segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nº 893-3 - A RELIGIÃO DE JESUS - SEGUNDA-FEIRA SANTA - 18 DE ABRIL DE 2011

893-3

Do livro A Religião de Jesus, de José Mª CastilloComentário ao Evangelho do diaCiclo A (2010-2011)Edição de Desclée De BrouwerHenao, 648009 Bilbaowww.edesclee.cominfo@edesclee.com: tradução de espanhol para português, por António Fonseca

18 de Abril – SEGUNDA-FEIRA SANTA 

Jo 12, 1-11

Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera e a quem Jesus ressuscitara dos mortos. Ofereceram-Lhe uma ceia. Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com Ele. Então Maria, tomando uma libra de perfume de nardo puro, de alto preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-os com os cabelos; e a casa encheu-se com  o cheiro do perfume. Então um dos Seus discípulos, Judas Iscariotes, filho de Simão, aquele que O havia de entregar, disse: «Porque não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” Disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e, como tinha a bolsa, tirava o que nela se metia. Respondeu Jesus: «Deixai-a, ela tinha-o guardado para o dia da Minha sepultura. Pobres, sempre os tereis convosco; mas a Mim, nem sempre Me tereis». Soube então um grande número de judeus que Ele estava ali, e ali foram, não só por causa d’Ele, mas também, para ver a Lázaro, a quem ressuscitara dos mortos. Os príncipes dos sacerdotes tinham deliberado matar também a Lázaro, porque muitos judeus, por causa dele, afastavam-se e acreditavam em Jesus.

1. Há duas maneiras de se relacionar com a religião e, em geral, com as experiências religiosas: 1) Para expressar, mediante gestos simbólicos e poéticos, os sentimentos mais profundos e mais nobres do ser humano. 2) Para utilizar a religião (e as experiências que transporta) em proveito próprio. A primeira maneira manifesta a beleza do mais nobre que há em nós. A segunda põe em evidência o mais detestável que temos (e ocultamos) os mortais.

2. Maria, perfumando os pés de Jesus com essência de nardo, do bom e do caro, expressava o amor mais belo e mais nobre, o sentimento mais sublime, de que se fala na Bíblia; os encantos do esposo e da esposa (Cant. 1, 12. 14; 5, 1. 5). Judas, invocando a ajuda aos pobres, para dissimular sua ambição pelo dinheiro, põe a descoberto a baixeza vergonhosa do que se serve do sofrimento humano para se enriquecer sem pudor.

3. Dá pena pensar como e até que ponto estas duas maneiras de se relacionar com a religião seguem tendo actualidade. A primeira, a mais nobre e a mais formosa, temo-la misturado e temo-la confundido com a relação puramente erótica. E temos olvidado, não só o Cântico dos Cânticos e a esplêndida experiência mística que nele se desenha, senão até de que se intuíram os gregos quando, nas Bacanais de Eurípedes, o coro entoa um hino ao deus Dionísio em que “a felicidade da bacanal” conduz a “pôr as almas em comum” (M. Daraki). A beleza e o gozo nos unem aos humanos. Pelo contrário, a sedução do dinheiro disfarça-se de ideias sociais (saqueando, por exemplo, a qualquer ONG) ou entesourando joias e vaidades na ornamentação de sacrários, altares, e capelas, para colocar outro exemplo. Que perigosa é a  religião?”.

Compilação por

António Fonseca

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