Quinta-feira - 18 de Abril de 2013
Nº 1624-1 - (107-13)
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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PERFEITO, Santo
mártir (850)
Perfeito é o primeiro mártir da perseguição muçulmana na Córdova dos Califas. Já pelo ano de 824 tinham sido martirizados dois cristãos oriundos de Sevilha, mas a série grande de mártires, imolados em Córdova pelo furor de Abderramão II e Mohamed começa em 850 com São Perfeito. Por isso Santo Eulógio, ao contar a história deles, apresenta uma introdução majestosa, a recordar o mundo como o Martirológio Romano anuncia o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo:
«Reinando para sempre Nosso Senhor Jesus Cristo, no ano da sua Encarnação 850,da era (espanhola) 888; do consulado de Abderramão, 29; no tempo em que tinha a Espanha aumentado em riqueza e dignidade o povo árabe, ocupando por duro privilégio quase toda a Ibéria; quando Córdova (chamada antigamente Patrícia e sendo hoje cidade régia) chegou ao ápice do seu esplendor..., gemendo a Igreja ortodoxa sob o seu duríssimo jugo, e achando-se em perigo de morte, nasceu em Córdova o presbítero Perfeito, de santa memória, educado sob a direção de pedagogos da basílica de Santo Aciseclo, onde aprendeu as sagradas disciplinas, distinguindo-se pela erudição literária e conhecimentos da língua árabe».
São Perfeito devia ser o ecônomo da comunidade de clérigos que servia a Igreja de Santo Asiseclo. Os negócios domésticos obrigavam-no a andar com frequência pelas duas partes da cidade. Um dia, um grupo de maometanos perguntou-lhe que diziam os cristãos sobre o profeta Maomé. Pediu-lhes segredo e eles prometeram-no. Então, em língua árabe, disse-lhes que, segundo os cristãos e o Evangelho, Maomé era inimigo de Deus e falso profeta que, depois de mergulhar os seus no lodo, os queria levar aos tormentos do inferno.
Naquele dia calaram-se. Mas pouco depois, passava ele pelo mesmo bairro e uma multidão furiosa, semelhante a enxame enfurecido, lançou-se sobre Perfeito e arrastou o até ao tribunal do cádi: «Este homem blasfemou do Profeta (a benção e a paz sobre este); já sabes o castigo que merece».
Segundo o Corão, todo aquele que blasfemava contra Maomé era réu de morte. Num primeiro momento de surpresa, Perfeito negou que tivesse blasfemado. Apesar de tudo, mandou o juiz que o encerrassem num calabouço caverna imunda, onde eram aprisionado os maiores criminosos. Aqui recuperou a serenidade, resgatando a momentânea cobardia com vida de oração e penitência. Confessava em alta voz a sua fé e blasfemava contra Mafoma e a sua doutrina.
A execução fixou-se para o primeiro dia da festa solene que seguia o Ramadão a qual foi naquele ano a 18 de Abril. Multidão imensa cobria a planura espaçosa, que hoje se chama Campo da Verdade, do outro lado da ponte romana.
O chefe da prece chegou montado no seu esplêndido alazão Vinha pregar o discurso da Páscoa. "Deus é grande", disse muitas vezes, respondendo em coroa a multidão " Maomé o seu profeta". E referiu-se ao sacerdote que jazia na prisão como blasfemo. A multidão pediu a sua cabeça: "Venha o blasfemo".
Perfeito tinha passado vários meses na cadeia estava maduro para o martírio. No caminho confirmou as suas maldiçoes contra Maomé e fez profissão solene e pública da sua fé em Cristo. Diante do cadafalso continuou blasfemando de Maomé, até que o verdugo fez rolar a sua cabeça.
Alguns dos presentes enfureceram-se contra o seu corpo pisando-lhe o sangue. Mas Deus desafrontou a honra do mártir. No rio havia um enxame de embarcaçõezinhas; uma delas, com oito tripulantes, afundou-se, e afogaram se duas pessoas. Também o seu juiz morreu pouco depois, como o Santo predissera, obrigado a tomar um veneno que destinara para o sultão.
MARIA DA ENCARNAÇÃO, Beata
Viúva (1565-1618)
Berta Avrilot, nascida em 1565, casou-se aos 16 anos, com Pedro Acarie, que pertencia como ela a uma antiga família parisiense. Dessa união nasceram seis filhos. Desde os 22 anos, e durante toda a sua vida, teve raptos e êxtases. Obedecendo a Santa Teresa, que lhe apareceu, mandou vir para França religiosas espanholas da sua reforma e fundou, para elas e para quem as seguisse, quatro conventos.
Falecendo o marido em 1613, pediu para ser admitida entre as Carmelitas, sendo-lhe designado o Convento de Amiens para fazer o noviciado. Depois da tomada de hábito, exclamou com transportes de alegria: "Eis-me agora mais pobre do que os que pedem esmola". Os seus vestidos seculares foram recolhidos com cuidado e muitos doentes ficaram curados pelo contacto com eles.
Só estava com os mais baixos empregos da casa. Fez os votos no leito num quarto que dava para a capela. Tomou o nome de Maria da Encarnação, em honra do mistério que era celebrado no dia da profissão. Foi eleita prioresa de Amiens, mas recusou o cargo com tanta insistência que os eleitores tiveram de desistir. Foi por isso elevada a prioresa sua filha mais velha, que ali era religiosa com duas irmãs; e a mãe, na qualidade de conversa, jurou-lhe obediência de joelhos.
Foi no convento das carmelitas de Pontoise, para onde fora enviada para o fazer prosperar, que a Irmã Maria da Encarnação passou a última parte da vida. Caiu doente a 7 de Fevereiro de 1618. Às vezes, deixando-se abismar no amor divino, parecia insensível a tudo e só repetia: “Que misericórdia, Senhor! Que bondade para com uma pobre criatura!” Rezava muitas vezes o salmo 21 e 101, que descrevem de modo sublime e patético os sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo na Paixão. Na Quinta-feira Santa desse mesmo ano de 1618, recebeu o sagrado Viático e na Quarta-feira de Páscoa entregou a alma ao Senhor. Nesse momento, o diretor espiritual da casa parou de rezar o Subvenite e disse: “Neste momento que vos falo, a defunta goza já da vista de Deus”. Foi beatificada por Pio VI.
Fundadora (1851-1923)
Nasceu a Serva de Deus a 29 de Agosto de 1851 em Sena (Itália), terra de Santa Catarina Benincasa (1347-1380) e São Bernardino Albizzeschi (1380-1444). Foi batizada dois dias depois e, achando-se em perigo de vida, recebeu o Crisma a 2 de Setembro de 1852.
A par dos estudos elementares, recebeu nas Filhas de Caridade de São Jerónimo uma sólida educação cristã. Nos anos juvenis cooperou com a mãe na educação das irmãs e irmãos mais novos e entregou-se intensamente à vida espiritual e obras de caridade. Ensinava catecismo na igreja e em casa. Inscreveu-se na associação das Filhas de Maria, de que veio a ser presidente e diretora.
Não contente com isso, surgiu no seu espírito o desejo de fundar uma nova congregação religiosa para educar as crianças e meninas pobres e abandonadas, cuidar dos doentes e das obras de caridade.
Com a aprovação e sob a orientação do pároco, Mons. Enrico Bindoi ela e mais três jovens da sua terra meteram-se à obra. A 15 de Agosto de 1872 fizeram os votos, embora cada uma permanecesse na própria família. No ano seguinte, o Bispo autorizou a vida comunitária em casa de Sabina Petrilli. A 10 de Maio de 1875, Mons. Bindoi aprovou as regras escritas pela fundadora. Seis anos depois, em Agosto de 1891, a Santa Sé outorgou o assim chamado decreto de louvor ao novo Instituto denominado Irmãs dos Pobres de Santa Catarina de Sena e a 5 de Setembro de 1899 aprovou as Constituições por seis anos. Fina,mente, a 17 e Junho de 1906 concedeu-lhes a aprovação definitiva.
O Instituto desenvolveu-se rapidamente, aceitando outras incumbências como a direção dos manicómios de Volterrano (1898), Roma (1913) e Cecano ((1923), trabalhos em hospitais e seminários, a difusão da boa imprensa por meio de uma tipografia própria, a distribuição de remédios aos pobres, etc.,.
Em 1913 abriram a primeira casa no Brasil, seguida de outra pouco depois. Em 1908 chegaram à Argentina. Em 1970 atingiram o máximo desenvolvimento, com 1050 religiosas professas e 35 noviças em 101 casas; a Serva de Deus procurou orientar as suas religiosas por cartas e visitas que fazia às comunidades. Mas aquilo em que mais se empenhou foi em alcançar a própria santificação, sob a direção espiritual do P. Odilão Otten, beneditino.
Ela nunca gozou de grande saúde, mas a partir de 1890 teve muito mais que padecer devido a múltiplos tumores que atacaram o seu débil organismo. Aceitou todos os sofrimentos físicos e morais com admirável paciência sem se esquivar à vida comum. Submeteu-se totalmente à vontade divina, fazendo voto de não recusar nada a Deus, deliberadamente.
Enriquecida com tantos méritos, partiu para os braços do Pai a 18 de Abril de 1923. Tendo sido aprovado um milagre atribuído à sua intercessão, foi beatificada por João Paulo II no dia 24 de Abril de 1988.
AAS 78 (1986) 121-5; DIP 6, 1528-9.
TIAGO DE OLDO, Beato
Confessor (1404)
Tiago, natural de Lódi, Itália, entregou-se, depois da morte do pai, a toda a espécie de prazeres, em combinação com a mulher, tão frívola como ele. Uma peste, que atacou a sua cidade, obrigou-o a refugiar-se momentaneamente em casa do sogro. Entrou numa igreja dedicada a São Marcos e viu-se repentinamente mudado. Com grande pasmo do sogro, Tiago entregou-se desde esse momento a práticas de devoção. Manifestou o propósito de deixar a esposa para entrar na Ordem Terceira de São Francisco, mas opôs-se a mãe dele. Passado todavia algum tempo, ela consentiu, e mais: fez-se também ela Terceira com a sua nora.
Tiago transformou então a casa num oratório que dedicou a São Julião, vendeu todos os seus outros bens, distribuiu o preço ao pobres e juntou a si vários companheiros. As obras que realizou excitaram a inveja dos franciscanos: estes obrigaram-no a afastar-se deles. Retirou-se para um arrabalde de Lódi, onde se encontrava uma igreja dedicada a São Bassiano. Passou lá uma vida muito austera, mas foi obrigado a aceitar algumas mitigações. No meio das discórdias que agitavam Lódi, anunciou ele que a cidade seria devastada; deu exemplo de fuga, mas voltou para socorrer os prisioneiros, em cuja salvação se interessava. Contraiu uma doença, negou-se a recorrer a certos feitiços para recuperar a saúde, e teve uma morte santa, em 1404.
O corpo foi sepultado no oratório de São Julião. Sete anos depois, foi encontrado sem nenhuma corrupção. Devem-se numerosos milagres à intercessão deste Beato.
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Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Para terminar, APELO NOVAMENTE aos meus eventuais leitores se manifestem, sobre o merecimento OU NÃO deste Blogue ou dos textos que venho colocando diariamente bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato.
António Fonseca
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Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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