Sábado - 20 de Abril de 2013
Nº 1626-1 - (109-13)
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E U S O U
AQUELE QUE SOU
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INÊS DE MONTEPULCIANO, Santa
Virgem (1274-1312)
Numa aldeola chamada Graciano Vecchio, nas margens do lago Trasimeno, veio ao mundo em 1274 uma menina destinada a constituir uma das mais agradáveis memórias da ordem dominicana. Fachos misteriosos iluminaram o berço de Inês. Apenas de quatro anos, já procurava lugar solitário para oferecer a Deus as orações e a sua pessoa, e para pedir que lhe abençoasse os pais. Ser muito amada pelas companheiras, era recurso que utilizava para as levar aos santuários das vizinhanças. Um dia, quando peregrinava com estas e tinha apenas nove anos, um bando de corvos desceu sobre ela grasnando, procurando picá-la e vazar-lhe os olhos. O biógrafo diz que era um exército de demónios que presidia a uma casa de má fama, existente nas redondezas.
Mesmo nesse ano, Inês pediu para entrar num mosteiro e se consagrar a Deus. Os pais julgaram acertado opor-se, nessa idade. Jesus acabou por vencer todas as resistências e lá entrou ela a fazer parte das religiosas “del Sacco”, perto de Montepulciano, as quais seguiam a regra de Santo Agostinho, embora não pertencessem a nenhuma das grandes famílias monásticas. Inês, como noviça, empregou grande parte do dia e da noite na oração, nas leituras piedosas e na penitência.
Aos 14 anos foi provada com a nomeação para ecónoma do mosteiro. O cargo ia arrancá-la às doçuras da oração, mas ela sabia ser necessário sacrificá-las à obediência. Tomou a resolução de guardar silêncio inviolável durante uma quaresma; como tal silêncio prejudicava a comunidade, ela modificou-o, e Deus manifestou-lhe quanto Lhe agrada que O deixemos para em do próximo. Graças celestiais bem extraordinárias recompensavam os seus sacrifícios: entrega do Menino Jesus feita por Nossa Senhora, comunhão trazida por um Anjo, etc.. São Domingos , aparecendo-lhe, chamou-a misteriosamente para a sua Ordem. E, logo a seguir, um anjo recordou-lhe: «Chegou o tempo em que deves fundar uma casa na colina de Montepulciano, precisamente onde os demónios, sob a forma de corvos, te atacaram; dedicarás o convento à Santíssima Trindade, à Santíssima Virgem Maria e a São Domingos; vais pertencer daqui por diante à Ordem deste último».
Realmente assim aconteceu. Pouco depois estava à frente duma comunidade de 20 religiosas. Mas uma vez permitiu o Senhor que lhes faltasse o pão, três dias seguidos. Deus revelou depois a Santa Catarina de Sena, o que Inês tinha feito: «Esta querida pobrezinha, a minha fiel Inês, elevou o coração para minha bondade e disse-me: “Meu muito amado Senhor, meu terno Pai, meu eterno Esposo, não me ordenastes que fosse buscar essas virgens às suas famílias? E não ss reunistes nesta casa senão para as deixar morrer à fome! Bom pastor, provede às carências delas”. – Para satisfazer o seu humilde pedido, inspirei a alguém o pensamento de lhe levar cinco pães e revelei-o a ela. Quando esta pessoa, ao vir, se aproximou da porta, Inês disse a uma das suas religiosas: «Minha filha vá à roda do convento e receba o pão que o Senhor vos envia na sua bondade». Recebidos os pães, puseram-se à mesa, e enquanto a minha muito amada repartia os pães, pus na sua mão tal poder que eles se multiplicaram e puderam bastar folgadamente para várias refeições” (Diálogo 149).
Santa Inês continuou a fazer, ao que se escreveu, os maiores milagres: libertar um possesso, curar uma cegueira e uma doença incurável, ressuscitar mortos, converter libertinos que a tinham ultrajado, fazer que nascessem águas medicinais, converter água em vinho…
Chegada a sua última hora, levantando os olhos e as mãos, disse com sorriso encantador: «O meu muito amado pertence-me, já não O deixarei». Pronunciando estas palavras, a sua alma voou para o seio de Deus. Isto a 20 de Abril de 1312. Tinha 43 anos.
MARCELINO DE EMBRUN, Santo
Bispo (374)
Com Domingos e Vicente, Marcelino viera da África para evangelizar os Alpes franceses. Enviou os dois companheiros para os Baixos Alpes, reservando para si Embrun e os Altos Alpes. Construiu uma igreja nesta cidade e convidou Santo Eusébio de Verceil (Piemonte) a vir consagrá-la. Este Santo fê-lo e conferiu a Marcelino a sagração episcopal.
Narra-se que, regressando duma excursão apostólica, Marcelino encontrou umas mulas que transportavam trigo. Um dos almocreves praguejava contra uma que morrera de esgotamento. “Ah!, exclama ele agarrando o Bispo, aqui está quem me vai livrar de dificuldades”. Marcelino deixou que o albardassem, tomou a carga e levou-a, substituindo a mula. Mas quando os cristãos o viram chegar naquele preparo, quiseram fazer em postas o velhaco que assim tinha tratado o pastor que a eles chegara; mas este não deixou tal coisa: “Não lhe façais mal nenhum, disse, porque só me fez bem. Não me permitiu imitar um pouco Aquele que tomou sobre si os nossos pecados e quis levar a cruz da nossa salvação?» Está claro que um amor assim a Nosso Senhor não podia deixar de fazer de Marcelino um grande convertedor. A todos os seus méritos deve acrescentar-se o de combater o arianismo, que desejava Constante I impor ao Ocidente. Teve de fugir muitas vezes para os montes, a fim de escapar aos funcionários imperiais, encarregados de o prender. A morte de Constâncio (361) restituiu-lhe a liberdade. São Marcelino morreu a 13 de Abril de 374.
Virgem (1158)
O martirológio romano dizia assim neste dia: «No Hainau – Bélgica, a Beata Oda, virgem que, tendo fugido de maneira espantosa à insistência de um jovem que a desejava como esposa, se retirou para o mosteiro de Rivroelles, da Ordem Premonstratense, o qual governou depois santamente como prioresa».
Nasceu a beata Oda no Brabante, entre os anos de 1131 a 1137. A menina foi desde os princípios objeto das predileções divinas, que a levavam para o recolhimento, a modéstia e a pureza. Muito cedo ouviu a voz de Deus que a escolhia para a vida religiosa e virginal. Comunicou estes seus ideais a um parente, a fim de os fazer chegar ao conhecimento dos pais.
Quando ela pensava que muito depressa conseguiria gozar a paz e o silêncio do claustro, os pais trataram de casá-la quanto antes, para destruírem na raiz o que eles classificavam, segundo o critério do mundo, como loucuras e inexperiência da vida. Não tardou que se apresentasse um jovem a solicitar a mão de Oda. O seu nome era Simão e pertencia a uma das principais famílias. Procurou-se o maior segredo possível, para a noiva não suspeitar de nada. E só quando estava quase tudo preparado e poucos dias faltavam para o casamento, lhe foi dada conta da resolução dos pais. Oda não podia fugir a casar-se e tinha o melhor dos pretendentes, ao gosto e segundo a escolha dos pais.
A virgem não perdeu ânimo e persistiu nos seus propósitos de consagrar-se inteiramente a Jesus Cristo. Recorreu à oração e nela alcançou o sopro divino e a força que as circunstâncias exigiam. O espírito dizia-lhe que se calasse, uma vez que já manifestara o propósito decidido de não casar-se e tudo tinha vindo a ser inútil, diante da néscia incompreensão dos pais.
Ora chegou o dia que lhe tinham marcado para o casamento. Oda apresenta-se na igreja como forçada e arrastada pelo pai, chamado Viberto. O sacerdote pergunta ao noivo: «Senhor Simão, quer receber como esposa, segundo o rito da Santa Igreja, esta que aqui tem presente?» Três vezes fez o sacerdote a pergunta, e três vezes respondeu afirmativamente o jovem.
Chegou a vez da noiva. À pergunta do padre, Oda corou e baixou os olhos. Seguiu-se profundo silêncio, a pergunta foi repetida com o mesmo resultado que da primeira vez. O sacerdote ia fazer a pergunta pela terceira vez, quando uma senhora disse a Oda que se deixasse de timidezes infantis e aceitasse por esposo aquele jovem, que seus pais lhe tinham procurado com tanto carinho. Então falou Oda e mostrou que o seu silêncio não era infantil, mas pensado e consciente: «Isso nunca. Se a minha palavra tem algum valor, torno público que não amo esse homem nem qualquer outro. O meu esposo tenho-o já escolhido há tempos. E não é outro senão Nosso Senhor Jesus Cristo».
A surpresa dos presentes foi imensas. Começou por retirar-se confundido o jovem Simão. Oda estava irredutível. Foi para casa e recolheu-se na parte mais retirada dos aposentos. Certa todavia que os pais não desistiriam do seu matrimónio e inspirada por Deus, resolveu cortar com espada aquele nó górdio, isto é, golpear o nariz, o que a deixaria para sempre desfeada. Assim o fez. Banhada em sangue correu a encontrar os seus.
Insistiu na licença para se fazer religiosa. E por fim conseguiu-a. Mas Deus, que a desejava para uma santidade heroica, mandou-lhe depressa uma doença, que foi considerada como lepra. Encerraram-na numa cela feita de propósito no fundo do bosque. Lá teve de viver isolada por algum tempo, sem ver ninguém, sem falar com ninguém, numa solidão espantosa. Consolava-a olhar para o céu por uma janelinha. E era tão feliz que, ao certificarem um dia os médicos que não havia perigo se vivesse no meio da comunidade, a sua alma encheu-se de angústia.
Era uma santa. Foi eleita prioresa do convento. Sua norma de governo era a caridade para com todos, com os de casa e com os de fora, em particular com os pobres que vinham pedir esmola. O espírito de fé fazia-lhe ver em cada um dos mendigos Jesus Cristo em pessoa.
Quando chegou a última doença e as suas filhas lhe pediam não as esquecesse no céu, ela rogava a todas com humildade que a recomendassem a Deus, para que lhe perdoasse os muitos pecados. Morreu no dia de Páscoa, 20 de Abril de 1158, e foi enterrada no Mosteiro da Boa Esperança, no qual tinha vivido.
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Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Para terminar, APELO NOVAMENTE aos meus eventuais leitores se manifestem, sobre o merecimento OU NÃO deste Blogue ou dos textos que venho colocando diariamente bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato.
António Fonseca
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Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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