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Nº 1635 - (117-13) – 1ª Página
Segunda-feira - 29 de Abril de 2013
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CATARINA DE SENA (ou SIENA), SantaVirgem, Doutora da Igreja (1347-1380)
Lapa, a 25 de Março de 1347, deu à luz duas gémeas. Estava no seu vigésimo quarto parto. Uma destas gémeas morreu logo ou quase; a sobrevivente foi chamada Catarina, o que significa«branca». Seu pai, modesto tintureiro do bairro de Fontebranda, escolheu para a última filha o nome da cor branca, símbolo da pureza. Catarina, na verdade, cresceu pura como açucena, e com uma açucena na mão a retrataram os primeiros pintores senenses.
Aos seis anos teve a primeira visão de Jesus, que a incitava a segui-lO. Aos sete anos, diante de Nossa Senhora, desposou-se misticamente com Ele.
Aos doze, já os pais pensavam casá-la com um jovem de Sena, segundo o uso daqueles tempos, quando se pode dizer que as mulheres nem conheciam a meninice. Catarina, como resposta aos projetos, cortou o cabelo e cobriu a cabeça com um véu branco. Lapa tirou-lho violentamente dizendo: «Os cabelos tornarão a crescer e depressa te casarás». Catarina aceitou a perseguição familiar como prova: e resistiu. Uma noite, em sonho, São Domingos disse-lhe que ela vestiria o hábito branco e preto das chamadas «Manteladas». Na manhã seguinte, anunciou aos pais a sua decisão firme. O pai inclinou a cabeça: tinha visto uma pomba branca voar sobre a cabeça da sua branca filha. Lapa calou-se.
Assim põe Catarina vestir o hábito das «Manteladas»: túnica branca, cinto de couro,m manto negro e véu branco. Então Jesus tornou-lhe a aparecer, mas na cruz, vertendo sangue. Desde aquele dia, a cor branca cedeu o lugar à vermelha do sangue divino. Celebrou na Cruz os místicos desposórios com Cristo vítima, prometendo dedicar a vida à conversão dos pecadores e à reforma não da Igreja, mas daqueles que formavam a Igreja visível, desde a cabeça – isto é, do papa, a quem ela chamava “o doce Cristo na terra” – até aos poderosos, até ao mais humilde cristão, todos responsáveis pelos sofrimentos de Jesus.
Dedicou-se às obras de misericórdia, servindo nos hospitais dos leprosos; e procurou restabelecer a paz entre as famílias discordes da cidade.
Depressa a filha do tintureiro, que era analfabeta, começou a ditar as suas palavras a vários amanuenses. “Escreve no precioso Sangue de Jesus”, dizia, e naquele sangue quente e vermelho escrevia a prelados, particulares e a pais de família e a magistrados; a desconhecidos e Reis: até a Papa, que se encontrava em Avinhão e ela chamava para Roma, excitando-o, ela mulher, a ser viril: «Ânimo, virilmente, pai! Digo-vos eu que é preciso não tremer”.
A 13 de Junho de 1376, partiram com ela para Avinhão vinte e oito caterinati (catarinados, a corte de Catarina). Podiam contar com todas as oposições; mas ela varreu-as em poucas semanas. A 13 de Outubro, tomando Gregório XI quase pela mão, encaminhou-se para Roma com ele. Em Gênova, ele quis voltar atrás, mas ela forçou-o a continuar; e morreu pouco depois de chegar. Os cardeais deram-lhe como sucessor Urbano VI, que se estabeleceu em Roma. Este chamou Catarina para junto de si. Antes de sair de Sena, ela ditou em pleno êxtase o seu famoso Diálogo, livro das suas doutrinas e visões que, pela beleza da língua, é um dos clássicos da prosa italiana.
Teve Catarina sempre em vista dois ideais: a pacificação da Pátria e a purificação da Igreja: a esta chamava “a grande ponte sobre o mundo”, a ponte pela qual todos podiam passar da terra para o céu.
Jesus teve-a por digna de receber os estigmas da sua paixão; estigmas nela invisíveis, procurados por dores mais espirituais que materiais. Pregava a paz e suspirava por ela, mas sabia que não existe paz no mundo sem que haja primeiro paz, com Deus e que seja fundada na justiça. Por isso sofreu com todas as injustiças humanas, que procurou remediar com a infinita caridade de Jesus Cristo.
Ela mesma conta, numa sua famosíssima carta a consolação que levou a um pobre jovem, injustamente condenado à morte; o facto está representado em Roma, num dos magníficos painéis marmóreos recentes, ao lado da figura da Santa. Niccolo da Tuldo era jovem, era são, sobretudo era inocente e não queria morrer. Catarina confortou-o e convenceu-o a entregar a vida à justiça infinita de Deus.
Chegado o dia da execução, ele veio, contou a Santa, “como cordeiro manso; e vendo-me começou a rir-se; e quis que eu lhe fizesse o sinal da cruz. Recebendo ele o sinal, disse eu: «Coragem, para as núpcias, irmão meu amado! Que depressa estarás na vida duradoira”. Inclinou-se com grande mansidão; e eu estendi-lhe o pescoço, e inclinei-me a recordar-lhe o sangue do Cordeiro. A sua boca só dizia Jesus e Catarina. E dizendo ele assim, recebi a cabeça nas minhas mãos, fixando os olhos na divina bondade, e dizendo: - Eu quero”.
Que é que queria? A intrépida mulher senense queria que a injustiça do mundo fosse compensada abundantemente pela infinita justiça de Deus.
A morte da Santa não aconteceu tão serenamente. A última palavra que disse foi: “Sangue, sangue, sangue”. Sangue do Redentor, que tornava mais branca ainda a alma de Catarina. Era a 29 de Abril de 1380. Catarina tinha apenas 33 anos; a mesma idade do seu Esposo no Calvário.
Foi proclamada Santa 80 anos depois, por Pio II.
Pio XI, em 1939, deu à Itália por protetora Catarina de Sena, juntamente com São Francisco de Assis, “a mulher forte ao lado do homem caritativo”.
E, a 4 de Outubro de 1980, Paulo VI proclamou-a Doutora da Igreja; uma semana antes fizera o mesmo com Santa Teresa de Jesus. Precedentemente não havia na Igreja senão Doutores, não Doutoras.
Em 1997, veio juntar-se-lhes Santa Teresa do Menino Jesus, proclamada Doutora da Igreja pelo papa João Paulo II.
WILFRIDO, o Jovem, Santo
Bispo (744)
Wilfrido foi um dos cinco prelados eminentemente santos que diz BEDA terem sido educados na Abadia de Whity, quando ela estava governada por Santa Hilda. Ele pôs-se ao serviço de São João de Beverley, como sacerdote assistente e mordomo. Quando João deixou a sua sé de Iorque, sagrou Wilfrid para o constituir seu sucessor. O novo prelado mostrou grande zelo pela casa de Deus, dando ricas ofertas à sua catedral; era simultaneamente pastor no ministério da pregação; tomou grande cuidado dos pobres. A exemplo do seu mestre, quis terminar os seus dias numa casa religiosa; por isso foi a Ripo, onde ao que parece faleceu cerca do ano de 744.
O clero de Iorque defendeu que foram as suas relíquias e não as de São Wilfrido I que foram transferidas por Santo Odão para Cantuária. Outros dizem que os restos de São Wilfrido, o Jovem, foram levados para Worcester por Santo Oswaldo, que nessa altura e num período seguinte, foi bispo de Worcester e de Iorque.
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Nossa Senhora de Fátima, pediu aos Pastorinhos
“REZEM O TERÇO TODOS OS DIAS”
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NOTA:
Como decerto hão-de ter reparado, são visíveis algumas mudanças na apresentação deste blogue (que vão continuar… embora não pretenda eu que seja um modelo a seguir, mas sim apenas a descrição melhorada daquilo que eu for pensando dia a dia para tentar modificar para melhor, este blogue). Não tenho a pretensão de ser um “Fautor de ideias” nem sequer penso ser melhor do que outras pessoas. Mas acho que não fica mal, cada um de nós, dar um pouco de si, todos os dias, para tentar deixar o mundo um pouco melhor do que o encontramos, quando nascemos e começamos depois a tomar consciência do que nos rodeia. No fim de contas, como todos sabemos, esta vida é uma passagem, e se Deus nos entregou o talento para o fazer frutificar e não para o guardar ou desbaratar, a forma que encontrei no “talento” de que usufruo, é tentar fazer o melhor que posso, aliás conforme diz o Evangelho.
A PARTIR DE HOJE AS PÁGINAS SERÃO NUMERADAS PELA ORDEM ABAIXO INDICADA:
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Pág. 1 – Vidas de Santos; Pág. 2 – O Antigo Testamento; e Pág. 3 – ENCONTRO DIÁRIO COM DEUS - Além disso, semanalmente (ao Domingo e alguns dias santificados – quando for caso disso –) a Pág. 4 – A Religião de Jesus; e a Pág. 5 - Salmos) e, ainda, ao sábado, a Pág. 6 – In Memoriam.
Para terminar, APELO NOVAMENTE aos meus eventuais leitores se manifestem, sobre o merecimento OU NÃO deste Blogue ou dos textos que venho colocando diariamente bastando para tal marcar o quadrado que entendam, que segue sempre abaixo de cada publicação, como aliás eu faço, relativamente aos blogues que vou vendo sempre que me é possível, com o que ficaria muito grato.
António Fonseca
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Localização geográfica da sede deste Blogue, no Porto
http://confernciavicentinadesopaulo.blogspot.com
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