes pagãos que incitavam ao populacho contra os seguidores de Cristo. Logo estalou a terrível perseguição de Décio, e o primeiro que fez o governador de Alexandria foi mandar levar preso a Dionisio. Os perseguidores o buscaram por todas partes, menos em sua casa, pois se imaginavam que havia saído fugindo. Mas ele não se havia movido de sua habitação. Aos quatro dias Dionisio dispôs-se a fugir com todos seus ajudantes mas a policia os encontrou e levou-os presos a todos, menos a um dos empregados que logrou fugir a contar a noticia. O fugitivo se encontrou com um enorme grupo de pessoas que se dirigiam a celebrar umas bodas e narrou-lhes o sucedido. Aquelas gentes se encheram de indignação e com paus e pedras atacaram a policia e lhes tiraram aos prisioneiros. Dionisio se opunha a isto, e se entristecia de que já não podia ser mártir. Mas aqueles homens não fizeram caso a seus rogos mas puseram-no sobre uma mula e o mandaram para o deserto, para que lá ficasse livre dos perseguidores. No deserto esteve vários anos até que terminou a perseguição.
Ao voltar a Alexandria encontrou-se com alguns teólogos que se opunham ao Pontífice de Roma e lhe pediam que os apoiasse nesta oposição. Dionisio escreveu a Novaciano, que era chefe dos rebeldes: "É necessário estar resolvido a sofrer qualquer outro dano, antes que destruir a unidade da Igreja. Há que estar tão disposto a morrer a favor da unidade da Igreja, como estaria disposto a morrer por defender a fé". E seguiu sendo fiel ao Papa de Roma. O herege Novaciano dizia que aos que cometem faltas muito graves não se lhes deve perdoar nunca. São Dionisio, apoiando o que ensinava o Papa São Cornélio, escreveu várias cartas recomendando ter uma grande misericórdia com os pecadores, e narrava como quando um pobre que havia sido muito pecador na vida, estando moribundo pedia o perdão e a comunhão, não tendo mais com quem enviar-lhe a eucaristia, lhe mandaram a comunhão com um meninito, e o pobre pecador ao comungar exclamou: "Já fiquei livre de meus pecados. Posso partir tranquilo para a eternidade". E conta o santo que aquele homem pecador Deus lhe conservou milagrosamente a vida até que chegou o que levava a Sagrada Eucaristia. Dionisio que havia estudado e ensinado por 15 anos o referente à Bíblia Sagrada, empregou com grande maestria uma série de frases muito especiais da Sagrada Escritura para combater aos hereges. Estas respostas de tão notável sábio serviram muito nos séculos seguintes para enfrentar os que negavam verdades de nossa santa religião. No ano 257 estalou a perseguição de Valeriano. O governador de Egipto chamou a Dionisio e a seus sacerdotes e exigiu-lhes que adorassem aos ídolos do império. O santo bispo respondeu: "Nós os seguidores de Cristo não adoramos senão ao único Deus que existe, que é o Criador de céus e terra. Rezamos por Valeriano e os demais governantes, mas enquanto à religião só obedecemos a nossa Santa Igreja. Oferecemos orações e sacrifícios pela paz, o bem-estar e a prosperidade da pátria, mas em questões religiosas dependemos somente de Nosso Senhor Jesus Cristo". Por mais que o governador tratou de convencê-los para que adorassem a seus ídolos, eles não aceitaram, e foram desterrados o terrível deserto de Líbia. Mas em dois anos o imperador perseguidor foi feito prisioneiro e escravo por seus inimigos, e Dionisio e seus sacerdotes puderam voltar a Alexandria. Mas lá  viram que por falta de ensinamentos religiosos as gentes haviam ficado violentíssimas e pelejavam e se matavam por qualquer coisa (a maior parte dessas gentes eram pagãs). Não se podia já nem sair à rua sem perigo de ser  assassinados. O santo bispo escreva: "É mais perigoso andar três quadras por esta cidade, que viajar 300 quilómetros pelo resto da nação". Faltava-lhes o espírito cristão, que é caridade, perdão e paz com todos. E para cúmulo de penas chegaram a peste de tifo negro e a disenteria. As gentes morriam por centenas, mas então brilhou a caridade cristã. Enquanto os pagãos deitavam os cadáveres às ruas e desterravam de suas casas aos enfermos, os cristãos dirigidos por seu bispo, sepultavam caritativamente aos mortos e assistiam com grande caridade os infectados. Isto lhes atraiu muitas simpatias na grande cidade. Depois de haver sido bispo de Alexandria por 17 anos dando mostra de grande prudência e santidade e ganhando a simpatia e a admiração de crentes e incrédulos, São Dionisio morreu no ano 265. Santo Epifânio conta que por muitos anos as gentes o recordavam como um verdadeiro pai e mestre, e dedicaram um templo em sua honra. Suas virtudes e seus sábios escritos lhe deram fama universal.

• Amâncio de Como, Santo
bispo,

Amancio de Como, Santo

Amancio de Como, Santo

Martirológio Romano: Em Como, da Ligúria, Itália, santo Amancio, bispo, que foi o terceiro na cátedra desta Igreja e fundou a basílica dos Apóstolos. Nascido em Canterbury, Inglaterra, parente por parte de mãe de Teodósio III ou de algum outro imperador dos séculos IV-V, foi o terceiro bispo de Como. Sucessor de são Provino (morto no ano 420). Havendo trazido de uma viagem a Roma umas relíquias dos apóstolos Pedro e Paulo, construiu em honra deles uma igreja; mas no século IX foi reconstruída em estilo românico, e dedicada a seu valioso ajudante, santo Abúndio, que seria seu sucessor lá pelo ano 450. Morreu em 8 de abril de um ano não precisado, provavelmente em 448. Suas relíquias, conservadas em Como na igreja por ele construída, foram trasladadas em 2 de julho de 1590 para a igreja dos Jesuítas, da qual é patrono junto com são Félix. responsável da tradução para espanhol: Xavier Villalta

• Ágabo, Santo
Profeta,

Ágabo, Santo

Ágabo, Santo

Martirológio Romano: Comemoração de santo Agabo, profeta, que, segundo atestam os Actos dos Apóstolos, movido pelo Espírito Santo anunciou uma grande fome sobre toda a terra, assim como as dificuldades que Paulo teve que suportar dos gentios. ( s.I) Ágabo, originário de Judeia, é mencionado por duas vezes nos Actos dos Apóstolos, como um dos profetas que vieram de Jerusalém a Antioquia durante a pregação de Paulo e de Barnabé. Em Antioquia anunciou uma fome universal que se cumpri sob o governo de Cláudio (Act.. 11,28 Um deles, chamado Ágabo, movido pelo Espírito, se levantou e profetizou que viria uma grande fome sobre toda a terra, que houve em tempo de Claudio). 16 anos mais tarde, voltamos a encontrar a Ágabo em Cesareia, onde se deteve durante sua viagem desde Judeia, hospedando-se em casa de Felipe. Aí, mediante um acto simbólico, anunciou que Paulo seria feito prisioneiro em Jerusalém (Act. 21,11 Tomou o cinturão de Paulo, atou seus pés e suas mãos e disse: Isto disse o Espírito Santo: Assim atarão os judeus em Jerusalém ao homem de que é este cinturão. E o entregassem em mãos dos gentios).

 

SAN AGABO CON HÁBITO CARMELITA


Alguns pensaram que houve duas personagens com o nome de Ágabo; mas se admite geralmente só a um, já que nas duas passagens dos Actos que o mencionam, o nome, a função, o país de origem e a época, são idênticos. Os gregos expressaram a opinião de que Ágabo foi um dos setenta discípulos e que recebeu o martírio em Antioquia. E o festejam no dia 8 de março. Uma lenda da ordem do Carmelo atribui a Ágabo a fundação de uma igreja em honra da Mãe de Deus; em consequência, se lhe dá como característica o hábito da ordem do Carmelo, sobre a mão, uma pequena igreja com a inscrição «Virgini Matri».

• Outros Santos e Beatos
Completando o santoral deste dia

Otros Santo y Beatos 

 

Santos Herodião, Asíncrito e Flegón, santos do Antigo Testamento

Comemoração dos santos Herodión, Asíncrito y Flegón, a que o apóstolo são Paulo saúda na Carta aos romanos (s. I).

Santos Timóteo, Diógenes, Macário e Máximo, mártires

Em Antioquia, na Síria, santos Timóteo, Diógenes, Macário e Máximo, mártires (s. inc.).

 

92471 > Sant' Agabo Profeta  MR
48900 > Sant' Amanzio di Como Vescovo  MR
90082 > Beato Augusto Czartoryski Sacerdote  MR
90150 > Beato Clemente da Osimo Religioso  MR
48800 > San Dionigi di Corinto Vescovo  MR
48820 > San Dionisio Vescovo  MR
91913 > Beato Domenico (Iturrate Zubero) del SS. Sacramento Sacerdote Trinitário MR
93001 > Santi Erodione, Asincrito e Flegone Discepoli di San Paolo  MR
92672 > Beato Giuliano di Sant’Agostino Francescano MR
94114 > San Gonzalo Mercador Vescovo e martire 
49000 > Santi Isacco e Hamazasp Martiri in Armenia 
94530 > Beata Libania di Busano Badessa 
48950 > Santa Maria Rosa Giulia Billiart Suora  MR
90136 > Beato Martino da Pegli (o da Genova) 
48810 > Santi Timoteo, Diogene, Macario e Massimo Martiri MR

htpp://es.catholic.net/santoral  -  www.santiebeati.it  -  www.jesuitas.pt

Recolha, transcrição e tradução completa

por António Fonseca

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